Brasil quer incluir preservação dos oceanos no texto final
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
O secretário executivo da delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, defendeu hoje (14) que é fundamental aprovar, de forma consensual, a proteção da biodiversidade em alto-mar. Esse aspecto está dentro da Convenção dos Oceanos e, segundo ele, há uma “lacuna” relacionada à área além-mar que ameaça o meio ambiente.
Figueiredo Machado acrescentou ainda que as negociações avançam de forma positiva e que a proteção, desejada pelo Brasil, conta com o apoio de vários países. Na semana passada, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, também reiterou a necessidade de o texto final conter a proteção à biodiversidade em alto-mar.
Segundo Ki-moon, o texto deve deixar claro que não se trata apenas da pesca. Estudo elaborado pela ONU mostra que, em 2040, algumas espécies de peixes terão sido eliminadas, comprometendo, inclusive, a segurança alimentar.
De acordo com o secretário-geral da ONU, há também estragos provocados nos oceanos devido ao excesso de nitrogênio, utilizado na agricultura e que passa pelos cursos de água, afetando o meio ambiente como um todo – no clima e na deterioração ambiental global.
No próximo sábado (16), os negociadores se dedicarão, especificamente, a debater sobre a questão da possibilidade de inclusão de proteção da biodiversidade em alto-mar. Nos eventos paralelos, envolvendo organizações não governamentais e a sociedade civil, a preocupação com a preservação dos oceanos é tema de várias discussões e eventos.
Edição: Lana Cristina
Diana Nascimento busca revitalizar conhecimentos índigenas no RS
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaIndígena do povo Kaingang, no Rio Grande do Sul, a estudante de gestão ambiental Diana Nascimento quer compatibilizar conhecimentos tradicionais e ciência para garantir uma produção agrícola sustentável e que aproveite a sabedoria das culturas tradicionais.
Aluna da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o seu trabalho de recuperação e restauração etno-ambiental foi premiado com uma bolsa da Conservation International para líderes de povos tradicionais.
Diana foi palestrante do painel “Contribuição dos povos tradicionais pra manutenção do clima”, na Rio Pavillion, evento paralelo da Rio+20.
Criança pede desculpas à Terra por destruição
13 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Thais Leitão
Montado no cais do Porto do Rio de Janeiro para aproximar a ciência e a tecnologia dos cidadãos, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o Armazém de Popularização da Ciência, ou simplesmente Armazém Pop Ciência, recebeu hoje (14) a visita de estudantes de diversas idades, principalmente de escolas públicas do Rio.
Em um dos espaços, as crianças escreveram recados para o planeta e fizeram desenhos sobre sustentabilidade. Cada bilhete foi pendurado em um painel feito com pedaços de caixotes reutilizados.
Sentada em um banquinho produzido com papelão e apoiada na mesa de madeira reciclada, a estudante sul-matogrossense Vanessa Martinez, de 11 anos, fez um pedido de desculpas à Terra pela destruição causada pelo homem. Ela faz parte de um grupo de crianças atendidas pela organização não governamental (ONG) Moinho Cultural, que promove a inclusão social por meio das artes, como a dança e a música. Ao todo, dez crianças ligadas à instituição vieram de Corumbá (MS) para participar de atividades da Rio+20. “Fiz uma mensagem para me desculpar porque todos nós estamos poluindo muito a Terra. Eu acredito que é possível melhorar tudo isso, basta ter bons hábitos, como economizar água e energia”, disse.
Já o recado da estudante carioca Ana Carolina Torres, de 11 anos, trazia um alerta: “Devemos cuidar da água do planeta, pois sem água a gente não sobrevive”, escreveu a menina.
Todos os bilhetes, que refletem pensamentos e propostas das crianças, integrarão um documento intitulado Carta das Crianças para a Terra, que será apresentado no dia 22 deste mês no Espaço Humanidade 2012, montado no Forte de Copacabana, zona sul do Rio.
O Armazém Pop Ciência, localizado no Píer Mauá, faz uma releitura do símbolo da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), quando foi montada a Árvore da Vida, no Aterro do Flamengo, zona sul carioca. Na estrutura, transformada em monumento, as pessoas penduravam cartas com sugestões para um mundo melhor. Na nova versão da Árvore da Vida, as mensagens levadas pelos participantes da Rio+20 serão encaminhadas aos dirigentes de diversos países e difundidas pela internet.
Ainda no Armazém Pop Ciência, o Museu da Vida, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), montou uma exposição baseada nas experiências dos cientistas britânicos Charles Darwin e Alfred Wallace, quando estiveram no Brasil, no século 19. No local, os visitantes se impressionaram com os exemplares da biodiversidade brasileira, entre eles, fósseis de peixes fluminenses e amazônicos de água doce, como a piranha, o peixe-cascudo e a arraia.
A estudante carioca Luanna Rodrigues, 15 anos, disse estar encantada com a exposição e contou ter aprendido coisas interessantes sobre a vida de Darwin. “Eu achei muito interessante porque descobri muitas coisas sobre a vida dele, coisas que a gente não aprende na escola, como o fato de que ele era colecionador de besouros”, disse ela, cuja matéria preferida na escola é biologia.
O Armazém de Popularização da Ciência ficará montado até o dia 22 deste mês e tem entrada gratuita, das 9 às 18h. O espaço conta com a participação de 50 instituições de ensino e pesquisa e traz exposições sobre biomas do Brasil, energia, biodiversidade e mudanças climáticas. A programação prevê debates e palestras sobre temas relacionados à conferência.
Paralelamente ao Armazém, a Feira de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia mostra dezenas de trabalhos de jovens do ensino fundamental e médio do Rio de Janeiro. Ali, instituições ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação apresentam, em estandes, suas atividades.
Edição: Lana Cristina
Governador do Pará diz que Amazônia terá desmatamento zero até 2020
13 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Flávia Villela
De acordo com Simão Jatene, existem hoje cerca de 33 milhões de hectares de áreas desmatadas da Floresta Amazônica no estado. Desse total, cerca 1,5 milhão de hectares são usados para a produção agrícola. Cerca de 31 milhões estariam, segundo ele, ocupados pela agropecuária, abandonados ou subutilizados.
Ouça aqui a matéria.