Перейти к контенту

Cúpula dos Povos

Full screen Suggest an article

Notícias da ONU

июня 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Prevenção é essencial para quebrar ciclo de transmissão do HIV, diz chefe da ONU

июня 13, 2018 16:29, by ONU Brasil
Foto: UNAIDS

Foto: UNAIDS

O debate deste ano das Nações Unidas sobre as melhores formas de combater o HIV e a AIDS lembrou que, enquanto o progresso está sendo atingido, este permanece “desigual e frágil”, com muitos obstáculos pela frente.

“O mundo está fazendo um bom progresso para acabar com a epidemia de AIDS até 2030”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, à Assembleia Geral da ONU na terça-feira (12), citando a necessidade de testes de HIV, tratamento e terapia anti-retroviral mais acessíveis.

“Mas o progresso é desigual e frágil”, acrescentou. “Em todos os continentes, as populações-chave com maior risco de infecção continuam a ficar mais e mais para trás”.

Onde a prevalência é alta, as mulheres jovens permanecem vulneráveis; e os jovens precisam aprender a se proteger.

“A prevenção é a chave para quebrar o ciclo de transmissão do HIV”, declarou ele, citando o Roteiro de Prevenção para 2020, que foca explicitamente em meninas adolescentes, mulheres jovens e populações-chave em risco.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável exige uma abordagem integrada para acabar com o HIV, acrescentou.

“O sucesso exigirá que fortaleçamos os elos entre essas áreas e criemos sistemas resilientes e sustentáveis ​​para a saúde, sustentados por princípios de direitos humanos e equidade”, disse Guterres.



PNUD promove em Brasília seminário sobre segurança, acesso à justiça e transparência

июня 13, 2018 16:13, by ONU Brasil
PNUD promove no auditório do Tribunal de Contas da União (foto) em Brasília seminário “Diálogos sobre Paz, Justiça e Instituições Eficazes: parcerias para o Desenvolvimento Sustentável”. Foto: TCU

PNUD promove no auditório do Tribunal de Contas da União (foto) em Brasília seminário “Diálogos sobre Paz, Justiça e Instituições Eficazes: parcerias para o Desenvolvimento Sustentável”. Foto: TCU

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) promove na terça-feira (19), em Brasília (DF), no auditório do Tribunal de Contas da União, o seminário “Diálogos sobre Paz, Justiça e Instituições Eficazes: parcerias para o Desenvolvimento Sustentável”.

O encontro discutirá os desafios para a garantia da paz, do acesso à justiça e da promoção de governança e transparência em todas as sociedades, com base no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 16 – Paz, justiça e instituições eficazes.

A abertura do evento terá a presença da procuradora-geral da República, Raquel Dodge; do coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil e representante do PNUD no país, Niky Fabiancic; do presidente da Escola Nacional de Administração Pública, Francisco Gaetani; e do diretor de país do PNUD, Didier Trebucq; entre outras autoridades.

O evento terá três painéis para a discussão do ODS 16: “Direitos Humanos: desafios e boas práticas”; “Governança, Transparência, accountability e participação social: desafios e boas práticas” e “Medindo o progresso rumo ao ODS 16: proposta de indicadores”.

Participarão dos painéis representantes governamentais, do Conselho Nacional de Justiça, da Universidade de Brasília, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, do Tribunal de Contas da União, da ONG Transparência Internacional, da Presidência da República, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e representantes do setor privado.

Este será o último de uma série de cinco seminários promovidos pelo PNUD para discutir com governos, setor privado e sociedade civil a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com base nos eixos da Agenda: Paz, Pessoas, Planeta, Prosperidade e Parcerias. A participação no evento é gratuita.

