O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, destacou hoje (30) a forte parceria entre as Nações Unidas e o agrupamento internacional de quase dois terços dos 193 membros da ONU conhecido como o Movimento dos Países Não Alinhados (NAM, na sigla em inglês). Ban fez um pronunciamento na 16ª Cúpula do Movimento Não Alinhado, em Teerã, capital do Irã. Ban ressaltou que, neste período de “profunda transição”, o NAM continua a definir a sua identidade em evolução e a lidar com as mudanças nas noções de soberania, em uma época de interconexão.
“Vocês representam diversas sociedades unidas por objetivos comuns. Peço que se unam para promover e proteger os valores incorporados na Carta das Nações Unidas e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, incluindo a liberdade de expressão e a liberdade de associação. Para a maior parte desta associação, este esforço interno deveria ser a próxima fronteira de ação”, disse o Secretário-Geral. “Nossas organizações devem manter o ritmo em tempos de mudança. Premissas legitimadas há muito tempo podem ter de mudar”.
O Secretário-Geral também tratou sobre a questão do conflito na Síria e a hostilidade entre Irã e Israel. ”Aqueles que fornecem armas para ambos os lados na Síria estão contribuindo para a miséria. A militarização não é a resposta. A situação não pode ser resolvida com o sangue e os corpos de mais de 18 mil pessoas, número crescente. Não deve haver mais balas e bombas”.
“Rejeito ameaças por qualquer Estado-Membro de negar fatos históricos como o Holocausto”, declarou Ban. “Alegar que outro Estado-Membro da ONU, Israel, não tem o direito de existir, ou descrevê-lo em termos racistas, não é apenas totalmente errado, mas prejudica os próprios princípios que todos se comprometeram a defender.”
Secretário-Geral se encontra com líderes iranianos
Nesta quarta-feira (29), o Secretário-Geral teve encontros com funcionários do governo iraniano, incluindo o Porta-Voz do Parlamento, Ali Larijani, o Presidente Ahmadinejad, o líder supremo aiatolá Ali Khamenei e o Secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Saeed Jalili.
Sobre a Síria, em suas reuniões separadas com o Presidente e com o líder supremo, Ban Ki-moon exortou-os tanto a usar a influência do Irã para pressionar a liderança síria sobre a necessidade urgente de a violência parar, bem como como para criar as condições para um diálogo e um processo político genuíno que atenda a vontade do povo sírio.
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