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Notícias da ONU

June 11, 2012 21:00 , von Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

FAO libera US$ 54 mi para projetos de restauração ambiental em 10 países

August 7, 2018 15:37, von ONU Brasil
São Tomé e Príncipe. Foto: Flickr (CC)/Michael Stein

São Tomé e Príncipe. Foto: Flickr (CC)/Michael Stein

Para combater as mudanças climáticas e suas consequências, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) investirá 54 milhões de dólares em programas de recuperação de ecossistemas. Iniciativa será implementada em São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Camarões, Paquistão, Mianmar, Quênia, República Democrática do Congo, Tanzânia, República Centro-Africana e China.

Em entrevista ao portal de notícias da ONU em português, a ONU News, o coordenador sub-regional para a África Central da FAO, Helder Muteia, explicou como o projeto será executado em São Tomé e Príncipe. Com um orçamento de 4,6 milhões de dólares, a iniciativa beneficiará 17 mil pessoas e vai restaurar 36 mil hectares de floresta.

“É um projeto de restauração de paisagem, particularmente com enfoque nos recursos florestais e nos recursos do solo, como forma de combater os efeitos das mudanças climáticas e garantir que o país consiga fortalecer os seus elementos de resiliência e possa, sim, desenvolver-se de forma sustentável”, afirmou o especialista.

Com os esforços de preservação em São Tomé e Príncipe, a FAO espera que 295 mil toneladas de dióxido de carbono sejam absorvidas pelos ecossistemas recuperados. Segundo Muteia, o projeto deve incentivar a troca de conhecimentos e criar parcerias entre organizações internacionais, sociedade civil e outros atores locais.

“Sabemos que, muitas vezes, estas iniciativas de conservação têm um custo. Por isso, é preciso que as pessoas que estão integradas tenham atividades econômicas que permitam recuperar os custos de conservação. São Tomé e Príncipe é um dos países mais ameaçados pelas mudanças climáticas, particularmente com a subida do nível das águas do mar, que pode ameaçar alguns elementos do ecossistema.”



ONU busca inspiração em projeto paraibano para estimular produção de algodão em países africanos

August 7, 2018 15:14, von ONU Brasil
Técnicos do Centro de Excelência contra a Fome da ONU visitam agricultores familiares que trabalham com algodão. Foto: PMA

Técnicos do Centro de Excelência contra a Fome da ONU visitam agricultores familiares que trabalham com algodão. Foto: PMA

Uma equipe do Centro de Excelência contra a Fome da ONU foi em julho à Paraíba conhecer boas práticas do setor algodoeiro local. Levantamento identificou iniciativas que podem ser replicadas pelo programa Além do Algodão, voltado para produtores de quatro países africanos — Benim, Moçambique, Quênia e Tanzânia.

O Projeto Algodão Paraíba promove, no semiárido, a produção consorciada da fibra com culturas alimentares. Os alimentos são comercializados em mercados locais e regionais, incluindo para o programa de alimentação escolar. A estratégia foi uma das experiências visitadas pelo Centro de Excelência durante os dias 26 e 27 de julho.

O principal objetivo da iniciativa estadual é fomentar a participação do agricultor familiar na cadeia do algodão orgânico. Os lavradores recebem assistência técnica para melhorar os índices de produtividade e diminuir seus custos.

O programa Além do Algodão vai ajudar agricultores africanos a escoar os subprodutos do algodão, como o óleo e a torta, e os produtos consorciados, como milho, sorgo e feijão. As boas práticas do Brasil servirão de inspiração para a cooperação Sul-Sul com o Benim, Moçambique, Quênia e Tanzânia. O projeto é executado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (EMATER), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a empresa Norfil e diferentes atores públicos e privados.

A missão à Paraíba teve a participação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Técnicos do organismo do Itamaraty e do Centro de Excelência mapearam o papel desempenhado por cada ator na cadeia do algodão, como cooperativas, empresas e instituições públicas. Especialistas também identificaram boas práticas agrícolas aplicadas ao cultivo da fibra e avaliaram o potencial comercial do algodão, bem como os mecanismos de auxílio aos agricultores.



