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Notícias da ONU

June 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Casa das Nações Unidas no Brasil é inaugurada em Brasília

November 13, 2012 22:00, by Unknown - 0no comments yet

Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil e Representante Residente do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Jorge Chediek, discursa durante inauguração da Casa das Nações Unidas no Brasil. (Foto: Valéria Schilling / UNIC Rio)

Foi inaugurada hoje (14) em Brasília a Casa das Nações Unidas no Brasil – Complexo Sérgio Vieira de Mello com a presença do Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Antonio Patriota, o Governador em exercício do Distrito Federal, Nelson Tadeu Filipelli, o Coordenador Residente da ONU no Brasil, Jorge Chediek, membros do corpo diplomático e de governo, autoridades civis e militares, representantes da academia e da sociedade civil, além dos diretores das diversas agências e programas da ONU no Brasil.

A cerimônia foi aberta com uma mensagem do Secretário-Geral da ONU, que lembrou: “Vivemos em uma era de transição. Os desafios estão interligados. Pobreza, degradação ambiental e ameaças à segurança devem ser abordadas de forma abrangente”.

Assista abaixo à mensagem do Secretário-Geral da ONU:

O Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil e Representante Residente do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Jorge Chediek, falou das expectativas para o trabalho da ONU no país com o novo prédio. “Que esta Casa – pertencente a todas as Nações – sirva para fortalecer a ponte entre o Brasil e o resto do mundo. Esta ponte é o caminho que tem sido traçado por muitos brasileiros e brasileiras que lutam por um mundo mais justo e mais digno.”

Na cerimônia de hoje foi inaugurado o primeiro módulo do complexo, o prédio Zilda Arns, que abriga o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Departamento de Segurança das Nações Unidas (UNDSS), o Programa de Voluntários da ONU (VNU) e o Protocolo de Montreal. A próxima etapa – a ser desenvolvida em 2013 – prevê a construção de um segundo módulo para abrigar o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

Casa das Nações Unidas no Brasil – Complexo Sérgio Vieira de Mello

A Casa da ONU no Brasil se junta a outros complexos semelhantes das Nações Unidas espalhados pelo mundo. O conceito de “Instalações Comuns” a várias agências, fundos e escritórios da ONU faz parte de um componente importante do Programa de Reforma das Nações Unidas, lançado há mais de uma década. A atuação conjunta de seus diversos organismos em um país tem como objetivo estreitar os laços entre os programas da ONU e promover uma atuação unificada, reduzindo também os custos operacionais do Sistema.

“Casa da ONU no Brasil é sonho antigo”

O Diretor do Centro de Informação da ONU para o Brasil (UNIC Rio), Giancarlo Summa, disse que a Casa da ONU no Brasil é um sonho antigo. Para ele o prédio proporcionará uma redução de custos para a Organização e uma maior integração do trabalho. “O Brasil é um dos países fundadores da ONU que muito contribuiu e continua contribuindo para a Organização.”

Ouça a entrevista com Giancarlo Summa:

(ou baixe clicando aqui)

Mapa para a Casa da ONU

Situado no Setor de Embaixadas Norte, a construção do complexo teve início em outubro de 2011. A execução das obras é do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS), que também se encarregou do processo de licitação para escolha dos arquitetos e construtoras responsáveis. O desenho arquitetônico e a engenharia ficaram a cargo do escritório Paulo Bruna Arquitetos Associados; a construção foi realizada pela GCE. O terreno situado no Setor de Embaixadas Norte foi doado pelo Governo do Distrito Federal à ONU há várias décadas e tem 22.500 m2. Nesta primeira etapa, foram utilizados cerca de 3.100 m2 de área total de construção, dos quais 2.850 m2 pertencem ao prédio de escritórios.

Acesse aqui a íntegra do discurso do Ministro Antonio Patriota:

(ou baixe clicando aqui)

Acesse aqui a íntegra do discurso do Coordenador Residente da ONU no Brasil, Jorge Chediek:

(ou baixe clicando aqui)


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Ingressos à venda para jogo de futebol da ONU no Brasil contra a pobreza

November 13, 2012 22:00, by Unknown - 0no comments yet

Da esquerda para a direita, Jorge Chediek (PNUD Brasil), Eduardo Melzer (RBS), Ronaldo Nazário (Embaixador do PNUD), Flávio Steiner (RBS). Foto: Daniel de Castro/ PNUD Brasil“O futebol tem a capacidade de transmitir grandes mensagens. Queremos dizer que é possível vencer a pobreza”. Esta foi a mensagem do Embaixador da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ronaldo Nazário, em coletiva de imprensa realizada ontem (13), em Porto Alegre, para anunciar oficialmente a realização do “Jogo Contra a Pobreza”, do PNUD, que chega a sua 10ª edição em 2012.