Serviço

Seminário “Diálogos sobre Paz, Justiça e Instituições Eficazes: parcerias para o Desenvolvimento Sustentável”
Local: auditório do Tribunal de Contas da União (TCU) – SAF Sul, Quadra 4, Lote 1, Asa Sul, Brasília-DF
Horário: 08h30 às 17h30
Data: 19/06/2018
Inscrições: https://goo.gl/forms/nOmFquOcgdVhL2lV2



Dia Mundial do Refugiado celebra integração, promove cultura e debate os desafios do refúgio no Brasil

июня 13, 2018 13:23, by ONU Brasil
Katia e Marcia são irmãs e chegaram recentemente ao Rio de Janeiro, vindas da República Democrática do Congo. O país é o principal foco de onde refugiados têm vindo para buscar segurança no estado. Apenas no primeiro trimestre de 2016, 116 congoleses vieram para o RJ. Foto: Cáritas RJ

Katia e Marcia são irmãs e chegaram ao Rio de Janeiro, vindas da República Democrática do Congo. Foto: Caritas RJ

Com eventos culturais e gastronômicos, mostras de cinema, debates, exposições fotográficas e até mesmo jogos da Copa do Mundo, o ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e seus parceiros celebram o Dia Mundial do Refugiado (20 de junho) em todo o Brasil, promovendo a integração entre brasileiros e quem teve que deixar seu país por causa de guerras e conflitos. A agenda completa das atividades está disponível em http://www.acnur.org.br/diadorefugiado/.

A programação se inicia no próximo domingo (17/06), em São Paulo, no SESC Avenida Paulista, onde um tapete gigante com a inscrição “Refugiados, Bem-Vindos” recepcionará refugiados e brasileiros para atividades culturais e de lazer, a partir das 10hs. Mais tarde, às 15hs, um grupo de 10 refugiados que vivem na cidade assistirão ao jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo na casa de famílias brasileiras, torcendo juntos pelo país – o que se repetirá em outros jogos da seleção brasileira no torneio.

A agenda do Dia Mundial do Refugiado 2018 inclui mostras de cinema em sete capitais brasileiras (Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Manaus, Porto Alegre e Rio de Janeiro) e o lançamento do relatório “Tendências Globais”, com as mais recentes estatísticas sobre o deslocamento forçado no mundo (dia 19/06, às 10hs, na Secretaria Estadual de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo), com a presença da representante do ACNUR no Brasil, Isabel Marquez.

Os amantes da fotografia também terão oportunidade de celebrar o Dia Mundial do Refugiado. Em Brasília, uma iniciativa do ACNUR com a Defensoria Pública da União e o Ministério da Justiça traz para a capital federal a exposição “No Fluxo – Reflexos da Migração e Refúgio de Mulheres no Brasil”, em cartaz na entrada da estação Central do metrô entre 18 e 29/06, e no Salão Negro do Palácio da Justiça, edifício-sede do MJ, de 25 a 29/06.

Em São Paulo, fotos feitas pelo ACNUR em diferentes partes do mundo compõem a exposição inédita “Faces do Refúgio”, que será inaugurada no próprio dia 20/06, no piso térreo do Conjunto Nacional, seguida de bate-papo na Livraria Cultura do mesmo shopping (às 19hs) sobre integração local e empregabilidade, com a participação de pessoas refugiadas.

A mostra de cinema “Olhares sobre o Refúgio” volta em sua segunda edição, tendo como principal atração o documentário “Zaatari – Memórias do Labirinto” (2018), uma coprodução Brasil/Alemanha, inédita no país. O documentário registra o cotidiano dos moradores de um dos maiores campos de refugiados do mundo, localizado na Jordânia, e será exibido em Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Manaus, Porto Alegre e Rio de Janeiro (em diferentes datas, a partir do dia 18/06). Todas as sessões têm entrada franca.

Em Boa Vista, Florianópolis e Manaus, a mostra incluirá outros títulos, como “Exodus – De onde eu vim não existe mais” e “Era o Hotel Cambridge” – exibidos na edição de 2017 da mostra “Olhares sobre o Refúgio”. A programação cinematográfica inclui ainda sessões no edifício sede do Ministério da Justiça (com os documentários “Fuocoammare” e “Welcome to Canada”, nos dias 25, 27 e 29/06) e o documentário “A Mulher em Travessia”, na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro (19/06, às 18hs).

