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ONU pede eleições pacíficas no Zimbábue em meio a relatos de intimidação de eleitores

July 24, 2018 16:47 , par ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Porta-voz do ACNUDH, Liz Throssell. Foto: ONU/Violaine Martin

Porta-voz do ACNUDH, Liz Throssell. Foto: ONU/Violaine Martin

Às vésperas das eleições presidenciais no Zimbábue, previstas para o próximo 30 de julho, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) cobrou nesta terça-feira (24) que o pleito seja realizado de forma pacífica e credível. Organismo recebeu relatos de intimidações e coerções contra eleitores. Violações teriam sido associadas ao partido de situação Frente Patriótica ZANU (sigla em inglês para União Nacional Africana do Zimbábue).

Em Genebra, a porta-voz do ACNUDH, Liz Throssell, esclareceu que a instituição não tinha condições de verificar denúncias — o escritório possui apenas um funcionário no país. O ACNUDH, porém, reconhecia que as suspeitas foram trazidas à tona em “um contexto de alargamento do espaço democrático”.

Em diversas zonas rurais, como as províncias de Mashonaland Central e Oriental, Midlands e Manicalands, o escritório do Alto Comissariado identificou “um número crescente de relatos” de assédio e coerção de eleitores. As informações foram levadas para o organismo da ONU por organizações da sociedade civil do Zimbábue. Ocorrências seriam de autoria da Frente Patriótica e de lideranças tradicionais que apoiam o partido.

Os principais candidatos à Presidência são Nelson Chamisa, dirigente do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), e o atual presidente Emmerson Mnangagwa, da Frente Patriótica. Mnangagwa assumiu o cargo após a renúncia do ex-presidente Robert Mugabe, que ficou 37 anos no poder.

Throssell lembrou que o último período pré-eleitoral foi marcado por ondas de violência. Agora, alguns sinais “encorajadores” apontam para uma abertura política, como comícios e manifestações pacíficas na capital do país, Harare. Mas os abusos relatados em áreas agrícolas indicam que a situação está longe de ser ideal. Segundo relatos da sociedade civil, a atmosfera no país é de “um otimismo cauteloso”.

Outro problema abordado pelo ACNUDH foram os insultos dirigidos a candidatas mulheres, sobretudo nas redes sociais. “Pelas informações que recebi, existem em torno de 15% de candidatas mulheres”, acrescentou Throssell. De acordo com a porta-voz, ataques verbais são motivados por questões de gênero e chegam a descrever as concorrentes como “candidatas abaixo da média” ou “feministas que queimam sutiãs”.


Source : https://nacoesunidas.org/onu-pede-eleicoes-pacificas-no-zimbabue-em-meio-a-relatos-de-intimidacao-de-eleitores/

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