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Notícias da ONU

junio 11, 2012 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

CEPAL: investimento estrangeiro direto cai pelo 3º ano seguido na América Latina e no Caribe

julio 5, 2018 14:54, por ONU Brasil
Os fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) caíram pelo terceiro ano consecutivo na América Latina e no Caribe, para 161,673 bilhões de dólares em 2017. Foto: Pixabay/nedu503 (CC)

Os fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) caíram pelo terceiro ano consecutivo na América Latina e no Caribe, para 161,673 bilhões de dólares em 2017. Foto: Pixabay/nedu503 (CC)

Apesar de um contexto internacional caracterizado por um maior crescimento da economia mundial, uma elevada liquidez internacional, altos lucros das grandes empresas e otimismo nos mercados financeiros, o investimento estrangeiro direto (IED) na América Latina e no Caribe caiu pelo terceiro ano consecutivo. O IED ficou em 161,673 bilhões de dólares em 2017, queda de 3,6% frente ao ano anterior e de 20% na comparação com 2011.

Os números constam no relatório “O Investimento Estrangeiro Direto na América Latina e no Caribe 2018“, divulgado nesta quinta-feira (5) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), em uma coletiva de imprensa na Cidade do México com a participação da secretária-executiva do organismo, Alicia Bárcena.

Na ocasião, a CEPAL fez um chamado aos governos para incentivarem o IED de qualidade e compatível com o desenvolvimento sustentável, sobretudo para promover uma mudança na estrutura produtiva dos países que permita alcançar as metas da Agenda 2030.

O relatório da CEPAL explicou que, em uma análise de médio prazo, a queda contínua do IED desde 2011 pode ser explicada pelos menores preços dos produtos básicos de exportação, que reduziram significativamente os investimentos nas indústrias extrativas, e pela recessão econômica registrada em 2015 e 2016, principalmente no Brasil.

Essas duas tendências, entretanto, foram parcialmente revertidas em 2017 quando a região retomou o crescimento (avanço de 1,3% do PIB) e os preços do petróleo e metais subiram. Esse aumento dos preços fez com que se recuperasse a rentabilidade do investimento, após vários anos de queda, o que também impulsionou o reinvestimento dos lucros. No entanto, isso não foi suficiente para que se recuperasse o IED nas indústrias extrativas, apontou o relatório.

Enquanto em 2016 a maioria dos países da região registrou quedas nas entradas de IED, em 2017 o indicador subiu na maioria deles. No entanto, fortes baixas ocorreram em Chile (-48%), Brasil (-9,7%), e México (-8,8%).

Na América Central, o IED subiu pelo oitavo ano consecutivo (para 13,08 bilhões de dólares), com destaque para o aumento registrado no Panamá, cujos fluxos de entrada alcançaram 6,06 bilhões de dólares. No Caribe, houve alta de 20%, para 5,83 bilhões de dólares, mais da metade dos quais (60%) direcionados para a República Dominicana. Nesses países, tem sido muito importante o aumento dos investimentos na área turística, mas também no setor de recursos naturais — especialmente na Jamaica e na Guiana.

De acordo com o relatório, as principais origens do investimento estrangeiro direto na região em 2017 foram União Europeia e os Estados Unidos, respectivamente. A prevalência da Europa é particularmente notória na América do Sul, enquanto os EUA se mantêm como o principal investidor no México e na América Central.

A médio prazo, a queda no IED na região desde 2011 se concentrou quase exclusivamente no setor de recursos naturais, com baixas de 63%. As entradas de IED no setor de serviços caíram 11% e no setor de manufaturas aumentaram levemente. Essa recomposição dá oportunidades para focalizar os investimentos naqueles setores com maior capacidade para impulsionar a mudança estrutural e o desenvolvimento sustentável na região, processo que deve ser acompanhado por políticas que apoiem o desenvolvimento de capacidades nos países receptores.

“Não se trata simplesmente de criar as condições para que cheguem capitais estrangeiros, mas para que os investimentos se tornem fontes geradoras de disseminação tecnológica e produtiva, de emprego, e para que se orientem para um crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável”, ressaltou Bárcena.

O relatório enfatizou que setores como energias renováveis, telecomunicações e indústria automobilística são exemplos de como o IED pode contribuir para diversificar a estrutura produtiva, melhorar capacidades locais, criar emprego de qualidade e gerar encadeamentos com provedores locais e regionais.

