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Notícias da ONU

Giugno 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Mortes no Mediterrâneo atingem proporção inédita, aponta agência da ONU para refugiados

Settembre 3, 2018 14:45, by ONU Brasil
Migrantes resgatados do Mediterrâneo na costa da Sicília, na Itália. Foto: OIM/Francesco Malavolta (arquivo)

Migrantes resgatados do Mediterrâneo na costa da Sicília, na Itália. Foto: OIM/Francesco Malavolta

Divulgado no domingo (2), um relatório da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) revela que as travessias no Mar Mediterrâneo se tornaram mais mortais do que nunca. Apenas em 2018, mais de 1,6 mil pessoas morreram ou desapareceram nessas rotas oceânicas com destino à Europa. Óbitos aumentaram, mesmo com a diminuição do número de migrantes e refugiados que chegam ao continente europeu.

No Mediterrâneo Central, entre janeiro e julho de 2018, uma em cada 18 pessoas que cruzaram as águas rumo à Europa morreu ou desapareceu. No mesmo período, em 2017, a taxa era de uma em 42. O levantamento do ACNUR foi publicado três anos após a divulgação das imagens do menino sírio Alan Kurdi, encontrado sem vida numa praia turca.

“Este relatório confirma, novamente, o Mediterrâneo como uma das travessias marítimas mais mortais do mundo”, afirmou Pascale Moreau, diretora do escritório do ACNUR na Europa.

“Com a queda do número de pessoas que chegam à costa europeia, isso não é mais um teste para saber se a Europa pode administrar os números, mas sim, se a Europa pode demonstrar humanidade suficiente para salvar vidas”, completou a representante do organismo internacional.

De acordo com o documento, as chegadas pelo Mediterrâneo aumentaram de 2017 para 2018 na Espanha e Grécia, mas tiveram queda significativa na Itália. Mesmo com tendências crescentes nos dois primeiros países, a média de migrantes e refugiados que aportam nas praias dessas três nações caiu de 2016 para cá.

De janeiro a julho de 2018, o território espanhol recebeu 27,6 mil estrangeiros vindos pelo mar que separa a África e a Europa. No ano passado, as chegadas alcançaram, no mesmo período, a marca dos 12,1 mil. Na Grécia, o contingente passou de 13,8 mil para 26 mil. Na Itália, porém, o número caiu de 95,2 mil para 18,5 mil.

Nos últimos meses, o ACNUR e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) cobraram dos países europeus uma abordagem conjunta e previsível para o resgate e desembarque de pessoas em perigo no Mar Mediterrâneo. A agência para refugiados solicita à Europa que amplie as alternativas de migração segura e regular, como os programas de reassentamento e reunião familiar.

O relatório do organismo internacional pede que Estados europeus facilitem o acesso aos procedimentos de solicitação de refúgio, a fim de garantir proteção internacional para quem precisa.

Autor lembra morte de Alan Kurdi

Escritor e embaixador da Boa Vontade do ACNUR, o ex-refugiado afegão Khaled Hosseini publicou um novo livro ilustrado para lembrar os três anos da morte de Alan Kurdi. A obra “Oração do Mar” é dedicada aos milhares de refugiados que perderam suas vidas em todo o mundo, enquanto fugiam de guerras, violência e perseguição.

“Quando vi essas imagens devastadoras do corpo de Alan Kurdi, meu coração se estilhaçou em pedaços”, lembra o autor.

Hosseini alerta ainda que “apesar de milhares de pessoas perderem suas vidas no mar, nossa memória coletiva e senso de urgência em relação ao tema parecem ter desaparecido”.

Em junho e julho de 2018, o embaixador do ACNUR visitou o Líbano e a Itália, onde conheceu histórias de famílias devastadas por viagens e fugas perigosas.

“Na Sicília, visitei um cemitério solitário e desgrenhado cheio de túmulos de pessoas, incluindo muitas crianças, que se afogaram em viagens como a de Alan nos últimos anos”, conta Hosseini.

“Agora, cada uma dessas pessoas foi reduzida a apenas um número, um código em um túmulo. Mas todos eram homens, mulheres e crianças que sonharam com um futuro melhor. Três anos após a morte de Alan, chegou a hora de nos unirmos para fazer mais, evitar futuras tragédias e deixar que nossos amigos, familiares, comunidades e governos saibam que estamos juntos com os refugiados.”



