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Notícias da ONU

Giugno 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

ONU pede eleições pacíficas no Zimbábue em meio a relatos de intimidação de eleitores

Luglio 24, 2018 16:47, by ONU Brasil
Porta-voz do ACNUDH, Liz Throssell. Foto: ONU/Violaine Martin

Porta-voz do ACNUDH, Liz Throssell. Foto: ONU/Violaine Martin

Às vésperas das eleições presidenciais no Zimbábue, previstas para o próximo 30 de julho, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) cobrou nesta terça-feira (24) que o pleito seja realizado de forma pacífica e credível. Organismo recebeu relatos de intimidações e coerções contra eleitores. Violações teriam sido associadas ao partido de situação Frente Patriótica ZANU (sigla em inglês para União Nacional Africana do Zimbábue).

Em Genebra, a porta-voz do ACNUDH, Liz Throssell, esclareceu que a instituição não tinha condições de verificar denúncias — o escritório possui apenas um funcionário no país. O ACNUDH, porém, reconhecia que as suspeitas foram trazidas à tona em “um contexto de alargamento do espaço democrático”.

Em diversas zonas rurais, como as províncias de Mashonaland Central e Oriental, Midlands e Manicalands, o escritório do Alto Comissariado identificou “um número crescente de relatos” de assédio e coerção de eleitores. As informações foram levadas para o organismo da ONU por organizações da sociedade civil do Zimbábue. Ocorrências seriam de autoria da Frente Patriótica e de lideranças tradicionais que apoiam o partido.

Os principais candidatos à Presidência são Nelson Chamisa, dirigente do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), e o atual presidente Emmerson Mnangagwa, da Frente Patriótica. Mnangagwa assumiu o cargo após a renúncia do ex-presidente Robert Mugabe, que ficou 37 anos no poder.

Throssell lembrou que o último período pré-eleitoral foi marcado por ondas de violência. Agora, alguns sinais “encorajadores” apontam para uma abertura política, como comícios e manifestações pacíficas na capital do país, Harare. Mas os abusos relatados em áreas agrícolas indicam que a situação está longe de ser ideal. Segundo relatos da sociedade civil, a atmosfera no país é de “um otimismo cauteloso”.

Outro problema abordado pelo ACNUDH foram os insultos dirigidos a candidatas mulheres, sobretudo nas redes sociais. “Pelas informações que recebi, existem em torno de 15% de candidatas mulheres”, acrescentou Throssell. De acordo com a porta-voz, ataques verbais são motivados por questões de gênero e chegam a descrever as concorrentes como “candidatas abaixo da média” ou “feministas que queimam sutiãs”.



OMS declara fim do surto de ebola na República Democrática do Congo

Luglio 24, 2018 15:42, by ONU Brasil
Médico vacina profissional de saúde na cidade de Mbandaka, em junho deste ano. Foto: OMS/Lindsay Mackenzie

Médico vacina profissional de saúde na cidade de Mbandaka, em junho deste ano. Foto: OMS/Lindsay Mackenzie

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta terça-feira (24) o fim do surto de ebola na República Democrática do Congo (RDC), graças aos esforços nacionais e internacionais para conter a doença, disse a principal agência de saúde da ONU.

A contagem regressiva para o anúncio começou em 12 de junho, quando o último paciente teve alta depois de um segundo teste negativo para o vírus, cujos sintomas incluem grandes sangramentos e febre alta.

Falando da capital do país, Kinshasa, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, cumprimentou os “esforços incansáveis” das equipes locais no combate à doença, que matou 29 pessoas e infectou outras dezenas.

Tedros também cumprimentou parceiros de saúde, doadores e o Ministério da Saúde da RDC por trabalharem juntos de forma tão eficaz para acabar com o surto.

Diferentemente de oito surtos anteriores de ebola na RDC nas últimas quatro décadas, este último episódio foi complicado pelo fato de envolver um importante centro urbano de mais de 1 milhão de pessoas, Mbandaka, com uma ligação direta através do Rio Congo à capital e países vizinhos, bem como aldeias extremamente remotas da floresta tropical.

Havia preocupações de que a doença pudesse se espalhar da província de Equateur para outras partes da RDC e países vizinhos, disse Tedros, mas a ameaça foi minimizada graças à liberação do financiamento emergencial da OMS horas antes de o surto ser declarado, em 8 de maio.

A OMS e parceiros pediram 57 milhões de dólares para impedir a propagação do ebola. O total de recursos recebidos por todos os parceiros foi de 63 milhões de dólares.