Nesse sentido, destacam-se os investimentos, cada vez maiores, do setor automotivo no México e no Brasil, ou as manufaturas e serviços para a exportação na América Central e na República Dominicana (ambos temas tratados em capítulos separados do relatório). Entretanto, esses casos são ainda insuficientes para conseguir uma transformação produtiva na região, advertiu o documento.

Segundo o relatório, as tendências globais apontam para a estabilidade. Para 2018, não há previsão de mudança de cenário, com entradas de IED para a região permanecendo estáveis, próximo aos valores de 2017 — considerando uma margem de erro de 2%.

O documento disse ainda que o contexto internacional de incerteza favorece um padrão de crescimento dos países líderes em que o investimento doméstico e as capacidades locais são fatores-chave. Apesar da recuperação dos preços das matérias primas e do interesse em novos produtos como o lítio, não se repetirão os grandes fluxos de IED para os recursos naturais da última década, alertou a CEPAL.

As saídas de IED dos países da região caíram mais fortemente do que as entradas, e somaram 23,41 bilhões de dólares em 2017, 34% inferior ao apresentado em 2016 e menos da metade do alcançado em 2014.

As empresas translatinas, que tiveram uma grande expansão entre 2006 e 2014, não conseguiram diversificar sua estratégia para além das indústrias extrativas ou buscar mercados em outros países da região. Em um contexto de recessão (ou de baixo crescimento) e menores preços do petróleo e minérios, os países da América Latina e do Caribe tiveram que restringir suas operações no exterior ou, pelo menos, reter seu crescimento.

Clique aqui para acessar o relatório completo.



Promover a biodiversidade em todos os setores agrícolas é ‘fundamental’, diz chefe da FAO

julio 5, 2018 14:51, por ONU Brasil
Abastecimento de caminhões agrícolas em Bangladesh. Práticas não sustentáveis de agricultura estão tendo impactos incalculáveis na biodiversidade. Foto: FAO/Mohammad Rakibul Hasan

Abastecimento de caminhões agrícolas em Bangladesh. Práticas não sustentáveis de agricultura estão tendo impactos incalculáveis na biodiversidade. Foto: FAO/Mohammad Rakibul Hasan

Transformar a forma como os países produzem alimentos é “fundamental” para proteger o futuro dos ecossistemas, declarou o chefe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

À medida que grandes áreas de superfície do planeta são utilizadas para cultivar alimentos, criar animais ou produzir insumos como madeira, o setor agrícola – quando administrado de maneira sustentável – pode fazer contribuições significativas para proteger a biodiversidade, disse o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva.

Em discurso durante um diálogo internacional de três dias sobre a integração da administração sustentável de recursos nas políticas e práticas agrícolas, realizado no final de maio, o diretor pediu mudanças transformadoras na produção de alimentos. O objetivo é enfatizar a produção alimentos saudáveis e nutritivos, e ao mesmo tempo proteger a biodiversidade do planeta.

“A biodiversidade é essencial para garantir a segurança alimentar e nutricional global, melhorar os meios de subsistência no campo e aperfeiçoar a resiliência de indivíduos e comunidades”, declarou Graziano.

No entanto, a biodiversidade – nos níveis pertinentes à genética, espécies e ecossistemas – enfrenta uma série de ameaças, observou o diretor-geral da FAO, acrescentando que a produção de alimentos “é grande parte do problema”.

Graziano destacou que o mundo ainda mantém uma produção de alimentos baseada sobretudo em princípios de 50 anos atrás, frequentemente fazendo uso de produtos químicos hostis ao meio ambiente. O diretor também descreveu como a perda de biodiversidade agrícola representa um risco direto à segurança alimentar.

Diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, durante o Dia Mundial da Alimentação 2017. Foto: FAO/Giuseppe Carotenuto

Diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva. Foto: FAO/Giuseppe Carotenuto

“Apenas três culturas básicas – arroz, milho e trigo – e três espécies de animais – bovinos, suínos e frango – fornecem a maior parte da ingestão de energia alimentar no mundo”, disse.

A diversificação de fontes de alimentos poderia desempenhar um papel fundamental na garantia da segurança alimentar; como plantas geneticamente diversas, que são mais tolerantes a condições mais quentes e secas. Da mesma forma, a diversificação na criação de animais permitiria aos agricultores e pastores melhores condições de adaptação às mudanças nas condições ambientais.

“Isso é especialmente importante atualmente diante de desafios emergentes, como os impactos da mudança climática, a rápida urbanização e também uma população crescente com mudanças na dieta”, completou o diretor da FAO.