Para quem prefere interagir com pessoas refugiadas por meio da gastronomia e de suas manifestações culturais, as opções são os festivais MigrArte (em Brasília), Rio Refugia (no Rio de Janeiro) e Festa Cultual do Migrante (em Manaus), todos no dia 23/06. Os festivais têm entrada franca.

O MigrArte acontece no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília, com shows musicais, palestras, filmes, comidas típicas e artesanato. O Rio Refugia trará manifestações culturais dos países de origem das pessoas refugiadas, incluindo uma feira gastronômica com tradições culinárias e quitutes desconhecidos pelos cariocas, apresentações musicais com ritmos latinos e africanos, moda étnica e atividades infantis – tudo para que os visitantes embarquem numa pequena volta ao mundo. Já a Festa Cultural do Migrante, em Manaus, reunirá a população refugiada e migrante da cidade para promover uma noite de integração e celebração intercultural.

Neste ano, o Dia Mundial do Refugiado promoverá discussões sobre o sistema de refúgio do Brasil e a capacidade do país em lidar com a população refugiada. No dia 18/06, às 18hs, em Brasília, a Escola Superior do Ministério Público da União e a Rede de Atenção a Refugiados e Migrantes lançam o projeto “Atuação em rede: capacitação dos atores envolvidos no acolhimento, integração e interiorização de refugiados e migrantes no Brasil”. Com oficinas gratuitas, o projeto desenvolverá suas atividades nos próximos 18 meses nas cidades que atualmente participam do processo de interiorização de venezuelanos.

Tal discussão ocorre também em São Paulo, a partir do dia 20 de junho, quando as Jornadas Caritas SP iniciam, sempre às 20hs, um ciclo de palestras sobre temas relacionados à integração local. No mesmo dia, em Boa Vista, a Federação das Indústrias do Estado de Roraima promove um seminário com empresas privadas para promover a inserção de cidadãos venezuelanos no mercado de trabalho. A iniciativa é uma parceria com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o governo federal e a FIER.

A programação inclui ainda shows musicais beneficentes, lançamento de selo postal em alusão ao tema, palestras em empresas que contratam refugiadas, oficinas de trabalho e de cultura.

De acordo com dados do CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados), o Brasil reconheceu, até o final de 2017, um total de 10.145 refugiados de diversas nacionalidades. Desses, 5.134 continuam no país na condição de refugiado, sendo que 52% moram em São Paulo, 17% no Rio de Janeiro e 8% no Paraná. Os sírios representam 35% da população refugiada com registro ativo no Brasil. Os demais, que não mantêm a condição de refugiado, podem, por exemplo, ter retornado voluntariamente ao país de origem por ter recuperado a proteção perdida anteriormente, ou ainda podem ter se naturalizados brasileiros.

Sobre o Dia Mundial do Refugiado – Desde 2001, o Dia Mundial do Refugiado é celebrado no dia 20 de junho, de acordo com resolução aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Para o ACNUR, a data é uma oportunidade para celebrar a coragem, a resistência e a força de todos os homens, mulheres e crianças forçados a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos e perseguições. Estas pessoas deixam tudo para trás – exceto a esperança e o sonho de um futuro mais seguro.

