Descrevendo a situação fiscal da Autoridade Palestina (AP) como “muito grave”, o Coordenador Especial da ONU para o Processo de Paz do Oriente Médio, Robert Serry, disse ontem (17) ao Conselho de Segurança que a crise fiscal da AP é hoje a ameaça mais séria para uma solução de dois Estados no conflito entre palestinos e israelenses.
Serry pediu que a comunidade internacional aumentasse suas contribuições, incluindo o Governo de Israel, para aliviar o fardo da AP e fornecer o impulso econômico tão necessário no médio prazo.
Para Serry, apesar dos esforços louváveis do Primeiro-Ministro Salam Fayyad’s, a AP enfrenta a diminuição da ajuda estrangeira, a falência de doadores em cumprir com compromissos e a economia pouca aquecida. Ele disse que em uma região “volátil e em rápida mudança”, a visão da solução de dois Estados e as conquistas da Autoridade Palestina são elementos de estabilidade e progresso que não devem ser perdidos, mas sim mantidos e executados por completo, sem mais atrasos.
“Isso significa nada menos do que o apoio inequívoco da comunidade internacional para a AP e a intensificação dos esforços coletivos para resolver as dificuldades fiscais enfrentadas atualmente e preservar os ganhos institucionais feitos até a data. Israel também tem uma responsabilidade especial e o interesse em assegurar a viabilidade da AP”, Serry acrescentou.
Além disso, Serry notou que o conflito continuado e a ocupação também ameaçam o avanço do diálogo político. ”Mas não podemos simplesmente contar com a busca por medidas de curto prazo que gerem confiança mútua destinadas a iniciar conversações. Essas medidas não são alternativas para uma paz negociada”.
A evolução no terreno também não ajuda os esforços para superar o impasse político, Serry disse, apontando para a atividade de assentamento em curso, as operações militares israelenses na Cisjordânia e os ataques com foguetes a partir de Gaza.
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