Em reunião realizada com o presidente do Equador, Rafael Correa, uma delegação dos movimentos sociais da Aliança Bolivariana das Américas (Alba) manifestou solidariedade ao processo de transformações no país e pediu que dê asilo a Julian Assange, fundador Wikileaks, que está na sede da Embaixada do Equador em Londres.
A reunião dos movimentos sociais pela Alba e Correa foi realizada no âmbito da Cúpula dos Povos, que acontece paralelamente à Rio+20, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (20/6).
O documento entregue ao presidente do Equador diz que “a revolução está travando uma batalha pública pela democratização das comunicações e da verdadeira liberdade de expressão. Por essa razão, acreditamos que o Equador deve se manter na vanguarda dessa luta e, como tal, conceder asilo político a Julian Assange, agora perseguido nos Estados Unidos e os interesses que procuram privar os povos direito de ser informado”.
João Pedro Stedile, do MST, disse no encontro que “Assange lidera a batalha contra o império estadunidense e o monopólio da informação. Então, nós pedimos, em nome dos movimentos sociais, que o Equador possa recebê-lo”.
Correa assegurou que, como Julian diz em sua carta, o Equador é uma terra de paz, justiça e verdade. “Nós estamos olhando com muita seriedade os motivos apresentados pelo Sr. Assange para o seu pedido de estatuto de refugiado, o asilo com mais precisão. Nós não permitiremos qualquer perigo para a vida de qualquer ser humano. Acreditamos que o principal direito de todo ser humano é o direito à vida. Rejeitamos perseguição política por ideologia. Assim temos a plena certeza que iremos analisar toda e qualquer responsabilidade com o caso, o pedido de asilo Assange em nosso país e dar uma resposta definitiva em tempo hábil”.
A declaração assinada por organizações de toda a América Latina manifesta apoio ao processo de mudanças que vive o Equador no âmbito da Alba. “Estamos diante de uma nova era no nosso país, onde o povo decidiu cuidar de seus próprios destinos, para defender sua soberania e considerar novos paradigmas que o capitalismo desafio e todas as suas estruturas de dominação, tais como empresas de mídia “, conclui o documento entregue a Correa.
Ouça diálogo de João Pedro Stedile com Rafael Correa
Abaixo, leia a íntegra da carta
Rio de Janeiro, 21 de junho de 2012
Exmo. Rafael Correa
Presidente da República do Equador
Presidente camarada:
Nós, membros de movimentos sociais em toda a região, chegamos a expressar a você, seu governo e todo o povo equatoriano a nossa solidariedade com o processo de transformação que ocorre no país sob a Revolução Cidadã.
Como você já afirmou em muitas ocasiões, estamos diante de uma nova era no país, onde o povo decidiu cuidar de seus próprios destinos, para defender sua soberania e considerar novos paradigmas que o capitalismo desafio e todas as suas estruturas de dominação, como essas são as empresas de mídia.
A revolução está travando uma batalha pública pela democratização das comunicações e da verdadeira liberdade de expressão. Por essa razão, acreditamos que o Equador deve se manter na vanguarda dessa luta e, como tal, conceder asilo político a Julian Assange, agora perseguido nos Estados Unidos e os interesses que procuram privar os povos direito de ser informado.
Conceder asilo político é uma atitude corajosa por parte do Equador, o que mostra que o povo heróico não está disposto a render-se nem um milímetro de sua soberania, mas também mostra que a América Latina é construído hoje como espaço cheio soberania, liberdade e paz total.
Em seu delírio de Chimborazo, Bolívar, que vive na memória de nossos povos e inspira nossas ações de hoje, recebeu uma sentença de que devemos nos lembrar de hoje: Diga a verdade aos homens! Equador tem agora a tarefa de ajudar a contar a verdade ao povo.
A unidade ea integração das Américas estão no horizonte e estão no
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