Go to the content

Cúpula dos Povos

Full screen Suggest an article

Notícias da ONU

Giugno 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Brasil e FAO elaboram projeto de cooperação internacional de combate à fome e desnutrição

Agosto 30, 2018 14:40, by ONU Brasil
O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame. Foto: FAO

O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame. Foto: FAO

O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, anunciou na quarta-feira (29) em Santiago, no Chile, que o governo brasileiro e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estão trabalhando na criação de um novo projeto de cooperação trilateral Sul-Sul com os países da América do Sul, focado em sistemas alimentares, combate à obesidade, fome e desnutrição.

O ministro explicou que o novo projeto deve refletir os compromissos assumidos pelos países no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente o ODS 1 (erradicação da pobreza) e o ODS 2 (fome zero).

“Pretendemos avançar nos novos desafios associados aos sistemas alimentares, à nutrição, à luta contra a obesidade, promovendo o intercâmbio de experiências e fortalecendo o diálogo sobre essas agendas em nível regional”, afirmou Beltrame.

“O Brasil tem compartilhado de maneira extraordinariamente generosa suas políticas públicas e oferecido considerável apoio financeiro para promover o desenvolvimento social em muitos países da região”, disse Julio Berdegué, representante regional da FAO.

“Centenas de milhares de famílias hoje vivem melhor graças à solidariedade do povo do Brasil. O desafio futuro é converter essa enorme experiência acumulada em políticas públicas que beneficiem todos os habitantes da América Latina e do Caribe ”, explicou Berdegué.

O anúncio do ministro foi feito durante um diálogo sobre cooperação internacional que ocorre no escritório regional da FAO e contou com a participação do embaixador do Brasil, Carlos Duarte, da subsecretária de Saúde Pública do Chile, Paula Daza, e da secretária-executiva do Sistema de Vida Saudável no Chile, Alejandra Domper Rodríguez.

O problema central da desnutrição é o sistema alimentar

Berdegué destacou as deficiências do atual sistema alimentar como um dos desafios do novo projeto de Cooperação Sul-Sul do Brasil e da FAO.

“Criamos um sistema alimentar falido: duas em cada três pessoas no mundo sofrem de alguma forma de desnutrição. É um problema que afeta nações ricas e pobres”, disse.

De acordo com o representante da FAO, 14 dos 33 países da região têm mais de 10% de sua população com fome, enquanto 12 têm uma carga tripla de desnutrição: fome, anemia ou obesidade.

“Nenhum país escapa à epidemia de obesidade. Afeta 23% da população regional. Quatro em cada dez pessoas são obesas. O problema central está no nosso sistema alimentar. Nunca houve tanta comida e nunca houve tal desnutrição. Algo está fundamentalmente errado. Temos de agir agora”, alertou Berdegué, que ressaltou que a Cooperação Sul-Sul será essencial para alcançar sistemas alimentares saudáveis ​​que possam acabar com a fome, a desnutrição e a obesidade.



OPAS: um terço dos países das Américas ainda não implementou medidas de controle do tabaco

Agosto 30, 2018 14:20, by ONU Brasil
Um terço dos países das Américas ainda não implementou medidas efetivas de controle do tabaco, segundo a OPAS/OMS. Foto: Município de Aracruz

Um terço dos países das Américas ainda não implementou medidas efetivas de controle do tabaco, segundo a OPAS/OMS. Foto: Município de Aracruz

Embora tenham sido feitos progressos para abordar a epidemia do tabaco nas Américas, mais de um terço dos países da região ainda não implementaram medidas efetivas para controle do seu consumo. Conforme o novo Informe sobre o Controle do Tabaco na Região das Américas 2018 da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os governos devem aumentar urgentemente os esforços para aplicar essas medidas e, assim, salvar vidas.

O número de usuários de tabaco na região caiu para apenas 17%, abaixo da média global de 20%. No entanto, isso significa que um em cada cinco adultos acima de 15 anos ainda usa tabaco, uma das principais causas de doenças não transmissíveis.

