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Notícias da ONU

junio 11, 2012 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Crescimento econômico ‘excede expectativas’, mas tensões comerciais estão em alta

julio 5, 2018 14:08, por ONU Brasil
A Tanzânia se beneficiou de um rápido crescimento econômico, mas a desigualdade econômica e social, sobretudo para mulheres, continua alta. Foto: UNCTAD/Adam Kane

A Tanzânia se beneficiou de um rápido crescimento econômico, mas a desigualdade econômica e social, sobretudo para mulheres, continua alta. Foto: UNCTAD/Adam Kane

O crescimento econômico global está superando expectativas em 2018, mas o aumento de tensões geopolíticas e a incerteza acerca do comércio internacional podem minar o progresso, segundo um relatório recém-lançado da ONU.

O Produto Interno Bruto (PIB) global deverá crescer mais de 3% neste ano e no próximo, de acordo com o relatório ‘Situação Econômica Mundial e Perspectivas’ (WESP, na sigla em inglês). Esse incremento representa uma melhora no cenário econômico, em comparação com a previsão de crescimento de 3% e 3,1% para 2018 e 2019, apontada por uma estimativa realizada seis meses antes.

A mudança reflete um forte crescimento nos países desenvolvidos devido à aceleração dos aumentos salariais, condições de investimento amplamente favoráveis e ao impacto de curto prazo de um pacote de estímulo fiscal adotado nos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, o aumento global na demanda agilizou o crescimento do comércio. Muitos países com economias centradas na exportação de commodities também se beneficiarão do aumento nos preços do metal e da energia.

Elliott Harris, economista-chefe e secretário-geral assistente da ONU para o desenvolvimento econômico, afirmou que a previsão de crescimento econômico acelerado é uma notícia positiva para o esforço internacional em alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que incluem erradicar a pobreza extrema e a fome.

Entretanto, Harris alertou que “existe uma forte necessidade de não nos tornarmos complacentes em face da tendência ascendente dos números”.

O economista também declarou que o relatório “reforça o modo como os riscos também têm aumentado”, ressaltando como essas ameaças “evidenciam a necessidade urgente de abordar diversos desafios políticos, incluindo riscos ao sistema multilateral de comércio, alta desigualdade social e o novo aumento em emissões de carbono”.

Barreiras comerciais e medidas de retaliação marcam uma mudança do apoio incondicional às normas do sistema internacional de comércio, o que ameaça o ritmo do crescimento econômico global com repercussões potencialmente graves, sobretudo para economias em desenvolvimento.

O documento também aponta como a desigualdade de renda continua alta em muitos países. Porém, há evidência de melhoras consideráveis em algumas nações em desenvolvimento ao longo da última década.

Em determinados países da América Latina e do Caribe, medidas políticas relacionadas ao nível do salário-mínimo, educação e pagamentos de transferências governamentais reduziram significativamente a desigualdade ao longo dos últimos 20 anos.

O relatório conclui que emissões globais de dióxido de carbono relacionadas à produção de energia aumentaram em 1.4% em 2017, devido ao maior crescimento econômico, custo relativamente baixo de combustíveis fosseis e estratégias de produção de energia pouco eficientes.

Reformar os subsídios a combustíveis fósseis e garantir reduções fiscais para incrementar o crescimento da economia verde poderiam acelerar o esforço internacional para manter a emissão de gases-estufa no limite estabelecido pelo Acordo de Paris, em 2015.



Junho registra 1ª queda global no preço dos alimentos para 2018, diz FAO

julio 5, 2018 14:01, por ONU Brasil
Colheita de soja. Foto Jonas Oliveira/ANPr

Colheita de soja. Foto Jonas Oliveira/ANPr

Junho foi o primeiro mês de 2018 em que os preços dos alimentos tiveram queda em nível global, segundo levantamento divulgado hoje (5) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Taxa da agência da ONU teve redução de 1,3% em relação a maio, com destaque para a diminuição de 3,7% no valor dos cereais, associada ao acirramento de tensões comerciais entre os países.

Os óleos vegetais também registraram índice decrescente (-3%) na comparação com o mês anterior, atingindo o menor valor em 29 meses. Os similares derivados da palma, soja e girassol acompanharam o padrão de queda.

