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Notícias da ONU

Giugno 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Desigualdades e urbanização rápida desafiam países na busca pelos objetivos globais, diz relatório

Giugno 20, 2018 17:53, by ONU Brasil
Erradicar a pobreza é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 1. Foto: ONU Habitat/Astrid Yanes

Erradicar a pobreza é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 1. Foto: ONU Habitat/Astrid Yanes

Desigualdades, bolsões de pobreza permanentes e rápida urbanização estão desafiando os países no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de acordo com relatório lançado nesta quarta-feira (20) na sede da ONU, em Nova Iorque.

O documento apontou também que a mudança do clima e os conflitos são os fatores que mais contribuem para o aumento do número de pessoas que passam fome e são forçadas a se deslocar e, consequentemente, têm menos acesso básico a água e saneamento.

Pela primeira vez em mais de uma década, houve aumento de 38 milhões de pessoas passando fome no mundo, número que subiu de 777 milhões em 2015 para 815 milhões em 2016. Segundo o relatório, os conflitos são, atualmente, uma das principais causas da insegurança alimentar em 18 países.

Em 2017, a temporada de furacões no Atlântico Norte foi a mais custosa já registrada, com perdas econômicas atribuídas aos desastres somando mais de 300 bilhões de dólares.

Ao mesmo tempo, o relatório mostrou que a proporção de trabalhadores que vivem com menos de 1,90 dólar por dia caiu substancialmente nas últimas duas décadas globalmente — baixando de 26,9% em 2000 para 9,2% em 2017.

A taxa de mortalidade de crianças com menos de 5 anos caiu praticamente 50% nos países menos desenvolvidos, e a proporção da população com acesso à eletricidade mais do que dobrou entre 2000 e 2016. Entretanto, em 2015, 2,3 bilhões de pessoas tinham de defecar a céu aberto.

O documento mostrou ainda que, em 2016, foram registrados mais de 216 milhões de casos de malária, comparados a 210 milhões em 2013, e aproximadamente 4 bilhões de pessoas ficaram sem proteção social naquele ano.

“Sem sabermos onde estamos agora, não podemos guiar nosso caminho para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Para isso, o relatório reflete os desafios para a disseminação de informações acessíveis e confiáveis com foco na Agenda 2030”, disse o secretário geral da ONU, António Guterres.

O relatório apresentou uma visão geral com o objetivo de fornecer insumos para o cumprimento dos ODS, adotados de forma unânime pelos países-membros da ONU em 2015.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Liu Zhenmin, disse que “a transição para sociedades mais sustentáveis e resilientes também requer uma atuação integrada que reconheça que esses desafios e suas soluções são interligados”.

O relatório destacou também a necessidade de a comunidade global desenvolver soluções seguras, confiáveis e com dados acessíveis e desagregados para o cumprimento dos ODS. Isso requer, segundo o documento, tecnologia e inovação, ampliação dos recursos investidos e compromisso político para a construção de sistemas de dados sólidos em todos os países.

Dados do relatório:

– As taxas de casamento de crianças continuaram a cair em todo o mundo. No Sul da Ásia, o risco de uma menina casar caiu mais de 40% entre 2000 e 2017;
– Nove em cada dez pessoas do mundo vivem em cidades com poluição do ar;
– Em 2016, o número absoluto de pessoas vivendo sem eletricidade caiu para menos de 1 bilhão;
– A degradação dos solos ameaça os meios de subsistência de mais de 1 bilhão de pessoas.

Clique aqui para acessar o relatório (em inglês).

Clique aqui para acessar o relatório em espanhol.



Com maior contingente de pessoas deslocadas da história, mulheres sofrem violação de direitos

Giugno 20, 2018 17:09, by ONU Brasil

Situações de crise, como perseguições e violência, levam ao deslocamento forçado de milhares de pessoas em todo o mundo. Segundo relatório global divulgado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), 68,5 milhões de pessoas foram deslocadas até o final de 2017.

