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Notícias da ONU

June 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Mulheres conquistam direito de dirigir na Arábia Saudita

June 29, 2018 17:21, by ONU Brasil
Avenida em Riad, na Arábia Saudita. Foto: Ammar shaker/Wikimedia Commons (CC)

Avenida em Riad, na Arábia Saudita. Foto: Ammar shaker/Wikimedia Commons (CC)

Terminou no domingo (24) a proibição para mulheres dirigirem na Arábia Saudita. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, comemorou a mudança e reconheceu os esforços das mulheres sauditas para a conquista desse importante marco em prol da igualdade de gênero.

Guterres manifestou também a esperança de que o fim da proibição gere mais oportunidades para as mulheres no país.

Um decreto real emitido em setembro do ano passado anunciou que a proibição de longa data terminaria em julho de 2018. Naquela época, o secretário-geral da ONU e outros altos funcionários das Nações Unidas disseram que viram a medida como um primeiro passo importante que poderia levar a uma maior participação das mulheres no mercado de trabalho e em outras áreas da vida pública.

A Arábia Saudita acabou com a proibição de mulheres dirigirem à meia-noite do dia 24 de junho. Até então, elas eram castigadas caso fossem pegas dirigindo. Para se locomover, dependiam de um parente homem ou de um motorista particular.

Em um comunicado divulgado no domingo por seu porta-voz, Guterres prestou homenagem às mulheres sauditas por seus esforços para alcançar este importante marco legal, “que deve contribuir para a mobilidade econômica e social das mulheres e o desenvolvimento do país”.

“Ele está ansioso para testemunhar a jornada contínua da Arábia Saudita em direção à igualdade de gênero”, disse o comunicado.



ARTIGO: Os custos da guerra comercial

June 29, 2018 17:08, by ONU Brasil
Foto: Imprensa/GEPR

Foto: Imprensa/GEPR

Por Mukhisa Kituyi*

A introdução pela administração Donald Trump de tarifas de importação abrangentes sobre aço e alumínio levanta a possibilidade real de uma guerra comercial global. Os efeitos seriam sentidos em todos os lugares, mas especialmente nos países mais pobres do mundo, colocando em risco a atual recuperação global e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

De acordo com um velho provérbio africano, “quando os elefantes lutam, é a grama que sofre”. O mesmo vale para as guerras comerciais: quando as principais economias entram em conflito, os países em desenvolvimento estarão entre os mais atingidos.

Em 1º de junho, o governo dos Estados Unidos impôs tarifas de importação de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio. As taxas afetarão não apenas a China, mas também Canadá, México e países da União Europeia (UE).

Cecilia Malmström, comissária da UE para o comércio, observou em um recente evento realizado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) que “não estamos em guerra comercial, mas poderíamos estar”. É uma situação que deveria preocupação de todos.

Sabemos pela história que ninguém ganha em uma guerra comercial. Os aumentos de tarifas dos principais países representam uma reversão de esforços desde o final da Segunda Guerra Mundial para eliminar as barreiras comerciais e facilitar o comércio global.

O custo da guerra comercial

Desde que o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT, na sigla em inglês) entrou em vigor, em 1947, o valor médio das tarifas em todo o mundo diminuiu 85%. Isso não é coincidência, mas resultado da cooperação multilateral e de oito rodadas de negociações comerciais globais, primeiro sob o GATT e depois sob sua sucessora, a Organização Mundial do Comércio (OMC).

As reduções tarifárias, juntamente com os avanços tecnológicos, impulsionaram a extraordinária expansão do comércio global que temos testemunhado em nossas vidas. Em 1960, o comércio como parcela do PIB mundial ficou em 24%; hoje é quase 60%.

A expansão do comércio alimentou o crescimento econômico, criou empregos e aumentou a renda familiar em todo o mundo. É um fator-chave por trás da ascensão do Sul Global, onde dezenas de países em desenvolvimento experimentaram um forte crescimento econômico e uma mudança social positiva. E tornou possível uma das realizações mais notáveis ​​da história da humanidade: tirar 1 bilhão de pessoas da pobreza no espaço de apenas duas décadas.

No entanto, a expansão comercial não beneficiou a todos igualmente. E, em alguns casos, resultou em degradação ambiental e deslocamento econômico, com muitas pessoas agora se sentindo para trás. Estas são questões sérias e legítimas que devem ser abordadas. Mas o unilateralismo não é o caminho para isso. Desafios globais exigem soluções globais.

