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Notícias da ONU

June 11, 2012 21:00 , von Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Serviço e Sacrifício: a contribuição do Brasil para a manutenção da paz

June 26, 2018 15:29, von ONU Brasil
Em 2010, capacetes-azuis brasileiros realizaram patrulhas noturnas em uma das favelas mais pobres e perigosas do Haiti, Cité Soleil, nos arredores de Porto Príncipe. Foto: ONU/Pasqual Gorriz.

Em 2010, capacetes-azuis brasileiros realizaram patrulhas noturnas em uma das favelas mais pobres e perigosas do Haiti, Cité Soleil, nos arredores de Porto Príncipe. Foto: ONU/Pasqual Gorriz.

O Brasil tem uma longa história de contribuição com as operações de paz da ONU. Suas tropas estão presentes em dez missões das Nações Unidas globalmente, em localidades como Darfur (Sudão),  Chipre, Líbano e, até 2017, Haiti.

Este mês, o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), lançou no Brasil a campanha global “Serviço e Sacrifício”, em homenagem aos pacificadores — e em especial aos brasileiros.

Veja abaixo fotos da atuação do Brasil nas forças de paz da ONU:

Os primeiros capacetes-azuis brasileiros foram mobilizados em 1956 em uma das primeiras missões da ONU sob a Força de Emergência das Nações Unidas, com o objetivo de abordar a Crise de Suez, uma crise política que teve início quando Israel declarou guerra ao Egito.

Eles garantiram e supervisionaram o cessar de hostilidades, incluindo a retirada das forças de França, Israel e Reino Unido do território egípcio.

Soldados das forças de paz da ONU durante a Crise de Suez, em 1962. Foto: ONU /Yutaka Nagata

Soldados das forças de paz da ONU durante a Crise de Suez, em 1962. Foto: ONU /Yutaka Nagata

Em 1997, as tropas brasileiras foram mobilizadas a Angola para apoiar os esforços de paz e reconciliação após a guerra civil no sudoeste do país africano. Capacetes-azuis do batalhão brasileiro (na foto abaixo), também conhecidos como BRABAT, se uniram a um desfile de boas-vindas na capital Luanda, durante a visita do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

Em 1997, as tropas brasileiras foram mobilizadas para Angola para apoiar os esforços de paz e reconciliação após a guerra civil no sudoeste do país africano. Capacetes-azuis do batalhão brasileiro (na foto), também conhecidos como BRABAT, se uniram a um desfile de boas-vindas na capital Luanda durante a visita do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Foto: ONU

Capacetes-azuis do batalhão brasileiro, também conhecidos como BRABAT, em desfile de boas-vindas na capital Luanda durante visita do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Foto: ONU

O Brasil forneceu a espinha dorsal da missão de paz da ONU no Haiti, a MINUSTAH. Suas tropas estavam presentes durante a missão entre 2004-2017. Na foto abaixo, um soldado inspeciona o problemático bairro de Cité Soleil, na capital Porto Príncipe, durante uma operação.

O Brasil forneceu a espinha dorsal da missão de paz da ONU no Haiti, a Minustah. Suas tropas estavam presentes durante a missão entre 2004-2017. Na foto, um pacificador inspeciona o bairro de Cité Soleil, na capital Porto Príncipe, durante uma operação. Foto: Minustah, 2004

Foto: Minustah, 2004

Um número crescente de mulheres estão sendo mobilizadas para missões da ONU. Na foto abaixo, membros do batalhão brasileiro ensinam um grupo de crianças haitianas a cuidar dos dentes.

Um número crescente de mulheres estão sendo mobilizadas para missões da ONU. No Haiti, membros do batalhão brasileiro ensinam um grupo de crianças locais a cuidar dos dentes. Foto: ONU/Marco Dormino, 2008

Foto: ONU/Marco Dormino, 2008

Os capacetes-azuis apoiaram a transição do Haiti para a democracia, a reconstrução do país e os esforços para estabilidade após o terremoto de janeiro de 2010. Estimados 220 mil haitianos morreram como resultado do terremoto.

