A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o governo do Haiti querem levantar 74 milhões de dólares ao longo dos próximos 12 meses para ajudar o setor agrícola do país a se recuperar do impacto do furacão Sandy, que atingiu a nação caribenha há duas semanas. Segundo a FAO, a “supertempestade” causou danos significativos para a colheita, a terra, pecuária, pesca e infraestrutura rural do país. Sandy deixou mais de 600 mil pessoas em situação de insegurança alimentar, além de ter destruído, inundado e danificado 18 mil casas e matado 60 pessoas.
O furacão foi o terceiro desastre no Haiti no espaço de alguns meses. Entre maio e junho, uma terrível seca atingiu o início da temporada crítica de colheita da primavera, e, em agosto, a tempestade tropical Isaac castigou o país, deslocando milhares de pessoas. A recuperação pelo impacto conjunto dos três desastres no setor agrícola foi estimada pelo governo haitiano em 254 milhões de dólares, observou a FAO. As catástrofes atingiram 1,5 milhão de pessoas. Alguns locais no sul do país estão isolados em razão da destruição maciça de estradas. Para essa região a agência informou que fará pesquisas usando um helicóptero em conjunto com o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).
O PMA fornece atualmente biscoitos energéticos para cerca de 13 mil pessoas em abrigos temporários na capital Porto Príncipe e na província de Artibonite, no norte do país. A agência também irá prestar assistência a 500 mil pessoas em Cuba, onde o Sandy afetou mais de um milhão de habitantes. Nesse país, a ajuda está concentrada nas cidades de Santiago de Cuba e Holguín, as mais atingidas pela catástrofe.
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