Já os preços da carne e do açúcar aumentaram em junho, com altas de 0,3% e 1,2% respectivamente. De acordo com a FAO, a valorização do açúcar foi provocada sobretudo pelo clima seco no Brasil, maior produtor e exportador do alimento. Com a escassez de chuvas no país, a agência da ONU vê um momento de inquietude no mercado, que teme baixa nas safras. O arroz também teve valorização no mercado mundial.

Os preços dos laticínios diminuíram em média 0,9%, devido a cotações menores dos queijos. Depreciação é reflexo da maior disponibilidade de exportações da União Europeia e dos Estados Unidos. As quedas compensaram uma alta no valor do leite em pó desnatado.

Flutuações dos cereais

Segundo a FAO, as tensões comerciais entre os EUA e a China tiveram impacto significativo nos preços das exportações de origem norte-americana, alavancadas pela soja. O fortalecimento do dólar estadunidense pressionou a baixa identificada globalmente pela agência da ONU.

O organismo internacional também atualizou suas previsões para a produção de cereais em 2018, que deve chegar a 2,58 bilhões de toneladas. O número pode impressionar, mas equivale a 64,5 milhões de toneladas (2,4%) a menos em relação a 2017.

Em junho, a demanda por cereais caiu em 24 milhões de toneladas na comparação com maio, mas o consumo global da categoria de produtos para o período 2018/2019 deve aumentar, alcançando os 2,64 bilhões de toneladas.



Desastre de Chernobyl pode ter causado 20 mil casos de câncer de tireoide, conclui estudo

julio 5, 2018 13:53, por ONU Brasil
Quarto bloco da Usina Nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Foto: AIEA/Petr Pavlicek

Quarto bloco da Usina Nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Foto: AIEA/Petr Pavlicek

O Comitê Científico sobre os Efeitos da Radiação Atômica (UNSCEAR) revelou que um quarto de todos os casos de câncer de tireoide entre pacientes que eram crianças na época do acidente de Chernobyl, há 32 anos, são provavelmente uma consequência das altas doses de radiação recebidas durante e após o desastre.

Cerca de 20 mil casos de câncer de tireoide foram registrados entre 1991 e 2015, envolvendo pessoas que tinham menos de 18 anos em 1986 e que viviam nas áreas afetadas da antiga União Soviética, de acordo com o novo estudo do Comitê.

O Comitê estima agora que um em cada quatro desses casos é atribuível à exposição à radiação nuclear.

“O câncer de tireoide tornou-se um grave problema após o acidente de Chernobyl e mais pesquisas são necessárias para que possamos entender melhor as consequências a longo prazo”, disse o presidente da UNSCEAR, Hans Vanmarcke.

A explosão na usina nuclear de Chernobyl em 26 de abril de 1986 espalhou uma nuvem radioativa em grande parte da antiga União Soviética, onde atualmente envolve Belarus, Ucrânia e Rússia. Quase 8,4 milhões de pessoas nessas áreas foram expostas à radiação.

Cerca de 116 mil pessoas foram removidas da área na época e outras 230 mil foram evacuadas nos últimos anos.

Em 8 de dezembro de 2016, a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução que definiu o dia 26 de abril como o Dia Internacional de Lembrança do Desastre de Chernobyl.



Luta contra a malária estagnou devido à falta de financiamento, diz OMS

julio 5, 2018 13:38, por ONU Brasil
O progresso no controle da malária foi uma das razões pelas quais a região africana da OMS teve o maior aumento na expectativa de vida desde 2000. Foto: UNICEF / Adenike Ademuyiwa

O progresso no controle da malária foi uma das razões pelas quais a região africana da OMS teve o maior aumento na expectativa de vida desde 2000. Foto: UNICEF / Adenike Ademuyiwa

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a necessidade de reativar a resposta global contra a doença, reconhecendo o progresso que ajudou a evitar milhões de mortes, especialmente entre crianças, desde 2000.

“Os dados mais recentes da OMS mostram que a resposta global à malária está numa encruzilhada”, disse o diretor-geral da Organização. Ele explicou que a luta contra a malária estagnou devido à falta de investimento em programas de prevenção e tratamento.

