Especialistas da ONU em direitos humanos pediram nesta quarta-feira (29) que o governo francês assegure ações condizentes com as leis internacionais de não discriminação em relação à retirada de ciganos do povo Roma de suas casas.
Segundo a brasileira Raquel Rolnik, Relatora Especial da ONU sobre direito a moradia adequada, “a remoção forçada não é a resposta apropriada e soluções alternativas devem ser buscadas para atender aos princípios dos direitos humanos”.
“Garantias legais devem estar presentes nos locais, incluindo o fornecimento de alternativas habitacionais para assegurar que os indivíduos, particularmente crianças, mulheres, doentes e desabilitados, não fiquem vulneráveis ou sem lar”, acrescentou Rolnik.
A relatora especial em assuntos de minorias, Rita Izsák, afirmou que as informações são preocupantes, já que não é a primeira vez que os Roma são expulsos da França. Segundo ela, esta minoria é a mais marginalizada da Europa. François Crépeau, especialista em direitos humanos para os migrantes, lembrou que “a expulsão coletiva é proibida por lei internacional”.
No dia 15 de agosto a polícia francesa expulsou 46 romas, dos quais 25 crianças, de um prédio abandonado em Lyon. Perto dali, em Saint-Priest, cerca de outros 180 ciganos foram expulsos de um acampamento após decisão judicial.
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