Os países se comprometeram a implementar medidas para reduzir a mortalidade prematura por essas doenças em um terço até 2030, de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O relatório da OPAS destaca que é vital que os países intensifiquem seus esforços para aumentar as medidas de controle do tabaco a fim de atingir esse objetivo.

“Embora estejamos certamente na direção certa quando se trata de reduzir o número de usuários de tabaco e proteger a população dos efeitos adversos da exposição ao tabaco, não estamos nos movendo com a rapidez necessária”, disse Anselm Hennis, diretor da Unidade de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS. “Mais de 2 mil pessoas morrem a cada dia nas Américas como consequência direta do uso do tabaco e essa epidemia continuará, a menos que os países acelerem a velocidade com que as políticas efetivas estão sendo implementadas”.

O novo relatório destaca os progressos realizados pelos países das Américas na implementação das medidas previstas na Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco (CQCT da OMS), que visa proteger as gerações atuais e futuras das consequências devastadoras do uso e exposição ao tabaco. Essas medidas incluem regulamentações para proteger as pessoas da fumaça do tabaco, estabelecendo ambientes 100% livres do fumo; a inclusão obrigatória de grandes advertências gráficas de saúde em todas as embalagens de tabaco; aumento de impostos sobre o tabaco; e uma proibição total da publicidade, promoção e patrocínio do tabaco. O relatório mostra que 12 dos 35 países das Américas ainda precisam implementar até mesmo uma dessas medidas efetivas de controle do tabagismo.

O relatório também mostra que, embora a implementação de medidas de controle do tabaco tenha aumentado na região na última década, o progresso diminuiu recentemente.

As duas medidas de controle de tabaco mais implementadas nas Américas são as que protegem contra a exposição à fumaça do tabaco mediante ambientes 100% livres do fumo e advertências sanitárias obrigatórias em todas as embalagens de tabaco. Essas medidas são implementadas em 19 e 18 países, respectivamente, o que representa dois países a mais para cada medida em 2016.

Quatorze países das Américas reduziram a acessibilidade dos produtos de tabaco, aumentando o preço da marca de cigarros mais popular em relação à renda. O relatório destaca o caso da Argentina, que elevou os impostos sobre produtos de tabaco para 75% do preço de varejo. A Colômbia e o Peru também aumentaram significativamente os impostos sobre produtos de tabaco.

Mesmo assim, desde 2016, apenas um país da região proibiu a publicidade, a promoção e o patrocínio do tabaco, elevando para seis o número total de países que implementam essa medida.

“O aumento no número de países que implementaram pelo menos uma medida efetiva de controle do tabaco é reconfortante”, disse Adriana Blanco, chefe da Unidade de Fatores de Risco e Nutrição da OPAS. “Mas, desde 2016, o número de países que implementaram pelo menos quatro medidas permanece inalterado: seis. Se quisermos proteger efetivamente as populações contra o impacto do uso do tabaco, precisamos ir muito além e garantir que mais medidas sejam implementadas”.

Progresso no Caribe

Uma das principais áreas de progresso nos últimos dois anos delineada no relatório ocorreu no Caribe, embora continue sendo a sub-região com o menor número de países que implementaram as medidas delineadas na CQCT da OMS.

A Guiana, por exemplo, aprovou uma lei abrangente de controle do tabaco em 2017. Essa lei agora posicionou o país entre os mais tem cumprido três áreas: proteger as pessoas da fumaça do tabaco; proibições de publicidade, promoção e patrocínio; e grandes advertências gráficas de saúde obrigatórias em todas as embalagens de tabaco. Santa Lúcia e Barbados estão seguindo o mesmo caminho com a aprovação de medidas para incluir advertências de saúde obrigatórias nas embalagens de produtos de tabaco.

“Apreciamos os recentes esforços do Caribe para iniciar a aplicação de medidas eficazes de controle do tabagismo e esperamos que isso mostre a outros países da sub-região os benefícios de longo prazo que as medidas terão em suas economias e, ainda mais importante, na saúde de suas populações”, disse Hennis.

O relatório destaca a interferência da indústria do tabaco como uma ameaça permanente à implementação rápida e efetiva de medidas de controle do tabaco, assim como a disponibilidade de novos produtos de tabaco no mercado, que são ampla e agressivamente anunciados a novos consumidores em potencial.

“É vital que a região renove seu compromisso de superar esses desafios”, disse Hennis. “A cooperação Sul-Sul deve ser fortalecida para compartilhar as melhores práticas, e mais estudos regionais devem ser realizados para que possamos estar mais bem informados sobre o que funciona melhor nos esforços contínuos da região para o controle do tabagismo”.

Medidas MPOWER

Entre as principais estratégias para apoiar a implementação da CQCT estão as medidas MPOWER da OMS, que exigem ações do governo em seis áreas: monitorar o consumo do tabaco e as políticas de prevenção (M); proteger as pessoas da fumaça do tabaco (P); oferecer ajuda para deixar de consumir tabaco (O); advertir (warn, em inglês) sobre os perigos do tabaco (W); exercer a proibição da publicidade, promoção e patrocínio do tabaco (E); reduzir os impostos sobre o tabaco (R).

O novo relatório avalia o progresso que os países das Américas fizeram em relação à implementação dessas seis medidas, quatro das quais foram definidas como os melhores investimentos (best buys) para a prevenção e o controle doenças não transmissíveis.

O relatório está sendo lançado durante a reunião preparatória regional para a oitava sessão da Conferência das Partes (COP8) da Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco, que está sendo realizada em Washington D.C., de 28 a 30 de agosto de 2018. Essa reunião junta representantes de Ministérios da Saúde e dos Ministérios de Relações Exteriores dos países da Região das Américas que participam da CQCT, para discutir as principais oportunidades e desafios relacionados ao controle do tabaco e a melhor forma de proteger a população.



Refugiadas participam de workshop sobre cultura brasileira e mercado de trabalho em SP

Agosto 30, 2018 13:57, by ONU Brasil
Projeto Empoderando Refugiadas promoveu workshop sobre mercado de trabalho. Foto: Rede Brasil do Pacto Global/Fellipe Abreu

Projeto Empoderando Refugiadas promoveu workshop sobre mercado de trabalho. Foto: Rede Brasil do Pacto Global/Fellipe Abreu

O desafio de adaptação a uma nova cultura e a um novo mercado de trabalho por quem vem ao Brasil em situação de refúgio motivou a realização de workshop sobre o tema para as participantes do projeto Empoderando Refugiadas. Promovido pelo Carrefour, uma das empresas apoiadoras do projeto, o encontro aconteceu em São Paulo, na quarta-feira (29) e reuniu cerca de 30 mulheres refugiadas.

Entre os tópicos trabalhados no treinamento, estava a elaboração adequada de um currículo profissional voltado para a realidade do mercado de trabalho brasileiro, assunto abordando por representante do Projeto RH. De acordo com a congolesa Lysete, este ainda é um desafio. “Aprendemos muito sobre a elaboração do currículo hoje. Haviam várias coisas que não sabíamos, que fazíamos diferente”.

Lysete, que está há quase quatro anos no Brasil, se diz bem adaptada à cultura brasileira. Porém, o choque de realidades ainda é difícil para muitas, como para a marroquina Manyam, que apesar de estar há oito anos no Brasil, ainda sofre com a discriminação no mercado de trabalho. “Uso turbante pela minha cultura e nem todo mundo aceita. Já me disseram que não poderia trabalhar usando o lenço, não entendem a questão religiosa”, afirmou.

Romper a barreira do preconceito é essencial para muitas empresas brasileiras e, segundo a especialista de diversidade e inclusão do Carrefour, Maricelia Machado, também uma forma de enxergar oportunidades. “O sucesso de qualquer negócio parte da vivência com culturas diferentes, isto somente fortalece as organizações, então, é importante que, quando uma pessoa tenha contato com uma cultura diferente, ela se sinta acolhida, para que possa também se sentir confortável na inclusão dentro das organizações”, declarou.

Desafio este que, ainda de acordo com a especialista, envolve conhecer a cultura do país e de quem chega. “É necessário entender as diferenças de cultura e também dar apoio e acolhimento, como o projeto Empoderando Refugiadas vem fazendo, para que elas possam entender como se adaptar a uma nova cultura”, afirmou.

Parte deste processo de adaptação à nova realidade por parte das refugiadas foi auxiliado por representantes da Sietar Brasil e da Fox Time, que além de apresentarem condutas positivas e negativas em situações de recrutamento, discutiram tópicos importantes de adaptação aos costumes brasileiros.

O Projeto

O Empoderando Refugiadas é um projeto de Rede Brasil do Pacto Global, Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e ONU Mulheres que promove o treinamento e inserção de refugiadas no mercado trabalho brasileiro. O projeto, que já intermediou a colocação de 21 mulheres no emprego formal, está em sua terceira edição este ano e busca atender cerca de 50 mulheres.

A programação do Empoderando Refugiadas inclui mentorias individuais e workshops que são realizados com o apoio das empresas parceiras ABN AMBO, Carrefour, Facebook, Pfizer, Renner e Sodexo. Todo processo de seleção das mulheres para o projeto é feito Programa de Apoio para Recolocação de Refugiados (PARR). Entre as outras instituições parceiras, estão Caritas, Consulado do Brasil, Fox Time Recursos Humanos, Grupo Mulheres do Brasil, e Migraflix.



UNAIDS lembra importância de garantir saúde sexual e reprodutiva de mulheres lésbicas

Agosto 30, 2018 12:39, by ONU BrasilFernanda Soares, ativista lésbica, influenciadora digital e criadora de conteúdo do Canal das Bee. Foto: UNAIDS Andrea Rufino, médica ginecologista especialista em saúde sexual de mulheres lésbicas e bissexuais e professora da Universidade Estadual do Piauí. Foto: UNAIDS A educadora Renata Schiavone se identifica como mulher bissexual e relata ter tido boas experiências em serviços de saúde sexual desde adolescente. Foto: UNAIDS

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) Brasil se uniu às vozes da diversidade para celebrar a saúde e o bem-estar no Dia da Visibilidade Lésbica, lembrado em 29 de agosto. O estigma e a discriminação — e até mesmo a violência sexual — vividos por essas mulheres em decorrência de sua orientação sexual dificultam o acesso a serviços de saúde relacionados ao HIV e à saúde sexual e reprodutiva.

De acordo com o relatório “Inovação comunitária: alcançando saúde e direitos sexuais reprodutivos para mulheres e meninas através da resposta ao HIV”, produzido pelo UNAIDS em parceria com a organização Athena Network, as políticas públicas de saúde voltadas ao cuidado do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) tendem a negligenciar a documentação disponível sobre violência de gênero e discriminação contra mulheres que se identificam como lésbicas ou bissexuais.

Em entrevista ao UNAIDS Brasil, Fernanda Soares, ativista lésbica, influenciadora digital e criadora de conteúdo do Canal das Bee, relatou que percebe um despreparo por parte de profissionais da saúde no trato com mulheres lésbicas.

“Como a transmissão do HIV e outras ISTs é mais difícil, existe essa lenda de que mulheres lésbicas não tem risco. Isso vem também pela falta de informação sobre formas se sexo seguro entre duas mulheres”, contou.

“Tudo que aprendi sobre saúde sexual lésbica foi por meio da Internet, com textos e vídeos, na maioria das vezes estrangeiros. Essas informações infelizmente não estão tão acessíveis para mulheres em geral. Logo, acho que as mulheres lésbicas e bissexuais são mal-informadas. Sabemos apenas como prevenir gravidez e ISTs com camisinha. E só!”, completou. Fernanda relata que também já ouviu muitas mulheres lésbicas dizerem que não se relacionam com mulheres bissexuais por medo de ISTs.

Embora os métodos de prevenção sejam escassos, a Avert, renomada organização internacional de caridade para o HIV e a AIDS, elenca algumas condutas preventivas, como se manter sempre atualizada sobre seu estado sorológico para ISTs e saber que o sexo é mais seguro quando nenhum fluido corpóreo externo entra em seu corpo (como secreções vaginais, leite materno e sangue, inclusive o menstrual).

“No cotidiano do atendimento, escuto sobre a dificuldade de utilizar métodos de barreira nas práticas sexuais com mulher e a vontade de conhecer ou de esclarecer dúvidas sobre os riscos de adquirir ISTs”, disse Andrea Rufino, médica ginecologista especialista em saúde sexual de mulheres lésbicas e bissexuais e professora da Universidade Estadual do Piauí.

“O desconhecimento médico do risco de transmissão do HPV na prática sexual entre mulheres pode influenciar na falta de solicitação do exame de papanicolau, uma atitude muito comum nesta população.”

Visibilidade bissexual

É importante dar visibilidade e endereçar questões de saúde para mulheres bissexuais, que também sofrem com a falta de informação e principalmente com a invisibilidade.

A educadora Renata Schiavone se identifica como mulher bissexual e relata ter tido boas experiências em serviços de saúde sexual desde adolescente, inclusive quando se tornou mãe em seu primeiro casamento com um homem. No entanto, ela afirma saber que isso não é a realidade para todas as mulheres que se relacionam com outras mulheres.

“Eu acho que tive muita sorte com os profissionais de saúde com quem me tratei, mas, no geral, o que a gente ouve é que o profissional não considera uma relação lésbica uma relação de risco”, declarou. “Às vezes, acham que porque você namora com uma mulher você nem precisa fazer exame”.

Ainda existem obstáculos para mulheres lésbicas e bissexuais encontrarem informações sobre prevenção de ISTs, além do despreparo, falta de conhecimento específico por parte dos profissionais da saúde. Todos esses fatores contribuem para um cenário de estigma, discriminação e invisibilidade dessa população.

A Agenda para Zero Discriminação em Serviços de Saúde do UNAIDS busca alcançar uma visão comum de que todas as pessoas, em toda parte, usufruam de serviços de saúde sem discriminação, ao reunir as principais partes interessadas para ações conjuntas.



Governo federal e PNUD lançam plataforma e premiam líderes voluntários

Agosto 30, 2018 12:10, by ONU Brasil
Em parceria com o PNUD, o governo brasileiro celebrou o lançamento da Plataforma Digital do Voluntariado, durante evento em Brasília (DF). Foto: Governo Federal

Em parceria com o PNUD, o governo brasileiro celebrou o lançamento da Plataforma Digital do Voluntariado, durante evento em Brasília (DF). Foto: Governo Federal

No Dia Nacional do Voluntariado, lembrado na última terça-feira (28), o governo federal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) realizaram no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), a premiação Viva Voluntário e o lançamento da plataforma de mesmo nome.

O evento foi parte da programação do Programa Nacional de Voluntariado, que combina ações institucionais e ferramentas para incentivar o engajamento dos brasileiros em atividades de impacto social em suas comunidades.

Estiveram presentes o presidente brasileiro, Michel Temer, a primeira-dama, Marcela Temer, o coordenador-residente das Nações Unidas e representante do PNUD no Brasil, Niky Fabiancic, e os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Rossieli Soares da Silva, da Educação.

Em parceria com o PNUD, o governo brasileiro celebrou o lançamento da Plataforma Digital do Voluntariado, ferramenta que funciona como uma rede social para projetos do setor, possibilitando o encontro entre atividades de instituições e voluntários interessados em se engajar.

“A plataforma Viva Voluntário implanta, digitalmente, a conexão entre as pessoas. É a tecnologia a serviço da capacitação e da aproximação dos cidadãos”, afirmou o presidente Michel Temer em seu discurso durante a cerimônia.

A plataforma recém-lançada disponibiliza vagas de voluntariado em todas as regiões do país. Ao acessar a página, o internauta pode buscar ações em sua localidade ou de acordo com os temas que mais lhe interessam – todas as vagas disponíveis no site estão classificadas de acordo com um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Em sua fala, Niky Fabiancic ressaltou a importância da criação de uma plataforma que divulgue vagas de voluntariado de forma acessível para ampliar o número de conexões entre pessoas de diferentes perfis.

“Gostaria de destacar a importância da promoção de voluntariado de caráter inclusivo, proporcionando a todos que desejam a oportunidade do engajamento como voluntários, pois todas as pessoas podem contribuir como atores do desenvolvimento”, observou.