ONU: incêndio no Museu Nacional é ‘perda inestimável’ para o Brasil e o mundo

Settembre 3, 2018 13:15, by ONU Brasil
Incêndio atinge prédio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista. Foto: Agência Brasil/Vitor Abdala

Incêndio atinge prédio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista. Foto: Agência Brasil/Vitor Abdala

O coordenador-residente da ONU Brasil, Niky Fabiancic, lamentou nesta segunda-feira (3) a destruição do Museu Nacional do Rio de Janeiro, atingido por um incêndio na noite de domingo. Episódio foi “perda inestimável de um acervo tão precioso para o país e o mundo”, afirmou o dirigente. Para a representação da UNESCO, incidente “expõe fragilidade” dos mecanismos nacionais de preservação de bens culturais.

“É com profundo pesar que tomamos conhecimento do incêndio que destruiu o Museu Nacional, instituição científica mais antiga do país, instalada em um prédio com 200 anos de história”, disse Fabiancic na manhã de hoje, em evento na capital fluminense.

“Solidarizamo-nos com a Cidade do Rio de Janeiro e com todo o Brasil diante da perda inestimável de um acervo tão precioso para o país e o mundo. Instamos todos os segmentos do Estado e da sociedade brasileira para que protejam o patrimônio histórico-cultural do Brasil de forma que tragédias semelhantes não se repitam”, acrescentou o representante das Nações Unidas.

“A riqueza cultural e natural de um país importa a todos os países.”

UNESCO: incêndio é ‘maior tragédia para a cultura brasileira nos últimos tempos’

Lembrando que o Museu Nacional é “uma das instituições científicas e antropológicas mais importantes da América Latina”, com mais de 20 milhões de itens, o escritório da UNESCO no Brasil lamentou o que descreveu como “a maior tragédia para a cultura brasileira nos últimos tempos”. Em nota, a agência da ONU afirma que o ocorrido “expõe a fragilidade dos mecanismos nacionais de preservação de seus bens culturais”.

“A tragédia se soma a outras perdas expressivas em museus brasileiros como foram recentemente os casos do Instituto Butantã (2010), do Memorial da América Latina (2013), do Museu da Língua Portuguesa (2015) e da Cinemateca (2016)”, recorda o pronunciamento do organismo.

“O Brasil sofreu um dano irreversível em um de seus patrimônios mais valiosos, um equipamento não apenas cultural, mas também dedicado ao ensino e à pesquisa. Além disso, a edificação do Museu é um monumento histórico, que foi residência da Família Real Portuguesa quando de sua chegada ao país”, completa o comunicado sobre o incêndio no Rio de Janeiro.

A UNESCO ressalta ainda que, em novembro de 2015, com o apoio do Brasil, a 38ª sessão da Conferência Geral da UNESCO aprovou a Recomendação à Proteção e Promoção de Museus e Coleções, sua Diversidade e seu Papel na Sociedade, amplamente divulgada no país latino-americano. De acordo com a agência das Nações Unidas, a adoção do documento foi um movimento pela proteção dos museus em todo o mundo, como “instituições que buscam representar a diversidade cultural e natural da humanidade, assumindo papel essencial na proteção, na preservação e na transmissão do patrimônio”.

“É fundamental que tais recomendações sejam implementadas imediatamente para evitar que tais tragédias ocorram, comprometendo a cultura e a memória nacional de forma irreparável”, defende a diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.

Na avaliação do organismo das Nações Unidas, a destruição do Museu é uma “perda incalculável para a cultura, a ciência e a história natural”.

“A UNESCO no Brasil expressa sua solidariedade à nação brasileira, às comunidades científica e cultural, e aos funcionários e pesquisadores do Museu Nacional pela dramática perda. Ao mesmo tempo, a Representação se coloca integralmente à disposição das autoridades brasileiras para, com sua expertise, minimizar os efeitos dessa perda e contribuir para consolidar uma política de proteção aos museus e às coleções”, conclui a nota da agência.



ONU lança no Rio iniciativa global para proteger ativistas ambientais

Settembre 3, 2018 12:23, by ONU Brasil
A quilombola Maria do Socorro Silva luta contra a degradação ambiental causada pela maior refinaria de alumínio da Amazônia, no Pará. A ativista participou do lançamento no Rio de Janeiro da Iniciativa da ONU de Defensores Ambientais. Foto: Thom Pierce/Guardian/Global Witness/ONU Meio Ambiente

A quilombola Maria do Socorro Silva luta contra a degradação ambiental causada pela maior refinaria de alumínio da Amazônia, no Pará. A ativista participou do lançamento no Rio de Janeiro da Iniciativa da ONU de Defensores Ambientais. Foto: Thom Pierce/Guardian/Global Witness/ONU Meio Ambiente

A ONU Meio Ambiente e seus parceiros reafirmaram hoje (3) seu compromisso com questões de direitos ambientais e reiteraram seus esforços para proteger os defensores do meio ambiente de intimidações, ameaças e assassinatos, com o lançamento no Brasil da Iniciativa da ONU de Defensores Ambientais.

