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Notícias da ONU

junio 11, 2012 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

UNESCO e parceiro realizam enquete online com jovens LGBTI sobre educação e inclusão

julio 13, 2018 12:14, por ONU Brasil
Parada do Orgulho LGBT em São Paulo, 2015. Foto: Leo Pinheiro / Fotos Públicas

Parada do Orgulho LGBT em São Paulo, 2015. Foto: Fotos Públicas/Leo Pinheiro

Sistemas educacionais são inclusivos para a população LGBTI? Para encontrar respostas para a questão, a UNESCO e a organização francesa MAG Jeunes LGBT realizam uma enquete online voltada para jovens gays, lésbicas, bissexuais, trans e intersexo. É preciso ter no máximo 26 anos para participar da consulta pública. Prazo para contribuir vai até 18 de julho.

Os resultados da pesquisa serão apresentados durante a segunda Conferência Bienal da Coalizão de Direitos Iguais (Equal Rights Coalition – ERC, no nome original, em inglês). O evento acontece em agosto de 2018, em Vancouver, no Canadá. A ERC é um organismo intergovernamental composto por 39 países. A instituição defende os direitos humanos das pessoas LGBTI e promove o desenvolvimento em suas nações-membros e não membros.

Não é preciso se identificar para participar da consulta — basta indicar a idade e o país de origem. A enquete aborda a experiência das pessoas LGBTI nas redes de ensino e também traz uma questão sobre atendimento em serviços de saúde.

Clique aqui para acessar o questionário da consulta pública em português.

“Nós sabemos que uma parcela significativa de estudantes LGBTI passa por experiências violentas de homofobia e transfobia nas escolas, com um predomínio muito maior (desses episódios) do que seus colegas que não são LGBTI. Eles estão mais propensos a não se sentir seguros nas escolas, a faltar as aulas ou até mesmo a abandonar a escola, o que impacta negativamente em sua educação, suas perspectivas de emprego e seu bem-estar”, aponta Cristophe Cornu, líder de equipe na Seção de Saúde e Educação da UNESCO.

“Por meio dessa consulta global, esperamos aprender mais sobre essas experiências e, com isso, apoiar os Estados-membros a oferecer ambientes educacionais seguros e inclusivos para todos os seus estudantes. Isso é fundamental para a aprendizagem efetiva, para o cumprimento dos compromissos relativos a direitos humanos, incluindo o direito à educação e outros direitos das crianças, e para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em particular o ODS 4 (sobre educação).”

A UNESCO apoiará a realização da consulta com uma campanha nas redes sociais, chamando jovens de todo o mundo, incluindo do Brasil, a contribuir com a iniciativa.

Acesse o relatório “Jogo Aberto” da UNESCO sobre a resposta do setor de educação à violência motivada por questões de identidade de gênero e orientação sexual — clique aqui (em português).

Saiba mais sobre as ações da UNESCO na área de sexualidade e educação e também no enfrentamento ao bullying de caráter homofóbico — clique aqui (em português).

Conheça as ações da agência da ONU para combater a LGBTIfobia nos sistemas de ensino — clique aqui (em inglês).



OMS recebe contribuições da sociedade para declaração sobre atenção primária

julio 13, 2018 11:22, por ONU Brasil
Mais Médicos aumentou número de pessoas atendidas e qualidade dos serviços de saúde. Imagem: OPAS

Mais Médicos aumentou número de pessoas atendidas e qualidade dos serviços de saúde. Foto: OPAS

Até 22 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza uma consulta pública online para avaliar a nova Declaração sobre Atenção Primária à Saúde. Todas as pessoas podem participar, de pacientes e profissionais de saúde até formuladores de políticas e educadores. Instituições também são chamadas a encaminhar comentários. As opiniões enviadas serão discutidas na Conferência Global sobre Atenção Primária, no Cazaquistão, em outubro.

A agência da ONU disponibiliza, em português, a proposta da Declaração, ainda não aprovada e adotada — acesse clicando aqui.

