Darfur: Para representante da ONU e da União Africana, violência continuada é ‘beco sem saída’
November 12, 2012 22:00 - no comments yetA chefe interina da missão de paz das Nações Unidas e da União Africana na região ocidental sudanesa de Darfur – força de paz conhecida pela sigla UNAMID – convocou ontem (12) o Governo sudanês e movimentos armados regionais a aceitarem que a luta contínua “é um beco sem saída que só prejudica o povo de Darfur”.
A Representante Especial Conjunta e Mediadora-Chefe da UNAMID, Aichatou Mindaoudou, emitiu o chamado destacando que a luta entre as Forças Armadas do Sudão (SAF) e um grupo armado não identificado, no dia 9 de novembro, perto da aldeia de Shangil Tobaya, em Darfur do Norte, foi “parte de um padrão maior de conflito na área nos últimos meses”.
“Mindaoudou insta todas as partes a cessarem as hostilidades imediatamente, respeitar os direitos humanos e o direito humanitário, e se engajar plenamente na solução pacífica do conflito de Darfur”, acrescentou a UNAMID em um comunicado de imprensa.
Após os combates do dia 9 de novembro, a missão de paz cuidou de combatentes feridos no local, antes de responder a um pedido de transporte aéreo deles para El Fasher, a capital do estado de Darfur do Norte, para cuidados adicionais.
Agência da ONU lança tutorial sobre utilização e exploração de informação de patentes
November 12, 2012 22:00 - no comments yetA fim de ajudar pesquisadores a terem acesso a um vasto estoque de informações técnicas, a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) produziu um tutorial livre e interativo sobre como usar e explorar informações sobre patentes, um recurso inestimável para pesquisa e desenvolvimento.
O guia na Internet pode ser usado tanto por indivíduos com habilidade que vai do básico ao intermediário, incluindo estudantes e pesquisadores, empresários de pequenas e médias empresas e gestores políticos.
Clique aqui para acessar o tutorial on-line e ou entre em contato com a OMPI para solicitar um CD-ROM.
11 mil refugiados deixam a Síria em apenas 24 horas; ONU alerta para a falta de recursos
November 12, 2012 22:00 - no comments yetNa última semana, um número recorde de sírios cruzou a fronteira com a Turquia, Líbano e Jordânia num período de 24 horas, entre quinta (8) e sexta-feira (9). A maioria dos refugiados (9 mil) entrou na província de turca de Urfa durante a noite. Outros 2 mil sírios foram registrados e atendidos pelo ACNUR na Jordânia e no Líbano.
Na Turquia, muitos foram levados para campos do governo em Ceylanpinar e Akcakale, outros foram abrigados por familiares. Algumas pessoas decidiram voltar à Síria quando o barulho da artilharia diminuiu. Cerca de 70 feridos receberam tratamento médico, dois deles não sobreviveram. O total de sírios refugiados nos 14 campos do governo turco está agora próximo a 122 mil.
As últimas notícias coincidiram com o 6º Fórum Humanitário da Síria, em Genebra, que reuniu agências da ONU, organizações não governamentais e países doadores.
O Coordenador Regional do ACNUR para os Refugiados Sírios, Panos Moumtzis, disse aos participantes que o fundo para as operações atingiu um nível preocupante, com apenas 35% dos US$ 487,9 milhões necessários.
Além de dizer aos doadores que o “inverno não espera”, ele detalhou o plano de atendimento aos refugiados durante a estação, elaborado pelo ACNUR, juntamente com 52 agências da ONU e ONGs parceiras.
Com os recém chegados, o total refugiados sírios nos países da região subiu para 408 mil. No entanto, o Coordenador Regional do ACNUR disse que este número pode ser bem maior.
Durante o encontro, o Coordenador Humanitário da ONU, Radhouane Nouicer, falou sobre os desafios enfrentados pela ONU e ONGs na tentativa de ajudar um país assolado pela violência e pela insegurança.
“Pessoas comuns são cercadas e presas, e as agências têm dificuldade de chegar até elas”, disse Radhouane Nouicer aos doadores, acrescentando que “o povo sírio é, provavelmente, quem mais pode ajudar abrindo seus lares.”
Nouicer observou ainda que, dos 2,5 milhões de sírios que precisam de assistência, pelo menos 1,2 milhão estão deslocados dentro de seu próprio país.
