O cultivo de coca, que proporciona a folha usada como matéria-prima para a cocaína, diminuiu cerca de 12% na Bolívia, de acordo com a pesquisa nacional Monitoramento de Cultivos de Coca 2011 apresentada ontem (17) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e pelo governo boliviano.
Imagens de satélite, voos de avião e levantamentos de solo das maiores regiões produtoras de coca permitiram um monitoramento mais eficaz das áreas de cultivo, que atingiram cerca de 27.200 hectares em 2011, abaixo dos 31.000 de 2010, marcando o fim de 3 anos de altos níveis de cultivo.
O representante do UNODC na Bolívia, Cesar Guedes, parabenizou o governo pelos esforços e os avanços alcançados, entretanto alertou sobre o aumento vertiginoso nos preços da folha de coca, que no último ano subiu até 31% nos mercados autorizados pelos governos e cerca de 16% em mercados ilegais.
“Os preços mais altos estão fazendo a coca mais atraente, mas os agricultores precisam de alternativas viáveis a longo prazo para que possamos coibir o cultivo ilícito de forma duradoura”.
O relatório, que existe desde 2003, também destaca que a coca continua sendo um importante fator na economia boliviana. Em 2011, ela movimentou 353 milhões de dólares, contra 310 milhões de dólares em 2010. Isso representa 1,5% do PIB do país e 15,3% do valor do PIB do setor agrícola.
Acesse o Relatório Completo (em espanhol).
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