“Se continuarmos nesse caminho, perderemos os ganhos pelos quais tanto lutamos”, acrescentou.

Embora mais países tenham eliminado a doença, os desafios permanecem.

Em 2016, havia cerca de 216 milhões de casos de malária em 91 países — um aumento de 5 milhões de casos em relação a 2015. Nesse ano, as mortes por malária chegaram a 445 mil, um total levemente menor do que o registrado em 2015 (446 mil) mas, ainda assim, um número significativo.

O chefe de saúde da ONU pediu aos países e à comunidade global de saúde que fechem as lacunas críticas na luta contra a malária, encorajando todos os parceiros a se unir em torno de um objetivo comum: acelerar o ritmo do progresso.

“Juntos, devemos garantir que ninguém seja deixado para trás no acesso a serviços que salvam vidas para prevenir, diagnosticar e tratar a malária”, disse.

Fatos importantes

• A malária é uma doença potencialmente fatal transmitida através da picada de uma fêmea infectada do mosquito Anopheles. Pode ser prevenida e curada.

• Em 2016, havia cerca de 216 milhões de casos de malária em 91 países, um aumento de cinco milhões de casos em relação a 2015.

• As mortes por malária atingiram um número total de 445 mil em 2016, semelhante ao registrado em 2015 (446 mil).

• A região africana da OMS carrega uma parte desproporcionalmente alta da carga global da malária. Em 2016, a região abrigou 90% dos casos de malária e 91% das mortes por malária.

• O total do financiamento para o controle e eliminação da malária alcançou cerca de US$ 2,7 bilhões em 2016. As contribuições dos governos de países endêmicos totalizaram US$ 800 milhões, representando 31% do financiamento.



Mais de 400 mil crianças estão em risco de morte por malnutrição na RD Congo, alerta UNICEF

julio 5, 2018 13:25, por ONU Brasil
Crianças vão à aula em uma escola temporária no vilarejo de Mulombela, região de Kasai. Foto: UNICEF/Vincent Tremeau

Crianças vão à aula em uma escola temporária no vilarejo de Mulombela, região de Kasai. Foto: UNICEF/Vincent Tremeau

Mais de 400 mil crianças da República Democrática do Congo (RDC) estão “em risco de morte” na região do Kasai devido à escassez de comida causada por conflitos e deslocamentos, afirmou um funcionário sênior da ONU após uma visita ao local.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) emitiu o alerta em maio e, desde então, tem ampliado suas ações destinadas às pessoas atingidas.

Antes da escalada de violência entre o governo e milícias tribais em meados de 2016, os habitantes do Kasai possuíam pouca experiência com conflitos, de acordo com o porta-voz do UNICEF, Christophe Boulierac.

Boulierac retornou recentemente da RDC, onde afirmou que foi pessoalmente afetado pela situação dolorosa que encontrou.

“O que vi realmente me chocou em um nível pessoal. A situação no local é absolutamente assustadora, no sentido que pessoas tinham que fugir em arbustos com famílias e crianças”, declarou.

Claramente comovido, o oficial do UNICEF, que trabalhou em campo na África, Ásia e Caribe, declarou que “frequentemente afirmamos que crianças estão em risco de morte. Mas não é isso que estamos dizendo sobre a região do Kasai. Crianças estão morrendo, eu vi isso”, completou Boulierac.

Cerca de 3,8 milhões de pessoas possuem necessidade de assistência humanitária na região do Kasai, incluindo 2,3 milhões de crianças. Pelo menos metade de todas as crianças com menos de cinco anos de idade na região – o que corresponde a 770 mil do total – está sofrendo de malnutrição aguda.

Além disso, cerca de 400 mil crianças apresentam malnutrição severa, de acordo com um relatório do UNICEF publicado essa semana.

O UNICEF diz que muitas famílias têm sido forçadas a deixar suas casas por impossibilidade de plantar e colher ao longo das três últimas temporadas. O relatório também descreve que milhares de crianças foram recrutadas por grupos armados e milícias, e que centenas de escolas e centros médicos foram saqueados, queimados ou destruídos.

Para apoiar programas de assistência para as crianças do Kasai em 2018, o UNICEF pede 88 milhões de dólares. O Fundo só possui 25% de financiamento até agora.



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