Os capacetes-azuis apoiaram a transição do Haiti para a democracia, a reconstrução do país e os esforços para estabilidade após o terremoto de janeiro de 2010. Estimados 220 mil haitianos morreram como resultado do terremoto. Os capacetes-azuis distribuíram materiais para abrigo temporário a pessoas de Porto Príncipe que ficaram sem-teto após o desastre. Foto: Minustah/Logan Abassi, 2010

Capacetes-azuis brasileiros distribuem materiais para abrigo temporário a cidadãos de Porto Príncipe que ficaram sem-teto após o terremoto em 2010. Foto: Minustah/Logan Abassi, 2010

Os militares brasileiros também serviram na Força Interina das Nações Unidas no Líbano. Na foto abaixo, membros da força tática marítima descansam a bordo de seu navio atracado em Beirute enquanto assistem a uma partida do Brasil na Copa do Mundo de 2014.

Os militares brasileiros também serviram na Força Interina das Nações Unidas no Líbano. Na foto, membros da força tática marítima descansam a bordo de seu navio atracado em Beirute enquanto assistem a uma partida do Brasil na Copa do Mundo de 2014. Foto: ONU/Pasqual Gorriz

Foto: ONU/Pasqual Gorriz

Um total de 42 capacetes-azuis brasileiros morreram em serviço às missões de paz da ONU, incluindo 27 no Haiti. Na foto abaixo, uma homenagem feita em 2006 a um soldado que morreu enquanto servia no Haiti sob a bandeira da ONU.

Um total de 42 capacetes-azuis brasileiros morreram em serviço às missões de paz da ONU, incluindo 27 no Haiti. Na foto, uma homenagem feita em 2006 a um soldado que morreu enquanto servia no Haiti sob a bandeira da ONU. Foto: ONU/Sophia Paris, 2006

Foto: ONU/Sophia Paris, 2006



É urgente preservar a vida de adolescentes no Brasil, afirma ONU

June 26, 2018 14:34, von ONU Brasil

O Sistema ONU no Brasil manifesta consternação com a morte violenta do estudante Marcos Vinícius da Silva, de 14 anos, vítima de disparo de arma de fogo, na última quarta-feira (20), a caminho da escola, em uma das comunidades do conjunto de favelas da Maré, no Rio de Janeiro.

O Sistema ONU no Brasil manifesta consternação com a morte violenta do estudante Marcos Vinícius da Silva, de 14 anos, vítima de disparo de arma de fogo, na última quarta-feira (20), a caminho da escola, em uma das comunidades do conjunto de favelas da Maré, no Rio de Janeiro.

Ele é um exemplo do trágico número de 31 homicídios de crianças e adolescentes que acontecem por dia no Brasil. Em 2015, 11.403 meninos e meninas de 10 a 19 anos foram vítimas de homicídio no país – maior número absoluto de homicídios de adolescentes no mundo. Os adolescentes negros estão três vezes mais vulneráveis a mortes violentas em comparação com os brancos na mesma faixa etária.

A convicção de que este ciclo de violência precisa acabar levou o Sistema ONU no Brasil a lançar a campanha Vidas Negras, pelo fim do racismo e da violência letal contra a população negra. As Nações Unidas fazem um apelo público pela garantia do direito à vida de cada criança, adolescente, jovem, mulher e homem negro.

É inadmissível que a trajetória de vida de adolescentes, como Marcos Vinícius da Silva e tantos outros, seja interrompida de forma violenta, gerando consequências tão graves quanto permanentes para outras crianças e adolescentes, suas famílias, suas comunidades e a sociedade brasileira.

As organizações do Sistema das Nações Unidas no Brasil se solidarizam com a família, amigos, amigas, colegas, professores e professoras de Marcos Vinícius da Silva e de todas as outras vítimas de violência no Brasil. Solicitam que os autores desses homicídios sejam identificados e responsabilizados perante a justiça brasileira. Da mesma forma, reitera a necessidade urgente de um compromisso do país com ações de prevenção e resposta à violência contra crianças e adolescentes.



Festival celebra o Dia Mundial do Refugiado no Rio de Janeiro

June 26, 2018 13:53, von ONU Brasil

O Rio Refugia, festival gastronômico, cultural e social, aconteceu pela segunda vez no Rio de Janeiro durante o último sábado (23). O evento é uma oportunidade para que pessoas em situação de refúgio compartilhem sua cultura com os brasileiros e incrementem sua renda.

Uma realização conjunta do Programa de Atendimento a Refugiados da Cáritas RJ, do Abraço Cultural, do Chega Junto e do SESC RJ, a iniciativa celebra o Dia Mundial do Refugiado, marcado todo dia 20 de junho.