Por dia, há 44,5 mil deslocamentos forçados, o que corresponde a uma pessoa a cada dois segundos. Neste contexto, mulheres e meninas são as que acabam em situação de maior vulnerabilidade e de risco de violação de direitos, alertou o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

O número de refugiados e refugiadas que tiveram que deixar seus países para fugir do conflito é o maior que o ACNUR já registrou em um ano. Esses casos somam 25,4 milhões do total. Segundo a agência, o mundo tinha mais refugiados em 2017 do que a população da Austrália.

Para Ana Cláudia Pereira, oficial de programa para gênero e raça do UNFPA no Brasil, é necessário considerar que uma proporção importante destas pessoas são mulheres, e alertar sobre os riscos de violência e exploração a que elas estão sujeitas.

“Meninas e mulheres são as maiores vítimas de tráfico de pessoas, e encontram-se mais vulneráveis quando estão em situação de refúgio ou migração”, declarou.

“Em contextos de deslocamento, muitas vezes elas não conhecem seus direitos e não sabem como acessar os sistemas de proteção, ou enfrentam discriminação quando buscam serviços. Além disso, muitas enfrentam viagens em condições inseguras”, apontou.

De acordo com o último relatório do Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), 33.866 pessoas solicitaram refúgio no Brasil em 2017, sendo que 17.865 pedidos foram feitos por cidadãs e cidadãos venezuelanos.

De acordo com a Polícia Federal, cerca de 16 mil vistos de residência já foram emitidos pelo governo brasileiro para pessoas vindas da Venezuela.

Com o Sistema ONU no Brasil, o UNFPA, tem realizado atividades in loco no contexto de fluxo migratório venezuelano, no estado de Roraima.

Entre outros serviços, mulheres e meninas em situação de refúgio e migrantes contam com um espaço para esclarecer dúvidas e serem encaminhadas às redes de proteção de direitos da mulher. A atuação se dá por meio do Centro de Referência da Refugiados e Migrantes, instalado na Universidade Federal de Roraima.

“O UNFPA tem trabalhado com as autoridades locais para fortalecer a capacidade de prevenir e responder à violência contra mulheres e pessoas LGBTI. Também estamos trabalhando para que as mulheres conheçam seus direitos e saibam onde buscar ajuda”, disse Ana.

O UNFPA elabora cursos e workshops de formação em violências de gênero em contexto de emergência para os e as migrantes, sociedade civil e servidores públicos da rede municipal, estadual e sistema de justiça.

A agência da ONU também promove campanhas de comunicação contra a xenofobia e realiza a distribuição de insumos. As atividades proporcionam o engajamento e a troca entre população migrante e local.



UNICEF: separação de crianças migrantes de suas famílias nos EUA é de ‘partir o coração’

Giugno 20, 2018 16:40, by ONU Brasil
Detenção e separação familiar são experiências traumáticas que podem deixar as crianças mais vulneráveis à exploração e ao abuso, disse o UNICEF. Na foto, migrantes atravessam fronteira do México com os EUA. Foto: OIM

Detenção e separação familiar são experiências traumáticas que podem deixar as crianças mais vulneráveis à exploração e ao abuso, disse o UNICEF. Na foto, migrantes atravessam fronteira do México com os EUA. Foto: OIM

Em comunicado publicado na terça-feira (19), a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, comentou a situação das crianças migrantes que estão sendo separadas de suas famílias na fronteira dos Estados Unidos com o México devido a seu status migratório.

“Histórias de crianças, algumas delas apenas bebês, sendo separadas dos pais enquanto buscam segurança nos EUA são de partir o coração”, declarou.

“Não importa de onde elas venham ou qual seja seu status migratório – são, antes de tudo, crianças. Aquelas que ficaram sem nenhuma opção a não ser fugir de suas casas têm o direito de ser protegidas, acessar serviços essenciais e estar com suas famílias – assim como todas as crianças”, completou.

Segundo Henrietta, é a realização desses direitos que dá a cada criança a melhor chance de um futuro saudável, feliz e produtivo.

Ela lembrou que detenção e separação familiar são experiências traumáticas que podem deixar as crianças mais vulneráveis à exploração e ao abuso, e podem criar estresse tóxico, que, como vários estudos demonstraram, pode afetar seu desenvolvimento no longo prazo.

“Tais práticas não são do interesse de ninguém, muito menos das crianças que mais sofrem seus efeitos. O bem-estar das crianças é a consideração mais importante.”