Entre as centenas de pessoas que participaram do evento, promovido no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, estiveram defensores ambientais e autoridades, como a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo do Vale Rocha, e o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antonio Herman Benjamin, além de celebridades. A Global Witness, uma organização internacional dedicada a denunciar abusos de direitos humanos, aproveitou a oportunidade para discutir as inquietantes descobertas de seu mais recente relatório, que coloca o Brasil como o país mais perigoso para os defensores.

“Ano após ano, em uma amarga luta pela terra, mais ambientalistas e defensores são mortos no Brasil do que em qualquer outro lugar do mundo. Nossos dados mostram que em 2017, 57 defensores foram mortos no país, 25 deles durante três assassinatos em massa”, disse Billy Kyte, líder da campanha dos defensores da Global Witness.

“À medida em que as comunidades enfrentam com coragem funcionários corruptos, indústrias destrutivas e a devastação ambiental, elas estão sendo brutalmente silenciadas. Já chega. As empresas, o governo e todos os candidatos para as próximas eleições devem se comprometer a enfrentar essa questão, fortalecendo as instituições que protegem os direitos à terra, povos indígenas e defensores dos direitos humanos e assegurando que a justiça seja feita.”

Uma das defensoras que relatou experiências angustiantes de intimidação e assédio foi Maria do Socorro Costa da Silva, liderança há mais de dez anos em Barcarena, no Pará, contra alegada grilagem, corrupção e poluição.

“Sou ativista e tenho que continuar defendendo a vida, lutando contra empresas que jogam metais pesados ​​no rio e no ar. Nosso solo não produz mais, está totalmente contaminado. Queremos viver e queremos que as futuras gerações também vivam de forma saudável. Meus amigos ativistas e eu estamos sendo ameaçados, outros já foram assassinados e estamos nos escondendo, lutando para salvar o meio ambiente. Queremos ver nossos rios cheios de peixe novamente. Queremos beber água limpa e não envenenada”, disse.

A Iniciativa da ONU de Defensores Ambientais foi lançada em resposta à escalada da violência enfrentada por aqueles que trabalham na linha de frente da proteção ambiental, em um momento em que a perda da biodiversidade atingiu níveis alarmantes. Por meio da Iniciativa, os diversos atores que trabalham com direitos ambientais podem cooperar mais facilmente, reunir seus esforços e unir suas vozes para promover, proteger e respeitar os direitos ambientais. O lançamento foi feito em um momento significativo, pois 2018 marca o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

“Os defensores do meio ambiente são os heróis desconhecidos desta era, e cabe a nós ficar lado a lado com eles, enquanto eles se firmam no direito mais fundamental — o de ter um planeta seguro para se viver”, afirma o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim.

“É uma tragédia chocante que tantos defensores em todo o mundo estejam pagando o custo final pelo seu trabalho. É nossa responsabilidade garantir que eles não sejam silenciados.”

Lançamento no Rio

Organizado em parceria com a Global Witness e com participação do jornal britânico The Guardian, o evento no Museu do Amanhã também marcou a abertura de uma exposição fotográfica sobre nove defensores que arriscam suas vidas para proteger o meio ambiente. Entre eles, está Maria do Socorro.

“É essencial ressaltarmos o papel dos ambientalistas para defender o direito de todos nós a usufruirmos do nosso planeta com equilíbrio entre o meio ambiente saudável e o desenvolvimento que beneficie a cada pessoa. Para isso, devemos dar garantias de que sua atuação ocorra em segurança e que seja reconhecida e valorizada por nossa sociedade”, disse o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha.

O relatório mais recente da Global Witness, “A que preço?”, revelou que quase quatro defensores ambientais, em média, estão sendo mortos por semana, com muitos outros sendo perseguidos, intimidados e forçados a sair de suas terras. Cerca de 25% dos 207 defensores ambientais mortos em 2017 eram de comunidades indígenas.

“As consequências dos danos ambientais causados ​​em um país refletem sobre os outros e sobre a vida humana como um todo. Portanto, é essencial que cheguemos a um acordo sobre o que é importante para a vida desta e das gerações futuras”, afirmou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Em agosto, Jorginho Guajajara, líder do povo Guajajara, foi encontrado morto perto de um rio no estado do Maranhão. Seu caso foi o mais recente de uma série de fatalidades no Brasil, país denominado pela Global Witness como “o mais perigoso do mundo para o ativismo ambiental”.

