O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) afirmou ontem (13) que a violência na Síria coloca sob perigo a entrega de suprimentos vitais para as pessoas deslocadas no país, enquanto que o número de refugiados sírios nas nações vizinhas continua a crescer.
A Porta-Voz da agência, Melissa Fleming, comentou os desafios enfrentados por 350 funcionários em Damasco, Aleppo e Hassake. No armazém do Crescente Vermelho Árabe Sírio em Aleppo, 13 mil cobertores foram queimados por um morteiro, além de que 600 cobertores foram roubados após o sequestro de um caminhão que seguia em direção à Adra, nos arredores de Damasco. “Infelizmente, as entregas recentes têm sido muito difíceis”, disse Fleming. “Na semana passada, as operações humanitárias foram interrompidas em pelo menos dois dias em Damasco por causa da insegurança. A equipe em Aleppo passou por situações parecidas, e estamos temporariamente retirando as equipes do nordeste do estado de Hassakeh.”
ACNUR avança na meta de atender 500 mil sírios até o fim deste ano
Mesmo com a instabilidade, a agência conseguiu avanços em suas ações. Kits de emergência foram entregues para 59 mil famílias, em torno de 295 mil pessoas. Na segunda-feira (12), cinco mil colchões e 500 kits de higiene foram entregues em Aleppo, Adra e Hassakeh, onde o ACNUR também entregou kits escolares individuais para 10.500 crianças.
O ACNUR tem a meta de prestar ajuda a 500 mil sírios deslocados até o final do ano, em meio a violência no país. A agência também se comprometeu a ajudar os sírios refugiados nos países vizinhos, onde 407 mil já foram registrados, estando a maioria no Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque.
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