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Jovens usam Internet para monitorar serviços públicos, afirma especialista do Banco Mundial

11 de Novembro de 2012, 22:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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O terceiro Fórum Global Jovem Anticorrupção, em Brasília, mostrou projetos que podem ser replicados em várias partes do mundo. (Mariana Ceratti/Banco Mundial)Em países tão diferentes quanto as Filipinas, o Paraguai e o Egito, os jovens usam suas habilidades digitais para informar e inspirar. Eles monitoram a qualidade dos serviços públicos por meio de ferramentas interativas, disponibilizam informações oficiais em linguagem fácil e se organizam via Facebook e Twitter.

“Os jovens têm muita facilidade em usar as mídias sociais para conscientizar, conectar-se com o resto do mundo e trocar ideias”, comenta o especialista em governança no Banco Mundial, Boris Weber.

Nas Filipinas, por exemplo, um site interativo – Checkmyschool.org – permite aos estudantes contestar os dados oficiais por meio do Facebook, do Twitter e de mensagens de texto (SMS). “Se você olhar as estatísticas, vai saber que cada vez mais jovens estão online”, diz o ativista filipino do Checkmyschool.org Marlon Cornelio, de 27 anos.

Em todo o mundo, o Banco Mundial e o Conselho Britânico apoiam 15 projetos juvenis anticorrupção com doações de 3 mil dólares. Um deles é o Transparency Talks, no Paraguai. O país ficou em 154º lugar no ranking de Percepção da Corrupção organizado pela Transparência Internacional.

Por meio do projeto, um manual anticorrupção do Banco Mundial foi adaptado e distribuído em formato de CD-ROM a estudantes em três cidades. Com a publicação, lançada em janeiro, os alunos podem descobrir casos de corrupção e agir. “Escolhemos usar CDs porque, em geral, as escolas paraguaias ainda são pouco conectadas”, conta o ativista David Riveros, 21 anos.

Nicole Verillo, 24 anos, de Ribeirão Bonito, em São Paulo, ainda era pequena quando, em 1992, milhares de brasileiros saíram às ruas para pedir o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. “Vejo vídeos da época e me pergunto o que poderia ser feito para mobilizar os jovens daquele jeito”, conta a moça, que se tornou ativista anticorrupção em 2003.

Ela ganhou novo fôlego ao ouvir histórias de jovens que usaram o Facebook e o Twitter para promover a Primavera Árabe. “Podemos usar fotos, vídeos e panfletos virtuais para informar o público, organizar protestos e encontrar voluntários, assim como as pessoas de lá fizeram. Os brasileiros usam muito o Facebook, e ele pode ajudar a mobilizar pessoas que, de outra forma, não se interessariam pelo tema”, observou.

Nicole – que esteve entre os 250 participantes do Fórum Global Anticorrupção na última semana, em Brasília – teve a oportunidade de interagir com os ativistas online que ajudaram a promover a mudança de regime no Egito. O evento ressaltou a importância dos jovens na batalha global contra a corrupção.


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Fonte: http://www.onu.org.br/jovens-usam-internet-para-monitorar-servicos-publicos-afirma-especialista-do-banco-mundial/

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