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Notícias da ONU

Giugno 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

UNICEF e Samsung divulgam selecionados para próxima etapa de maratona de tecnologia

Luglio 4, 2018 15:24, by ONU Brasil
Foto: EBC

Foto: EBC

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a empresa de tecnologia Samsung divulgaram na segunda-feira (2) a lista das 32 equipes selecionadas para as próximas etapas da Maratona UNICEF Samsung.

As equipes, escolhidas entre mais de 100 que se inscreveram de todas as regiões do país, vão desenvolver aplicativos com soluções para melhorar a educação nas escolas públicas brasileiras.

Com mais duas etapas pela frente, as equipes selecionadas – compostas por um estudante de ensino médio e um professor, ambos da rede pública de ensino, e três estudantes de escola pública, técnica, instituto federal ou universidade pública ou privada – trabalharão em protótipos de aplicativos para as áreas de Ciências Humanas (História e Geografia), Matemática, Ciências da Natureza e Linguagens (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa), para ser utilizados em turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.

“Esta é uma iniciativa que visa não só promover o engajamento de estudantes em um tema que os impacta diretamente, a educação, mas também auxiliar na redução do número de crianças e adolescentes em atraso escolar, por meio das tecnologias criadas”, disse Ítalo Dutra, chefe de educação do UNICEF no Brasil.

“O engajamento de alunos e professores é o trampolim para uma mudança verdadeira porque leva em conta a realidade da educação nos municípios e promove a participação”, completou.

Para Isabel Costa, gerente de cidadania corporativa da Samsung Brasil, a maratona entra em uma fase importante, na qual os grupos selecionados contarão com o apoio dos mentores para desenvolver aplicativos que demonstrem como a tecnologia pode transformar a dinâmica das salas de aula.

“Foram centenas de projetos inscritos e é gratificante ver o empenho dos alunos e professores na construção de soluções que promovem a inclusão digital de futuras gerações”, disse Isabel Costa.

“Ficamos muito felizes pela oportunidade de participar desse projeto de desenvolvimento e crescimento na vida de jovens e professores de todo o Brasil. As equipes enviaram propostas riquíssimas com uma grande diversidade de temas e inovação na criação do desenvolvimento dos aplicativos”, declarou Ana Beatriz Pires, gerente de projetos da Softex no Brasil.

“Muitas equipes que se inscreveram são formadas por pessoas de estados diferentes, e equipes com projetos que envolvem IOT (Internet das coisas), machine learning e inteligência artificial”, completou.

Clique aqui para acessar a lista de projetos que vão para a segunda etapa.

Sobre a Maratona UNICEF Samsung

A Maratona UNICEF Samsung é uma iniciativa do UNICEF e da Samsung, desenvolvida em parceria com a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), por meio do programa Brasil Mais TI.

Para a segunda fase da Maratona, que ocorre até 28 de setembro, as equipes selecionadas vão desenvolver os aplicativos que propuseram no ato da inscrição. Elas também terão encontros virtuais com os especialistas e receberão mentorias pedagógicas e técnicas sobre os temas da aprendizagem e inovação, que ocorrerão de 16 a 24 de agosto. Entre 27 de agosto e 28 de setembro, os protótipos de aplicativos serão testados nas escolas.

A terceira e última etapa do projeto ocorre entre 8 e 11 de outubro, quando os participantes apresentam e entregam os aplicativos criados. Ao final da maratona, uma cerimônia será realizada para a entrega da certificação e da bolsa de benefício para cada participante das equipes selecionadas, em dia e local a ser definido.

Para acompanhar as próximas fases e conferir os aplicativos desenvolvidos pelos próprios estudantes, acesse: http://maratona.brasilmaisti.com.br/



ONU Brasil conclui segunda edição de projeto de formação para pessoas trans no DF

Luglio 4, 2018 14:44, by ONU BrasilClique para exibir o slide.

A ONU Brasil, a partir da Campanha Livres & Iguais, concluiu nesta semana (3) a segunda edição do projeto Trans-Formação, cujo objetivo é fortalecer lideranças e formar redes entre ativistas trans no Distrito Federal e entorno.