O documento cobra mais vontade política para garantir saúde universal por meio de melhorias na atenção primária. De acordo com a OMS, 80% das necessidades de saúde podem receber respostas satisfatórias com a articulação da atenção primária às estratégias de saúde universal. A nova declaração pede o fortalecimento de serviços públicos e acessíveis por todos, em todas as fases da vida. Uma consulta realizada no mês de abril sobre o tema recebeu mais de 500 contribuições.

Na página da consulta pública, as perguntas aparecem em inglês, mas a OMS preparou uma tradução para o português — acesse a tradução clicando aqui. O questionário poderá ser respondido em português. Para participar da iniciativa, clique aqui.

Nos dias 25 e 26 de outubro deste ano, representantes de todos os países estarão reunidos em Astana, no Cazaquistão, para a Conferência Global sobre Atenção Primária. O encontro é realizado pela OMS em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).



Chefe da ONU diz que migração não é crime e cobra apoio a novo pacto global

julio 12, 2018 18:59, por ONU Brasil
Centenas de refugiados e migrantes a bordo de um barco de pesca momentos antes de serem resgatados pela Marinha italiana, como parte de sua operação Mare Nostrum, de junho de 2014. Foto: Marinha italiana/Massimo Sestini

Centenas de refugiados e migrantes a bordo de um barco de pesca momentos antes de serem resgatados pela Marinha italiana, como parte de sua operação Mare Nostrum, de junho de 2014. Foto: Marinha italiana/Massimo Sestini

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou nesta quinta-feira (12), em Nova Iorque, que migrar não é crime e sim, um “motor de crescimento” das economias de todo o mundo. Em coletiva de imprensa, o chefe da Organização pediu apoio da comunidade internacional ao novo pacto global sobre migração segura, ordenada e regular. Amanhã (13), o documento será avaliado para aprovação pela Assembleia Geral.

“Os migrantes somam mais de 250 milhões (de indivíduos) no mundo. Eles representam 3% da população global, mas contribuem com 10% do produto interno bruto global”, afirmou o dirigente máximo das Nações Unidas.

“No entanto, mais de 60 mil pessoas morreram ao migrar, desde 2000. No mar, no deserto e em outros lugares. Frequentemente, migrantes e refugiados são demonizados e atacados”, lembrou Guterres.

O secretário-geral explicou que o pacto global — que será adotado formalmente apenas em dezembro, em evento em Marrakesh — possui três objetivos centrais.

“Primeiro, reorientar as políticas nacionais de desenvolvimento e a cooperação internacional para o desenvolvimento, a fim de levar a migração em consideração e de criar oportunidades para as pessoas trabalharem e viverem com dignidade nos seus próprios países. Segundo, fortalecer a cooperação internacional contra traficantes e contrabandistas de pessoas e proteger suas vítimas. Terceiro, aumentar as oportunidades para a migração legal.”

O chefe da ONU enfatizou ainda que “tráfico e contrabando são atividades criminosas, a migração, não”. De acordo com Guterres, migrantes podem preencher lacunas nos mercados de trabalho de países com uma crescente população idosa. Fatores como as mudanças climáticas e a “simples aspiração humana” continuarão levando milhares de pessoas a deixar as nações onde nasceram, completou o dirigente.

Migrants are a remarkable engine for growth. The Global Compact for Safe, Orderly and Regular Migration will help the world harness the benefits of regular migration while safeguarding against the irregular movements that place people at risk – @antonioguterres pic.twitter.com/4MfLYvb21q

— UN Spokesperson (@UN_Spokesperson) 12 de julho de 2018

Segundo o secretário-geral, embora as nações tenham autonomia para definir suas próprias políticas migratórias, é necessário sempre respeitar os direitos humanos das pessoas envolvidas.

“Se a migração é inevitável, ela precisa ser melhor organizada por meio da cooperação internacional efetiva entre países de origem, trânsito e destino”, defendeu o secretário-geral. Questionado sobre a aplicação do pacto global, que não é um tratado vinculante, Guterres enfatizou que a ausência de obrigação legal não significa ausência de compromisso dos países em implementar as orientações.

