
Em Cabul, Talibã foi responsável por três atentados na primeira semana de 2016. Foto: WikiCommons / Scott Clarkson
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) produziu um manual para jornalistas sobre a cobertura de terrorismo, escrito pelo escritor e jornalista belga Jean-Paul Marthoz.
A publicação, que acaba de ser traduzida para o Dia Internacional de Lembrança e Tributo às Vítimas do Terrorismo (21), foi elaborada para ajudar os profissionais da imprensa a realizar seu trabalho e evitar o risco de acabar colaborando para que terroristas atinjam o objetivo de dividir sociedades e colocar as pessoas umas contra as outras.
A publicação busca aumentar a conscientização de jornalistas sobre a necessidade em tomar cuidados e de examinar com cautela as fontes que irão citar, em quais mensagens confiar e como contextualizar a informação que transmitem, apesar da pressão para se conquistar leitores, espectadores e ouvintes.
Além do português, a publicação também já está disponível em inglês e francês. Em suas mais de 110 páginas, o relatório examina os desafios de reportagens equilibradas sobre um assunto inevitavelmente volátil e emotivo.
Com inúmeros exemplos tirados de fatos reais, o manual também aborda dificuldades quanto à maneira que jornalistas falam sobre vítimas do terror, lidam com boatos, reportam investigações de autoridades, conduzem entrevistas com terroristas e relatam seus julgamentos.
Um capítulo é dedicado a problemas relacionados à segurança de jornalistas, incluindo sequestros e traumas que podem ocorrer.
A publicação pode ser visualizada online pelos links: