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Notícias da ONU

Giugno 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Após 30 anos, xilogravuras da Declaração dos Direitos Humanos são expostas no Brasil

Agosto 6, 2018 12:45, by ONU Brasil

A ONU Brasil realizará em agosto uma exposição no Rio de Janeiro com obras do artista paulistano Otávio Roth, que em 1978 criou e imprimiu xilogravuras que ilustram os trinta artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

É a primeira vez em mais de 30 anos que as xilogravuras — expostas permanentemente nas sedes da Organização em Nova Iorque, Viena e Genebra — têm exibição no país.

Em entrevista ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), a filha e curadora do artista, Isabel Roth, falou sobre o legado das obras de Otávio e sua contribuição para a divulgação da Declaração, que completa 70 anos em 2018, e do trabalho das Nações Unidas globalmente.

“O Otávio foi o primeiro artista vivo a expor na ONU, porque foi o primeiro artista a ilustrar o conteúdo da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, disse Isabel, citando o documento histórico adotado pelos países em 10 de dezembro de 1948, alguns anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial.

As xilogravuras demoraram dois anos para ficar prontas, sendo exibidas pela primeira vez em 1978. As obras foram, ao longo do tempo, gravadas em várias línguas: norueguês, inglês, francês, japonês, espanhol, dinamarquês e português.

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Segundo Isabel, Otávio Roth acreditava que o conteúdo da Declaração era muito importante para ficar restrito aos círculos de profissionais das Relações Internacionais e do Direito, sendo necessária sua disseminação de forma mais didática para as populações do mundo todo. Ele manifestou essa opinião em entrevistas concedidas na época em que lançou o trabalho.

“Em várias ocasiões, tive a oportunidade de ter em mãos o texto convencional da Declaração, que é um papelzinho mixuruca, ilegível. Percebi que, daquela forma, o texto jamais seria divulgado, daí a ideia de transformá-lo num trabalho gráfico de maior impacto”, disse Otávio em entrevista à Folha de S.Paulo em 1981, ano da inauguração da exposição em Nova Iorque.

Para Isabel, um dos eixos que movem as obras de Otávio é o entendimento de que a informação precisa ser compartilhada, princípio que, segundo ela, estava presente tanto em seu trabalho artístico como em suas atividades de pesquisador, curador e professor.

“Ele tinha uma paixão por estudar e pesquisar uma série de temas, e nunca foi uma pessoa que quisesse guardar esse conhecimento para si, sempre quis canalizar e democratizar esse acesso”, declarou Isabel.

Morto em 1993, aos 41 anos, Otávio Roth foi gravador, designer gráfico, ilustrador e professor. Ele é reconhecido mundialmente por seu trabalho com papel artesanal e eventos de arte participativa. Em 1971, viajou para Israel, onde iniciou seu interesse pela fotografia. No ano seguinte, em São Paulo, entrou no curso de Publicidade e, em 1974,  foi estudar desenho gráfico em Londres. Na capital britânica, por influência do artista Paul Pietch, começou a se interessar pela gravura, principalmente a xilogravura, e por temas sociais e políticos.

Atuou como designer, ilustrador e gravador em Oslo, no Noruega, em 1977. Voltou para o país pouco depois e, ao longo dos anos 1980, recebeu vários prêmios de literatura infanto-juvenil, como ilustrador e escritor, e foi parceiro em diversas publicações da escritora Ruth Rocha. Na mesma década, inaugurou a Handmade, primeira fábrica de papel artesanal do país.

Para Isabel, as obras de Otávio valorizam o sentido de coletividade, enquanto ao mesmo tempo comunicam temas duros de maneira leve. “Era um artista muito brasileiro nesse sentido, que comunica alegremente, com cores. Não precisa obrigatoriamente falar de temas pesados de maneira traumática”, declarou. “Nesse sentido, a obra dele comunica muito para adultos, mas também para crianças”.

A ideia de ilustrar cada um dos artigos da Declaração partiu do próprio artista, que produziu as obras na Noruega. Em 1980, ele a expôs na galeria nova-iorquina Automation House, onde foi vista por um assessor do então secretário-geral da ONU, Kurt Waldheim.

O assessor ficou impressionado com o trabalho e convidou o artista brasileiro a expor a série de xilogravuras na sede da Organização, em Nova Iorque. Em 1981, a exposição foi inaugurada para lembrar os 33 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A última vez que a série de xilogravuras foi exposta no Brasil foi em 1981.

