Copa dos Refugiados, um evento muito além do futebol; vídeo
August 29, 2018 7:32Acompanhe o tema clicando aqui.
OIT e MPT lançam campanha para o Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento
August 28, 2018 18:56A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) lançaram este mês uma campanha online para lembrar o Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento, em 28 de agosto.
Escalpelamento é uma realidade violenta que afeta, em sua maioria, mulheres e meninas na região norte do Brasil. O grave acidente costuma ocorrer em embarcações de pequeno porte, durante a pesca artesanal ou o transporte para a escola, o trabalho e outros locais.
A campanha tem o objetivo de conscientizar todos os brasileiros sobre esse problema e dar visibilidade à realidade de exclusão e violência que as vítimas de escalpelamento enfrentam diariamente.
Apenas com o apoio de toda a população será possível fortalecer a prevenção dos acidentes e garantir os direitos das vítimas, especialmente educação, proteção social e trabalho, alertaram as organizações. Saiba mais clicando aqui.
Brasil recebe Senegal e Serra Leoa para visita de estudo sobre alimentação escolar
August 28, 2018 18:44Clique para exibir o slide.O Centro de Excelência contra a Fome, fruto de uma parceria entre o governo brasileiro e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), recebe até sexta-feira (31) delegações de Senegal e Serra Leoa para uma visita de estudo em Brasília (DF) para trocar conhecimentos e boas práticas sobre alimentação escolar.
Os representantes dos países visitantes terão reuniões com autoridades brasileiras e farão uma viagem de campo a Salvador (BA) para ver em primeira mão os vínculos entre a alimentação escolar e a agricultura familiar.
A visita foi organizada por Centro de Excelência, Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo programa de alimentação escolar do Brasil. Os escritórios do PMA no Senegal e em Serra Leoa estão apoiando a participação das delegações governamentais.
O Brasil e o Centro de Excelência contra a Fome colaboram com o governo do Senegal desde 2012, quando o país realizou sua primeira visita de estudo para conhecer o programa brasileiro de alimentação escolar.
Como forma de melhorar a educação e garantir a segurança alimentar, o governo está empenhado em promover a alimentação escolar em todo o país e, em 2017, o programa de merenda escolar alcançou 25% de cobertura (400 mil crianças) graças aos esforços combinados de governo, PMA e parceiros.
Os principais desafios enfrentados pelo governo para continuar melhorando o programa são fortalecer sua estrutura legal, mobilização de recursos e participação das partes interessadas locais.
O governo também espera formalizar a abordagem multissetorial do programa. O Ministério da Educação está trabalhando com o PMA para elaborar uma nova estratégia de alimentação escolar, com o apoio do Centro de Excelência.
ACNUR e parceiros lançam relatórios em SP sobre educação de pessoas refugiadas
August 28, 2018 18:36
Refugiados participam de Feirão do Emprego em São Paulo. Foto: Governo de São Paulo (Arquivo)
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) lança nesta quarta-feira (29) em São Paulo, na Faculdade Belas Artes (Rua Dr Álvaro Alvim, 90), o relatório global “Turn the Tide: Refugee Education in Crisis” (Inverter a Tendência: Educação de Refugiados em Crise, tradução literal).
O documento mostra que, apesar dos esforços de governos, ACNUR e parceiros, a matrícula de crianças refugiadas em instituições de ensino no mundo não está acompanhando o crescimento da população refugiada. São 4 milhões de crianças refugiadas que estão fora da escola, um aumento de 500 mil pessoas em um ano.
Outro relatório a ser lançado na ocasião é o “Cidadãs do Mundo”, que trata do desenvolvimento escolar de crianças que são atendidas pela ONG Eu Conheço Meus Direitos/I Know My Rights (IKMR) na cidade de São Paulo e região metropolitana, cujo projeto é financiado pelo ACNUR.
A Compassiva, outra organização parceira do ACNUR, apresentará dados mais recentes sobre o processo de revalidação de diplomas de pessoas refugiadas no Brasil, elemento fundamental para fazer com que possam conquistar postos de trabalhos condizentes com suas respectivas formações e dar continuidade aos estudos.
