Mais da metade dos habitantes de Gaza são crianças, alerta UNRWA
November 19, 2012 22:00 - no comments yet
O número de civis mortos em Gaza continua aumentando desde que as ondas de violência no território e em Israel se intensificaram, disse o Porta-voz da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), Christopher Gunness, reiterando o apelo a todas as partes para conter a violência.
“A situação [dos civis] é ruim”, disse. “Este é um lugar muito densamente povoado. Há muitos, muitos civis. Gaza tem 1,7 milhão de habitantes e mais da metade são crianças, e o que estamos vendo são mísseis e ataques aéreos na área, povoada em grande parte por civis”. “O número de civis mortos está subindo e continuará subindo, a menos que as palavras do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, sejam ouvidas”, acrescentou Gunness.
As recentes ondas de violência – que incluem ataques com foguetes contra Israel a partir de Gaza e ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza – resultaram em mais de 90 palestinos e três israelenses mortos, com muitos outros feridos.
Gunness disse que a UNRWA, que distribui alimentos, oferece serviços de saúde e opera escolas, vai continuar fazendo seu trabalho. A agência atende a 1,2 milhão de pessoas em Gaza; na semana passada, um de seus funcionários foi morto em um ataque aéreo israelense.
“Estamos repetindo o apelo do Secretário-Geral, pedindo a todos os lados para exercer a máxima moderação, para que a paz possa começar a tomar forma”, disse Gunness. “Todos os lados devem honrar suas obrigações sob a lei humanitária internacional para proteger os civis”.
ImprimirFuncionário da ONU é ferido após ataque israelense em Gaza
November 18, 2012 22:00 - no comments yet
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) afirmou ontem (18) que um professor e funcionário da agência foi ferido no sábado (17) após um ataque aéreo israelenses que mirava um militante do Hamas. Várias instalações da agência no local foram danificadas pelos conflitos, como um centro de saúde em Khan Yunis, também no sábado. Ontem, um centro de distribuição, um centro social e um centro de saúde foram danificados em Jabalia . No mesmo dia, uma escola primária sofreu avarias. De acordo com um boletim da agência as ruas estão desertas, com poucas lojas abertas e falta água e eletricidade em algumas regiões.
A UNRWA relatou que os ataques miraram prédios governamentais, aparelhos de segurança e escritórios de imprensa, muitos deles localizados em áreas densamente povoadas. Além das explosões aéreas, o fogo naval deixou a população aterrorizada. As famílias deslocadas ainda estão encontrando soluções temporárias com amigos e parentes, enquanto que a UNRWA pretende abrir escolas como abrigos.
A agência abriu ontem 19 de 21 centros médicos, além de sete centros de distribuição para assistência alimentar de 12 mil pessoas. A UNRWA também realiza a coleta de resíduos nos oito campos de refugiados para prevenir problemas de saúde pública.
Atualmente, o UNRWA conta com 12 mil funcionários em Gaza, onde há 1,2 milhão de refugiados e 245 escolas para 225 mil estudantes. No total, são necessários quase 13 milhões de dólares para ajuda emergencial, sendo 6 milhões de dólares para garantir fornecimento de alimentos, 1,5 milhão para reparação urgente de instalações e abrigos de refugiados e 1 milhão para itens não alimentícios.
Degradação de recursos naturais pode diminuir capacidade de países de arcar com dívidas, alerta PNUMA
November 18, 2012 22:00 - no comments yet
O Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) lançou publicou (19) um estudo que relaciona os riscos de degradação dos recursos naturais e suas consequências ambientais com os principais indicadores macroeconômicos. O relatório E-RISC: um novo ângulo sobre risco de crédito soberano leva em conta a pegada ecológica de um país e sua capacidade de gerar recursos para entender como isso pode afetar a economia de um país e, portanto, a sua capacidade de pagar as suas dívidas.
“Estamos vendo uma mudança de paradigma devido à escassez de recursos naturais com profundas implicações para as economias e, assim, no risco da dívida soberana no mundo todo”, disse o Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner, durante o lançamento do relatório, em Londres.
Cinco países que possuem condições bem distintas — Brasil, França, Índia, Japão e Turquia — foram analisados como parte do relatório, destacando os principais desafios financeiros decorrentes da crescente distância entre as progressivas demandas por recursos como água doce, florestas, solos, e os bens e serviços que os países podem fornecer de forma sustentável.