Após furacão Sandy, ONU e governo haitiano querem 40 milhões de dólares para ajuda humanitária
November 12, 2012 22:00 - no comments yetA Organização das Nações Unidas e o governo do Haiti querem cerca de 40 milhões de dólares para financiamento extra em razão das necessidades humanitárias no país caribenho, por conta da devastação causada pelo furacão Sandy. “Um adicional de 39,9 milhões de dólares são necessários para enfrentar a insegurança alimentar crescente, e fornecer abrigo, serviços de saúde e água potável para mais de um milhão de pessoas”, afirmou o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O OCHA acrescentou que a quantia será adicionada aos 110 milhões de dólares solicitados para o país antes da catástrofe. As novas quantias elevam para 151 milhões de dólares o montante para a nação no próximo ano, segundo a Revisão de Emergência do Apelo Consolidado no Haiti: Necessidades Decorrentes do Impacto do Furacão Sandy, documento divulgado ontem (12) em Genebra.
O furacão Sandy começou como uma tempestade tropical no final de outubro no Oceano Atlântico. Sandy causou mortes e destruições na Costa Leste dos Estados Unidos e no Caribe, onde cinco milhões de pessoas foram afetadas e 72 morreram. No Haiti, centenas de milhares foram atingidas, 2.300 pessoas ficaram desabrigadas e 54 morreram. Além disso, 27.701 casas foram danificadas e 61 centros de tratamento de cólera foram destruídos. O Haiti ainda se recuperava do terremoto de 2010, que deixou milhões desalojados, da tempestade tropical Isaac em agosto, de uma seca prolongada em partes do país e, o mais recente, na sexta-feira (9), quando chuvas fortes na cidade de Cap Haitien, no norte, mataram 10 pessoas e desalojaram milhares de outras.
“Este é um grande golpe para os esforços de reconstrução do Haiti, tornando a vida dos seus habitantes mais vulnerável e ainda mais precária”, disse o Coordenador Humanitário no Haiti, Nigel Fisher, que também atua como Vice-Representante Especial do Secretário-Geral,Ban Ki-moon, no país caribenho. “Enquanto isso, a capacidade dos parceiros internacionais para reagir foi reduzida pela diminuição do apoio dos doadores”, completou Fisher. Segundo o governo local, o país perdeu um terço de sua produção agrícola anual em razão dos desastres ocorridos. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) alertou que 1,5 milhão de haitianos poderão continuar sob o risco de insegurança alimentar em 2013, se não receberem assistência adequada para se recuperar da série de catástrofes.
“No momento, uma das nossas maiores preocupações é nas áreas que ainda estão isoladas depois do furacão Sandy, onde as mulheres e crianças enfrentam má nutrição”, disse a diretora do PMA no Haiti, Myrta Kaulard. A agência distribuiu alimentos para cerca de 14 mil pessoas durante a primeira semana após o furacão Sandy. Em um comunicado à imprensa, acrescentou que vai continuar a ajudar as 20 mil famílias mais afetadas, com quase 800 toneladas de alimentos durante o mês de novembro.
Casa da ONU no Brasil será inaugurada em Brasília
November 12, 2012 22:00 - no comments yetNesta quarta-feira, 14 de novembro, será inaugurada em Brasília a Casa das Nações Unidas no Brasil – Complexo Sérgio Vieira de Mello. A cerimônia, com início previsto para 9h30, contará com a presença do Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Antonio Patriota, e o Governador em exercício do Distrito Federal, Nelson Tadeu Filipelli, além de outras autoridades e parceiros convidados.
Nesta quarta-feira, será inaugurado o primeiro módulo do complexo, o prédio Zilda Arns, que abriga o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Departamento de Segurança das Nações Unidas (UNDSS), o Programa de Voluntários da ONU (VNU) e o Protocolo de Montreal.
“Vivemos em uma era de transição. Os desafios estão interligados. Pobreza, degradação ambiental e ameaças à segurança devem ser abordadas de forma abrangente”, lembrou o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. “Espero que, à medida que trabalhem juntos sob o mesmo teto, também avancem conjuntamente em direção aos nossos objetivos comuns de desenvolvimento, no Brasil e em todo o mundo”, completou.
A próxima etapa do complexo prevê a construção de um segundo módulo para abrigar o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
A Casa da ONU no Brasil se junta a outros complexos semelhantes das Nações Unidas espalhados pelo mundo. O conceito de “Instalações Comuns” a várias agências, fundos e escritórios da ONU faz parte de um componente importante do Programa de Reforma das Nações Unidas, lançado há mais de uma década. A atuação conjunta de seus diversos organismos em um país tem como objetivo estreitar os laços entre os programas da ONU e promover uma atuação unificada, reduzindo também os custos operacionais do Sistema.