O Sesc-SP também compõe a mesa de debates para apresentar dados e informações referentes aos cursos de aprendizagem de português para refugiados e sobre as capacitações que a instituição realiza junto aos professores da rede pública de ensino em São Paulo.
Serviço
Lançamento de relatórios sobre o contexto de educação de refugiados no Brasil e no mundo
Dia: 29 de agosto de 2018 (quarta-feira)
Horário: 15h00
Local: Faculdade Belas Artes – Auditório da Unidade 2 – Rua Dr Álvaro Alvim, 90 – São Paulo
Casal de colombianas reconstrói vida na Suíça após fugir de ameaças de morte
August 28, 2018 17:48Clique para exibir o slide.Na Colômbia, em seu país natal, a ativista Daniela lutou arduamente pelos direitos das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI), oferecendo-lhes conselhos e um ombro amigo. Em um país marcado pela violência, seu ativismo nem sempre foi bem-vindo.
Era véspera de ano-novo em 2009, quando ela percebeu que teria que fugir. “Eram duas da manhã”, lembra Daniela, 35 anos, que morava no interior da Colômbia.
“Eu estava comemorando o ano-novo em uma cidade próxima quando dois homens armados se aproximaram de mim. Eu senti meu estômago doer.”
“Eles me levaram de lado e me disseram que eu era um mau exemplo para as crianças. Eles me disseram que eu tinha um dia para sair.”
Daniela correu para casa e, sob o pretexto de que lhe ofereceram um emprego, foi para Bogotá no dia seguinte. Ela deixou para trás sua mãe e filho, e também a pequena empresa que sustentava a família.
Em Bogotá, continuou a fazer campanha pelos direitos LGBTI. Conheceu sua parceira, Sofia, e finalmente foi reunida com seu filho, que hoje tem 10 anos. Durante os quatro anos seguintes, a família viveu em relativa segurança.
Até que Daniela e Sofia começaram a receber novas ameaças. “Eles começaram a imprimir pôsteres de ódio com meu nome e começaram a me assediar pelo telefone”, diz Daniela.
Ela foi forçada a mudar de casa e de emprego. A família também mudou sua rotina diária para evitar perigo. “Estávamos constantemente ansiosos, assustados”.
Quando dois amigos ativistas de Daniela e Sofia foram assassinados, ela soube que teria que fazer as malas e sair de casa mais uma vez.
Foram para a Suíça em dezembro de 2016 e solicitaram refúgio assim que chegaram.
Era meados de dezembro e fazia muito frio no país europeu que, no entanto, ofereceu recepção calorosa ao casal. Graças a um projeto comunitário local, Daniela e Sofia encontraram segurança no oeste suíço, após passarem três meses em um centro de recepção.
Desde que chegaram, Daniela e Sofia têm trabalhado incansavelmente para reconstruir suas vidas. O primeiro objetivo do casal é aprender francês para que possam retomar seu ativismo LGBTI. Elas também estão estudando e se voluntariando em uma academia de futebol local. O filho de Daniela está fazendo novos amigos na escola.
“Quando as pessoas fogem de suas casas e comunidades, suas redes de apoio se tornam frágeis e quebradiças, e os riscos de proteção que enfrentam muitas vezes se tornam mais graves”, disse Filippo Grandi, alto-comissário da ONU para refugiados, em um vídeo que marca o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia no dia 17 de maio.
“Encontrar e desenvolver redes de apoio adequadas é, portanto, crucial para o cumprimento de seus direitos e permitir que eles sigam suas aspirações nos países e comunidades em que buscam proteção”, acrescentou.
Daniela é grata por ter encontrado um refúgio seguro para viver e amar na Suíça. “Quando vejo meu filho feliz e envolvido na comunidade local e todas as oportunidades que estão abertas para ele no futuro, sonho em construir uma vida aqui na Suíça”.
“Mas se a situação permitir, espero um dia retornar à Colômbia para apoiar as pessoas LGBTI lá.”
O ACNUR está comprometido em proteger os direitos dos refugiados LGBTI e solicitantes de refúgio, bem como realçar a importância das redes e coligações que apoiam as pessoas deslocadas de suas casas.