A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu hoje (9) ao Sudão do Sul que reverta a expulsão de uma agente da ONU de direitos humanos de seu território. Segundo Pillay, a medida viola os acordos internacionais e afirmou que as autoridades locais ainda não forneceram qualquer prova satisfatória para a ação. A funcionária, expulsa há duas semanas e que trabalha com a Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS), está atualmente no Centro de Serviço Regional das Nações Unidas em Entebbe, Uganda, enquanto aguarda uma decisão sobre seu futuro.
A Comissária lembrou que as autoridades sul-sudanesas acusaram a agente de distorcer as informações para a comunidade internacional sobre os abusos de direitos humanos no país, o que Pillay considerou insatisfatório e inaceitável. “Se o governo tem problemas com o conteúdo de um relatório, ou com a maneira na qual a informação é recolhida, eles devem ser resolvidos com a UNMISS e com o meu escritório”, completou a funcionária da ONU.
Agência da ONU para refugiados pede resposta rápida contra hepatite E
Também no Sudão do Sul, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) quer rapidamente fundos para o combate à hepatite E nos campos de refugiados do país. A falta de financiamento é preocupante pois cerca de mil sudaneses são esperados na região vizinha nas próximas semanas. O porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, ressaltou que a agência precisa de 20 milhões de dólares até o fim do ano e que apenas 40% dos 186 milhões solicitados foram enviados.
O ACNUR atualmente luta contra o surto da doença nos estados do Alto Nilo e da Unidade, onde há 175 mil refugiados sudaneses e 1.050 casos da doença registrados. No Alto Nilo, 26 mortes aconteceram nos acampamentos. O combate à hepatite E é feito por melhores práticas de higiene por meio de agentes treinados.
O fluxo de imigrantes para o Sudão do Sul deve-se aos conflitos na fronteira entre este país e o Sudão. Mesmo com a independência do primeiro, em julho do ano passado, questões pós-emancipação ainda não foram resolvidas. Nas regiões sudanesas de Kordofan do Sul e Darfur, há conflitos entre o governo e rebeldes.
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