A luta contra o surto de ebola na RDC também foi facilitada pela existência de uma vacina, após um importante teste na Guiné em 2016, um dos três países da África Ocidental onde o ebola custou mais de 11,3 mil vidas entre 2013 e 2016.



Agências da ONU e governo inauguram novo abrigo para venezuelanos em Roraima

Luglio 24, 2018 15:35, by ONU Brasil
Para o casal Jan e Sonia, seus filhos e sobrinha, a casa no abrigo Rondon I representa uma nova fase em suas vidas. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

Para o casal Jan e Sonia, seus filhos e sobrinha, a casa no abrigo Rondon I representa uma nova fase em suas vidas. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

O Governo Federal e organismos das Nações Unidas inauguraram em Boa Vista, na última sexta-feira (20), o décimo abrigo temporário para venezuelanos em Roraima. Com capacidade para 600 pessoas, as instalações contam com as unidades habitacionais “Better Shelter” (Moradia Melhor, em tradução livre), já utilizadas pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) em operações humanitárias e instaladas pela primeira vez na América Latina.

O abrigo Rondon I recebeu venezuelanos que estavam vivendo em situação de rua na capital roraimense. A construção do local foi uma das iniciativas da Operação Acolhida, uma parceria das autoridades brasileiras com o ACNUR e outras instituições da ONU.

Realizada pelas equipes do ACNUR e das Forças Armadas, a seleção dos estrangeiros para o centro de residência priorizou famílias e pessoas em situação de maior vulnerabilidade, como mulheres grávidas, idosas e indivíduos com deficiência. No Rondon I, foram montadas 120 unidades habitacionais conhecidas como “Better Shelter”. As estruturas comportam até seis pessoas, possuem quatro janelas, divisória e são abastecidas com energia solar renovável.

A montagem de cada unidade — incluindo paredes e colocação de parafusos — leva em média quatro horas de trabalho manual. Cerca de 30 militares da Operação Acolhida, funcionários da Associação Voluntários para o Serviço Internacional – Brasil (AVSI Brasil) e voluntários da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Humanos (ADRA) receberam treinamento para erguer as casas.

Os venezuelanos começaram a chegar ao novo abrigo por volta das cinco da manhã de sexta-feira. As feições expressavam cansaço, pelos dias de incertezas e extrema dificuldade. Após uma dura jornada desde que foram forçadas a deixar a Venezuela em busca de proteção e direitos básicos, essas pessoas finalmente tiveram acesso a uma moradia.

Antes de chegar ao Rondon I, os venezuelanos Edgardo e Joselyn estavam vivendo no terminal rodoviário de Boa Vista. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

Antes de chegar ao Rondon I, os venezuelanos Edgardo e Joselyn estavam vivendo no terminal rodoviário de Boa Vista. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

Os solicitantes de refúgio Jan, de 39 anos, e Sonia, de 31, chegaram ao Brasil há uma semana, com quatro filhos e um sobrinho. A família estava vivendo nos arredores do terminal rodoviário de Boa Vista. “Estava muito difícil. Estávamos dormindo sob um papelão e, quando chovia, ficava encharcado”, conta Jan.

Ao entrar na casa nova, no Rondon I, as crianças sorriram e aprovaram. Com um olhar de alívio, Sônia via a alegria dos filhos e do sobrinho. “Agora temos o mínimo para recomeçar nossas vidas”, disse.

Edgardo, de 43 anos, e Joselyn, de 28, também estavam vivendo na rua desde que chegaram a Boa Vista, há mais de uma semana. O casal aprovou a unidade habitacional e ressaltou a importância de resgatar a dignidade da moradia. “Queremos viajar para alguma cidade que nos ofereça melhores opções de trabalho”, conta Edgardo que, na Venezuela, trabalhava com construção civil. Os dois planejam deixar o abrigo assim que tiverem condições de ir para outro estado.

As unidades habitacionais “Better Shelter” foram instaladas pela primeira vez na América Latina em Roraima. Residências já são utilizadas pelo ACNUR em operações humanitárias no resto do mundo. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

As unidades habitacionais “Better Shelter” foram instaladas pela primeira vez na América Latina em Roraima. Residências já são utilizadas pelo ACNUR em operações humanitárias no resto do mundo. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

Na abertura do Rondon I, equipes de saúde da Prefeitura de Boa Vista vacinaram todas as pessoas recebidas. O ACNUR coletou dados biométricos para produzir os documentos de identificação que darão acesso ao abrigo e aos serviços oferecidos no local. Os moradores do centro recebem alimentação, cuidados médicos e também itens de assistência emergencial, como kits de higiene pessoal.

