Marco Maia defende acompanhamento de decisões da Rio+20
15 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Alana Gandra
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, observou hoje (15), no Rio, que a tarefa colocada para os Parlamentos de todo o mundo é contribuir com a discussão e formatação das decisões que forem tomadas no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A segunda tarefa, enfatizou, ocorrerá após o evento da ONU e consiste em fiscalizar e aprovar os projetos e ações que forem definidos como prioritários para o mundo.
“Nós podemos contribuir com o debate, com a discussão política, com as decisões que aqui vão ser tomadas, mas ter depois, também, a sensibilidade de votar e aprovar aquilo que for aqui definido. E, ao mesmo tempo, de fiscalizar, para que aquilo que for definido seja cumprido efetivamente”.
Maia defendeu que as decisões na Rio+20 sejam diferenciadas por países, de acordo com o seu grau de desenvolvimento. “Nós temos que ter tratamentos diferenciados. Nós temos impactos das medidas que devem ser de forma diferenciada em cada um dos países. Não podemos exigir dos países em desenvolvimento uma responsabilidade maior do que aquela que eles efetivamente podem cumprir nesse momento”.
O presidente da Câmara avaliou que os países desenvolvidos, que apresentam uma matriz produtiva maior, devem contribuir de forma mais decisiva para a proteção do meio ambiente. O debate sobre o papel de cada país deve sair da Cúpula Mundial de Legisladores, aberta hoje na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Maia destacou a posição brasileira de destaque na proteção do meio ambiente. “Nosso desenvolvimento se dá, sempre que possível, de forma integrada a ações que protejam o meio ambiente. Portanto, nós temos muito a ensinar ao mundo, mas também temos muito a aprender do mundo de ações que vêm sendo constituídas, voltadas para o desenvolvimento sustentável”.
A expectativa de Maia é que a Rio+20 possa incorporar ao seu discurso ações concretas que viabilizem um mundo cada vez mais justo e sustentável e também equilibrado do ponto de vista ambiental. “Esse é o desafio e a expectativa que todos temos com relação ao Rio+20”.
Maia comentou também a possibilidade de que haja um acordo entre ruralistas e ambientalista com vistas à votação da Medida Provisória 571/2012, que altera o novo Código Florestal. A análise da MP está prevista para o início do próximo semestre.
Edição: Lana Cristina
Rio+20 começa amanhã nova etapa de discussões
15 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Carolina Gonçalves e Renata Giraldi
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) entra amanhã (16) em uma nova etapa. Pelo menos 100 negociadores vão se reunir em torno de uma série de debates denominados Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável. Essa fase de negociação se segmenta em dez painéis que se referem aos temas considerados prioritários pela comunidade internacional.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, apelou hoje (15) para que os negociadores que representam os 193 países vinculados às Nações Unidas lembrem que as “parcerias” são fundamentais para buscar diluir os principais problemas que atingem a qualidade de vida no planeta. “[Vamos tentar] Conciliar realismo com pragmatismo para construir o futuro”, disse.
O secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), o canadense Maurice Strong, alertou que a Rio+20 deve buscar o fim das lacunas existentes, principalmente, as que envolvem os países ricos e pobres e acentuadas nas duas últimas décadas. “Não há muito o que comemorar. Há uma enorme lacuna entre a ciência e a política de desenvolvimento sustentável.”
Segundo Strong, é fundamental buscar resultados concretos e que não levem às lamentações futuras. “As perspectivas de resultados nos preocupam. Há enormes lacunas. Cresceu a lacuna entre os países mais ricos e os [países] em desenvolvimento”, ressaltou.
Nos dez painéis que integram o ciclo dos diálogos, concentram-se em temas como desemprego, trabalho decente e migrações, o desenvolvimento sustentável como resposta às crises econômicas e financeira. Os negociadores da Rio+20 lembram que o esforço conjunto é buscar a convergência dessas três dimensões: social, ambiental e econômica.
Nas reuniões, os negociadores ao menos concluíram que não é possível mais continuar com o mesmo modelo de desenvolvimento atual para atender a uma demanda crescente projetada para o futuro.
No domingo (17), o desenvolvimento sustentável será discutido como instrumento de erradicação da pobreza. No grupo que debaterá o tema está Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e a presidenta da Federação Nacional de Mulheres Rurais Trabalhadoras do Peru, Lourdes Huanca Atencio.
Também no domingo, serão discutidos os modelos viáveis de economia que incluam padrões sustentáveis de produção e consumo. O tema florestas encerra os debates no domingo. O ciclo de debates acaba no dia 19. A ideia é dedicar o último dia às discussões sobre cidades sustentáveis, inovação e oceanos.
Edição: Lana Cristina
Debate sobre diversidade religiosa na PósTV da RIO+20
15 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaVideo streaming by Ustream
Por Fora do Eixo
A rede Fora do Eixo organiza durante a RIO+20 e a Cúpula dos Povos o programa PósTV, transmitindo ao vivo pela web debates sobre os temas dos dois eventos.
Neste programa foi abordado o tema diversidade religiosa e de que forma as políticas públicas devem ser pensadas para garantir o respeito de todos os cidadãos de seguirem uma crença.
Os debatedores foram: Adaílton Moreira Costa, Babá Egbé da comunidade de terreiro Ile Omiojuaro, sociólogo; Vilma Piedade, da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras; e Maria das Graças de Oliveira Nascimento, do Movimento Inter-religioso do Rio de Janeiro.
O debate foi dividido em duas partes. Confira a 2ª parte neste link: http://www.ustream.tv/recorded/23334610
Presença de líderes servirá de teste para megaeventos, diz prefeito
15 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Alana Gandra
A presença de mais de 100 chefes de Estado no Rio de Janeiro, durante três dias, na próxima semana, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), servirá de teste para os megaeventos programados para a cidade a partir de 2013, avaliou hoje (15) o prefeito Eduardo Paes.
O Rio receberá jogos da Copa das Confederações no ano que vem, da Copa do Mundo de 2014 e também sediará as Olimpíadas de 2016. Além desses três eventos, em julho de 2013, será realizada a Jornada Mundial da Juventude, evento promovido pela Igreja Católica que trará o papa ao Brasil.
Paes fez um apelo à população para que entenda o transtorno que a movimentação das delegações estrangeiras poderá causar no trânsito da cidade. “Vão ser dias confusos, com o trânsito parando, com muito batedor”.
O prefeito descartou, entretanto, qualquer recomendação para que as pessoas não saiam de suas casas nos dias 20, 21 e 22 deste mês, quando ocorrerá a Reunião de Cúpula dos Chefes de Estado da Rio+20. “É vida normal. [Recomendo] Apenas que evitem deslocamentos desnecessários. Se tiverem alguma coisa que possam deixar para resolver na semana seguinte, que deixem”.
Ele observou que já haverá uma redução de trânsito naqueles três dias devido ao feriado escolar e o ponto facultativo dos servidores federais, estaduais e municipais. Ao final da Rio+20, que prossegue até o dia 22, Paes disse que será possível fazer uma avaliação definitiva sobre como a cidade enfrentou o evento. Segundo ele, a prefeitura pretender tirar o maior proveito dessa experiência.
O prefeito participou nesta sexta-feira, na Assembleia Legislativa do Rio, da 1ª Cúpula Mundial de Legisladores, que ocorre paralelamente à Rio+20.
Edição: Lana Cristina