“A grande contribuição que o Otávio trouxe para as Nações Unidas com a série da Declaração foi a de apresentar uma versão que fosse leve, agradável, fácil de comunicar e que dialoga com todos”, disse.

“Essas ilustrações são singelas, mas não devemos confundir essa simplicidade com superficialidade no tratamento do conceito”, disse Isabel. “O resultado final é muito simples, mas o que está por trás é um processo complexo de simplificação, sem que se percam os valores e o significado real daquela mensagem”, completou.

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Segundo Isabel, Otávio não teve problemas com autoridades brasileiras durante a ditadura militar, apesar de sua defesa dos direitos humanos em meio a um regime violador desses direitos. “Toda a obra dele carrega valores e símbolos compatíveis com uma visão democrática, mas me parece que isso era muito sutil para ser percebido ou questionado pelas autoridades (da época)”, declarou.

Outros trabalhos de Otávio Roth com as Nações Unidas envolveram a elaboração de um selo comemorativo, em 1982, e uma atividade com crianças da Escola da ONU, em Nova Iorque, em 1990. Nessa ocasião, surgiu a ideia de uma nova instalação participativa sob o título “Á Árvore – Instalação Itinerante”, na qual crianças do mundo todo fizeram intervenções livres sobre folhas autoadesivas, coladas pelo artista em troncos desenhados em nanquim sobre acetato.

O objetivo era que o painel tivesse a dimensão da fachada do prédio-sede da ONU, mas o projeto ficou inacabado em virtude da morte prematura do artista. Mesmo assim, a instalação recolheu mais de 60 mil “folhinhas”.

“Esse entendimento de que a individualidade deve ser preservada e tem seu valor, mas que a contribuição de fato está no coletivo, é muito forte e comunica muito sobre o Otávio. É uma obra que sintetiza a visão que o Otávio tinha para a arte”, explicou Isabel.

Isabel afirma que decidiu se tornar curadora das obras do pai porque estas permanecem relevantes, décadas depois. “Meu pai faleceu quando eu tinha 3 anos, então, tenho poucas lembranças dele. (…) Mas a obra dele sempre esteve muito presente na minha casa. A lembrança dele sempre esteve presente na minha vida”.

“Me fascina a consistência dos valores que ele carrega nas obras. Como filha, eu sei que na vida pessoal ele carregava os mesmos valores. Me fascina ele ser uma pessoa tão coesa”, disse, lembrando que o pai acreditava no poder da arte como fator de transformação social.

“Esse é o lugar da arte, e os esforços que os profissionais da área devem ter, de pensar e propor os eventos culturais, os processos como oportunidade para as pessoas se sensibilizarem e se motivarem a dar o melhor delas”, concluiu.

A exposição ficará em cartaz até 9 de setembro.

Serviço

Período da exposição para o público: 08/08 a 09/09
Visitação: terça a domingo, das 12h às 19h
Classificação: Livre
Endereço: Centro Cultural Correios – Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro, Rio de Janeiro

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ONU e Chile facilitam emissão de vistos para haitianos separados da família

Agosto 6, 2018 12:34, by ONU Brasil
Imigrantes haitianos em Iñapari, no Peru. A rota é usada por muitos para alcançar o Brasil pela fronteira com o Acre, para depois seguirem para centros urbanos. Segundo as mais recentes estimativas, mais de 50 mil haitianos já migraram para o Brasil desde o terremoto que atingiu o país caribenho, em janeiro de 2010. Foto: Marcello Casal Jr./ABr

Imigrantes haitianos em Iñapari, no Peru. A rota foi usada por muitos para alcançar o Brasil pela fronteira com o Acre, para depois seguirem para centros urbanos. Foto: Agência Brasil/Marcello Casal Jr.

Haitianos que deixaram a família no país de origem para ir para o Chile terão uma chance de viver novamente com os parentes. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o governo chileno firmaram em julho (31) uma parceria que facilitará a emissão de vistos de reunificação para os familiares de migrantes da nação caribenha. Agência da ONU apoiará os serviços consulares do Chile no Haiti, garantindo o atendimento das demandas por autorizações de entrada no território sul-americano.