“Por décadas, o governo dos EUA e seu povo têm apoiado nossos esforços para ajudar crianças refugiadas, solicitantes de asilo e migrantes afetadas por crises em todo o mundo. Quer se trate de guerra na Síria ou no Sudão do Sul, fome na Somália, ou um terremoto no Haiti, os EUA estiveram lá para ajudar, e acolher, crianças desenraizadas”, disse.

“Espero que os melhores interesses das crianças refugiadas e migrantes sejam primordiais na aplicação dos procedimentos e leis de asilo dos EUA”, concluiu.



ARTIGO: Estamos #comosrefugiados

Giugno 20, 2018 13:56, by ONU Brasil
Menina refugiada em São Paulo. Foto: IKMR / André Teller

Menina refugiada em São Paulo. Foto: IKMR / André Teller

Por Isabel Marquez*

Tornou-se lugar comum dizer que vivemos uma das maiores crises de refugiados da história. De fato, com 44 mil deslocamentos forçados a cada dia em 2017, fica difícil negar essa premissa. E, pelo quinto ano consecutivo, o número de pessoas forçadas a deixar seu país por causa de perseguição, guerras e abusos dos direitos humanos aumentou.

Ao fim de 2017, atingimos a desoladora marca de 68,5 milhões de seres humanos nessa condição, sendo 25,4 milhões de refugiados que cruzaram uma fronteira internacional em busca de proteção (85% estão em países em mais pobres).

Outros 40 milhões encontram-se deslocados dentro do seu próprio país, enquanto 3,1 milhões aguardam decisão sobre pedidos para serem reconhecidos como refugiados (metade em países pobres).

A solução é política: precisamos de paz e estabilidade. Mas, enquanto não chegamos lá, podemos e devemos fazer a nossa parte. A responsabilidade vai além do poder público e envolve toda a sociedade, em particular os cidadãos.

Leis e políticas públicas voltadas à população refugiada são vitais. Mas são pessoas e comunidades locais acolhendo refugiados que fazem a diferença entre rejeição e inclusão, entre desespero e esperança, entre ser deixado para trás e ter condições de construir um futuro. Compartilhar a responsabilidade pelos refugiados começa aí.

Longe dos grandes conflitos mundiais, o Brasil tem uma postura solidária e aberta com os estrangeiros que buscam um lugar seguro para reconstruir suas vidas com dignidade. Com mais de 10 mil refugiados reconhecidos e mais de 86 mil solicitações de reconhecimento como refugiado em trâmite, o país continua caracterizado por sua enorme hospitalidade, oferecendo acolhida, procedimentos legais e acesso a políticas públicas universais, como saúde e educação.

O deslocamento forçado de venezuelanos é o novo desafio dessa agenda. Por causa da complexa situação socioeconômica e política em seu país, cerca de 1,5 milhão de venezuelanos se moveram para países vizinhos e além. A resposta a essa situação tem sido integral e abrangente.

O poder público atua em favor da população venezuelana de maneira decisiva, com apoio da sociedade, de ONGs e de organismos internacionais — como a agência da ONU para refugiados.

Com isso, os refugiados podem alcançar o que consideramos normal: educação, um lugar para morar, um trabalho, fazer parte da comunidade. Com o tempo, o impacto positivo é enorme, tanto para as famílias de refugiados como para quem os acolhe.

O Brasil não deve se assustar com a chegada de refugiados em seu território. Quem chega traz na bagagem capacidades, conhecimento e um tremendo potencial de integração para seguir adiante. Com o devido apoio, podem contribuir com as comunidades e o país de acolhida.

E é na solidariedade do cidadão comum que encontramos inspiração para trabalhar, enfrentando os intolerantes de plantão.

Essa compaixão se manifesta na doação de roupas e alimentos, na receptividade aos que estão sendo “interiorizados”, na oferta de empregos ou mesmo na disposição de ouvir e confortar quem precisa.

Neste 20 de junho, Dia Mundial dos Refugiados, é hora de reconhecer mais que nunca sua humanidade e desafiar a nós mesmos a apoiá-los, recebendo e os acolhendo em nossas escolas, bairros e locais de trabalho. É assim que a solidariedade começa: com todos nós.

