Conferência sobre AIDS alerta para falta de remédios antirretrovirais na América Latina
August 1, 2018 17:00
O UNAIDS Brasil destaca que a adesão e o consequente sucesso do tratamento antirretroviral depende do acesso ininterrupto e em tempo adequado aos medicamentos. Foto: UNAIDS Brasil
A falta de estoque de remédios antirretrovirais é um grave problema de saúde pública na América Latina e representa um risco importante para a sustentabilidade da resposta ao HIV, de acordo com participantes da Conferência sobre AIDS 2018, que ocorreu no fim de julho em Amsterdã, na Holanda.
Na terça-feira (26), uma sessão intitulada “Sustentabilidade da resposta ao HIV na América Latina; fatores que afetam o acesso a medicamentos e suprimentos de saúde” abordou e analisou a magnitude, as causas estruturais e o impacto da falta de estoque na sustentabilidade da resposta ao HIV na América Latina.
Os participantes discutiram estratégias para preparar o caminho a seguir, e destacaram as melhores práticas de compras conjuntas de tratamento antirretroviral (ARV), como o fundo estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que ajudou a evitar rupturas de estoque.
Nos países latino-americanos, uma das conquistas mais importantes na resposta ao HIV têm sido o reconhecimento de que o acesso ao tratamento faz parte do direito à saúde no sistema público, resultando em um aumento no número de pessoas recebendo tratamento antirretroviral nos últimos anos. No entanto, um grande desafio para atender esse direito é garantir o fornecimento ininterrupto de medicamentos antirretrovirais e outros produtos essenciais.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 2012, 45% dos países latino-americanos relataram pelo menos um episódio de esgotamento de estoque; o número foi de 54% em 2010. Embora algumas melhorias sejam vistas de 2010 a 2012, a região ainda está enfrentando uma alta frequência de faltas em estoque.
A escassez de ARVs e outros suprimentos essenciais resultam em mudanças e interrupções no tratamento dos pacientes, ameaçam a vida das pessoas com HIV e dificultam a redução de novas infecções pelo HIV e mortes relacionadas à AIDS.
Os participantes da sessão enfatizaram a necessidade de um maior fortalecimento dos sistemas de saúde e processos conjuntos de aquisição, incluindo a incorporação das flexibilidades do Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (sigla em inglês TRIPS) para reduzir os custos dos ARV, alinhados com as políticas para regimes de tratamento simplificados. De acordo com os participantes, todos esses fatores são essenciais para prevenir e responder ao esgotamento de ARVs e suprimentos médicos.
“A América Latina continua sendo a região com a mais alta taxa de cobertura de tratamento antirretroviral. Cerca de 1,1 milhão de pessoas na região estavam acessando o tratamento em 2017, o que representa 61% das pessoas vivendo com HIV. Para fechar as lacunas, é fundamental melhorar a gestão dos programas nacionais e o planejamento, para que não haja falta de medicamentos”, disse César Núnez, diretor da equipe de apoio regional do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
Programa da ONU elogia esforços da Namíbia para eliminar AIDS
August 1, 2018 16:42
Na Namíbia, Monika, de 30 anos, soube que tinha HIV há apenas dois anos. Com os remédios adequados, ela evitou que sua filha fosse infectada durante a gravidez, mas a menina contraiu o vírus durante o período de amamentação. Foto: OMS
Novas pesquisas na Namíbia mostram que 77% de todos os adultos vivendo com HIV estão com a carga viral suprimida. Isso significa que o vírus foi reduzido a quantidades indetectáveis por testes laboratoriais comuns, o que permite a recuperação do sistema imunológico e impede o desenvolvimento da AIDS. Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) elogiou em julho (26) os avanços do país africano.
“Os esforços conjuntos da Namíbia para alcançar pessoas com testagem e tratamento do HIV estão produzindo resultados extraordinários”, disse o chefe do organismo internacional, Michel Sidibé.