ONU-Habitat promove seminário em Maceió sobre habitação de interesse social

August 7, 2018 13:31, von ONU Brasil
Seminário discutiu políticas públicas e projetos para habitação de interesse social e urbanização dos espaços urbanos das cidades do estado de Alagoas. Foto: EBC

Seminário discutiu políticas públicas e projetos para habitação de interesse social e urbanização dos espaços urbanos das cidades do estado de Alagoas. Foto: EBC

O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) realizou no fim de julho (25), em parceria com o Governo de Alagoas, evento em Maceió (AL) sobre políticas públicas e projetos para habitação de interesse social e urbanização dos espaços urbanos das cidades do estado.

O “Seminário Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social: Desafios e Estratégias para Acesso à Moradia Adequada em Alagoas” foi realizado por intermédio da Secretaria de Estado da Infraestrutura (SEINFRA) e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Alagoas (CAU-AL).

O evento, que contou com mais de 230 participantes, proporcionou troca de experiências e boas práticas com o objetivo de difundir e apoiar o desenvolvimento de políticas públicas e projetos para a habitação de interesse social e a urbanização dos espaços urbanos da capital Maceió e demais cidades alagoanas.

Foram feitas apresentações de representantes do ONU-Habitat, do Governo do Estado de Alagoas (Seinfra), do CAU-AL, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CodHab-DF), do Programa Vivenda, do Soluções Urbanas e da Universidade Federal de Alagoas.

Clique aqui para acessar as apresentações: https://we.tl/HTCIkbIbhM.



Acordo no Sudão do Sul é passo importante para a paz, diz chefe de missão da ONU no país

August 7, 2018 13:17, von ONU Brasil
Crianças em centro de proteção no Sudão do Sul. Foto: UNICEF/Hakim George

Crianças em centro de proteção no Sudão do Sul. Foto: UNICEF/Hakim George

Houve júbilo nas ruas da capital do Sudão do Sul durante a noite de domingo (5), quando os moradores celebraram um novo acordo que o principal funcionário da ONU no país descreveu como “um grande passo à frente” para encerrar quase cinco anos de conflito brutal.

O presidente Salva Kiir e seu principal rival e ex-vice, Riek Machar, assinaram um acordo no domingo no vizinho Sudão, ao lado de membros de outras facções da oposição.

David Shearer, chefe da Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS), explicou que o acordo se concentra na questão da governança, com Kiir mantendo sua posição, enquanto Machar será nomeado o primeiro dos cinco vice-presidentes.

“O acordo é um grande passo à frente em termos de paz no Sudão do Sul”, disse ele ao UN News, falando da capital, Juba, na segunda-feira (6).

“O que ainda resta fazer — e as negociações estão em curso — é organizar a segurança no terreno para todas essas pessoas, e saber como o exército vai ser reformado: como vão reunir os grupos em conflito no mesmo exército?”

Ele disse que havia “uma série de outras questões” a serem resolvidas, como futuras políticas econômicas e programas humanitários. “Então, é muito mais um ponto de partida, mas é um ponto de partida que dois meses atrás muitos de nós não acreditávamos que veríamos.”

Com apenas sete anos de existência, o Sudão do Sul é a nação mais jovem do mundo. No entanto, um impasse político iniciado em dezembro de 2013 entre os dois rivais mergulhou o país em um conflito mortal.

Dezenas de milhares de pessoas foram mortas, enquanto mais de 4 milhões foram deslocadas, das quais cerca de 2 milhões fugiram para os países vizinhos.

Shearer destacou que as negociações em Cartum foram lideradas por Sudão e Uganda: dois países que, segundo ele, têm mais a ganhar ou perder, dependendo do que acontecerá no Sudão do Sul.

As negociações de paz anteriores foram lideradas pelo organismo regional da África Oriental, a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD, na sigla em inglês).

Perguntado sobre as perspectivas para este último acordo, o chefe da missão da ONU ficou ao lado do otimismo manifestado pelos cidadãos na capital, incluindo quase 40 mil deslocados em um campo de proteção das Nações Unidas perto de sua casa que estavam “festejando” na noite de domingo.

“Nosso trabalho na ONU é apoiar o máximo possível este acordo”, afirmou. “Há apenas um acordo na mesa. É este. Temos que tentar fazê-lo funcionar ”, acrescentou.