O relatório mostra que a Índia agora exige quase 2 vezes mais de seus recursos ecológicos do que é capaz de gerar, enquanto a França exige 1,4 mais recursos do que pode produzir. Por sua vez, o Japão possuía apenas 35% dos recursos naturais renováveis necessários para seu mercado interno em 2008, e a Turquia enfrenta grandes riscos relacionados à escassez de água e à desertificação.
O Brasil possui posição privilegiada neste campo. Por ter a maior quantidade de biocapacidade do mundo, é o único entre os pesquisados que, apesar de ter triplicado sua pegada ecológica desde 1961, ainda gera mais recursos naturais e serviços do que as demandas de sua população. Isso faz com que o país, exportador de recursos naturais, tenha menos risco de ter sua economia negativamente afetada pela volatilidade de preços do setor. Entretanto, sua economia é altamente dependente da biocapacidade, o que faz com que a degradação dos recursos coloque em risco o desenvolvimento do país.
“Mais e mais países dependem de um nível da demanda de recursos que ultrapassa o que os seus próprios ecossistemas podem oferecer”, ressaltou Susan Burns, fundadora da Global Footprint Network, que colaborou com o PNUMA na produção do relatório.
“Esta tendência está reforçando a competição global por recursos limitados do planeta e representa riscos para os investidores de títulos soberanos, bem como para os países que emitem tais títulos. Uma descrição mais precisa da realidade econômica é, portanto, do interesse de todos”, completou.
Acesse aqui o relatório completo.
Sistema da ONU para compartilhamento de propriedade intelectual na pequisa médica completa um ano
November 18, 2012 22:00 - no comments yetCriada há um ano, a iniciativa Re:Search dobrou o número de membros desde que foi lançada, contando com 61 membros provenientes dos cinco continentes do globo. O consórcio, que conta com uma plataforma online, é voltado para a troca de informações de propriedade intelectual e experiências na pesquisa médica entre setores público e privado e a comunidade global de pesquisadores. O objetivo é desenvolver novos medicamentos, vacinas e diagnósticos para tratar de doenças tropicais negligenciadas, como a malária e a tuberculose.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) representa o Brasil dede o início do projeto, que é administrado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) e a organização não governamental BIO Ventures for Global Health (BVGH) .
Em um ano, as parcerias que mais cresceram são oriundas do continente africano, onde são desenvolvidas pesquisas clínicas e de laboratório sobre o tratamento das doenças locais. Apenas em outubro de 2012, a iniciativa teve 10 colaborações de pesquisa facilitadas ou acordos entre seus membros. Uma série de acordos estão em estágio avançado.
“Estamos ansiosos para o progresso contínuo em reunir ferramentas, conhecimentos e tecnologias para acelerar a pesquisa e desenvolvimento em benefício daqueles que mais precisam”, disse o Chefe Executivo do BVGH, Don Joseph.
Para outras informações sobre o projeto, clique aqui.
Conselho de Segurança da ONU estende mandato das Forças de Paz em Abyei
November 18, 2012 22:00 - no comments yet
Na última sexta-feira (16), o Conselho de Segurança da ONU estendeu para até 31 de maio de 2013 o mandato das Força Interina de Segurança da ONU para Abyei (UNIFSA), uma área na fronteira do Sudão e Sudão do Sul reivindicada por ambos os países.
Em uma resolução aprovada por unanimidade, o Conselho também exigiu que os dois Estados-Membros finalizem o estabelecimento de uma administração para a área, bem como de um serviço de polícia, conforme um acordo assinado em junho de 2011.
O pacto, assinado na capital etíope, Addis Ababa, prevê medidas administrativas temporárias para Abyei e a retirada das tropas de ambos os lados. O Conselho exortou também Sudão e Sudão do Sul a fazerem uso regular do Comitê de Supervisão Conjunta para assegurar um progresso constante sobre a implementação do acordo.
O Conselho estabeleceu a UNISFA em junho de 2011, após um surto de violência em consequência das tropas sudanesas terem assumido o controle da área, deslocando dezenas de milhares de pessoas nas semanas que antecederam a independência do Sudão do Sul. A situação da região é uma das questões pendentes do chamado Acordo de Paz Abrangente, que ajudou a acabar com a longa guerra civil entre o Sudão e o Sudão do Sul.