O secretário-geral descreveu a iniciativa como momento de relevância inédita na gestão migratória, além de lembrar que o texto foi fruto de amplas consultas com países, migrantes e refugiados. O documento é um dos mecanismos previstos pela Declaração de Nova Iorque, assinada em 2016 pela Assembleia Geral. Esse marco de dois anos atrás determinava a criação de dois novos acordos internacionais, um sobre migração e outro sobre refúgio.

“Esses acordos mostram o multilateralismo em ação e nos dão uma sólida plataforma para o progresso”, disse Guterres.



ARTIGO: os rohingya são vítima de limpeza étnica; o mundo está falhando

julio 12, 2018 18:43, por ONU Brasil
Crianças rohingya aguardam distribuição de assistência humanitária em Cox's Bazar, em Bangladesh. Foto: UNICEF/Patrick Brown

Crianças rohingya aguardam distribuição de assistência humanitária em Cox’s Bazar, em Bangladesh. Foto: UNICEF/Patrick Brown

Por António Guterres*

Crianças pequenas mortas na frente dos pais. Meninas e mulheres vítimas de estupro coletivo enquanto seus familiares eram torturados e assassinados. Vilarejos queimados.

Nada poderia ter me preparado para os relatos assustadores que ouvi na semana passada em Bangladesh de refugiados rohingya que fugiram de assassinatos e da violência generalizada no estado de Rakhine, em Mianmar.

Um homem, membro desse grupo étnico majoritariamente muçulmano, desmoronou em lágrimas ao descrever como seu filho mais velho foi morto a tiros na frente dele, sua mãe brutalmente assassinada e sua casa incendiada. Disse ter se refugiado em uma mesquita, mas foi descoberto por soldados que abusaram dele e queimaram o Alcorão.

Essas vítimas do que foi corretamente chamado de limpeza étnica estão sofrendo uma angústia que só pode criar mágoa e raiva nos visitantes. Suas experiências horríveis desafiam a compreensão, mas são a realidade de quase 1 milhão de refugiados rohingya.

Os rohingya sofreram um padrão de perseguição — foram privados dos direitos humanos mais básicos, começando pela cidadania — em seu próprio país, Mianmar.

Os abusos sistemáticos dos direitos humanos pelas forças de segurança em Mianmar no ano passado foram projetados para incutir terror na população rohingya, deixando-a com uma escolha terrível — ficar, temendo a morte, ou deixar tudo para sobreviver.

Depois de uma jornada angustiante para ter mais segurança, esses refugiados agora estão tentando lidar com as duras condições do distrito de Cox’s Bazar, em Bangladesh, resultado da crise de refugiados que mais cresce no mundo.

Bangladesh é um país em desenvolvimento com recursos que estão sendo utilizados até o limite. No entanto, enquanto países maiores e mais ricos em todo o mundo estão fechando as portas para os estrangeiros, o governo e o povo de Bangladesh abriram suas fronteiras e corações para os rohingya.

A compaixão e a generosidade do povo de Bangladesh mostram o melhor da humanidade, salvando milhares de vidas. Mas a resposta à crise precisa ser global.

Um Pacto Global para os Refugiados está sendo finalizado pelos Estados-membros das Nações Unidas para que os países da linha de frente, como Bangladesh, não sejam deixados sozinhos na resposta a ondas de fuga por sobrevivência.

Por enquanto, as Nações Unidas e as agências humanitárias estão trabalhando ao lado dos próprios refugiados e das comunidades de acolhida para melhorar suas condições. Mas muitos mais recursos são necessários para evitar o desastre, enquanto uma crise de refugiados exige um compartilhamento global da responsabilidade.

Um apelo humanitário internacional de quase 1 bilhão de dólares só foi financiado em 26%. Esse déficit significa que a desnutrição prevalece no campo. Isso significa que o acesso à água e ao saneamento está longe do ideal. Isso significa que não podemos fornecer educação básica para crianças refugiadas. Não menos importante, significa medidas inadequadas para aliviar o risco imediato representado pelas monções.