A iniciativa, cuja primeira edição ocorreu no ano passado, durou quatro meses e formou 30 pessoas trans — entre travestis, mulheres trans, homens trans e pessoas não binárias — com idade entre 17 e 55 anos. Houve oficinas sobre educação, saúde, empregabilidade, mídia, direitos humanos, autocuidado e participação social.

“É um espaço de formação política, empoderamento, inclusão e convívio social onde essas pessoas trans interagem diretamente com alguns órgãos e seus respectivos representantes”, disse Natália Vasconcelos, participante da primeira edição do projeto e atualmente representante da Rede Trans Brasil no DF.

As oficinas foram complementadas por um programa de “mentorias”, que ligou cada participante a um mentor ou mentora, integrante de uma instituição que pudesse contribuir para o ativismo trans local, nacional ou internacionalmente.

A segunda edição da iniciativa foi organizada por uma parceria entre Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), ANAVTrans, coletiva Corpolítica, Rede Trans Brasil, Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT), União Libertária de Travestis e Transexuais (ULTRA), Governo do Distrito Federal e Ministério Público do Trabalho (MPT).

Cenário nacional e internacional

No Brasil, o movimento LGBTI conquistou direitos importantes recentemente. O uso do nome social é regulamentado por um decreto que determina seu respeito em toda a administração pública e, em 2018, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu o direito de retificar o nome e o gênero sem a necessidade de processos judiciais ou intervenções médicas.

Em junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a transexualidade da lista de doenças mentais na nova versão da Classificação Internacional de Doenças, a CID-11. Entretanto, as pessoas trans seguem lidando com inúmeros desafios e, sobretudo, têm ficado para trás quanto à garantia de seus direitos humanos e da participação no processo de desenvolvimento.

“Na realidade atual onde nós, pessoas trans e travestis, enfrentamos preconceitos e portas fechadas, a ONU se mostra acolhedora e aliada a essa população ao promover o projeto Trans-Formação”, disse Natália.

“Esta segunda edição do Trans-Formação foi para mim mais que um aprendizado, foi um desafio, onde aprendi a conviver com outras gerações e suas histórias de luta e superação”, disse Rubi Martins, participante da primeira edição da iniciativa e integrante da coordenação da nova edição.

“Estamos muito honrados por participar de mais um Trans-Formação. O projeto tem promovido uma grande mudança na nossa estrutura institucional”, comentou a defensora pública do Distrito Federal, Karoline Leal, e mentora na iniciativa.

Já para Murilo Bernardo, participante da segunda edição, o projeto “não foi apenas um curso, e sim a oportunidade incrível de conhecer outrxs trans e debater sobre os nossos direitos”.

Saiba mais

Conheça ativistas trans que estão lutando pela igualdade no Brasil – https://www.unfe.org/pt-pt/savinglives/
Ser um aliado trans é mais fácil que você pensa – https://www.unfe.org/pt-pt/transally/



ONU colabora com controle do surto de sarampo no Amazonas e em Roraima

Luglio 4, 2018 12:43, by ONU Brasil
Conforme a mais recente atualização epidemiológica da OPAS/OMS, publicada no início de junho (8), onze países do continente americano já notificaram casos confirmados de sarampo. Foto: Wilson Dias/ABr

Conforme a mais recente atualização epidemiológica da OPAS/OMS, publicada no início de junho (8), onze países do continente americano já notificaram casos confirmados de sarampo. Foto: Wilson Dias/ABr

A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) está colaborando com as ações para controle do surto de sarampo em dois estados brasileiros: Amazonas (271 casos confirmados, todos em Manaus) e Roraima (200 casos confirmados). O aumento no número de casos da doença em Manaus levou o município a decretar na terça-feira (3) situação de emergência por 180 dias.

