O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) fez progressos na ajuda humanitária na Síria, anunciou a agência por meio de um comunicado. Como parte da resposta conjunta da ONU no país, o ACNUR já tinha preposicionado cinco mil kits de emergência familiar de 42 kg (cada) no armazém do Crescente Vermelho Árabe Sírio (SARC), na cidade de Aleppo, no norte, e espera entregar mais cinco mil no fim de semana vindos de um estoque em Damasco.
No entanto, a insegurança no país é uma forte barreira para a ajuda. No feriado de Eid al-Adha, na última sexta-feira (26), quando foi proposto um cessar-fogo, 550 toneladas de suprimentos do ACNUR foram reservados para uma possível distribuição para até 13 mil famílias afetadas, ou 65 mil pessoas. O cessar-fogo, no entanto, não aconteceu.
Na quinta-feira (25), a SARC deixou de entregar alguns dos suprimentos preposicionados para 800 famílias em Aleppo devido à instabilidade. Na cidade de Homs, a pouca segurança impediu a entrega imediata dos suprimentos, que serão distribuídos nas próximas duas ou três semanas. No sul de Hassake e em Al Raqqa, a falta de óleo diesel atrasou as operações, mas no meio da semana mil kits foram entregues nessas duas áreas e 270 famílias já receberam os pacotes no sul de Hassakeh.
“Infelizmente, a violência continuou”, disse o porta-voz da agência, Ron Redmond. “No entanto, o ACNUR e seus parceiros foram capazes de fazer algum progresso na entrega de kits familiares de emergência em Homs, Al Raqqa, Aleppo e no sul de Hassake.”
O ACNUR tem mais de 350 funcionários em três escritórios na Síria e está no meio do caminho de uma operação para distribuir pacotes de ajuda não alimentar para 500 mil pessoas até o final deste ano. A agência também realiza um programa de auxílio financeiro na região, onde 9.800 famílias foram beneficiadas em Al Nabek, Hassekeh e no sul de Homs.
Os conflitos na Síria começaram em março de 2011, em razão dos levantes contra o presidente Bashar al-Assad. Pelo menos 20 mil pessoas, a maioria civis, já morreram por ocasião dos conflitos. Além disso, há pelo menos 2,5 milhões de pessoas que necessitam de assistência e a estimativa é que, nos próximos meses, este número aumente para 4 milhões.
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