No cultivo em fazendas, a implementação de práticas de produção que priorizem a salvaguarda da biodiversidade também pode garantir que alimentos possam ser produzidos de forma sustentável.

Para esse fim, a conferência da FAO reuniu pessoas de todo o setor, para considerar exemplos reais de como a agricultura, pesca e silvicultura foram gerenciadas com sucesso para proteger a biodiversidade.

Uma série de grupos de trabalho também se concentrará nos caminhos para a integração da biodiversidade na agricultura, incluindo a governança global; políticas e legislação nacionais; incentivos e investimentos financeiros; e medidas da cadeia de suprimentos.



Especialista da ONU elogia ‘abordagem equilibrada’ da Bélgica na luta contra o terrorismo

julio 5, 2018 14:41, por ONU Brasil
Bruxelas, Bélgica. Foto: Miquel Fabre/Flickr/CC

Bruxelas, Bélgica. Foto: Miquel Fabre/Flickr/CC

O compromisso do governo da Bélgica de cumprir as obrigações de direitos humanos ao combater o terrorismo é um exemplo de boas práticas nacionais, disse um especialista em direitos humanos da ONU.

A relatora especial para a promoção e proteção dos direitos humanos e liberdades fundamentais na luta contra o terrorismo, Fionnuala Ní Aoláin, visitou a Bélgica no final de maio.

“A Bélgica é uma sociedade multicultural e multilíngue diversificada. Como muitos países, a Bélgica enfrenta os desafios de abordar e combater a radicalização, incluindo suas manifestações violentas, e tomou medidas ativas para desenvolver políticas estratégicas a esse respeito”, disse Ní Aoláin.

“De forma louvável, após os terríveis acontecimentos de 22 de março de 2016, o governo belga, com séria deliberação sobre as exigências da situação, determinou que nenhum estado de emergência era necessário para enfrentar os desafios de segurança existentes”, referindo-se a três atentados suicidas em Bruxelas, que vitimaram 35 pessoas. “Pelo contrário, o escopo completo da lei existente foi exercido em todo o seu potencial.”

A relatora especial ficou impressionada com a profundidade e a amplitude da atenção dada pelas autoridades federais, regionais, comunitárias e municipais aos desafios da radicalização em todas as suas manifestações e aos desafios da polarização social após a violência terrorista.

Apesar de sua avaliação geral positiva, a relatora especial expressou sua preocupação com as atuais lacunas no quadro jurídico aplicável às vítimas do terrorismo na Bélgica.

Ela estava profundamente preocupada com as experiências do dia a dia das vítimas do terrorismo em serviços de saúde, emprego e ambientes administrativos que levantam o espectro de violações secundárias, incluindo discriminação direta e indireta. Ela incentivou o governo a fazer dos direitos das vítimas uma prioridade na prática.

A relatora especial manifestou preocupação de que não houvesse programas sistemáticos de ‘desradicalização’ ou desengajamento nas prisões belgas, e levantou preocupações sobre os regimes de isolamento e outras medidas nas prisões belgas como uma violação severa dos direitos individuais.

Saiba mais sobre a visita clicando aqui.



Agência da ONU alerta sobre situação humanitária em centro de detenção na Líbia

julio 5, 2018 14:32, por ONU Brasil
Dezenas de migrantes dormem em instalações apertadas no centro de detenção Tariq al-Sikka em Trípoli, Líbia. Foto: ACNUR/Iason Foounten

Dezenas de migrantes dormem em instalações apertadas no centro de detenção Tariq al-Sikka em Trípoli, Líbia. Foto: ACNUR/Iason Foounten

Mais de uma dúzia de pessoas foram mortas ou feridas por traficantes de pessoas ao tentar escapar de um centro de detenção na Líbia em maio, segundo informações da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

O organismo internacional descreveu o acontecimento como a “mais recente história de horror” a acontecer no país.

As vítimas estavam entre um grupo de cerca de 200 migrantes vindos da Eritreia, Etiópia e Somália. A fuga ocorreu no dia 23 de maio.

O porta-voz do ACNUR, William Spindler, afirmou a jornalistas em Genebra que os sobreviventes relataram a forma como “pessoas levaram tiros enquanto tentavam escapar, e durante tentativas de recaptura”. O episódio ocorreu em Bani Walid, cidade a cerca de 200 km de distância da capital Trípoli.