Além disso, 2017 foi o pior ano para defensores do meio ambiente, com a maioria dos assassinatos, ataques e ameaças em torno da Amazônia. Muitos ativistas se tornam alvos por defender suas comunidades contra a extração ilegal de madeira e contra a expansão de fazendas de gado e agricultura, como soja, óleo de palma e eucalipto.

“Os ataques aos defensores ambientais em todo o mundo representam o colapso do Estado de Direito. Nenhuma nação pode alegar ser realmente civilizada quando o direito fundamental de defender os direitos coletivos e a conservação da natureza colocar a vida, a segurança ou a família em risco. É dever das instituições do Estado, inclusive dos juízes, e da sociedade como um todo, parar e punir esses ataques”, afirmou o juiz Antonio Herman Benjamin, do STJ, e presidente da Comissão Mundial de Direito Ambiental.

“Portanto, precisamos fazer mais, agora, para fortalecer globalmente e nacionalmente o reconhecimento e a proteção daqueles que têm a sabedoria e a coragem de dar voz à Mãe Terra e às gerações futuras.”

A ONU Meio Ambiente se opõe ao assédio dos defensores ambientais e convoca todos os governos a priorizar a proteção dos defensores do meio ambiente e levar seus agressores à justiça com rapidez e sem impunidade.

Assista ao evento de lançamento da Iniciativa da ONU de Defensores Ambientais:

Notas aos editores
Clique aqui para ler Policy paper da ONU Meio Ambiente sobre Defensores: Promovendo Maior Proteção aos Defensores Ambientais.
Acesse imagens em alta resolução de defensores ambientais clicando aqui.
Acesse o vídeo de defensores ambientais — em inglês e português.

Porta-vozes disponíveis para entrevista:
Billy Kyte, líder da campanha dos defensores, Global Witness
Ben Leather, Senior Campaigner, Global Witness
Antônia Melo, ativista ambiental e defensora

Sobre a ONU Meio Ambiente

A ONU Meio Ambiente é a principal voz global em temas ambientais. O organismo promove liderança e encoraja parcerias para cuidar do meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e pessoas a melhorarem a sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações. A ONU Meio Ambiente trabalha com governos, com o setor privado, com a sociedade civil e com outras instituições das Nações Unidas e organizações internacionais pelo mundo.

Sobre a Iniciativa dos Direitos Ambientais

A Iniciativa da ONU de Defensores Ambientais levará a proteção ambiental para mais perto das pessoas, ajudando-as a entender melhor seus direitos e como defendê-los; trabalhando com a mídia para melhorar a cobertura das questões de direitos humanos e ambientais; chamando o setor privado para ir de uma cultura de conformidade para uma onde os direitos ambientais sejam defendidos; e ajudando os governos a implementar as obrigações de direitos ambientais.

www.environmentalrightsinitiative.org

Sobre a Global Witness

A Global Witness visa proteger os direitos humanos e o meio ambiente, enfrentando sem medo a corrupção e desafiando os sistemas que a permitem. Como uma organização internacional, chamou a atenção para os assassinatos brutais daqueles que defendem suas terras contra a apreensão forçada de corporações e governos, fez campanha pelo fim do uso de empresas anônimas e muito mais.

Mais informações sobre a Global Witness em: https://www.globalwitness.org/

Mais informações sobre a campanha da Global Witness Defenders em: https://www.globalwitness.org/pt-br/campaigns/environmental-activists/

Para mais informações, por favor entre em contato com:
Keith Weller, chefe de Notícias e Mídia da ONU Meio Ambiente, keith.weller@un.org
Niamh Brannigan, chefe de Comunicação para a Governança Ambiental +254 717 733348, niamh.brannigan@unep.org
Heather Iqbal, assessora sênior de Comunicações, hiqbal@globalwitness.org



ONU e marca de maionese mobilizam formadores de opinião contra o desperdício de alimentos

Settembre 3, 2018 11:33, by ONU Brasil
Evento em São Paulo teve a participação do chef David Hertz, que salvou alimentos esquecidos nas geladeiras de consumidores e formadores de opinião. Foto: Centro de Excelência contra a Fome

Evento em São Paulo teve a participação do chef David Hertz, que salvou alimentos esquecidos nas geladeiras de consumidores e formadores de opinião. Foto: Centro de Excelência contra a Fome

Para conscientizar formadores de opinião sobre o desperdício de alimentos, o Centro de Excelência contra a Fome da ONU e a marca Hellmann’s realizaram em agosto o evento “Restaurante Sem Comida”. Em São Paulo, jornalistas, consumidores e influenciadores digitais levaram ingredientes esquecidos em suas geladeiras e viram o chef David Hertz transformar os alimentos em pratos incríveis.

