Em dia mundial, especialista denuncia abuso financeiro de idosos pelas próprias famílias
Giugno 15, 2018 18:23
Dois idosos aposentados conversam nos jardins de Kamegdan Fort, em Belgrado, na Sérvia. Foto: Banco Mundial/Celine Ferre
Em pronunciamento para o Dia Mundial de Conscientização sobre o Abuso de Idosos, lembrado nesta sexta-feira (15), a especialista independente da ONU, Rosa Kornfeld-Matte, alertou para a exploração financeira contra quem chega à terceira idade. Segundo a analista, os responsáveis por esse tipo de violação de direitos são majoritariamente parentes da própria vítima. Problema “é desenfreado, mas amplamente invisível”.
“Infelizmente, a maioria dos agressores (que praticam o abuso financeiro) são os familiares. Essa é uma questão particularmente delicada. É difícil, mesmo para profissionais experientes, distinguir entre uma transação financeira imprudente, mas legítima, e uma exploratória, que seja resultado de influência indevida, coação, fraude ou falta de consentimento informado”, explicou Kornfeld-Matte.
Segundo a especialista, alguns idosos chegam a reconhecer esse tipo de exploração, mas não trazem o caso à tona. Outros acreditam que o agressor tem algum tipo de direito aos seus recursos. “Algumas pessoas mais velhas também têm o desejo de dar compensações para quem lhes dá cuidado, afeto e atenção”, afirmou.
Kornfeld-Matte apontou que uma das dificuldades em combater o problema é a sub-notificação de ocorrências. “Isso ocorre, em parte, por (um sentimento de) lealdade, vergonha ou constrangimento das vítimas, que podem temer represálias, incluindo falta de afeto e cuidado.”
A especialista acrescentou que os melhores interesses do idoso devem ser a consideração principal ao diferenciar uma transferência de bens ou recursos feita com consentimento de uma transação feita de maneira exploratória e abusiva. De acordo com a analista independente, o abuso econômico é um padrão de comportamento recorrente em vez de uma situação única e costuma ocorrer durante um certo período de tempo.
Com o envelhecimento das sociedades, “espera-se que o problema cresça dramaticamente”, completou Kornfeld-Matte, que reiterou que a denúncia é um dos únicos meios para deter a exploração financeira. “Se você suspeitar que alguém de que você goste foi ou está sendo abusado, eu posso apenas lhe pedir urgentemente que se manifeste.”
Metrô de Brasília recebe exposição sobre mulheres refugiadas e migrantes no Brasil
Giugno 15, 2018 17:19
Metrô de Brasília. Foto: Agência Brasília/Toninho Tavares
Quem estiver passando pelas catracas da Estação Central do Metrô de Brasília poderá ver que novos olhares habitam o espaço. Entre 18 e 29 de junho, o local recebe a exposição fotográfica “No Fluxo: Reflexos da Migração e Refúgio de Mulheres no Brasil”, organizada para celebrar o Dia Mundial do Refugiado (20 de junho). Iniciativa é fruto de parceria entre a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a Defensoria Pública da União (DPU) e o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), do Ministério da Justiça.
As imagens da mostra retratam trajetórias individuais de mulheres que vieram para o Brasil em busca de segurança. As fotos apresentam o contexto em que cada uma das refugiadas e migrantes está inserida no país. Com a exposição, o ACNUR e parceiros querem trazer visibilidade para os desafios de mulheres em situação de deslocamento forçado.
Para marcar o Dia Mundial do Refugiado, representantes do ACNUR, DPU e CONARE estarão na Estação Central do Metrô no dia 20 de junho, das 16h30 às 19h, para interagir com as/os transeuntes, conversar sobre a exposição e sobre refúgio e migração no Brasil.
Ministério da Justiça também recebe exposição
De 25 a 29 de junho, a exposição também ocupará o Salão Negro do Ministério da Justiça. Na abertura, no dia 25, às 19h, haverá uma mesa-redonda com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, a representante do ACNUR no Brasil, Isabel Marquez, o defensor público-geral federal, Carlos Eduardo Barbosa Paz, e outras autoridades.