Casas improvisadas construídas apressadamente pelos refugiados agora estão ameaçadas por deslizamentos de terra, exigindo ação urgente para encontrar locais alternativos e construir abrigos mais resistentes.

Muito tem sido feito para enfrentar esses desafios, mas ainda há riscos graves por causa das dimensões da crise.

Viajei a Bangladesh com o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e cumprimento sua liderança na mobilização de 480 milhões de dólares do banco em subsídios aos refugiados rohingya e seus anfitriões. No entanto, é preciso que a comunidade internacional faça muito mais.

Manifestações de solidariedade não são suficientes; o povo rohingya precisa de assistência genuína.

Apesar de tudo o que enfrentaram em Mianmar, os refugiados que encontrei no Cox’s Bazar não perderam a esperança. “Precisamos de segurança e cidadania em Mianmar. E queremos justiça para o que nossas irmãs, nossas filhas, nossas mães sofreram”, disse uma mulher distraída, mas determinada, enquanto gesticulava para uma mãe embalando seu bebê, resultado de estupro.

A crise não será resolvida da noite para o dia. Ao mesmo tempo, a situação não pode continuar indefinidamente.

Mianmar deve criar as condições para o retorno dos refugiados com plenos direitos e a promessa de viver em segurança e dignidade. Isto requer um investimento maciço — não apenas na reconstrução e desenvolvimento de todas as comunidades em uma das regiões mais pobres de Mianmar, mas também na reconciliação e respeito pelos direitos humanos.

A menos que as causas da violência no estado de Rakhine sejam abordadas de forma abrangente, a miséria e o ódio continuarão a alimentar o conflito. O povo rohingya não pode se tornar vítima esquecida. Precisamos responder a seus apelos por ajuda com ação.

*Secretário-geral da ONU



Novo exame de sangue pode identificar probabilidade de câncer de pulmão, afirma OMS

julio 12, 2018 18:05, por ONU Brasil
Raio-x do peito mostra alteração no tamanho dos dois pulmões, o que poderia indicar câncer. Foto: Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos

Raio-x do peito mostra alteração no tamanho dos dois pulmões, o que poderia indicar câncer. Foto: Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos

A Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou nesta quinta-feira (12) que um novo exame de sangue pode identificar indivíduos com mais propensão a ter câncer de pulmão. O teste tem potencial para se tornar mais uma ferramenta no mapeamento de fumantes e ex-fumantes que precisam passar por outros exames, como a tomografia computadorizada.

“Usando informação de quatro marcadores proteicos encontrados no sangue, junto com informação sobre tabagismo, conseguimos identificar 63% dos futuros pacientes com câncer de pulmão, entre fumantes e ex-fumantes, em comparação com 42% ao utilizar os atuais critérios de indicação para o exame de tomografia nos Estados Unidos”, explicou o cientista da IARC e um dos principais responsáveis pela pesquisa, Mattias Johansson.

Os tumores que atacam o pulmão são responsáveis por 20% de todas as mortes relacionadas a câncer no mundo. Reduzir o consumo de tabaco é a forma mais eficaz para prevenir esse tipo de câncer. Outros meios incluem o combate à poluição do ar e à exposição ao radônio, uma substância radioativa.

A IARC lembra que a tomografia computadorizada consegue detectar o câncer de pulmão em estágios iniciais, quando a enfermidade ainda é tratável, o que pode reduzir a mortalidade da patologia.

“Esse é o primeiro estudo a demonstrar sistematicamente que um painel de marcadores proteicos pode melhorar a identificação de casos futuros de câncer de pulmão”, celebrou o chefe da Seção de Genética da agência, Paul Brennan.

Segundo o especialista, isso permitirá aprimorar os critérios de indicação de pacientes para o acompanhamento por meio das tomografias. A pesquisa da IARC foi conduzida em colaboração com a Universidade do Texas.



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