Com a cooperação, será criado no Haiti um Centro de Atenção de Pessoas com Visto. A administração do local ficará a cargo da OIM, que também fornecerá equipamentos e assistência técnica para as instalações de processamento de vistos. O organismo internacional implementará soluções tecnológicas para que haitianos possam, pela internet, fazer agendamentos junto às autoridades chilenas e monitorar suas solicitações.

A agência da ONU planeja ainda ampliar a disseminação de informações sobre os procedimentos de acesso ao visto. Segundo a Organização, orientações terão divulgação em créole, francês e espanhol.

De acordo com o representante da OIM no Chile, Norberto Girón, a parceria chega “num momento em que o processo de regularização migratória, liderado pelo governo chileno, confirmou uma grande quantidade de haitianos que continuam irregulares no país (sul-americano)”.

“Reitero o compromisso da OIM de colaborar com ambos os governos, do Chile e Haiti, em tudo o que fortalecer uma migração ordenada, segura e regular entre ambos os países”, afirmou o dirigente durante assinatura do termo de cooperação entre a instituição das Nações Unidas e o Ministério chileno das Relações Exteriores.

O organismo internacional lembra que seu apoio ao Chile vai ao encontro do previsto pelo Artigo 44 da Convenção sobre os Direitos dos Trabalhadores Migrantes e seus Familiares. O documento determina que os países devem adotar medidas apropriadas para assegurar a proteção da unidade familiar do trabalhador migrante, a fim de facilitar sua reunião com cônjuges ou filhos menores de idade. Outros parentes também são contemplados pelo texto, mas nesse caso, a reunião familiar depende de condições humanitárias e da avaliação do Estado de acolhimento.



Fundo de População da ONU lança campanha sobre paternidade responsável

Agosto 6, 2018 11:35, by ONU Brasil

Ser pai é acompanhar a mulher durante toda a gestação, estar presente no parto e no pós-parto, nas afazeres domésticos, no cuidado, no apoio e no acompanhamento de filhos e filhas ao longo de toda a vida. Essa é a mensagem que o Fundo de População das Nações Unidas apresenta durante o mês de agosto em sua nova campanha digital — “Pai Presente Importa”. Iniciativa foi lançada no sábado (4) e conta com o apoio do ator Érico Brás e do jornalista e escritor Marcos Piangers.

Quatro animações serão publicadas nas mídias sociais da agência da ONU, uma para cada sábado do mês de agosto. Os vídeos abordam o que é ser pai e o que é paternidade responsável, discutindo as relações dentro das famílias, os estereótipos e o papel do pai na formação e educação de filhos e filhas.

Além de educativo, o material também traz dados importantes sobre paternidade — como a estatística do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que aponta que mais de 5 milhões de crianças no Brasil não têm o nome do pai no registro de nascimento.

Sobre os apoiadores da campanha

Nascido em Salvador, o ator Érico Brás começou aos oito anos de idade sua relação com o teatro. Engajado, é um ativista contra as desigualdades sociais, tendo como foco os temas de juventude e raça. Com participação em séries e programas de TV, Érico Brás incentiva o debate e a reflexão sobre diversidade. Desde 2017, o ator faz parte do Conselho Consultivo do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil.

Marcos Piangers está desde 2001 trabalhando com comunicação jovem e plataformas digitais. Em 2015, escreveu o best seller “O Papai é Pop”, livro que já vendeu mais de 100 mil exemplares e que fala sobre sua maior paixão: ser pai da Anita e da Aurora. Em 2016, lançou “O Papai é Pop 2”, que alcançou o ranking de livros mais vendidos do Brasil.



ONU lança plataforma com dados da NASA para monitorar biodiversidade

Agosto 6, 2018 11:14, by ONU Brasil
Donzelinha, espécie de inseto. Foto: Flickr (CC)/budak

Donzelinha, espécie de inseto. Foto: Flickr (CC)/budak

Organismos da ONU lançaram em julho (5) o Laboratório de Biodiversidade, uma plataforma online que combina mapas geoespaciais com informações sobre conservação ambiental. Cruzando dados da NASA, de agências das Nações Unidas e institutos de pesquisa, o projeto é uma ferramenta de uso gratuito para quem tem interesse em monitorar e conhecer o estado de preservação dos ecossistemas e da vida silvestre.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a ONU Meio Ambiente e o Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica. O portal recebeu recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e também tem o suporte da plataforma de mapeamento e monitoramento MapX.