Infelizmente, as atuais ações comerciais anunciam uma situação em que todos perderão. Em uma guerra comercial, empresas de uma ampla gama de setores perderão lucros, e os trabalhadores perderão empregos. Os governos perderão receita e os consumidores terão menos opções de produtos disponíveis. E, não importa onde estejam, firmas, governos e famílias incorrerão em custos mais altos.

Pior ainda, uma guerra comercial global pode comprometer o próprio sistema comercial multilateral. Sem dúvida, isso resultaria em aumento de tarifas maior do que qualquer coisa que tenhamos visto na história recente. A pesquisa da UNCTAD mostra que as tarifas médias podem subir de níveis insignificantes para até 30% para os exportadores dos EUA e 35% e 40% para os exportadores da UE e da China, respectivamente. Assim, mesmo que os “elefantes” tenham peso econômico suficiente para resistir a uma guerra comercial, eles não se beneficiariam de uma.

E, é claro, os países em desenvolvimento que não tiveram nenhum papel no início dessa disputa seriam ainda menos capazes de arcar com seus custos. Em média, as tarifas aplicadas às exportações dos países em desenvolvimento podem aumentar de 3% para 37%. Mas enquanto tarifas médias que afetam países como Nigéria e Zâmbia provavelmente não iriam além de 10%, as do México poderiam chegar a 60%. Da mesma forma, países como Costa Rica, Etiópia, Sri Lanka, Bangladesh e Turquia podem enfrentar tarifas médias de 40% a 50%.

Além disso, uma guerra comercial seria um duro golpe para os países mais pobres do mundo e para a esperança de dobrar a participação dos países menos desenvolvidos nas exportações globais até 2020, sob os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso comprometeria a frágil recuperação econômica desde a crise financeira global há uma década, prejudicando assim o crescimento e o desenvolvimento em todo o mundo. E isso limitaria a extensão em que o comércio poderia ser usado para promover metas globais.

O dano causado por uma guerra comercial completa seria sentido bem além do comércio internacional. O clima comercial atual reflete uma tendência global preocupante em direção ao unilateralismo nacionalista. Os países que ajudaram a remodelar nosso mundo para melhor através do comércio estão agora abandonando a cooperação internacional, e essa mudança pode ter sérias implicações em outras áreas, como nos esforços globais para combater a mudança climática e garantir paz e prosperidade para todos. A maneira mais fácil de vencer uma guerra comercial é evitá-la completamente.

*secretário-geral da UNCTAD



ONU oferece curso online gratuito sobre produção de algodão na América Latina e Caribe

June 29, 2018 16:30, by ONU Brasil
Campo de algodão. Foto: Arquivo/Agência Brasil

Campo de algodão. Foto: Arquivo/Agência Brasil

Até o final do ano, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) oferece um curso online e gratuito sobre as cadeias de valor do algodão na América Latina e no Caribe. Promovida em parceria com o governo do Brasil, a formação traz um panorama mundial e regional da produção, além de abordar políticas públicas para o setor, novas tecnologias, pesquisa e assistência técnica.

Atualmente, 35 milhões de hectares são usados no cultivo de algodão em 60 países. Isso faz da planta uma das culturas não alimentares mais importantes do mundo. A matéria-prima representa 30% de todas as fibras utilizadas na indústria têxtil mundial. Nos países latino-americanos e caribenhos, 80% das propriedades que produzem algodão pertencem a agricultores familiares.

A capacitação da FAO discutirá experiências concretas na região, desenvolvidas pelo projeto +Algodón, da agência da ONU, na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Haiti Paraguai e Peru. A iniciativa tem o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores.

Esta é a segunda vez em que o organismo das Nações Unidas realiza o curso, que foi atualizado com conteúdos audiovisuais em todas as suas unidades. A primeira edição do treinamento teve cerca de 1,2 mil inscritos de 29 países da América Latina e Caribe. As atividades são propostas em modelo de autoaprendizado — cada aluno progride pelos materiais em seu próprio ritmo, de maneira individual. Para completar a formação, é estimada uma dedicação de cerca de 60 horas.

Segundo a coordenador do +Algodón, Adriana Gregolin, as aulas ensinam a “melhorar a sustentabilidade do setor algodoeiro em termos produtivos, econômicos, sociais e ambientais”.

De acordo com a FAO, a área cultivada de algodão encolheu nos últimos dez anos na América Latina e Caribe, mas a planta continua sendo uma importante fonte de renda — às vezes, a única — em muitos territórios. A agência da ONU acredita que o fortalecimento da cadeia de valor do algodão pode contribuir para diminuir a fome e a pobreza, impulsionando o desenvolvimento local.