Nos dias 30 e 31 de agosto, o mestre-cuca ajudou a fabricante de maionese e o organismo das Nações Unidas a alertar o público sobre a “cegueira da geladeira”. O nome do problema pode soar estranho, mas significa nada mais do que o hábito de comprar comida e esquecê-la nos aparelhos de refrigeração. Esses alimentos acabam sendo descartados antes de serem consumidos.

Uma pesquisa global da Unilever revelou recentemente que 61% dos brasileiros jogam fora alimentos em perfeito estado. De acordo com o levantamento, entre os mais desperdiçados estão os perecíveis: saladas (74%), vegetais (73%) e frutas (73%). A cegueira da geladeira é um comportamento reproduzido por 75% dos brasileiros, de acordo com o relatório.

O Restaurante Sem Comida serviu quatro almoços e quatro jantares ao longo dos dois dias de evento. Ao final de cada refeição, no lugar da conta, os participantes recebiam a receita que Hertz usou para salvar a comida em risco de ir para o lixo. Durante a atividade, também foram divulgadas informações e dicas para evitar o desperdício.

Hellmann’s angaria fundos para programa da ONU

A Hellmann’s anunciou no evento uma parceria com o Centro de Excelência contra a Fome — a empresa publicará dois vídeos no Facebook e, a cada vez que uma pessoa assistir a pelo menos um dos vídeos até o final, a fabricante de bens alimentícios doará para a instituição da ONU o valor equivalente a um prato de comida.

O diretor do Centro de Excelência, Daniel Balaban, esteve no Restaurante Sem Comida para apresentar o trabalho do Programa Mundial de Alimentos (PMA), agência humanitária à qual o centro está vinculado. O especialista enfatizou que combater o desperdício é um dos passos indispensáveis para que o mundo alcance a fome zero.



Agricultores da Bolívia visitam Brasil para conhecer produção sustentável de algodão

Settembre 3, 2018 10:33, by ONU Brasil
Projeto visa contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor algodoeiro na Bolívia. Foto: EBC

Projeto visa contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor algodoeiro na Bolívia. Foto: EBC

Uma delegação de agricultores da Bolívia concluiu na sexta-feira (31) uma visita ao Brasil, onde conheceram iniciativas bem-sucedidas de produção sustentável do algodão. Com a participação de oficiais e técnicos do governo boliviano, a viagem teve o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A missão abordou políticas públicas para o setor, agroecologia, manufatura do algodão colorido e comercialização estatal.

Na segunda-feira (27), o grupo chegou à Paraíba e visitou as instalações da indústria têxtil Norfil. No dia seguinte, a comitiva conheceu dois empreendimentos em Catolé de Boa Vista e pôde entender como são implementadas as políticas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do estado (EMATER) e da divisão algodoeira da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMRAPA).

A equipe de bolivianos também viu de perto as atividades do laboratório de fibras e participou de uma demonstração de descaroçamento e da mini-colheitadeira. A delegação foi a propriedades de algodão orgânico, como o Assentamento Margarida Alves, e aprendeu sobre processos de comércio justo.

De 2 a 4 de setembro, a comitiva esteve em Brasília para o Fórum de Economia Solidária do Distrito Federal e do Entorno. Na capital federal, os agricultores e representantes do Estado boliviano também visitaram o escritório da EMBRAPA Soluções Tecnológicas.

FAO impulsiona produção regional de algodão

A visita técnica ao Brasil fez parte do Projeto +Algodão, uma iniciativa da FAO em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores. Desde 2013, o Brasil e o organismo da ONU executam o programa em seis países da América Latina e Caribe. O objetivo é alavancar, de forma sustentável, os setores algodoeiros nacionais, incluindo por meio do estímulo à exploração comercial de nichos de mercado.

A experiência brasileira é referência para o programa, já que o país passou da condição de importador a de grande exportador do algodão, devido ao aumento da produtividade. O Brasil fez investimentos significativos em pesquisa, além de promover estratégias voltadas para a agricultura familiar. Além do Estado boliviano, participam da iniciativa a Argentina, Colômbia, Equador, Haiti, Paraguai e Peru.

Na Bolívia, o projeto +Algodão tem como área de atuação o município de Pailón, que responde por 70% da produção de algodão do país. A estratégia da FAO também contempla os municípios com população indígena de Charagua, Gutiérrez e San Antonio de Lomerío.



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