Atualmente, muitos países não têm acesso a informações geoespaciais sobre o meio ambiente por causa da falta de dados ou de capacidade técnica. O Laboratório preenche essa lacuna, apoiando as nações signatárias da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (CDB) no relato de avanços e problemas relativos à preservação de seu patrimônio natural vivo. Planejadores de políticas públicas poderão fazer upload de novos dados na plataforma e utilizar estatísticas nacionais em suas análises.

O administrador do PNUD, Achim Steiner, lembra que “até 2030, a demanda por comida poderá crescer em 35%, por água, em 40%, e por energia, em 50%”. Na avaliação do dirigente, o futuro exigirá soluções capazes de atender a essas necessidades, mas sem comprometer o bem-estar e o funcionamento sustentável dos ecossistemas.

“Ao proporcionar acesso a dados espaciais – incluindo áreas protegidas, espécies ameaçadas, impacto humano em sistemas naturais, bacias hidrográficas para cidades estratégicas e muito mais –, a plataforma empodera formuladores de políticas com as informações necessárias para enfrentar os desafios prementes da conservação da biodiversidade e do desenvolvimento”, acrescenta Steiner.

Para o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, “o Laboratório de Biodiversidade da ONU é parte vital de nossos esforços contínuos para construir um ecossistema digital de dados planetários, que tenha precisão e seja de fácil uso para países, empresas e cidadãos”.

“Para avançar na agenda do desenvolvimento sustentável, será essencial prover acesso simples e em tempo real aos melhores dados e análises disponíveis para as pessoas e o planeta.”

O acesso ao “big data” para o desenvolvimento sustentável é tema da Declaração sobre Dados Espaciais da iniciativa Natureza pelo Desenvolvimento. O documento, lançado em junho (27), é aberto para endosso público. Até agora, 20 instituições já apoiam o texto. A expectativa é de que um número expressivo de países, agências da ONU, ONGs, instituições acadêmicas e organizações de povos indígenas também subscrevam à declaração.

ONU lança desafio de biodiversidade para países

Em celebração ao lançamento da Declaração de Dados e do Laboratório de Biodiversidade, o PNUD e a ONU Meio Ambiente lançaram um desafio global para os 196 países da Convenção sobre Diversidade Biológica — dobrar o número de mapas utilizados em seus relatórios de progresso nacional para cumprir as metas do documento internacional.

A secretária-executiva da convenção, Cristiana Pasca Palmer, lembrou que os países signatários do mecanismo já reconheceram a necessidade de ferramentas inovadoras para monitorar tendências ambientais e compreender as causas da perda de biodiversidade. A dirigente disse ainda que novas tecnologias, como o laboratório online, ajudarão governos a avaliar as implicações socioeconômicas de diferentes estratégias de conservação.

No futuro, a plataforma da ONU poderá incorporar monitoramento automatizado, utilizando inteligência artificial para apoiar o planejamento ambiental voltado para a saúde humana e planetária. O projeto já reúne dados espaciais do Centro de Monitoramento da Conservação Mundial da ONU Meio Ambiente, da Base de Dados sobre Recursos Globais (GRID-Geneva), da NASA, de agências da ONU e de outros centros de pesquisa.



ONU lança recomendações contra LGBTIfobia nas empresas

Agosto 3, 2018 17:59, by ONU Brasil

Em São Paulo, a campanha Livres & Iguais — uma iniciativa da ONU para a igualdade LGBTI — lançou em junho (26) os Padrões de Conduta para Empresas. Com cinco princípios básicos, as Nações Unidas convocam companhias a combater a discriminação entre seus funcionários, além de mobilizar fornecedores e parceiros de negócios em prol dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e intersexo.

As recomendações também incentivam que o setor corporativo conscientize consumidores e promova mudanças em toda a sociedade, garantindo o respeito à diversidade.

Com a participação da cantora e campeã da igualdade da ONU, Liniker, o lançamento em São Paulo reuniu ativistas, lideranças corporativas e representantes de missões diplomáticas e das Nações Unidas. Evento debateu estratégias empresariais para enfrentar o preconceito e incluir todos, todas e todxs no mundo do trabalho.

Saiba mais sobre quais empresas apoiam a iniciativa: http://bit.ly/2vfjMhB

Acesse os Padrões de Conduta em: http://bit.ly/2OJfaYS



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