O festival, que teve o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), reuniu pessoas em situação de refúgio de mais de 10 nacionalidades e é uma forma de facilitar sua integração à sociedade brasileira e promover o intercâmbio cultural.

“Esse evento é importante para nós porque é uma ajuda. A gente trabalha, vende as nossas coisas. As pessoas não sabiam comer couve com amendoim, folha de mandioca, mas agora está todo mundo procurando”, disse Lando Colette, que saiu da República Democrática do Congo ainda criança, morou em Angola e está no Brasil há mais de 20 anos.

O evento aconteceu no SESC Tijuca, na Zona Norte do Rio, e incluiu uma feira gastronômica com pratos típicos de países como Síria, Haiti, Venezuela e Nigéria e incluiu oficinas, música e artesanato.

“É importante para mostrar às pessoas que todo mundo é da Terra. Independente de qual país seja, a gente deve abraçar quem chega de fora”, disse Jéssica de Almeida, visitante do festival.

Lando Colette participou do festival representando Angola e República Democrática do Congo. Foto: Ana Rosa Alves/UNIC Rio Menina venezuelana participa do Rio Refugia. Foto: Ana Rosa Alves/UNIC Rio Mulheres dançam ao som da banda colombiana Saoko. Foto: Ana Rosa Alves/UNIC Rio Mulheres preparam arepas, prato típico da Colômbia. Foto: Ana Rosa Alves/UNIC Rio Norma González e sua filha Nazaret são da Venezuela e estão no Brasil há cerca de 1 ano e 11 meses. Foto: Ana Rosa Alves/UNIC Rio O kebab vendido no estande da Síria foi um dos pratos mais populares do festival. Foto: Ana Rosa Alves/UNIC Rio O movimento no estande Sírio foi constante. Foto: Ana Rosa Alves/UNIC Rio Visitante participou da oficina de turbante oferecida no festival. Foto: Ana Rosa Alves/UNIC Rio

O refúgio no Brasil e no mundo

Segundo o ACNUR, em 2017 havia um total de 68,5 milhões de pessoas vítimas de deslocamento forçado no mundo devido a perseguições, conflitos ou violência generalizada. Destas, um total de 25,4 milhões têm status de refugiado.

No Brasil, de acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), havia em 2017 um total de 10.145 refugiados, 39% deles vindos da Síria. O número de solicitações de reconhecimento de refúgio, segundo a Polícia Federal, ultrapassava a marca de 86 mil.

Cerca de 53% das solicitações de reconhecimento da condição de refugiado em 2017 vinham de venezuelanos. Só o estado de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, abriga um total de 4 mil pessoas deslocadas.

“Eu trabalhei durante muitos anos na área educativa, mas agora estou fazendo outro tipo de trabalho diferente daquele que fazia na Venezuela. Nós tivemos, graças à hospitalidade de todos os brasileiros, uma boa recepção”, disse Norma González, que veio para o Brasil há cerca de 1 ano e 11 meses com sua filha, Nazaret.



Fundo de População da ONU discute questões populacionais durante evento em Natal

June 26, 2018 13:52, von ONU Brasil
Vista noturna da cidade de Natal (RN). Foto: Wikimedia Commons/Carolbatista.med (CC)

Vista noturna da cidade de Natal (RN). Foto: Wikimedia Commons/Carolbatista.med (CC)

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) participa nesta semana (de 28 a 30) do 8º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU), que ocorre em Natal, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O evento discutirá comunicação social, mídia comunitária, cultura, assistência jurídica, qualificação de recursos humanos, educação básica, preservação do meio ambiente, promoção de saúde e qualidade de vida.

Com estudantes, professores e especialistas, o encontro também será uma oportunidade para a comunidade acadêmica se integrar aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O evento bienal traz como tema “Extensão e Sociedade: Contextos e Potencialidades”, e tem como objetivo discutir os desafios da extensão universitária no Brasil e sua relação com a sociedade. Também é a ocasião para a academia trabalhar mecanismos de interação que promovam mudanças expressivas em suas comunidades.

Para abordar cenários e competências da extensão universitária, a agência da ONU participa da mesa de debates que discute os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030.