A área é uma das muitas regiões do país que estão sobre controle de grupos armados desde que o presidente Muammar Gaddafi foi deposto, em 2011.

Os sobreviventes também relataram “tortura, abuso e exploração sobre as mãos de traficantes de pessoas”, afirmou Spindler, comentando que alguns migrantes haviam sido detidos por até três anos.

De acordo com o ACNUR, os sobreviventes foram transferidos para um centro de detenção próximo a Trípoli, onde receberam utensílios de primeiros socorros e apoio psicossocial.

A agência da ONU está em processo de discussão com as autoridades da Líbia para construir um centro de recepção de migrantes e refugiados. Porém, por enquanto, a detenção é “obrigatória”, declarou Spindler.

“O problema na Líbia é que, até agora, não existem lugares para onde aqueles que se encontram nessa situação podem ser levados”, afirmou o dirigente, em referência aos detidos que não se enquadram na categoria de migrantes.

“A detenção é obrigatória para todos os indivíduos em situação não regularizada que se encontram no país, sejam estes refugiados ou migrantes em razão de questões econômicas.”

Entre os sobreviventes estão um grande número de crianças desacompanhadas. O ACNUR está trabalhando para identificar os mais vulneráveis que podem precisar de proteção internacional.

Spindler descreveu o incidente como a “mais recente história de horror vinda da Líbia”, onde migrantes estão sendo detidos por traficantes de pessoas em condições impróprias e vendidos para uma vida caracterizada, em termos práticos, como escravidão.

Ele afirmou que, além de casos extraordinários de fuga, mortes não são um “caso isolado”. Spindler concluiu com um aviso sobre os muitos refugiados e migrantes que ainda podem estar se escondendo, ou presos, nas imediações de Bani Walid.

A Líbia, rica em petróleo, atraiu nativos de países vizinhos em busca de emprego ao longo das últimas décadas. Mais recentemente, pessoas fugindo de conflitos e da perseguição no continente africano buscaram o país em procura de refúgio.

Um estudo recente do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) em associação come a Missão de Apoio da ONU na Líbia, conhecida como UNSMIL, estimou que cerca de 6,5 mil pessoas estão detidas em prisões oficiais no país.

Milhares de outros migrantes estão em instalações controladas por grupos armados, alguns afiliados ao Estado, acusou o estudo.



Cibercrime movimenta US$1,5 trilhão por ano, diz ONU

julio 5, 2018 14:17, por ONU Brasil
Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, falando à imprensa na sede da ONU. Foto: ONU/Mark Garten

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, falando à imprensa na sede da ONU. Foto: ONU/Mark Garten

O comitê da ONU com foco em prevenção ao crime e justiça criminal realizou sua sessão anual em Viena pedindo uma resposta global mais integrada a desafios contínuos, entre eles o cibercrime.

Yury Fedotov, diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), reforçou a importância da cooperação para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e combater a ameaça dos crimes virtuais.

Um esforço internacional para “melhorar a aplicação da lei em todos os países, além de prevenir e combater o cibercrime, são indispensáveis”, afirmou o diretor.

“Eu tenho o orgulho de dizer que a Comissão e o UNODC têm realizado parcerias efetivas e pragmáticas para fortalecer esforços nessas áreas”, completou, reforçando que o treinamento de policiais, procuradores e juízes é necessário para “educar comunidades e proteger pessoas, sobretudo crianças”.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em sua primeira visita oficial a Viena no cargo, afirmou que o cibercrime é uma área na qual ainda há muito trabalho a ser feito e nenhum tempo a gastar.

“Novas tecnologias, incluindo ‘big data’ e ‘analytics’, inteligência artificial e automação, estão inaugurando uma era transformadora, às vezes chamada de quarta revolução industrial”, acrescentou, explicando que, apesar dos benefícios de tal progresso, esses avanços também viabilizam novas formas de crime.

“Estima-se que o cibercrime seja responsável por gerar cerca de 1,5 trilhão de dólares todo ano. E, como acontece na maioria dos crimes, os alvos são os mais vulneráveis”, disse o chefe da ONU, ressaltando a necessidade de um grande esforço coletivo para garantir que essas tecnologias sejam usadas para o benefício de todos.

Ao longo dos próximos dias, a sessão discutirá soluções para lidar com a prevenção ao crime e justiça criminal no contexto da Agenda 2030. Além disso, também serão abordadas formas de prevenção e combate ao tráfico humano, acesso a auxílio legal e justiça restaurativa, entre outros assuntos.



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