Situado no Setor de Embaixadas Norte, a construção do complexo teve início em outubro do ano passado, com a cerimônia de lançamento da pedra fundamental em 8 de dezembro do mesmo ano. “Além de outras quatro agências que se juntarão ao complexo em breve, o plano prevê que a Casa da ONU no Brasil abrigue também outros organismos do Sistema no país, um Centro de Cooperação Sul-Sul e um auditório”, explica Jorge Chediek, Coordenador Residente do Sistema ONU no Brasil e Representante Residente do PNUD no País.
A execução das obras é do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS), que também se encarregou do processo de licitação para escolha dos arquitetos e construtoras responsáveis. O desenho arquitetônico e a engenharia ficaram a cargo do escritório Paulo Bruna Arquitetos Associados; a obra foi realizada pela construtora GCE. O terreno situado no Setor de Embaixadas Norte foi doado pelo Governo do Distrito Federal à ONU há várias décadas e tem 22.500 m2. Nesta primeira etapa, foram utilizados cerca de 3.100 m2 de área total de construção, dos quais 2.850 m2 pertencem ao prédio de escritórios.
A Casa da ONU receberá oficialmente nesta quarta-feira o nome de Complexo Sérgio Vieira de Mello, uma homenagem a este brasileiro que, em 34 anos de trabalho nas Nações Unidas, chegou ao cargo de Alto Comissário de Direitos Humanos em 2002 e, em maio de 2003, foi nomeado Representante Especial do Secretário-Geral para o Iraque.
“A vida de Sérgio simbolizou plenamente o que as Nações Unidas representam, e como um único indivíduo pode fazer a diferença para as pessoas em todo o mundo”, disse o Secretário-Geral da ONU, em mensagem enviada para o lançamento do Complexo no Brasil.
O prédio do PNUD, o primeiro do Complexo, receberá o nome da médica pediatra e sanitarista brasileira Zilda Arns, três vezes indicada pelo Brasil ao Prêmio Nobel da Paz, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa.
Serviço
O quê: Inauguração Casa da ONU no Brasil
Quando: 14/11, às 9h30
Onde: Setor de Embaixadas Norte – Quadra 802, Conjunto C, Lote 17
Raio-X
Terreno: 22.500 m2
Módulo 1 – Prédio Zilda Arns: 2.850 m2
Arquitetura e Engenharia: Paulo Bruna Arquitetos Associados
Construção: GCE
Nota para editores
Sérgio Vieira de Mello
Sérgio Vieira de Mello nasceu em 1948, no Rio de Janeiro. Ingressou nas Nações Unidas em 1969, onde trabalhou por 34 anos. Envolvido em causas sociais e questões internacionais desde jovem, passou grande parte de sua carreira trabalhando no Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) servindo em missões humanitárias e de manutenção da paz em, por exemplo, Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique, Peru e Líbano.
Primeiro brasileiro a atingir o alto escalão da ONU, Sérgio era um negociador pragmático, líder generoso e flexível. Ao defender o diálogo com todos os envolvidos em um conflito, ele foi o primeiro dirigente da ONU a manter contatos diretos com o Khmer Vermelho – guerrilha socialista que comandou o Camboja de 1975 a 1979. Sérgio foi também o Administrador de Transição da ONU no Timor Leste, logo após a independência do país da Indonésia, entre 1999 e 2002.
Segundo o ex-Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, Sérgio era “a pessoa certa para resolver qualquer problema”. Durante o seu serviço na ONU, Sérgio exerceu várias funções. Em 2002, foi nomeado para o cargo de Alto Comissário de Direitos Humanos e, em maio de 2003, para ser o Representante Especial do Secretário-Geral durante quatro meses no Iraque. No dia 19 de agosto de 2003, Sérgio foi morto em atentado à sede da ONU, em Bagdá.
Zilda Arns
Zilda Arns Neumann, médica pediatra e sanitarista, foi três vezes indicada pelo Brasil ao Prêmio Nobel da Paz. Foi fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, ambas ligadas à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Zilda Arns morreu no terremoto que atingiu o Haiti, em 2010, quando estava em missão pela Pastoral da Criança. Na organização, seu trabalho era focado em salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário.
Até sua morte, Zilda coordenava cerca de 155 mil voluntários, presentes em mais de 32 mil comunidades em bolsões de pobreza em mais de 3.500 cidades brasileiras.
Confirmações no evento
Solicitamos a gentileza de confirmar presença pelo rvsp@pnud.org.br
Para informações adicionais
Daniel de Castro, PNUD Brasil
daniel.decastro@undp.org | comunica.br@undp.org | tel. 61 3038 9117/9118
Valéria Schilling, UNIC Rio
valeria.schilling@unic.org | tel. 21 2253 2211/21 8202 0171