Também serão exibidos os documentários “Fuocoammare” e “Welcome to Canada”, produções internacionais que mostram o acolhimento de refugiados em outros países. “Fuocoammare” será exibido nos dias 25 e 29 de junho, das 12h às 14h, no Auditório Tancredo Neves do MJ. Para a exibição do curta-metragem “Welcome to Canada”, será instalada uma tenda do ACNUR no Salão Negro, que ficará montada entre os dias 25 e 29 de junho.
Dia Mundial do Refugiado
A exposição faz parte da programação Dia Mundial do Refugiado no Brasil. Desde 2001, a data é celebrada em 20 de junho, de acordo com resolução aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Para o ACNUR, a ocasião é uma oportunidade para celebrar a coragem, a resistência e a força de todos os homens, mulheres e crianças forçados a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos e perseguições. Estas pessoas deixam tudo para trás – exceto a esperança e o sonho de um futuro mais seguro.
A programação completa do Dia Mundial do Refugiado no Brasil está disponível em http://acnur.org.br/diadorefugiado.
Exposição “No Fluxo: Reflexos da Migração e Refúgio de Mulheres no Brasil”
Local: No hall da catraca da Estação Central do Metrô de Brasília
Data: de 18 a 29 de junho
Horário: De segunda a sábado, das 6:00 às 23:30. Aos domingos, das 7:00 às 19:00.
Contato para imprensa: Victoria Hugueney, hugueney@unhcr.org, 3044-5722
Local: Salão Negro do Palácio da Justiça, edifício-sede do Ministério da Justiça
Data: de 25 a 29 de junho
Horário: abertura no dia 25, às 19:00. De 26 a 29 de junho, das 8:00 às 18:00
Contato para imprensa: Natália Monteiro, natalia.monteiro@mj.gov.br, 2025-3135
ONU pede mudança nos padrões de consumo para evitar seca e desertificação
Giugno 15, 2018 16:34
Combater a degradação dos solos é uma meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 15. Foto: Flickr/Tobias Sieben (CC)
Em mensagem para o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, lembrado neste domingo (17), a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, alertou que 120 mil quilômetros quadrados de terra se tornam inférteis todos os anos, por causa da desertificação. A área afetada por esse “desastre contínuo e silencioso”, segundo a dirigente, equivale a metade do território do Reino Unido. ONU faz apelo por mudanças na gestão dos solos e recursos naturais.
“O fenômeno da degradação da terra ocorre nas áreas secas do planeta, que cobrem 40% da superfície do planeta e é onde habitam 2 bilhões de pessoas”, disse a chefe da agência da ONU. A iniciativa Economia da Degradação da Terra estima que são perdidas por ano 75 bilhões de toneladas de solo de terras aráveis. Sua preservação em nível global poderia liberar ganhos econômicos anuais de 400 bilhões de dólares.
Audrey ressaltou que a desertificação tem consequências drásticas para a natureza e para as pessoas que dependem dela: a destruição de ecossistemas inteiros, a aceleração da mudança climática, barreiras ao desenvolvimento e o aumento da pobreza.
“De acordo com o Secretariado da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCDD), é provável que, até 2030, 135 milhões de pessoas migrem em todo o mundo, devido à deterioração da terra onde vivem”, acrescentou a autoridade máxima da UNESCO.
Uma publicação compartilhada por UNCCD (@unccd) em 13 de Jun, 2018 às 1:35 PDT
Dados da UNCDD revelam também que um terço de todas as terras do planeta já estão severamente degradadas. Ao longo dos últimos 30 anos, dobrou o consumo das reservas e recursos naturais do mundo. Atualmente, mais de 1,3 bilhão de pessoas já vivem em comunidades agrícolas onde o solo está degradado.
“Por meio do Programa O Homem e a Biosfera, do Programa Internacional de Geociências e Geoparques e do Programa Hidrológico Internacional, a UNESCO está trabalhando para promover a agricultura e os sistemas alimentares integrados, assim como os padrões sustentáveis de uso da terra, em mais de 800 locais em todo o mundo”, completou Audrey.
Escolhas individuais, consequências globais
Também por ocasião do dia internacional, a secretária-executiva da UNCDD, Monique Barbut, pediu compromissos de cidadãos e empresas para proteger os solos e preservar seu potencial produtivo. Segundo a especialista, o crescimento populacional e mudanças nos padrões de consumo têm aumentado a pressão do homem sobre os recursos “finitos” dos ecossistemas.
