Palestinos caminham para casa apesar da devastação do campo de refugiados em Yarmouk, onde restrições de ajuda continuam a impactar severamente a vida das pessoas (junho 2014). Foto: Rami Al Sayyed/UNRWA
Incapaz por mais de um mês de entregar alimentos e outros mantimentos para os palestinos sitiados no campo de refugiados de Yarmouk, perto de Damasco, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) pediu neste domingo (6) acesso para “recomeçar urgentemente suas atividades humanitárias dentro de Yarmouk”, de modo a evitar que civis passem fome.
A Agência solicitou que todas as partes em conflito respeitem o acordo de cessar-fogo estabelecido em 21 de junho entre as autoridades sírias e grupos armados, para permitir a entrada de ajuda para atender os 18 mil refugiados.
“Os dias se transformaram em semanas, e as semanas estão virando meses. Nós nos transformamos em testemunhas silenciosas de uma catástrofe humana em Yarmouk”, disse Chris Gunness, porta-voz da Agência.
“A última distribuição de alimentos da UNRWA para as famílias em Yarmouk aconteceu em 23 de maio e a mais recente entrega de kits higiênicos em 7 de junho”, complementou. “Essa longa ruptura na distribuição de alimentos é de grande preocupação para o UNRWA porque aumenta a probabilidade dos civis de passarem fome.”
Antes do início do conflito sírio em março de 2011, Yarmouk, no subúrbio do Damasco, era o lar de mais de 160 mil refugiados palestinos. Desde dezembro de 2012, os confrontos levaram ao menos 140 mil a fugir do campo.
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