Cortar parágrafos não significa necessariamente enfraquecer o texto, afirmou hoje (17/06) a Porta-Voz da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Pragati Pascale, sobre o avanço das negociações do documento final da Rio+20. Pascale informou que o Brasil assumiu a presidência das negociações, apresentando um novo texto com aproximadamente 50 páginas.
Haverá três sessões diárias de negociação até amanhã para definir o documento antes da chegada dos Chefes de Estado. Agora são quatro grupos, com um facilitador brasileiro na presidência de cada um deles. O Embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado coordena a definição de desenvolvimento sustentável; já o Embaixador André Corrêa do Lago, os meios de implementação; o ministro Rafael Azevedo, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; e a ministra Maria Teresa Pesssôa, as discussões sobre oceanos.
Os países manifestaram, em relação ao novo texto, idéias presentes nas negociações anteriores. A transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em uma agência continua sendo tema de debate, só havendo consenso sobre o seu fortalecimento. Não haverá mais discussão de palavra por palavra, com os presidentes dos quatro grupos assumindo o encaminhamento dos consensos de forma mais ágil.
Questionada sobre a possibilidade de as recomendações dos ‘Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável’ serem incluídas no documento final “O Futuro que Queremos”, Pascale explicou que elas serão encaminhadas aos Chefes de Estado como uma manifestacão da sociedade civil, mas que será tarde para mudar o documento, até pela natureza mais genérica das recomendações.
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