Em entrevista a Rádio ONU em português na quarta-feira (13/6), o Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Antonio Patriota, falou sobre a situação das negociações do documento que será apresentado aos Chefes de Estado na Rio+20, além de detalhar o exemplo do Brasil na Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU. “Até o fim da Rio+20 teremos um documento ambicioso, apontando direções e estabelecendo orientações para os próximos anos. Esta Conferência tem um formato inovador, prevê 10 mesas redondas, que chamamos diálogos, envolvendo representantes da sociedade civil, setor privado, meio acadêmico, jovens, mulheres, representantes de uma variedade grande de interesses”, afirmou o Ministro.
O desafio agora é a elaboração das metas, que devem ser vistas pelo prisma dos três pilares: econômico, social e ambiental. “Devem ser aplicadas por todos os países, indistintamente de seu grau de desenvolvimento, orientadas para objetivos globais”. O capítulo sobre Economia Verde está sendo simplificado com base em alguns entendimentos fundamentais. “O Brasil defende a ideia da Economia Verde inclusiva, um paradigma do Desenvolvimento Sustentável que tenha muita ênfase no desenvolvimento social, além do ambiental e econômico”.
De acordo com Patriota, a ideia da erradicação da pobreza já aparece destacada nos primeiros parágrafos do documento. “Economia Verde não é um empecilho, é um conceito aberto, em construção, e que pode ser adaptado ao nível de desenvolvimento de cada país. É uma ideia renovadora que possui uma relativa flexibilidade”.
O Embaixador destacou que o Brasil já possui algumas das facetas do Desenvolvimento Sustentável, tais como “a matriz energética, renovável em quase 50%, a diminuição nas taxas de desmatamento na Amazônia, além da adoção de metas voluntárias no objetivo de diminuir as emissões de gases de efeito estufa entre 36% e 39%, em relação à projeção para 2020″.
Veja a entrevista completa:
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