Na ocasião, o representante do UNFPA, Jaime Nadal, falará dos temas abordados nos ODS, assinados por mais de 150 líderes mundiais e suas relações com as questões populacionais emergentes. Segundo Nadal, os objetivos e metas traçados nesta Agenda são fundamentais para garantir um mundo mais justo e igualitário com acesso a direitos para todas as pessoas.

“É de suma importância que as instituições públicas de Ensino Superior conheçam e se comprometam com a Agenda 2030. É com a participação de todos e todas, em especial dos e das estudantes que futuramente serão os gestores deste país, que o Brasil pode alcançar as metas estabelecidas e avançar rumo a um Estado comprometido com o bem-estar social”, disse Nadal.

Haverá também rodas de debates sobre água e sustentabilidade, incubadoras de empreendedorismo, economia solidária, culturas tradicionais, democratização da informação, envelhecimento e direitos humanos.

Clique aqui para obter mais informações.



Relatório da ONU aponta aumento do abuso de medicamentos sob prescrição no mundo

June 26, 2018 12:18, von ONU Brasil
A apreensão global de opioides farmacêuticos em 2016 foi de 87 toneladas, aproximadamente a mesma quantidade de heroína apreendida naquele ano. Foto: IRIN/Sean Kimmons

A apreensão global de opioides farmacêuticos em 2016 foi de 87 toneladas, aproximadamente a mesma quantidade de heroína apreendida naquele ano. Foto: IRIN/Sean Kimmons

O uso não medicinal de medicamentos sob prescrição está se tornando uma enorme ameaça para a saúde pública e o cumprimento da lei no mundo, com opioides sendo responsáveis pelos maiores danos, contabilizando 76% de mortes envolvendo distúrbios relacionados ao uso de drogas. A conclusão é do Relatório Mundial sobre Drogas, lançado nesta terça-feira (26) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

O fentanil e seus análogos ainda constituem um problema na América do Norte, enquanto o tramadol – um opioide utilizado para tratar dores moderadas e graves – tem se tornado uma preocupação crescente em partes da África e da Ásia. O acesso ao fentanil e ao tramadol para usos medicinais é vital para o tratamento da dor crônica, mas traficantes os produzem ilicitamente, promovendo-os em mercados ilegais e causando danos consideráveis à saúde.

A apreensão global de opioides farmacêuticos em 2016 foi de 87 toneladas, aproximadamente a mesma quantidade de heroína apreendida naquele ano. A apreensão de opioides farmacêuticos – principalmente do tramadol na África Central, Oriental e do Norte, contabilizou 87% do total global em 2016. Países da Ásia, que contabilizaram no passado mais da metade das apreensões globais, representaram apenas 7% do total global em 2016.

A manufatura global de cocaína alcançou, em 2016, seu nível mais alto de toda a história, com uma estimativa de produção de 1.410 toneladas. A maior parte da cocaína mundial vem da Colômbia, mas o relatório também mostra que a África e a Ásia estão emergindo como centros de tráfico e consumo da droga.

De 2016 a 2017, a produção global de ópio aumentou 65%, atingindo 10.500 toneladas, a mais alta estimativa já registrada pelo UNODC desde que começou a monitorar a produção de ópio global, no início do século 21. A expansão acentuada do cultivo de papoula de ópio e o aumento gradual de rendimentos no Afeganistão resultaram em uma produção de ópio nesse país que atingiu 9.000 toneladas.

“As descobertas do Relatório Mundial sobre Drogas deste ano mostram uma expansão dos mercados de drogas ilícitas, com a produção de cocaína e de ópio atingindo recordes altíssimos, o que apresenta vários desafios em diversas frentes”, afirmou o diretor-executivo do UNODC, Yury Fedotov. Ele destacou ainda que “o UNODC está comprometido em trabalhar com os países-membros com vistas a buscar soluções equilibradas e balanceadas para os desafios atuais de drogas, para avançar no atingimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.

“O Relatório Mundial sobre Drogas representa um pilar fundamental que, juntamente com a assistência para traduzir obrigações internacionais em ações e capacitações no país, permitirão respostas eficazes e a proteção da saúde e do bem-estar mundial”, disse Fedotov.

A cannabis foi a droga mais amplamente consumida em 2016, com 192 milhões de pessoas tendo-a utilizado ao menos uma vez ao longo do último ano. O número global de usuários de cannabis continua a aumentar e aparenta ter expandido em aproximadamente 16% na ultima década até 2016, refletindo assim um aumento similar na população global.