“Felizmente, com mudanças no comportamento corporativo e do consumidor e com a adoção de planejamento mais eficiente e práticas sustentáveis, pode haver o suficiente para todos. Terra suficiente para fornecer comida e água para todos”, afirmou Barbut.
“Então, eu gostaria de pedir a vocês: quando escolherem o que comer, o que vestir ou o que dirigir, pensem em como sua escolha tem impacto sobre a terra, para melhor ou pior. Somos todos tomadores de decisão. Nas nossas vidas diárias, nossas escolhas têm consequências. E nossas pequenas decisões podem transformar o mundo.”
De acordo com a iniciativa Economia da Degradação da Terra, a conservação dos solos também é um bom investimento. O combate à erosão que afeta 105 milhões de hectares poderia poupar 62,4 bilhões de dólares em recursos líquidos ao longo dos próximos 15 anos. Outra medida é melhorar os estoques de carbono por meio de solos agrícolas, o que poderia gerar um valor potencial no mercado de carbono de 96 a 480 bilhões de dólares por ano.
Uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) nº 15, sobre a proteção da vida terrestre, é alcançar zero degradação dos solos até 2030.
FAO e México liberam US$500 mil para projetos sobre mudanças climáticas no Caribe
Giugno 15, 2018 15:16
Destruição causada pelo furacão Maria na ilha de Dominica. Foto: IRIN/Ben Parker
O México e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) oficializaram na quinta-feira (14) a criação de um fundo inédito de 500 mil dólares para projetos de países do Caribe sobre mudanças climáticas. Com o mecanismo de financiamento, 14 nações terão acesso a verba para tornar seus sistemas alimentares e comunidades rurais mais resilientes.
A expressão “construir resiliência às mudanças climáticas” pode parecer técnica ou abstrata demais, mas significa estratégias bem concretas, como melhorar a qualidade da infraestrutura, corrigir e reforçar canais fluviais ou criar redes subterrâneas de cabos para as instalações elétricas.
De acordo com o chefe da FAO, José Graziano da Silva, o grupo de 14 Estados caribenhos vai elaborar 27 programas. O capital do fundo será usado como pré-investimento, para aperfeiçoar e levar as iniciativas a outros patrocinadores. Dez das quase 30 iniciativas serão apresentadas ao Fundo Verde para o Clima, doze ao Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e cinco para vários mecanismos da União Europeia.
“Todos sabemos que o Caribe é uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas. Vimos isso na última temporada de furacões, onde a ilha de Dominica e Barbuda foram praticamente destruídas”, afirmou o secretário de Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, durante a cerimônia de assinatura do acordo com a FAO, em Roma.
O foco dos projetos financiados serão comunidades agrícolas em situação de pobreza e vulnerabilidade climática. O novo fundo receberá contribuições iguais, de 250 mil dólares, da FAO e da Agência Mexicana de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AMEXCID).
Os países que desenvolverão os projetos são Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia, Suriname e Trinidad e Tobago. Todas as nações fazem parte da Comunidade de Estados do Caribe (CARICOM).
Mais do que recursos financeiros
O fundo entre o México e a FAO também prevê o envio de especialistas do país norte-americano e da agência para ajudar técnicos caribenhos na concepção dos projetos. O objetivo da cooperação é ampliar as capacidades institucionais e de planejamento.
A parceria quer garantir que as nações beneficiárias consigam aprimorar os processos de tomada de decisão e o gerenciamento dos seus programas, para enfrentar da melhor forma os desastres naturais e os fenômenos climáticos extremos. “O fundo é uma combinação de recursos financeiros e recursos humanos”, acrescentou Videgaray.
Investimento e resiliência
A FAO lembra que os investimentos na resiliência e adaptação às mudanças climáticas podem ser bem caros. Nem sempre os países do Caribe têm o capital necessário para implementar suas estratégias de preparação.
“É aí que entram os fundos internacionais que esta iniciativa do México e da FAO permitirá conseguir. Os recursos estão lá, mas muitas vezes os países caribenhos não podem acessá-los porque seus projetos não estão devidamente preparados tecnicamente”, explicou o secretário mexicano.
