Por Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
O secretário executivo da delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, defendeu hoje (14) que é fundamental aprovar, de forma consensual, a proteção da biodiversidade em alto-mar. Esse aspecto está dentro da Convenção dos Oceanos e, segundo ele, há uma “lacuna” relacionada à área além-mar que ameaça o meio ambiente.
Figueiredo Machado acrescentou ainda que as negociações avançam de forma positiva e que a proteção, desejada pelo Brasil, conta com o apoio de vários países. Na semana passada, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, também reiterou a necessidade de o texto final conter a proteção à biodiversidade em alto-mar.
Segundo Ki-moon, o texto deve deixar claro que não se trata apenas da pesca. Estudo elaborado pela ONU mostra que, em 2040, algumas espécies de peixes terão sido eliminadas, comprometendo, inclusive, a segurança alimentar.
De acordo com o secretário-geral da ONU, há também estragos provocados nos oceanos devido ao excesso de nitrogênio, utilizado na agricultura e que passa pelos cursos de água, afetando o meio ambiente como um todo – no clima e na deterioração ambiental global.
No próximo sábado (16), os negociadores se dedicarão, especificamente, a debater sobre a questão da possibilidade de inclusão de proteção da biodiversidade em alto-mar. Nos eventos paralelos, envolvendo organizações não governamentais e a sociedade civil, a preocupação com a preservação dos oceanos é tema de várias discussões e eventos.
Edição: Lana Cristina
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