O dirigente reafirmou o compromisso do programa da ONU em impulsionar os esforços de prevenção na nação africana, a fim de reduzir ainda mais as novas infecções pelo HIV.
A Pesquisa de Análise de Impacto do HIV na População da Namíbia avaliou o estado de saúde de 24 mil pessoas, de bebês até indivíduos com 64 anos de idade. O levantamento foi financiado pelo governo dos Estados Unidos e conduzido pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, com a Universidade de Columbia, governos locais e parceiros não governamentais. Estudo foi realizado de junho a dezembro de 2017.
Banco Mundial ouve comunidades locais do Tocantins sobre necessidade de obras em estradas
August 1, 2018 16:17Clique para exibir o slide.Miranorte é uma pequena cidade de Tocantins conhecida pela produção de abacaxi. Durante a estação chuvosa, a produção não chegava aos mercados porque as estradas ficavam obstruídas pela água. Em muitos lugares, as rodovias não tinham pontes nem bueiros, o que comprometia a segurança e a acessibilidade.
O Projeto Multissetorial do Banco Mundial em Tocantins (2012-2019) se propôs a enfrentar esse e outros desafios. A iniciativa, que incluiu um componente rodoviário rural, decidiu ouvir em primeira mão a comunidade sobre suas prioridades de desenvolvimento e para obter insumos na seleção de estradas que precisavam de melhorias. Além de uma abordagem prática e transparente, as consultas compensaram a falta de informações necessárias para o planejamento convencional.
Tocantins, como muitos lugares do mundo, não dispõe de dados sobre tráfego, condições das estradas nem de mapas da rede de estradas rurais. Embora as tecnologias de TI estejam emergindo e a importância desses dados para o gerenciamento de ativos rodoviários seja evidente, muitas vezes é demorado e caro pesquisar toda a rede de estradas rurais, especialmente em um estado como o Tocantins, maior que o Reino Unido.
Com apoio dos governos municipal e estadual, foram organizadas 72 consultas padronizadas nos 72 municípios do oeste do estado. O governo do estado nunca teve interações diretas com tantos moradores das zonas rurais. Aproveitando essa oportunidade rara, essas consultas foram utilizadas também para envolver os cidadãos em uma agenda mais ampla de desenvolvimento.
Cada consulta durava um dia inteiro, começando com os obstáculos ao desenvolvimento. Com auxílio de uma equipe treinada, os participantes falaram sobre desafios e ações necessárias para o desenvolvimento da região. Além das rodovias, a discussão englobou setores como agricultura, eletricidade, água, educação, saúde, segurança, etc. Os facilitadores resumiram a discussão usando grandes blocos de anotações. Após a consulta, cada município preparou um plano de desenvolvimento incluindo os desafios e proposições apresentadas durante as consultas.
As tardes eram dedicadas a analisar as rodovias rurais. Os participantes podiam sugerir livremente qualquer trecho de rodovia. Usando o mesmo sistema, os facilitadores enumeraram todos os trechos citados. A cada vez que uma lista ficava pronta, os participantes tinham de votar naquele que considerassem prioritário. Todo o processo foi transparente, e os resultados, divulgados em seguida com os participantes.
Embora haja sempre o risco de as elites (proprietários de terras, por exemplo) influenciarem indiretamente esse tipo de dinâmica, nenhuma seleção tendenciosa foi encontrada durante as consultas. Além disso, a discussão sobre questões de desenvolvimento incentivou os participantes a evitar o foco em interesses específicos e a entender a necessidade de melhorias nas estradas rurais de um ponto de vista mais amplo.
Os engenheiros da agência rodoviária estadual visitaram todas as estradas priorizadas durante as consultas e identificaram onde seria necessário intervir. As rodovias selecionadas nem sempre exigiam obras como pontes ou bueiros.