De acordo com dados do Relatório Estado do Voluntariado no Mundo de 2018, produzido pelo PNUD e pelo programa dos Voluntários das Nações Unidas (UNV), mais de 1 bilhão de voluntários de todo o mundo dedicam seu tempo para fazer a diferença em temas que afetam as vidas de suas comunidades.

“O voluntariado é uma forma poderosa de envolver pessoas em ações de desenvolvimento, pois cada um pode contribuir com insumos valiosos como o próprio tempo, conhecimento e experiência”, disse Fabiancic.

Para celebrar o voluntariado brasileiro, a cerimônia contou com a apresentação de um grupo de crianças e jovens, que fazem parte do projeto Forças no Esporte, do Ministério da Defesa, que cantaram o Hino Nacional Brasileiro e a música “Asa Branca”.

Para celebrar grupos internacionais que contribuem com o voluntariado, o grupo de universitárias ASEZ, da Coreia do Sul, apresentou uma dança tradicional com leques.

Resolução Conselho Nacional de Educação

Durante a cerimônia, o ministro da Educação e o presidente Temer assinaram a Resolução do Conselho Nacional de Educação, que institui diretrizes da educação para o voluntariado na Educação Básica e Superior. A iniciativa faz parte de um conjunto de atividades do Programa Nacional de Voluntariado para fortalecer iniciativas voluntárias nos setores público e privado.

A resolução visa promover a participação dos estudantes brasileiros em ações de voluntariado, bem como dar diretrizes para que as escolas e universidades possam computar nos currículos acadêmicos as horas de trabalho voluntário dos alunos, fomentando a prática. Além disso, a diretriz busca promover a utilização dos espaços escolares e universitários para ações voluntárias.

“O que o voluntariado pode fazer pela transformação da educação no Brasil? Isso é perceptível quando vemos o potencial dos projetos dos vencedores do prêmio Viva Voluntário aqui presentes”, observou o ministro da Educação em seu discurso. “Temos, agora, um programa importante dentro da educação, para dar um passo significativo na aproximação das escolas e do voluntariado”.

Cidades-piloto

No evento, foram anunciadas as cinco cidades-piloto que receberão equipes de mobilização para trabalhar com o mapeamento de organizações sociais, arrecadação de recursos, divulgação do programa e estímulo ao uso da plataforma Viva Voluntário. São elas: Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Salvador (BA), Brasília (DF) e Boa Vista (RR).

O prêmio

Duas lideranças e seis entidades foram homenageadas na primeira edição do Prêmio Viva Voluntário, que será concedido anualmente a pessoas e organizações que se destacaram em ações no Brasil.

Na categoria Líder Voluntário, receberam o prêmio Janir Gonçalves Leite, do coletivo de mulheres indígenas artesãs terena, da aldeia Tico Lipú de Aquidauana (MS); e Bruno Costa Lopes de Carvalho, do projeto Curumim Cultural de Samambaia (DF).

Na categoria Voluntariado nas Organizações da Sociedade Civil, venceram as entidades Centro Social da Rua, com o projeto Voluntários do Centro Social da Rua de Porto Alegre (RS), e a Amigos do Bem Instituição Nacional Contra a Fome e a Miséria, com a iniciativa 25 Anos de Voluntariado Amigos Do Bem que desenvolve ações de voluntariado em Alagoas, Pernambuco e Ceará.

O Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz, foram reconhecidos na categoria Voluntariado no Setor Público pelo trabalho do Núcleo de Apoio a Projetos Educacionais e Culturais (Napec), que promove o tratamento humanizado de pacientes internados no Rio de Janeiro. Outro vencedor dessa categoria foi a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que desenvolve parcerias com instituições sociais por meio da chamada pública permanente para todo o Paraná.

Na categoria voluntariado empresarial, se destacaram os programas de voluntariado da Fundação Telefônica-Vivo, que tem atuação nacional, envolvendo mais de 15 mil voluntários, e da Fundação Cargill, que tem atuação em 12 estados do Brasil.



Rio+20 ao vivo!