por Vladimir Platonow

Secretário-geral da Rio+20 acredita que a conferência "vai reenergizar as ações e revigorar a parceria" entre países

O secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, Sha Zukang, disse hoje (20) que o encontro é um “ponto de virada na história”, ao discursar na Cúpula de Chefes de Estado e de Governo.

“Existem momentos na história em que tanto o compromisso político quanto a participação atingem uma convergência no sentido de mudar o curso da história. A Cúpula da Terra [Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio92], realizada em 1992, aqui no Riocentro, foi um desses momentos. Ela adotou os Princípios do Rio e a Agenda 21. Hoje, nós estamos vivendo outro desses grandes momentos. Esta reunião de líderes mundiais e representantes de governos e grupos principais, no mesmo local de 20 anos atrás, promete ser outro ponto de virada, outro ponto-chave na nossa história. Que vai reenergizar as ações e revigorar a parceria de todos nós”, avaliou.

Zukang ressaltou ainda que os líderes mundiais podem contribuir para solucionar as crises econômica e ambiental, mas disse que, para isso, é preciso ação. “Esta vontade coletiva, nesta conferência, indica ao mundo todo que o nosso trabalho conjunto pode responder às crises interconectadas que nos trouxeram a este ponto tão crucial da nossa história”, disse.

O secretário-geral da Rio+20 conclamou os países a abraçarem as causas do desenvolvimento sustentável. “Mas será que a história vai provar que isso é verdadeiro? Depende dos governos. Será que converterão as promessas em ações concretas? Depende de cada uma das pessoas presentes aqui. Temos que honrar nossos compromissos e adotar o desenvolvimento sustentável. Nós temos um planeta e devemos lutar por ele.”

Por fim, já quase sem voz, Zukang fez questão de elogiar o país anfitrião da conferência. “Eu gostaria de reconhecer a liderança notável do Brasil, no sentido de avançar a agenda de desenvolvimento sustentável. O compromisso do Brasil com o multilateralismo é um exemplo para todo o mundo.”

Edição: Lana Cristina