Especialistas da ONU pediram esta semana a Estados e empresas para que tenham mais atenção com o risco de discriminação, vulnerabilidade e marginalização de grupos e comunidades afetadas pelas atividades empresariais em todo o mundo.
“Os Estados e as empresas comerciais devem adotar objetivos claros, com resultados mensuráveis para a implementação, e aprender com as experiências de seus parceiros”, disse Puvan Selvanathan, que atualmente lidera o Grupo de Trabalho da ONU sobre a questão dos direitos humanos e corporações transnacionais e outras empresas de negócios. Selvanathan pediu esforços de todas as partes para cumprir os Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos, referência para as questões dos direitos humanos e atividades empresariais.
Para os especialistas, a adoção dos princípios também será importante para a agenda de desenvolvimento pós-2015, uma oportunidade para debater a temática do respeito empresarial com os direitos humanos, que não foi tratada adequadamente no relatório final da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O ano de 2015 é a data prevista para a realização dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), acordadas por líderes mundiais na cúpula da ONU em 2000, e que estabeleceram metas específicas de redução da pobreza, educação, igualdade de gênero, saúde infantil e materna, sustentabilidade ambiental, redução do HIV/Aids e uma “Parceria Global para o Desenvolvimento”.
As comunidades afetadas incluem crianças, idosos, mulheres indígenas, trabalhadores migrantes, jornalistas e ativistas que protestam contra os impactos dos negócios sobre a população. Em seu relatório, o Grupo de Trabalho de Selvanathan pede às organizações empresariais ainda não engajadas que identifiquem setores específicos dos problemas humanitários e tomem medidas para aumentar a conscientização, capacitação e implementar os Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos.
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