A decisão busca agilizar as ações de prevenção e controle, visando à quebra da cadeia de transmissão do vírus do sarampo. A OPAS/OMS enviou à Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, na sexta-feira (29), uma nota técnica com subsídios favoráveis à tomada dessa medida e tem enviado especialistas para colaborar com as ações de resposta à doença conduzidas pelo governo municipal, em coordenação com o governo estadual e federal.

Localizado na região Norte do Brasil, Manaus é um polo industrial, comercial e turístico, que recebe um grande número de viajantes nacionais e internacionais. Esse cenário, aliado ao fato de que já foram identificados casos confirmados da doença nos estados do Rio Grande do Sul, Rondônia e Mato Grosso, representa risco de propagação do sarampo para países vizinhos.

Por isso, a OPAS/OMS está apoiando as atividades de vacinação, vigilância, gestão, informação, educação, comunicação social, resposta rápida e mobilização de recursos no estado do Amazonas.

O organismo internacional também está auxiliando o governo federal do Brasil no fornecimento de seringas, na compra de materiais para manter a temperatura adequada das vacinas, na contratação de cerca de 200 vacinadores, aluguel de veículos para transporte de equipes de saúde, planejamento de ações de imunização e no envio de especialistas para apoiar as autoridades nacionais e locais no estado de Roraima.

Américas

Conforme a mais recente atualização epidemiológica da OPAS/OMS, publicada no início de junho (8), onze países do continente americano já notificaram casos confirmados de sarampo neste ano: Antígua e Barbuda, Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Guatemala, México, Peru e Venezuela.

A região das Américas foi a primeira do mundo a ser declarada livre de sarampo, uma doença viral que pode causar graves problemas de saúde, inclusive pneumonia, cegueira, inflamação do cérebro e até mesmo a morte. A principal medida para prevenir a introdução e disseminação do vírus do sarampo é a vacinação da população suscetível, juntamente com a implementação de um sistema de vigilância de alta qualidade e sensível o suficiente para detectar de forma oportuna quaisquer casos suspeitos.

Tendo em vista as contínuas importações do vírus de outras regiões do mundo e os surtos em curso nas Américas, a OPAS/OMS pede que países e territórios vacinem a população para manter uma cobertura homogênea de 95% com a primeira e a segunda dose da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola em todos os municípios; vacinem populações em risco (sem comprovação de vacinação ou imunidade contra sarampo e rubéola), como profissionais de saúde, pessoas que trabalham com turismo e transporte (hotelaria, aeroportos, motoristas de táxi, etc.) e viajantes internacionais.

Também orienta os países a manter uma reserva de vacinas contra sarampo e rubéola e de seringas para controle de casos importados em cada país da região; a fortalecer a vigilância epidemiológica para detecção oportuna de todos os casos suspeitos de sarampo e garantir que as amostras sejam recebidas por laboratórios dentro de cinco dias após serem tomadas.

Outras orientações incluem fornecer uma resposta rápida frente aos casos importados de sarampo, com o objetivo de evitar o restabelecimento da transmissão endêmica (ou seja, que existe de forma contínua e constante dentro de uma determinada região). Uma vez ativada a equipe de resposta rápida, deve-se assegurar uma coordenação permanente entre os níveis nacionais e locais, com canais de comunicação permanentes e fluidos.

A OPAS/OMS também orienta os países a identificar fluxos migratórios do exterior (chegada de estrangeiros) e fluxos internos (movimentos de grupos populacionais) em cada país, a fim de facilitar o acesso aos serviços de vacinação, de acordo com os calendários nacionais de imunização.

Além disso, a OPAS/OMS recomenda aos seus Estados-membros que aconselhem a vacinação contra sarampo e rubéola, preferencialmente com a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), a todos os viajantes com mais de 6 meses de idade que não puderem comprovar vacinação ou imunidade. Segundo a agência da ONU, é importante que isso seja feito pelo menos duas semanas antes de viajarem para áreas onde a transmissão do sarampo foi registrada.