Mudanças climáticas ameaçam pesca e vida marinha na corrente de Humboldt, diz FAO

August 7, 2018 13:03, von ONU Brasil
Cardume de peixes em Belize. Foto: Flickr (CC)/Alex Bennett

Cardume de peixes em Belize. Foto: Flickr (CC)/Alex Bennett

O aquecimento global ameaça a pesca no Chile, Equador e Peru, aponta um novo informe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Divulgado nesta semana (5), o relatório mostra que a elevação da temperatura global põe em risco o ecossistema formado pela corrente marítima de Humboldt, responsável em grande medida por sustentar a atividade pesqueira nos três países sul-americanos.

Segundo a agência da ONU, a disponibilidade de peixes no sistema da corrente de Humboldt é controlada principalmente pelo clima e seus efeitos sobre a produção de fitoplâncton, a base de toda a cadeia alimentar marinha. Durante as últimas décadas, o ecossistema criado por esse fluxo marítimo produziu mais peixes por unidade de área do que qualquer outro sistema no mundo.

Mas com uma clima mais quente, os eventos conhecidos como El Niño e La Ninã poderão ocorrer mais frequentemente, provocando uma diminuição na abundância de plâncton. Os efeitos de ambos os fenômenos são mais notáveis justamente ao longo do sistema da corrente de Humboldt.

De acordo com a FAO, estima-se uma redução geral no volume de fitoplâncton e zooplâncton para o ecossistema, como resultado de um esgotamento em larga escala dos nutrientes em águas subterrâneas. O fenômeno está associado ao aquecimento do planeta. A extensão média da área rica em zooplâncton deverá encolher em 33% nas zonas norte e central do sistema de Humboldt e em 14% na região ao sul da corrente.

Em média, 9,35 milhões de toneladas de peixes marinhos, moluscos e crustáceos foram capturados a cada ano no Chile e no Peru, de 2005 a 2015. Nesses dez anos, a agência da ONU identificou uma notável tendência decrescente do volume de pescado, principalmente devido à aplicação de planos de manejo mais rigorosos, mas também por conta de variações climáticas e, em alguns casos, da superexploração.

A região Norte-Centro do Peru registrou 75% do total de capturas, o sul do Peru e o norte do Chile responderam por quase 20%, e a região central do Chile contribuiu com menos de 5%.

A publicação da FAO mostra que modelos globais preveem, para 2050, uma redução moderada no potencial de captura do Chile e do Peru. Isso porque as mudanças climáticas podem impedir significativamente o sucesso da desova de pequenos peixes pelágicos, visados pelo setor industrial.

Estudos coletados pelo organismo das Nações Unidas antecipam ainda uma maior estratificação — quando massas de água com diferentes propriedades formam camadas que atuam como barreiras para a mistura de nutrientes. Outra consequência das mudanças climáticas incluem um forte aquecimento da superfície das águas peruanas e, em menor grau, das águas chilenas.

O sistema da corrente de Humboldt também é caracterizado pela presença de uma zona estendida de oxigênio mínimo. Trata-se de uma espessa camada de água a algumas dezenas de metros abaixo da superfície, onde a concentração de oxigênio é tão baixa que, com exceção das bactérias, apenas algumas espécies podem sobreviver temporariamente. Essa camada também pode se expandir em um mundo mais quente.

Recomendações para garantir a sustentabilidade da pesca

Embora essas projeções tenham um alto nível de incerteza, o informe da FAO elenca diferentes medidas para evitar que o aquecimento global prejudique o ecossistema marinho da corrente de Humboldt. Entre as orientações propostas, estão a institucionalização de modelos de governança participativos, a realização de estudos científicos especializados e melhorias no monitoramento.

A agência da ONU indica também que aumentar o controle da pesca, reduzindo a atividade para níveis sustentáveis, poderia ter um efeito social negativo a curto prazo, mas é uma estratégia indispensável para proteger a sustentabilidade nas próximas décadas.

Outra política sugerida é crescer a proporção de peixes para consumo direto humano, o que promoveria a segurança alimentar e, ao mesmo tempo, a aquicultura sustentável. A FAO ressalta a necessidade de reduzir os descartes e o desperdícios de peixe. O estudo destaca ainda que o uso de gás natural renovável, no lugar de combustíveis pesados, diminuiria a pegada de carbono do setor pesqueiro.

Acesse a publicação Impactos das mudanças climáticas na pesca e na aquicultura: Síntese do conhecimento atual, opções de adaptação e mitigação clicando aqui (em inglês).



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