O orçamento para as rodovias (44 milhões de dólares) foi alocado levando em consideração a população, a área e o índice de desenvolvimento humano. A execução das melhorias foi feita na ordem da lista votada e até o limite do orçamento de cada município.
Resultados obtidos
Mais de 1,3 mil pequenas pontes e bueiros em estradas rurais no Tocantins foram construídos, garantindo acessibilidade o ano inteiro para os cerca de 85 mil moradores rurais dos 72 municípios da região oeste do estado. Um projeto anterior (2004-2011) concluiu trabalhos rurais semelhantes na região leste. Atualmente, com ambos os projetos, todos os municípios do estado estão cobertos.
Em 2012 e 2013, o projeto concluiu com sucesso 72 consultas públicas com mais de 6 mil participantes no total, dos quais 35% eram mulheres, e os incentivou a adotar uma agenda de desenvolvimento local. Até julho de 2018, 84% das melhorias das rodovias rurais, priorizadas pela comunidade, haviam sido completas. A população do estado, inclusive a de Miranorte, agora poderá ver o resultado das suas decisões.
A agência rodoviária estadual obteve dados georreferenciados das estradas pesquisadas para melhor gerenciar os ativos rodoviários rurais.
O projeto avaliará os benefícios socioeconômicos desses trabalhos usando uma metodologia de avaliação de impacto. O estudo, a ser finalizado em 2019, está conduzindo entrevistas com mais de 1 mil famílias para identificar mudanças em suas atividades socioeconômicas devido ao projeto, como melhoria de produção e/ou de renda.
Banco Mundial ouve comunidades locais do Tocantins sobre necessidade obras em estradas
August 1, 2018 16:17Clique para exibir o slide.Miranorte é uma pequena cidade de Tocantins conhecida pela produção de abacaxi. Durante a estação chuvosa, a produção não chegava aos mercados porque as estradas ficavam obstruídas pela água. Em muitos lugares, as rodovias não tinham pontes nem bueiros, o que comprometia a segurança e a acessibilidade.
O Projeto Multissetorial do Banco Mundial em Tocantins (2012-2019) se propôs a enfrentar esse e outros desafios. A iniciativa, que incluiu um componente rodoviário rural, decidiu ouvir em primeira mão a comunidade sobre suas prioridades de desenvolvimento e para obter insumos na seleção de estradas que precisavam de melhorias. Além de uma abordagem prática e transparente, as consultas compensaram a falta de informações necessárias para o planejamento convencional.
Tocantins, como muitos lugares do mundo, não dispõe de dados sobre tráfego, condições das estradas nem de mapas da rede de estradas rurais. Embora as tecnologias de TI estejam emergindo e a importância desses dados para o gerenciamento de ativos rodoviários seja evidente, muitas vezes é demorado e caro pesquisar toda a rede de estradas rurais, especialmente em um estado como o Tocantins, maior que o Reino Unido.
Com apoio dos governos municipal e estadual, foram organizadas 72 consultas padronizadas nos 72 municípios do oeste do estado. O governo do estado nunca teve interações diretas com tantos moradores das zonas rurais. Aproveitando essa oportunidade rara, essas consultas foram utilizadas também para envolver os cidadãos em uma agenda mais ampla de desenvolvimento.
Cada consulta durava um dia inteiro, começando com os obstáculos ao desenvolvimento. Com auxílio de uma equipe treinada, os participantes falaram sobre desafios e ações necessárias para o desenvolvimento da região. Além das rodovias, a discussão englobou setores como agricultura, eletricidade, água, educação, saúde, segurança, etc. Os facilitadores resumiram a discussão usando grandes blocos de anotações. Após a consulta, cada município preparou um plano de desenvolvimento incluindo os desafios e proposições apresentadas durante as consultas.