São parceiros do ACNUR no Dia Mundial do Refugiado 2018 a Associação Antônio Vieira – Jesuítas do Brasil (ASAV), a Associação Eduardo Furkini, as Caritas Arquidiocesanas de Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo, a Caritas Brasileira Regional Paraná, o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), o Conjunto Nacional SP, o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) do Ministério da Justiça, o Centro Cultura Casarão de Ideias, o Coletivo Bambuo, a Cinemateca Capitólio Petrobras, a Defensoria Pública da União, a Escola Superior do Ministério Público da União, as Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), a Fundação Catarinense de Cultura, a Fundação Cultural da Prefeitura de Curitiba, o Governo do Estado de São Paulo, o Grupo de Apoio a Imigrantes e Refugiados em Florianópolis e região (GAIRF), o Metrô de Brasília, o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina, as organizações não governamentais ADUS, África do Coração, Compassiva, Estou Refugiado, Fraternidade Humanitária Internacional, IKMR, Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), Migraflix, Missão Paz e PARR, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Secretaria da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre, a Secretaria Estadual de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, a Secretaria do Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina, os SESC Roraima e São Paulo, e as universidades estaduais de Campinas (UNICAMP) e do Rio de Janeiro (UERJ).

Para mais informações sobre as atividades do Dia Mundial do Refugiado, entre em contato com a Unidade de Informação Pública do ACNUR no Brasil: fone (61) 3044.5744 / e-mail: brabrpi@unhcr.org



UNODC: contrabando de migrantes afetou 2,5 milhões de pessoas no mundo em 2016

июня 13, 2018 13:08, by ONU Brasil
Resgate de migrantes náufragos provenientes da Nigéria, Paquistão, Síria, Sudão, Etiópia e Malásia na costa da Itália. Foto: ACNUR/D’Amato

Resgate de migrantes náufragos provenientes da Nigéria, Paquistão, Síria, Sudão, Etiópia e Malásia na costa da Itália. Foto: ACNUR/D’Amato

Ao menos 2,5 milhões de migrantes foram alvo de contrabando em 2016, de acordo com o primeiro estudo global sobre o tema, lançado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) nesta quarta-feira (13).

O contrabando de migrantes ocorreu em todas as regiões do mundo e gerou renda de até 7 bilhões de dólares para os criminosos, o equivalente ao que os Estados Unidos ou os países da União Europeia gastaram em ajuda humanitária global em 2016.

O estudo descreve 30 grandes rotas em todo o mundo e constata que a demanda é particularmente alta entre os refugiados que, por falta de outros meios, precisam recorrer a esses criminosos para chegar a um destino seguro ao fugir de seus países de origem.

Os dados sugerem que muitos fluxos incluem crianças desacompanhadas ou separadas, que podem ser particularmente vulneráveis ​​a fraudes e abusos por parte de criminosos. Em 2016, quase 34 mil crianças desacompanhadas e separadas chegaram à Europa (na Grécia, Itália, Bulgária e Espanha).

“Este crime transnacional ataca os mais vulneráveis ​​dos vulneráveis”, disse Jean-Luc Lemahieu, diretor de análise de políticas e assuntos públicos do UNODC. “É um crime global que requer ação global, incluindo melhor cooperação regional e internacional e respostas da justiça criminal nacional”.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), há milhares de mortes provocadas por atividades de contrabando de migrantes a cada ano. Muitos morrem afogados, enquanto outros morrem devido a acidentes ou condições extremas. Segundo os registros, o Mediterrâneo parece ser a rota mais mortal, com cerca de 50% do total de mortes.

Assassinatos sistemáticos de migrantes também foram relatados ao longo da maioria das rotas. Mas os migrantes também são vulneráveis ​​a uma série de outras formas de crime, como violência, estupro, roubo, sequestro, extorsão e tráfico de pessoas.

O estudo também analisou a composição por gênero dos migrantes contrabandeados, e descobriu que a maioria são homens relativamente jovens. Em algumas rotas, notavelmente em partes do Sudeste Asiático, no entanto, as mulheres respondem por grandes quantidades de migrantes contrabandeados.

O contrabando de migrantes pode envolver esquemas complexos, como organizar casamentos falsos ou empregos fictícios, falsificar documentos de viagem ou corromper altos funcionários públicos. Para isso, muitas redes se envolvem em corrupção sistemática na maioria dos níveis.