O abrigo será coordenado pela AVSI, organização parceira do ACNUR, e pelas Forças Armadas, que são responsáveis pela infraestrutura física das instalações e pelo fornecimento de serviços, incluindo transporte e segurança.

Com a abertura do Rondon I, os abrigos de Roraima agora acolhem cerca de 4,6 mil pessoas que antes viviam em situação de extrema vulnerabilidade. O ACNUR e outras agências da ONU têm trabalhado com o Governo Federal na resposta ao fluxo de venezuelanos vindo para o Brasil. Os organismos das Nações Unidas colaboram com as autoridades garantindo o ordenamento na fronteira, acolhimento em abrigos e apoio ao processo de interiorização.



Fórum em Nova Iorque pede negócios sustentáveis e aceleração do desenvolvimento

Luglio 24, 2018 15:08, by ONU BrasilClique para exibir o slide.

O terceiro SDG Business Forum reuniu líderes de empresas, governos, sociedade civil e das Nações Unidas este mês na sede da ONU em Nova Iorque para estabelecer estratégias para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.

O evento integrou a agenda do Fórum Político de Alto Nível das Nações Unidas — o encontro anual para revisar o progresso e orientar os esforços globais para a Agenda 2030.

Realizado pela Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês), pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UN DESA) e pelo Pacto Global da ONU, o fórum reuniu um grupo diversificado de 600 participantes.

Em seu discurso, a vice-secretária-geral das Nações Unidas, Amina J. Mohammed, incentivou empresas de todos os lugares a se comprometerem com os objetivos globais.

“Como um primeiro passo fundamental em suas jornadas de sustentabilidade, precisamos que as empresas garantam que estão fazendo negócios de forma responsável, em alinhamento aos valores da ONU e aos Dez Princípios do Pacto Global”, declarou.

“Um compromisso internacional de fazer negócios com responsabilidade é uma das contribuições mais poderosas que as empresas podem fazer para a Agenda 2030 ”, disse Amina, acrescentando que os jovens líderes empresariais devem continuar a serem “disruptivos”.

“Eu vejo um progresso encorajador, onde os Estados-membros estão mostrando uma forte apropriação para garantir uma globalização inclusiva”, acrescentou.

Lise Kingo, presidente e diretora-executiva do Pacto Global, enviou uma forte mensagem aos líderes de negócios para medir seu progresso. “Estamos há 1 mil dias na rota para 2030. Chegamos a um momento em que precisamos administrar e definir a direção. Agora é a hora de começar a medir os avanços”, disse ela.

Embora muitas das maiores empresas do mundo estejam cada vez mais engajadas com a Agenda 2030, restando apenas 12 anos para alcançar os objetivos globais, o benefício potencial de uma massa significativa de pequenas e médias companhias (PMEs) assumir a responsabilidade de contribuir nunca foi tão evidente.

Esse ponto foi ressaltado por John W.H. Denton, secretário-geral da ICC. “Três anos nessa jornada, precisamos de uma verificação da realidade. Se continuarmos no caminho atual, não alcançaremos o alvo. Mais do mesmo não nos levará até lá”, disse.

“Temos que encontrar uma maneira de ampliar o engajamento corporativo em uma situação em que 60% das empresas em todo o mundo não estão envolvidas”, salientou diante de uma sala lotada, com aproximadamente 170 executivos de empresas do mundo todo.

“Muitos presidentes-executivos estão se juntando a nós hoje. É hora de discutir como acelerar e como promover soluções. Você (executivo) está na linha de frente, e soluções sustentáveis ​​são essenciais para sobreviver no longo prazo. Você é essencial para a mudança e para criar uma plataforma de atores no nível nacional”, disse o subsecretário-geral da UN DESA, Liu Zhenmin.

Durante o fórum, os participantes discutiram novas ferramentas para orientar a comunidade empresarial global sobre as melhores práticas de negócio, independentemente de tamanho, setor ou região.

O presidente da Assembleia Geral da ONU, Miroslav Lajčák, destacou que as empresas são cruciais para a conquista dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. “Os ODS precisam das empresas, mas elas também precisam dos ODS. A Agenda 2030 é um tesouro de oportunidades de negócios. Os consumidores também estão prestando atenção”, disse.

“Então, não pode haver negócios sem sustentabilidade. Se continuarmos do jeito que estamos, veremos mudanças drásticas — e não para melhor. Isso afetará as pessoas e o planeta, e as empresas precisarão disso para prosperar”, disse Lajčák.



