Esquecidos entre os grupos de pessoas mais estigmatizadas, os usuários de crack, em geral, não são alvos de programas para a prevenção do HIV e têm acesso restrito a tratamentos de dependência de drogas e antirretrovirais, bem como de prevenção ao uso de drogas. Entre eles, as populações de rua são os grupos mais afetados.
O assunto foi discutido durante o IX Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, que ocorre em paralelo ao II Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais, o VI Fórum Latino-americano e do Caribe em HIV/Aids e DST e o V Fórum Comunitário, entre os dias 28 e 31 de agosto, em São Paulo.
A violação de direitos das pessoas que usam drogas, por meio de práticas como encarceramento, tratamento coercitivo e abusivo, assédio policial, detenções arbitrárias, tratamento cruel e a tortura, ampliam ainda mais as vulnerabilidades à infecção pelo HIV.
Para a Coordenadora da Área de Saúde e Desenvolvimento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Nara Santos, é preciso que o enfoque não seja a droga, mas o usuário, com ações de enfrentamento ao estigma e ao preconceito que representam grandes barreiras na promoção do acesso desta população aos serviços de saúde. “Precisamos lidar com uma gama adicional de vulnerabilidades como a homofobia, a falta de moradias, as comorbidades, entre outras. As intervenções devem ser baseadas nos direitos humanos, ter sensibilidade cultural e requerem atenção não apenas na droga, mas em diferentes contextos de uso”, avalia.
O Congresso teve apoio de diversas agências da ONU, entre elas o UNODC, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).
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