O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou hoje (29) a importância de uma proibição global dos testes nucleares para alcançar um mundo mais seguro e protegido, chamando todos os Estados que ainda não o fizeram a assinar e ratificar o tratado internacional que visa atingir esse objetivo.
“Os testes nucleares continuam a ser uma ameaça para a saúde humana e para a estabilidade global”, disse Ban em sua mensagem anual para o terceiro Dia Internacional contra Testes Nucleares, celebrado no dia 29 de agosto.
O Dia destaca os esforços da ONU e de uma crescente comunidade de defensores, incluindo os Estados-Membros, organizações intergovernamentais e não governamentais, instituições acadêmicas, redes de jovens e a mídia, em informar e educar sobre a importância da proibição de testes nucleares.
A Assembleia Geral escolheu 29 de agosto como a data da comemoração anual, pois neste dia, em 1991, Semipalatinsk, uma das maiores áreas de teste do mundo, localizada no nordeste do Cazaquistão, foi fechada para sempre.
Ban Ki-moon observou que “o dia é uma oportunidade importante para chamar a atenção para os efeitos nocivos e duradouros dos testes, bem como o perigo contínuo colocado pela existência de dezenas de milhares de armas nucleares”.
“Em todo o mundo, simpósios, conferências, exposições e competições estão sendo realizadas para sensibilizar o público e estimular ações para finalmente acabar com testes nucleares. Para atingir esse objetivo, os Estados que ainda não assinaram e ratificaram o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares devem fazê-lo sem demora”.
“O Tratado, que visa estabelecer uma proibição verificável, permanente e global sobre todos os tipos de testes nucleares explosivos, conta com apoio quase universal, mas ainda não entrou em vigor”. O Secretário-Geral é o depositário do Tratado, que até o momento foi assinado por 183 Estados e ratificado por 157.
A ratificação por oito dos chamados Estados do Anexo 2 é necessária para que o tratado entre em vigor. São eles: China, Coreia do Norte, Egito, Índia, Irã, Israel, Paquistão e Estados Unidos.
Até a entrada do tratado em vigor, Ban Ki-moon pediu a todos os Estados que cumpram a atual moratória que trata sobre todas as explosões de testes nucleares.
“As moratórias voluntárias sobre testes de armas nucleares existentes são essenciais. No entanto, elas não são substitutas de uma proibição total e global”, lembrou o Secretário-Geral.
O Dia Internacional contra Testes Nucleares está sendo lembrado em todo o mundo com eventos para chamar a atenção para os perigos de explosões de testes nucleares, as ameaças que representam para os seres humanos e o meio ambiente, bem como para necessidade de, finalmente, eliminar todas as armas nucleares e seus testes.
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