FMI reduz previsão de crescimento da economia brasileira para 1,8% em 2018

Luglio 24, 2018 13:25, by ONU Brasil
Economia brasileira deve crescer 1,8% em 2018, de acordo com projeções do FMI. Foto: EBC

Economia brasileira deve crescer 1,8% em 2018, de acordo com projeções do FMI. Foto: EBC

A atividade econômica na América Latina continua se recuperando, de acordo com projeções divulgadas na segunda-feira (23) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Após a retomada da demanda doméstica liderada pelo consumo em 2017, o investimento está ganhando força. No geral, a região deverá crescer 1,6% em 2018 e 2,6% em 2019 — ante 1,3% no ano passado —, mas abaixo das projeções de abril.

A dinâmica de crescimento, no entanto, é mais variada do que a projetada em abril, segundo o FMI. Enquanto o crescimento está acelerando em alguns países, a recuperação se tornou mais difícil para algumas das maiores economias, porque as pressões de mercado no nível global foram amplificadas por vulnerabilidades específicas.

O crescimento nos Estados Unidos continua em ritmo forte, beneficiando as economias da região que têm laços estreitos com o país. Da mesma forma, preços mais altos das commodities estão dando apoio aos exportadores de matérias-primas da região.

Mas as condições para a demanda global e para as finanças se tornaram mais preocupantes. O aumento na demanda global não é tão forte quanto o esperado em todos os países, o que aumentou os riscos de queda para a demanda externa da região. Ao mesmo tempo, as condições financeiras globais, embora ainda acomodatícias, estão gradualmente piorando.

As pressões do mercado financeiro foram particularmente pronunciadas em países com fundamentos econômicos domésticos mais fracos, ou por causa de incertezas políticas. A escalada das tensões e conflitos comerciais está aumentando os riscos negativos para as perspectivas atuais, inclusive por meio de seu impacto potencial na incerteza e no investimento.

Alguns países exportadores de commodities estão desfrutando de uma recuperação na confiança de empresários e consumidores, alimentando uma demanda doméstica mais alta. Também em alguns países a incerteza interna diminuiu recentemente, se não se dissipou, com o fim de seus ciclos eleitorais.

No entanto, espera-se que a demanda doméstica enfraqueça em algumas grandes economias, refletindo a incerteza política relacionada às próximas eleições ou os efeitos do aperto monetário de curto prazo. Ao mesmo tempo, o apoio da política monetária daqui para frente provavelmente será mais limitado, já que muitos bancos centrais da região suspenderam seu ciclo de flexibilização.

Políticas para sustentar a recuperação

A recente diferenciação nas pressões de mercado destaca a importância de políticas para fortalecer os fundamentos domésticos, destacou o FMI.

Com o ajuste fiscal necessário ao longo de vários anos para alcançar a sustentabilidade, agora é a hora de, gradualmente, mas, constantemente, reconstruir amortecedores fiscais, de acordo com o organismo. O maior crescimento global e dos preços das commodities fornecem uma janela estreita de oportunidade, pois a consolidação fiscal subtrairia o crescimento de curto prazo.

Ao mesmo tempo, para assegurar que o crescimento seja inclusivo e sustentável, deve-se dar atenção à qualidade do ajuste fiscal e às políticas estruturais, inclusive priorizando os gastos com educação e enfrentando os gargalos de infraestrutura.

América do Sul

Após um começo sólido no ano, o crescimento na Argentina está projetado para ficar negativo no segundo e terceiro trimestres de 2018. Enquanto a seca reduziu a produção agrícola, a pressão sobre a moeda argentina em maio e junho prejudicou a inflação e a confiança dos investidores, criando a necessidade de políticas monetárias e fiscais mais rígidas.

A expectativa do FMI é de uma desaceleração do crescimento do país em 2018, para 0,4%, com uma recuperação gradual em 2019 e 2020 que será apoiada pela confiança restaurada no programa de estabilização apoiado pelo fundo, menor custo de capital, menor inflação e forte demanda de exportação dos parceiros comerciais.

No Brasil, o FMI espera que o crescimento econômico prossiga em ritmo moderado, impulsionado pelo consumo privado e pelo investimento. O crescimento do PIB em 2018 foi revisado para baixo, para 1,8%, devido às condições globais mais difíceis e à recente greve dos caminhoneiros.

O resultado incerto das eleições gerais no Brasil de 2018 também pode pesar no crescimento, segundo o organismo internacional. A inflação diminuiu para pisos recordes e a previsão do FMI é de que aumente para o centro da meta de inflação em 2019, à medida que as lacunas de produção se reduzirem.