O estudo também explorou conexões entre contrabandistas e migrantes, e concluiu que, como padrão geral, os contrabandistas de menor escala estão etnicamente ligados aos territórios onde operam, ou compartilham laços étnicos ou linguísticos com os migrantes que contrabandeiam. Além disso, alguns dos migrantes que foram contrabandeados com sucesso tornam-se contrabandistas.

Os contrabandistas anunciam seus negócios onde os migrantes podem ser facilmente alcançados, segundo o estudo. Isso inclui bairros que abrigam comunidades de diáspora, campos de refugiados ou várias redes sociais online. Para tomar uma decisão, os migrantes confiam na opinião de suas comunidades, parentes e amigos e, mais recentemente, nas mídias sociais.

Conclusões e implicações políticas

Uma abordagem holística para combater o contrabando de migrantes precisa levar em conta não apenas a geografia do crime, mas também seus diferentes fatores.

Tornar as oportunidades de migração regulares mais acessíveis nos países de origem e nos campos de refugiados, incluindo a expansão das agências de migração e asilo nas áreas de origem, reduziria as oportunidades para os contrabandistas.

Combater as redes de contrabando em sua totalidade exige melhor cooperação regional e internacional e respostas da justiça criminal nacional.

Aumentar a conscientização nas comunidades de origem e, particularmente, nos campos de refugiados, sobre os perigos envolvidos no contrabando também pode ajudar a reduzir a demanda por esses serviços.

Coleta, análise e pesquisa de dados sobre o tráfico de migrantes estão no início. Para construir um sólido corpo de conhecimento internacional para apoiar a formulação de políticas na área, é necessário melhorar os sistemas de coleta de dados nos níveis nacional, regional e internacional.

Este é o primeiro Estudo Global sobre o Contrabando de Migrantes do UNODC. De acordo com o mandato da agência da ONU, a pesquisa representa o início do desenvolvimento de uma compreensão mais profunda e mais sutil do aspecto criminal do tráfico de migrantes.

Complementando o apoio existente do UNODC aos Estados-membros, destaca os possíveis caminhos para o fortalecimento de medidas contra o contrabando de migrantes, e pode ajudar a informar respostas eficazes da justiça criminal.

Também pretende contribuir para os esforços contínuos em direção ao Pacto Global sobre Migração Segura, Ordenada e Regular, o primeiro acordo negociado entre governos e preparado sob os auspícios da ONU para cobrir todas as dimensões da migração internacional de maneira holística e abrangente.

Clique aqui para acessar o estudo (em inglês).



UNODC: tráfico de pessoas afetou 2,5 milhões de migrantes no mundo em 2016

июня 13, 2018 13:08, by ONU Brasil
Resgate de migrantes náufragos provenientes da Nigéria, Paquistão, Síria, Sudão, Etiópia e Malásia na costa da Itália. Foto: ACNUR/D’Amato

Resgate de migrantes náufragos provenientes da Nigéria, Paquistão, Síria, Sudão, Etiópia e Malásia na costa da Itália. Foto: ACNUR/D’Amato

Ao menos 2,5 milhões de migrantes foram alvo de tráfico de pessoas em 2016, de acordo com o primeiro estudo global sobre o tema, lançado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) nesta quarta-feira (13).

O tráfico de migrantes ocorreu em todas as regiões do mundo e gerou renda de até 7 bilhões de dólares para os criminosos, o equivalente ao que os Estados Unidos ou os países da União Europeia gastaram em ajuda humanitária global em 2016.

O estudo descreve 30 grandes rotas de tráfico de pessoas em todo o mundo e constata que a demanda é particularmente alta entre os refugiados que, por falta de outros meios, precisam recorrer a esses criminosos para chegar a um destino seguro ao fugir de seus países de origem.

Os dados sugerem que muitos fluxos incluem crianças desacompanhadas ou separadas, que podem ser particularmente vulneráveis ​​a fraudes e abusos por parte de criminosos. Em 2016, quase 34 mil crianças desacompanhadas e separadas chegaram à Europa (na Grécia, Itália, Bulgária e Espanha).

