Por Convergência de Comunicação da Cúpula dos Povos – Coorednação Andina de Organizações Indígenas (Caoi)
Centenas de indígenas concentraram-se no centro de Rio de Janeiro para encontrar-se com os diferentes grupos que se mobilizaram ontem (20) na grande marcha dos povos em defesa dos bens comuns e contra a mercantilización da Mãe Terra.
As vozes foram diferentes e diversas: homens, mulheres, jovens, trabalhadores, indígenas uniram-se numa única voz para denunciar o modelo capitalista hegemônico que está mercantilizando os bens comuns, em especial os que se encontram nos territórios indígenas.
Alberto Achito, indígena emberá da Colômbia, dirigente da Organização Nacional Indígena da Colômbia (Onic), integrante da Caoi, manifestou que os presidentes que se encontram em Rio+20 não levam em conta as vozes do povo. “O presidente Santos tem um modelo energético extrativista e fala dos objetivos do milênio. Não lhe interessa o que o povo precisa, só as concessões mineiras, se levar os resguardos indígenas, o água e nos despojar de tudo”, denunciou.
Já Nancy Iza, coordenadora de Mulheres Caoi, disse que a marcha global foi um esforço de todas as vozes diversas que se uniram na Cúpula. “Acredito que não haverá mudanças reais no documento final da Rio+20, os presidentes não mudarão coisas para incluir as propostas de todos os povos”, advertiu.
A marcha concentrou quase 80 mil pessoas de diferentes países ao longo das principais ruas de Rio de Janeiro. Amanhã, no Riocentro a delegação da Caoi participará dos diálogos da Rio+20 oficial.
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