O FMI lembrou que o Banco Central encerrou o ciclo de flexibilização em maio, depois que o real desvalorizou cerca de 13% desde o início do ano. Esforços para aprovar uma reforma previdenciária tão necessária — uma medida fundamental que está por trás da consolidação fiscal — estagnaram antes das eleições de 2018, disse o fundo.

No Chile, a previsão de crescimento em 2018 foi elevada para 3,8% (ante 3,4% em abril), devido à forte recuperação contínua das empresas e da confiança do consumidor, que deverá compensar a alta dos preços do petróleo. A inflação continuará a subir gradualmente para a meta de 3%, impulsionada pelo forte ritmo de crescimento e pelos preços mais altos do petróleo.

Na Colômbia, o crescimento está ganhando força, uma vez que o consumo privado e as exportações foram retomados, apoiados pela maior demanda externa e pelos preços do petróleo, bem como pelo ciclo contínuo de flexibilização da política monetária.

O investimento privado deve se recuperar no final do ano, ajudado pela reforma tributária e pela recuperação dos preços do petróleo. As perspectivas de crescimento a médio prazo são favoráveis, ajudadas por um programa de investimento em infraestrutura mais forte.

No Peru, a economia está se recuperando após um ano difícil em 2017. Apoiado pelos altos preços das commodities e por um estímulo fiscal e monetário anticíclico, o crescimento em 2018 deverá ser de 3,7%. Deve subir para mais de 4% em 2019-2020, impulsionado pela demanda interna do setor privado, mesmo com a consolidação fiscal gradual. Prevê-se que a inflação global aumente gradualmente para o centro da meta do banco central até ao final de 2018.

A Venezuela continua presa em uma profunda crise econômica e social. A expectativa do FMI é de que o PIB real caia cerca de 18% em 2018 — o terceiro ano consecutivo de declínios de dois dígitos — devido a uma queda significativa na produção de petróleo e distorções generalizadas na micro e na macroeconomia.

A expectativa do FMI é de que o governo venezuelano continue registrando amplos déficits fiscais financiados inteiramente por uma expansão da base monetária, que continuará a alimentar uma aceleração da inflação, à medida que a demanda por moeda continuar a entrar em colapso.

A projeção é de uma inflação de 1.000.000% até o final de 2018, sinalizando que a situação na Venezuela é semelhante à da Alemanha em 1923 ou do Zimbábue no final dos anos 2000. O colapso da atividade econômica, a hiperinflação e a crescente deterioração na provisão de bens públicos (saúde, eletricidade, água, transporte e segurança), bem como a escassez de alimentos a preços subsidiados, resultaram em grandes fluxos migratórios, o que levará a intensificação dos efeitos colaterais nos países vizinhos.

México, América Central e Caribe

As perspectivas do México continuam a ser obscurecidas pela incerteza prolongada relacionada ao relacionamento comercial com os Estados Unidos na ausência de um acordo sobre a renegociação do Nafta, de acordo com o FMI.

O crescimento do PIB em 2018 ainda deverá acelerar em comparação com o ano passado, apoiado pelo maior crescimento nos EUA e devido a um desempenho mais forte do que o esperado no primeiro trimestre do ano.

No entanto, o crescimento para 2019 foi revisado para baixo, para 2,7%, para refletir o impacto da incerteza prolongada relacionada ao comércio sobre o investimento e, em menor escala, o consumo privado.

Espera-se que a inflação continue a cair em 2018, uma vez que o banco central mantém uma postura firme de política monetária. Um compromisso claro com a responsabilidade fiscal e a contínua redução da dívida pública pela administração recém-eleita será crucial para preservar a estabilidade macroeconômica e financeira do país, de acordo com o FMI.

Na América Central e na República Dominicana, o crescimento robusto dos EUA e as remessas mais altas associadas à incerteza sobre as futuras políticas de migração dos EUA continuam a sustentar um forte desempenho de crescimento em 2018. No entanto, a incerteza política na Nicarágua e as interrupções temporárias no setor de construção no Panamá pesam na demanda doméstica, levando a uma pequena revisão para baixo do crescimento regional em 2018, para 4%.

As perspectivas econômicas para o Caribe estão melhorando, apoiadas pelo maior crescimento dos EUA. A reconstrução após furacões devastadores de 2017 em países dependentes do turismo tem sido largamente adiada até agora, mas deverá aumentar em 2019. A alta dos preços das commodities deverá levar a um crescimento moderado para os exportadores de commodities em 2018 e 2019.

Clique aqui para acessar o relatório completo (em inglês).



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