“Este crime transnacional ataca os mais vulneráveis ​​dos vulneráveis”, disse Jean-Luc Lemahieu, diretor de análise de políticas e assuntos públicos do UNODC. “É um crime global que requer ação global, incluindo melhor cooperação regional e internacional e respostas da justiça criminal nacional”.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), há milhares de mortes provocadas por atividades de tráfico de migrantes a cada ano. Muitos morrem afogados, enquanto outros morrem devido a acidentes ou condições extremas. Segundo os registros, o Mediterrâneo parece ser a rota mais mortal, com cerca de 50% do total de mortes.

Assassinatos sistemáticos de migrantes também foram relatados ao longo da maioria das rotas de tráfico de pessoas. Mas os migrantes também são vulneráveis ​​a uma série de outras formas de crime, como violência, estupro, roubo, sequestro, extorsão e tráfico de pessoas.

O estudo também analisou a composição por gênero dos migrantes contrabandeados, e descobriu que a maioria são homens relativamente jovens. Em algumas rotas, notavelmente em partes do Sudeste Asiático, no entanto, as mulheres respondem por grandes quantidades de migrantes traficados.

O tráfico de pessoas pode envolver esquemas complexos, como organizar casamentos falsos ou empregos fictícios, falsificar documentos de viagem ou corromper altos funcionários públicos. Para isso, muitas redes se envolvem em corrupção sistemática na maioria dos níveis.

O estudo também explorou conexões entre traficantes e migrantes, e concluiu que, como padrão geral, os traficantes de menor escala estão etnicamente ligados aos territórios onde operam, ou compartilham laços étnicos ou linguísticos com os migrantes que contrabandeiam. Além disso, alguns dos migrantes que foram contrabandeados com sucesso tornam-se contrabandistas.

Os contrabandistas anunciam seus negócios onde os migrantes podem ser facilmente alcançados, segundo o estudo. Isso inclui bairros que abrigam comunidades de diáspora, campos de refugiados ou várias redes sociais online. Para tomar uma decisão, os migrantes confiam na opinião de suas comunidades, parentes e amigos e, mais recentemente, nas mídias sociais.

Conclusões e implicações políticas

Uma abordagem holística para combater o contrabando de migrantes precisa levar em conta não apenas a geografia do crime, mas também seus diferentes fatores.

Tornar as oportunidades de migração regulares mais acessíveis nos países de origem e nos campos de refugiados, incluindo a expansão das agências de migração e asilo nas áreas de origem, reduziria as oportunidades para os contrabandistas.

Combater as redes de tráfico em sua totalidade exige melhor cooperação regional e internacional e respostas da justiça criminal nacional.

Aumentar a conscientização nas comunidades de origem e, particularmente, nos campos de refugiados, sobre os perigos envolvidos no contrabando também pode ajudar a reduzir a demanda por esses serviços.

Coleta, análise e pesquisa de dados sobre o tráfico de migrantes estão no início. Para construir um sólido corpo de conhecimento internacional para apoiar a formulação de políticas na área, é necessário melhorar os sistemas de coleta de dados nos níveis nacional, regional e internacional.

Este é o primeiro Estudo Global sobre o Contrabando de Migrantes do UNODC. De acordo com o mandato da agência da ONU, a pesquisa representa o início do desenvolvimento de uma compreensão mais profunda e mais sutil do aspecto criminal do tráfico de migrantes.

Complementando o apoio existente do UNODC aos Estados-membros, destaca os possíveis caminhos para o fortalecimento de medidas contra o contrabando de migrantes, e pode ajudar a informar respostas eficazes da justiça criminal.

Também pretende contribuir para os esforços contínuos em direção ao Pacto Global sobre Migração Segura, Ordenada e Regular, o primeiro acordo negociado entre governos e preparado sob os auspícios da ONU para cobrir todas as dimensões da migração internacional de maneira holística e abrangente.

Clique aqui para acessar o estudo (em inglês).



Rio+20 ao vivo!