*Espanhola, formada em direito pelas universidades de Barcelona e Edimburgo e representante da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil desde 2016



ACNUR: é hora de mostrar solidariedade com refugiados e comunidades de acolhida

Giugno 20, 2018 13:43, by ONU Brasil
Refugiados e migrantes no Mediterrâneo são resgatados pela Aquarius, embarcação operada pelo ONG SOS Mediterranée. Foto: Karpov/SOS MEDITERRANEE

Refugiados e migrantes no Mediterrâneo são resgatados pela Aquarius, embarcação operada pelo ONG SOS Mediterranée. Foto: Karpov/SOS MEDITERRANEE

É hora de mostrar solidariedade com os refugiados e as comunidades que os acolhem, disse nesta quarta-feira (20), Dia Mundial do Refugiado, o alto-comissário da ONU para o tema, Fillippo Grandi, em comunicado.

“À medida que os conflitos surgem, reaparecem, persistem e se aprofundam, 68,5 milhões de pessoas estão deslocadas em todo o mundo. Nove entre dez pessoas estão nos seus próprios países ou países vizinhos, e o impacto é enorme – para os refugiados e as comunidades que abrem suas portas para eles”, disse.

Segundo Grandi, agora, mais do que nunca, cuidar da população refugiada deve ser uma responsabilidade global e compartilhada. “É hora de fazer as coisas de maneira diferente”, declarou.

O alto-comissário da ONU disse que um novo modelo está sendo testado, com resultados positivos – baseado em igualdade, justiça e nos valores e padrões humanitários.

“Os países e as comunidades precisam de um apoio mais sistemático e de longo prazo à medida que assumem o trabalho de ajudar as famílias deslocadas. Os próprios refugiados precisam ser incluídos em novas comunidades e ter a chance de atingir seu potencial.”

“E soluções são necessárias – para ajudar os refugiados a voltar para casa quando for a hora certa ou construir novas vidas em outro lugar. Esses são objetivos do Pacto Global sobre Refugiados, a ser adotado este ano”, disse.

Grandi lembrou que essa realidade é vista todos os dias em Beirute, no Líbano; em Cox’s Bazar, em Bangladesh; em Yumbe, em Uganda; em Frankfurt, na Alemanha; em Lima, no Peru; e em inúmeras aldeias, vilas e cidades ao redor do mundo.

“São os homens, as mulheres e crianças de lá, as organizações locais e os grupos religiosos, os professores, empresários locais e líderes municipais que fazem a diferença – com humanidade, compaixão e solidariedade”, declarou.

“Muitas vezes, essas comunidades estão à margem – em áreas fronteiriças remotas ou com poucos recursos próprios. No entanto, quando pessoas refugiadas chegam, eles compartilham o que têm, motivados pela compaixão e por um senso de dignidade humana. E quando todos trabalham juntos, os resultados são poderosos.”

“Quem são esses heróis do dia-a-dia? Pessoas que sabem o que significa pertencer a uma comunidade e estão prontas para ajudar outras a se sentirem acolhidas, seja ajudando diretamente ou trabalhando em conjunto – como parte de uma igreja ou mesquita local, um grupo escolar, uma equipe esportiva, sociedade cooperativa ou um grupo de jovens. Alguns foram refugiados e sabem o que isso significa. Por meio de sua generosidade, eles enxergam o potencial dos refugiados e as infinitas oportunidades de ajudá-los.”

De acordo com Grandi, ajudar os refugiados a reconstruir suas vidas é uma responsabilidade de todos. “Devemos trabalhar juntos para que eles possam alcançar o que a maioria de nós considera normal – educação, um lugar para morar, um emprego, fazer parte de uma comunidade. Com o tempo, o impacto é enorme – para as famílias de refugiados e para aqueles que as acolhem”.

“No Dia Mundial dos Refugiados, é hora de reconhecer a humanidade deles, e desafiar a nós mesmos e a outras pessoas a apoiá-los – recebendo e acolhendo refugiados em nossas escolas, nossos bairros e nossos locais de trabalho. É assim que a solidariedade começa – com todos nós.”



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