As tardes eram dedicadas a analisar as rodovias rurais. Os participantes podiam sugerir livremente qualquer trecho de rodovia. Usando o mesmo sistema, os facilitadores enumeraram todos os trechos citados. A cada vez que uma lista ficava pronta, os participantes tinham de votar naquele que considerassem prioritário. Todo o processo foi transparente, e os resultados, divulgados em seguida com os participantes.
Embora haja sempre o risco de as elites (proprietários de terras, por exemplo) influenciarem indiretamente esse tipo de dinâmica, nenhuma seleção tendenciosa foi encontrada durante as consultas. Além disso, a discussão sobre questões de desenvolvimento incentivou os participantes a evitar o foco em interesses específicos e a entender a necessidade de melhorias nas estradas rurais de um ponto de vista mais amplo.
Os engenheiros da agência rodoviária estadual visitaram todas as estradas priorizadas durante as consultas e identificaram onde seria necessário intervir. As rodovias selecionadas nem sempre exigiam obras como pontes ou bueiros.
O orçamento para as rodovias (44 milhões de dólares) foi alocado levando em consideração a população, a área e o índice de desenvolvimento humano. A execução das melhorias foi feita na ordem da lista votada e até o limite do orçamento de cada município.
Resultados obtidos
Mais de 1,3 mil pequenas pontes e bueiros em estradas rurais no Tocantins foram construídos, garantindo acessibilidade o ano inteiro para os cerca de 85 mil moradores rurais dos 72 municípios da região oeste do estado. Um projeto anterior (2004-2011) concluiu trabalhos rurais semelhantes na região leste. Atualmente, com ambos os projetos, todos os municípios do estado estão cobertos.
Em 2012 e 2013, o projeto concluiu com sucesso 72 consultas públicas com mais de 6 mil participantes no total, dos quais 35% eram mulheres, e os incentivou a adotar uma agenda de desenvolvimento local. Até julho de 2018, 84% das melhorias das rodovias rurais, priorizadas pela comunidade, haviam sido completas. A população do estado, inclusive a de Miranorte, agora poderá ver o resultado das suas decisões.
A agência rodoviária estadual obteve dados georreferenciados das estradas pesquisadas para melhor gerenciar os ativos rodoviários rurais.
O projeto avaliará os benefícios socioeconômicos desses trabalhos usando uma metodologia de avaliação de impacto. O estudo, a ser finalizado em 2019, está conduzindo entrevistas com mais de 1 mil famílias para identificar mudanças em suas atividades socioeconômicas devido ao projeto, como melhoria de produção e/ou de renda.
Programa da ONU alerta para buraco de 20% no orçamento global de HIV
August 1, 2018 15:51
Michel Sidibé, chefe do UNAIDS, durante a abertura da 22ª Conferência Global de AIDS. Foto: UNAIDS
Com mais de 15 mil participantes, a 22ª Conferência Internacional de AIDS teve início com um apelo da ONU por mais recursos para a resposta de saúde pública à epidemia. Em Amsterdã para a abertura do evento, o chefe do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Michel Sidibé, alertou para uma “persistente lacuna de 20% (no orçamento) entre o que é necessário e o que está disponível”. Encontro ocorreu na cidade holandesa dos dias 23 a 27 de julho.
“Uma resposta à AIDS totalmente financiada não é negociável”, cobrou o dirigente do organismo internacional. Segundo o gestor, “pequenos cortes podem ter grandes consequências”.
Sidibé lembrou que o planeta não está avançando a passos largos o suficientes para bater as metas da ONU de prevenção e tratamento até 2020. O relatório mais recente do UNAIDS mostra que novas infecções por HIV aumentaram em cerca de 50 países.
Nos últimos sete anos, os novos casos de transmissão caíram apenas 18%, de 2,2 milhões em 2010 para 1,8 milhão no ano passado. Embora seja quase metade do número de novas infecções em comparação com o pico registrado em 1996 (3,4 milhões), o declínio não é rápido o suficiente para alcançar a meta de menos de 500 mil pessoas até 2020.