‘Todas as atrocidades podem ser evitadas’ e nunca justificadas, diz chefe da ONU

Luglio 3, 2018 18:58, by ONU Brasil
O secretário-geral da ONU, António Guterres (esquerda), fala em reunião da Assembleia Geral sobre a responsabilidade dos países de prevenir genocídios, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. Foto: ONU/Loey Felipe

O secretário-geral da ONU, António Guterres (esquerda), fala na Assembleia Geral sobre a responsabilidade dos países de prevenir genocídios, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. Foto: ONU/Loey Felipe

Atrocidades como genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e limpezas étnicas não são “inevitáveis”, disse o chefe das Nações Unidas na semana passada (25), enfatizando que a comunidade internacional precisa fazer mais para acabar com a violência contra inocentes.

Falando durante debate na Assembleia Geral sobre a responsabilidade dos países de proteger suas populações, António Guterres enfatizou que a defesa dessa obrigação, nos momentos de maior necessidade, é fundamental.

“Neste momento de desafios extremos, não se deve abandonar a responsabilidade de proteger”, afirmou o secretário-geral da ONU, enfatizando que essa ideia precisa sair do papel e ser traduzida em ações.

“Princípios importantes não têm força se não forem aplicados quando são necessários”, observou.

A “responsabilidade de proteger”, conhecida como R2P, se refere à obrigação dos Estados de proteger suas populações e todas as populações em risco de genocídio e outros crimes de guerra.

Após anos de discussão na sequência das atrocidades cometidas na Bósnia e em Ruanda durante os anos 1990, os Estados-membros da ONU comprometeram-se a incluir o R2P no documento final da Cúpula Mundial da ONU de 2005, em Nova Iorque.

Durante o debate, Guterres lembrou os Estados-membros de seu dever de proteger seu próprio povo, e propôs possíveis medidas para fortalecer suas capacidades, incluindo a realização de avaliações de risco nacionais e a formulação de políticas para lidar com quaisquer pontos vulneráveis.

Além disso, ele acrescentou que aumentar a participação da sociedade civil poderia ajudar sistemas de alerta precoce e garantir a eficácia das instituições nacionais de direitos humanos.

“Nosso maior desafio é defender o princípio da responsabilidade de proteger e, ao mesmo tempo, impedir seu uso indevido”, enfatizou. “Isso significa agir prontamente, preventivamente e diplomaticamente, antes de a situação piorar e sair do controle”, completou.

Guterres também instou todos os Estados-membros a ratificar e trazer para a legislação nacional instrumentos da lei internacional relacionados à proibição e prevenção de crimes como genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e limpeza étnica.

Dos 193 Estados-membros, 45 ainda precisam ratificar a Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, adotada em 1948 e que entrou em vigor no início de 1951. A convenção define genocídio em termos legais e enfatiza a necessidade de processar os responsáveis por esse crime.

Prevenção como medida essencial de proteção

O presidente da Assembleia Geral, Miroslav Lajcák, lembrou que o debate realizado em Nova Iorque foi a primeira reunião formal das Nações Unidas sobre o princípio da responsabilidade de proteger desde 2009.

“Acho que esse é um bom momento para nos lembrar do peso em nossos ombros”, disse.

Lajcák acrescentou que a prevenção é a medida essencial da responsabilidade de proteger. “Precisamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar chegar ao ponto em que a humanidade esteja perdida”, salientou, observando que, embora a prevenção seja um trabalho árduo, é essencial e vale a pena.

Ele também destacou a conexão entre a responsabilidade de proteger e a Carta da ONU. “Todos nós nos comprometemos, através da primeira linha da Carta, a salvar as futuras gerações do flagelo da guerra. E a responsabilidade de proteger é baseada neste objetivo”, concluiu.



Agências da ONU elogiam acordo da União Europeia sobre migração

Luglio 3, 2018 18:13, by ONU Brasil
Menina segura brinquedo ao buscar abrigo com outros refugiados afegãos em centro de recepção de Tabanovce, na Macedônia, após terem entrada negada na Sérvia. Foto: UNICEF/Tomislav Georgiev

Menina segura brinquedo ao buscar abrigo com outros refugiados afegãos em centro de recepção de Tabanovce, na Macedônia, após terem entrada negada na Sérvia. Foto: UNICEF/Tomislav Georgiev

As agências humanitárias da ONU elogiaram na sexta-feira (29) um acordo recém-assinado por líderes da União Europeia, que pede maior responsabilidade dos Estados-membros na proteção de migrantes e refugiados, em meio a um endurecimento das políticas de algumas nações europeias desde 2015.