Para fazer o curso, clique aqui.



Novo portal do UNAIDS reforça compromisso com prestação de contas e transparência

June 29, 2018 16:06, by ONU Brasil

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) lançou um portal renovado, no endereço open.unaids.org, que apresenta dados atuais sobre como a entidade está trabalhando para acabar com a epidemia de AIDS como ameaça à saúde pública até 2030.

O portal apresenta resultados conjuntos, informações nacionais, relatórios financeiros, contribuições de doadores, indicadores de tendências e informações detalhadas sobre as conquistas dos copatrocinadores do UNAIDS.

“Este portal faz parte de nossos esforços coletivos para garantir o fortalecimento de nossa transparência, responsabilização, prestação de contas e comunicação sobre como trabalhamos e o que alcançamos. Ele fornece aos Estados-membros, doadores, parceiros e funcionários um recurso excelente e altamente acessível”, afirma Gunilla Carlsson, diretora-executiva adjunta do UNAIDS.

O portal de transparência do UNAIDS apresenta pela primeira vez como o UNAIDS está trabalhando com a Iniciativa Internacional de Transparência em Cooperação (IATI). O UNAIDS tornou-se um publicador da IATI no final de 2016 e, desde então, tem publicado detalhes de informações financeiras e de programas em formato padronizado no registro da IATI regularmente.

O compromisso do UNAIDS em ser aberto e transparente foi demonstrado por esforços para compartilhar dados programáticos e financeiros com o público desde 2014, quando o portal de transparência foi lançado no primeiro diálogo sobre financiamento do UNAIDS.

Desde então, o portal apresentou todas as informações sobre desempenho e relatórios financeiros compartilhados anualmente com a Junta de Coordenação do Programa. A adoção do padrão IATI — um formato e um quadro para publicação de dados — foi outro passo importante para garantir que os dados estejam acessíveis e disponíveis para todos.

O portal pode ser acessado em open.unaids.org.



ONU e ativista elogiam decisão da OMS de tirar transexualidade da lista de doenças mentais

June 29, 2018 15:45, by ONU Brasil
Parada do Orgulho Gay de São Francisco, em 2014. Foto: Flickr (CC)/Quinn Dombrowski

Parada do Orgulho Gay de São Francisco, em 2014. Foto: Flickr (CC)/Quinn Dombrowski

“Uma história vergonhosa de patologização, institucionalização, ‘conversão’ e esterilização começa a chegar ao fim”. É assim que Mauro Cabral Grinspan, diretor-executivo da Ação Global pela Igualdade Trans (GATE), vê a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de retirar a transexualidade da lista de transtornos mentais. Neste mês (18), a agência da ONU divulgou uma nova Classificação Internacional de Doenças, a CID-11.

A edição atualizada coloca as questões sobre identidades trans na lista de condições de saúde sexual. Segundo a OMS, evidências científicas já deixaram que claro que a transexualidade não é uma doença mental. Classificá-la desse forma pode causar um “estigma enorme” para as pessoas trans, acrescenta o organismo.

A permanência do termo na CID, mas em outra sessão, foi justificada pelo fato de que indivíduos trans têm necessidades de saúde significativas, que receberão mais atenção com a transexualidade inserida no documento. A publicação da OMS apoia países em seu planejamento de saúde pública, embasando processos decisórios e de alocação de recursos.

“Este é um passo importante para que mais pessoas trans tenham acesso aos serviços de saúde”, avalia o diretor-executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Michel Sidibé.

De acordo com a OMS, as pessoas trans têm 49 vezes mais probabilidades de contrair HIV do que todos os adultos em idade reprodutiva. O estigma, a discriminação e a rejeição social em seus lares e comunidades são problemas que muitos indivíduos trans enfrentam, incluindo desde muito cedo. Essa violência, somada à criminalização, impede essa população de ter acesso aos serviços de HIV.

A nova versão da CID só deverá receber a aprovação final dos países-membros da OMS na Assembleia Mundial da Saúde, em maio de 2019. Mas ativistas trans já estão trabalhando nas próximas etapas, incluindo a revisão das categorias e definições, bem como a recepção em nível nacional.

“Trabalharemos com nossos aliados para garantir a implementação efetiva no nível nacional, a fim de melhorar as regulamentações e, ao mesmo tempo, assegurar o acesso total ao reconhecimento de gênero legal e aos cuidados de saúde de afirmação de gênero”, completou Grinspan.



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