Drogas como a heroína e a cocaína, que tem estado disponíveis por um período significativo, coexistem de modo crescente com novas substancias psicoativas (NSP) e medicamentos sob prescrição. Houve aumento no fluxo de preparações farmacêuticas de origens pouco claras destinadas ao uso não medicinal, juntamente com o poli uso de drogas e o poli tráfico de drogas “poly drugs”, adicionando níveis sem precedentes de complexidade no tema das drogas, disse o UNODC.

Vulnerabilidade de determinados grupos por idade e gênero

O número de pessoas em todo o mundo que usou drogas ao menos uma vez por ano permaneceu estável em 2016, com cerca de 275 milhões de pessoas, ou cerca de 5,6% da população global entre 15 e 64 anos.

Olhando para as vulnerabilidades de vários grupos etários, o relatório concluiu que o uso de drogas e os danos associados a ele são os mais elevados entre os jovens em comparação aos mais velhos. A maioria das pesquisas sugere que a adolescência precoce (12-14 anos) e a tardia (15-17 anos) é um período de risco crítico para o início do uso de substâncias e pode atingir o pico entre os jovens (com idade entre 18 e 25 anos).

A cannabis é uma droga de escolha comum pelos jovens; no entanto, o uso de drogas entre os jovens difere de país para país e depende das circunstâncias sociais e econômicas dos envolvidos. Há duas tipologias extremas de uso de drogas entre os jovens: drogas de casas noturnas e drogas recreativas entre jovens afluentes; e o uso de inalantes entre crianças de rua para lidar com suas circunstâncias adversas.

O uso de drogas entre a geração mais velha (com 40 anos ou mais) tem aumentado a um ritmo mais rápido do que entre os mais jovens. Embora haja apenas dados limitados disponíveis, o relatório afirmou que isso requer atenção. As pessoas que passaram pela adolescência em um momento em que as drogas eram populares e amplamente disponíveis têm mais probabilidade de usar drogas e, possivelmente, de continuar usando.

Os usuários mais velhos de drogas podem frequentemente ter múltiplos problemas de saúde física e mental, tornando o tratamento medicamentoso eficaz mais desafiador, mas pouca atenção tem sido dada aos transtornos por uso de drogas entre os idosos.

Em todo o mundo, as mortes causadas diretamente pelo uso de drogas aumentaram em 60%, entre 2000 e 2015. Pessoas com mais de 50 anos representaram 27% dessas mortes em 2000, mas esse percentual aumentou para 39% em 2015. Cerca de três quartos de óbitos por transtornos relacionados ao uso de drogas entre aqueles com 50 anos ou mais estão entre as pessoas que usam opioides.

A maioria das pessoas que usam drogas são homens, mas as mulheres têm padrões específicos de uso, segundo o relatório. A prevalência do uso não médico de opioides e tranquilizantes pelas mulheres permanece em um nível comparável, se não superior, ao dos homens. Embora as mulheres possam tipicamente começar a usar substâncias mais tarde que os homens, uma vez que iniciam o uso, tendem a aumentar a taxa de consumo de álcool, cannabis, cocaína e opioides mais rapidamente que os homens, bem como desenvolver rapidamente desordens decorrentes do uso de drogas.

Mulheres com transtornos por uso de substâncias são relatadas como tendo altas taxas de transtorno de estresse pós-traumático e também podem ter experimentado adversidades na infância, tais como negligência física, abuso ou abuso sexual. As mulheres continuam a representar apenas uma em cada cinco pessoas em tratamento. A proporção de mulheres em tratamento tende a ser maior para tranquilizantes e sedativos do que para outras substâncias. O tratamento do uso de drogas e a prevenção, tratamento e atenção ao HIV devem ser adaptados às necessidades específicas das mulheres.

O Relatório Mundial sobre Drogas de 2018 oferece uma visão global sobre a oferta e a demanda de opiáceos, cocaína, cannabis, estimulantes do tipo anfetamina e novas substâncias psicoativas (NSP), bem como sobre seu impacto na saúde. Ele destaca os diferentes padrões de uso das drogas e vulnerabilidades de determinados grupos por idade e gênero, bem como a mudança ocorrida no mercado mundial de drogas.

Clique aqui para acessar o relatório completo (em inglês).



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