Em uma declaração conjunta, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) disseram que, embora os detalhes mais precisos do acordo ainda devam ser examinados, elas “estão prontas para apoiar uma abordagem comum”.

Ecoando esse posicionamento, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) disse que mais detalhes eram necessários sobre a detenção de menores e o processamento dos pedidos de refúgio de jovens.

Falando em Genebra, o porta-voz do ACNUR, Charlie Yaxley, observou que o acordo vem em um momento em que mais de 1 mil pessoas morreram tentando atravessar o Mar Mediterrâneo para a Europa pelo quinto ano consecutivo.

Ele observou a “responsabilidade desproporcional” colocada em “um pequeno punhado de Estados” pela longa crise migratória — que atingiu o pico em 2015 — levou embarcações de busca e salvamento serem proibidas de desembarcar centenas de indivíduos recolhidos do mar.

Era necessário, acrescentou o porta-voz do ACNUR, “uma abordagem unificada que se afaste de algumas das ações mais recentes em que vimos os Estados unilateralmente tentando endurecer ou fortalecer fronteiras ou restringir o acesso ao espaço de refúgio”.

Uma parte crucial do acordo da UE supostamente envolve a criação de novos “pontos regionais de desembarque” e “centros de desembarque” para os recém-chegados.

O porta-voz da OIM, Leonard Doyle, disse que a maioria destes pontos “deve estar localizado na Europa”, embora possam estar “potencialmente em outro lugar”, disse a agência em um comunicado.

“Não estamos falando de centros de processamento externos”, acrescentou Doyle, observando um “acordo específico para compartilhar a responsabilidade e tê-la não apenas nos chamados Estados da linha de frente: Espanha, Itália, Chipre, Grécia, etc.”

Atualmente, a Líbia é um importante ponto de trânsito para migrantes e refugiados que se dirigem para a Europa, mas a ONU alertou repetidamente sobre violações de direitos ligadas a centros de detenção — incluindo escravidão e tráfico de pessoas.

Respondendo a uma pergunta sobre o papel da Líbia no acordo da UE, o porta-voz da OIM disse que qualquer centro operacional fora da UE estaria sujeito a “rigorosos padrões internacionais e de monitoramento”.

Charlie Yaxley, do ACNUR, também disse que a agência “não gostaria de ver um aumento no número de pessoas sendo levadas para a Líbia” em meio a um “clima geral de ilegalidade e insegurança” que ainda prevalece no país.

Questionada sobre como os jovens seriam tratados sob os termos do acordo, Sarah Crowe, do UNICEF, disse que a “questão da detenção” precisava ser esclarecida.

“As crianças não devem ser detidas com base em seu status de migração, isso nunca é de seu interesse e é profundamente prejudicial”, disse ela.

Antes do acordo da UE, a agência da ONU sustentava que um “mecanismo de desembarque europeu bem gerenciado e previsível poderia salvar a vida das crianças”, além de acelerar os procedimentos de refúgio e melhorar o acesso à assistência legal.

Crowe elogiou o potencial de processamento de pedidos de refúgio mais rápido para as crianças como um “bom passo”. “As crianças realmente precisam ter uma ação oportuna, para que suas reivindicações e seu futuro sejam rapidamente decididos”, acrescentou ela.

Aproximadamente 40 mil refugiados e migrantes chegaram à Europa através de rotas marítimas até agora este ano, de acordo com a OIM.

Isso é quase seis vezes menos do que o número registrado no mesmo período de 2016, após um pico nas chegadas em 2015. Aproximadamente 30% daqueles que chegam à costa europeia precisam de proteção internacional.



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