
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) examina o problema da separação involuntária das famílias coreanas sob a óptica dos direitos humanos. Fotos: ACNUDH
A decisão de permitir que dezenas de pessoas da Coreia do Sul se reúnam com seus parentes no norte da fronteira foi elogiada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.
A maioria dos selecionados para participar da reunião familiar intercoreana, um evento de uma semana que teve início no dia 20 de agosto, é formada de idosos. Muitos não se viam desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953.
“(O secretário-geral) espera que tais reuniões se tornem rotineiras e incluam mais pessoas, como os coreanos afetados em todo o mundo, de maneira a permitir que os participantes se encontrem de forma privada, e permaneçam em contato após os eventos”, declarou o porta-voz do chefe da ONU, Stéphane Dujarric.
As reuniões, que estão sendo realizadas no Monte Kumgang, na Coreia do Norte, são as primeiras a ocorrer desde o ano de 2015.
O evento é um produto do encontro histórico entre o líder do país, Kim Jong Un, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, que aconteceu em abril.
No documento redigido durante a reunião entre os chefes de Estado, foi anunciado que “não haverá mais guerra na Península Coreana”. Ambas as partes também declararam que “foi confirmado o objetivo comum de alcançar, através de uma completa desnuclearização, uma Península Coreana livre de armas nucleares”.
O chefe da ONU saudou os esforços dos dois países em continuar seu compromisso para construir confiança.
“O secretário-geral está ansioso para discutir como ele pode ampliar seu apoio a ambas as partes em seus esforços diplomáticos para trazer paz duradoura, segurança, e uma completa e verificável desnuclearização da Península Coreana durante a semana de alto nível da Assembleia Geral da ONU”, completou o porta-voz.