Atualmente, as populações-chave e seus parceiros sexuais representam 47% das novas infecções pelo HIV no mundo e 97% das novas infecções pelo HIV no Leste Europeu e na Ásia Central. Nessas duas regiões, um terço das novas infecções ocorrem entre pessoas que usam drogas injetáveis.

Conchita Wurst, artista e cantora, durante a abertura da conferência. Foto: UNAIDS
Sidibé ressaltou que a intolerância à diversidade está provocando uma crise de prevenção do HIV. Em sua avaliação, é fundamental romper barreiras que excluem os indivíduos de seus direitos. “Hoje, quase 22 milhões de pessoas estão em tratamento. Mas 15 milhões ainda estão esperando, incluindo mais de 800 mil crianças”, enfatizou o chefe do UNAIDS.
Também presente na conferência, a artista Conchita Wurst, campeã do Festival Eurovision de 2014, pediu o fim do estigma contra as pessoas vivendo com HIV. “Vocês podem nos tocar, vocês podem nos beijar, vocês podem nos amar como a qualquer outra (pessoa). O HIV é apenas um diagnóstico”, defendeu.
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, ressaltou que “ninguém deveria adoecer e morrer simplesmente por ser pobre ou marginalizado”.
Especialistas veem crise de prevenção
Também durante a conferência, a Coalizão Global sobre Prevenção do HIV reuniu especialistas e gestores públicos para discutir como impedir novas transmissões do vírus. Representantes da sociedade civil chamaram atenção para uma crise no uso de métodos preventivos, como a camisinha.
“Todos os jovens e membros de populações-chave precisam de acesso fácil (aos preservativos)”, afirmou o diretora-geral da Planned Parenthood, Alvaro Bermejo.
“Há uma crise de preservativos intrínseca à crise de prevenção. Nós sabemos como entregar preservativos. São outros fatos que estão impedindo o acesso aos preservativos onde os jovens estão, não permitindo que menores de 18 anos tenham acesso a preservativos nas clínicas, os afastando das escolas.”
Criada em 2017, a Coalizão Global em outubro de 2017 foi elogiada pelos debatedoras por alavancar programas de prevenção em nível nacional e local. Porém, iniciativas enfrentam problemas de financiamento e de governança. Em quase metade dos 31 países da coalizão, políticas sobre a idade de consentimento para relações sexuais criam barreiras para que os adolescentes acessem serviços de saúde sexual e reprodutiva.
“O rosto da vulnerabilidade está em meninas adolescentes e populações-chave”, acrescentou a diretora-executiva do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Natalia Kanem.
“Nós realmente precisamos pensar sobre a era do desenvolvimento sustentável e o que significa viver com plena dignidade. A prevenção implica o acesso à informação, implica serviços respeitosos em tempo hábil e compreensão de que estamos em um momento de crise.”
A coalização global foi capitaneada pelo UNFPA e pelo UNAIDS, com a participação de Estados-membros da ONU, incluindo o Brasil.
Religião pelo fim do estigma
Às vésperas da conferência global (22), o chefe do UNAIDS participou de um encontro com lideranças religiosas, também em Amsterdã, para discutir o papel das comunidades de fé na resposta ao HIV. Sidibé defendeu que fiéis e líderes se engajem na superação do estigma envolvendo os indivíduos com HIV.
“Ninguém pode nos ajudar mais do que a igreja a superar o estigma. Este é o seu terreno natural, lutando pela justiça social”, ressaltou o dirigente do programa da ONU.
“A esperança deve ser vista como um direito humano no nosso mundo hoje”, completou o imã Marzouk Abdellah.
O evento contou com discussões sobre HIV e migração, as contribuições de grupos religiosos para a erradicação da tuberculose e iniciativas para apoiar crianças e adolescentes vivendo com HIV. A conferência de AIDS também teve um espaço dedicado à atuação de comunidades religiosas na resposta à epidemia.