Videgaray disse ainda que o fundo com a FAO é um acordo aberto a outros países. “Já temos a boa notícia de que o governo do Canadá vai se unir aportando recursos. E é importante que isso aconteça porque o desafio é enorme. Temos de reconhecer que o Caribe não está gerando as mudanças climáticas, mas que é uma das regiões mais afetadas, então todos nós temos a responsabilidade de contribuir”, concluiu.
ACNUR lança em São Paulo relatório global sobre refúgio e deslocamento forçado
Giugno 15, 2018 13:33
Refugiados somalis em campo de Dadaab, no Quênia. Foto: OCHA
Em São Paulo, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) divulga na próxima terça-feira (19), a partir das 9h, os dados mais recentes sobre deslocamento forçado no mundo. O lançamento do relatório “Tendências Globais” marca o Dia Mundial do Refugiado, 20 de junho, e acontece durante o I Encontro Internacional e II Encontro Estadual sobre Migração e Refúgio, promovido pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo.
O evento começa às 9h no auditório da Secretaria (Pátio do Colégio, 184, Centro). A apresentação do relatório será feita pelo representante-adjunto do ACNUR no Brasil, Federico Martínez, seguida de abertura para perguntas do público inscrito e dos profissionais de imprensa presentes. As vagas para participar do encontro são limitadas. Inscrições podem ser feitas pelo link https://goo.gl/5CsyXT.
O relatório “Tendências Globais” é a principal análise estatística feita pelo ACNUR sobre fluxos de deslocamento forçado. A publicação traz dados sobre as principais populações de refugiados, sobre os países de origem e de acolhimento, bem como sobre apatridia e outros temas relacionados ao mandato da agência. O documento tem como base números fornecidos por governos e parceiros do ACNUR, além de informações coletadas pela própria organização.
A agenda do I Encontro Internacional e II Encontro Estadual sobre Migração e Refúgio conta com painéis internacionais e nacionais, conforme a seguinte programação:
- 8h30 Credenciamento
- 9h00 Abertura – Composição da Mesa
-
9h30 Painel I: “A Experiência do Canadá no Acolhimento dos Refugiados”
Palestrante: James McNamee – Cônsul do Setor de Vistos e Imigração
Coordenação: Maria Beatriz Nogueira – ACNUR -
10h00 Painel II: “Lançamento do Atlas Temático da Migração em São Paulo – Migração Refugiada”
Palestrante: Rosana Baeninger – UNICAMP
Coordenação: Flávio Antas Corrêa – SJDC -
10h30 “Ações da Unicamp para os Refugiados”.
Palestrante: Marcelo Knobel – Reitor da UNICAMP
Participação: Verônica Coluci Camargo Freire – Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas – SJDC -
11h00 Painel III: Exibição do Vídeo “Em Refúgio – um documentário sobre possibilidades”
Palestrante: Manuel Nabais da Furriela – Reitor do ComplexoEducacional FMU/FIAMFAAM -
11h30 “Lançamento do relatório Tendências Globais – 2017”
Palestrante: Federico Martínez – ACNUR
Coordenação: Aparecida Izilda Alves – Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas – SJDC - 12h00 Perguntas
- 13h00 Encerramento
Dia Mundial do Refugiado
O Dia Mundial do Refugiado é celebrado em todo o mundo no dia 20 de junho, conforme resolução da Assembleia Geral da ONU. A data foi criada como expressão de solidariedade à África, continente que abriga o maior número de refugiados e que, tradicionalmente, já celebrava o Dia Africano do Refugiado nesta mesma ocasião. O dia mundial é uma oportunidade para reconhecer a força, a coragem e a resiliência das pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e seus países por causa de guerras, perseguições e violações de direitos humanos.
Serviço
Data/Hora: 19/06/2017 – 09h00
Local: Espaço da Cidadania – André Franco Montoro
Endereço: Pátio do Colégio, nº 184, São Paulo – SP
Mais informações
Assessoria de Imprensa do ACNUR em São Paulo: (11) 3107-5324 pachioni@unhcr.org
Assessoria da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania: (11) 3291-2697 jpacola@so.gov.br