A partida beneficente acontecerá em Porto Alegre, na Arena do Grêmio, no dia 19 de dezembro. Os ingressos já estão disponíveis para compra.

Como embaixadores da Boa Vontade do PNUD, Ronaldo Nazário e Zinédine Zidane serão os capitães das equipes do amistoso, que também contará com os brasileiros Neymar, Lucas, Leandro Damião, Romário,Bebeto e Denílson, os laterais Roberto Carlos, Belletti e Serginho, o zagueiro Roque Júnior e o meia Alex. Outras estrelas como Deco, o italiano Christian Vieri, o argentino Santiago Solari e o português Pedro Pauleta também irão a Porto Alegre para a partida.

O principal objetivo do Jogo Contra a Pobreza é divulgar os objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), lançar novas parcerias no apoio ao seu cumprimento e mobilizar recursos para serem usados no apoio aos projetos que tenham impacto direto da redução da pobreza. Com os recursos arrecadados já foram fundados projetos no Brasil, Colômbia, Etiópia, Guiné Bissau, Haiti, Namíbia, Marrocos e Vietnã, entre outros. Já foram arrecadados quase 4 milhões de dólares para iniciativas em 30 países do mundo todo. Este ano espera-se superar o recorde de arrecadação de 1 milhão de dólares, atingido no jogo do ano passado, na cidade suíça de Basileia.

“O Jogo Contra a Pobreza mostra como atletas, a família da ONU e o mundo dos esportes podem trabalhar juntos para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, construindo um mundo melhor”, afirmou Representante Residente do PNUD no Brasil e Coordenador Residente do Sistema ONU no País, Jorge Chediek. “Precisamos do trabalho de todos contribuindo para a construção de um mundo melhor”, completa Chediek.

Saiba mais sobre os preços dos ingressos e jogadores confirmados para o jogo.


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Relatório do UNFPA destaca benefícios econômicos do planejamento familiar voluntário

November 13, 2012 22:00, by Unknown - 0no comments yet

Relatório do UNFPA destaca benefícios econômicos do planejamento familiar voluntário . (Foto: UNFPA)O acesso ao planejamento familiar, que é um direito humano essencial, produz um retorno sem precedentes para o desenvolvimento econômico. Os custos de ignorar esse direito incluem pobreza, exclusão, problemas de saúde e desigualdade de gênero, de acordo com o novo relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

O Relatório sobre a Situação da População Mundial 2012: Por escolha, não por acaso: Planejamento Familiar, Direitos Humanos e Desenvolvimento será lançado mundialmente neste dia 14 de novembro; o estudo apresenta evidências do impacto econômico positivo do planejamento familiar nas famílias, comunidades e países.

O relatório será lançado em Berlim, Genebra, Haia, Londres, Madri, Paris, Roma, Estocolmo, Tóquio, Washington D.C., e mais de 100 outras capitais ao redor do mundo. Ele estará disponível em português, além das línguas oficiais da ONU (árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol).

Acompanhe a transmissão do lançamento regional do relatório, que acontece em Quito (Equador): http://www.unfpa.org.ec/webcast/swop/

Para informações sobre os dados globais do relatório:

Omar Gharzeddine, +1 212 297 5028, gharzeddine@unfpa.org
Mandy Kibel, +1 212 297 5293, kibel@unfpa.org

Para entrevistas e informações sobre o Brasil:

Ulisses Lacava – (61) 9181.1000, bigaton@unfpa.org
Gabriela Borelli – (61) 3038.9246 ou borelli@unfpa.org

 


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Entidades publicam carta defendendo Marco Civil com neutralidade e sem direito autoral

November 12, 2012 22:00, by Bertoni - 0no comments yet

 

Marco Civil da Internet, que pode voltar ao plenário da Câmara nesta terça-feira (13/11), corre o risco de ser alterado por dois lobbies econômicos poderosos: a indústria autoral e o das empresas de telecomunicações.

O Projeto de Lei (PL 5.403/2001), principal proposta de estabelecimento de direitos civis na internet, tem sofrido pressão da indústria autoral para mudar o artigo 15, que fala sobre a retirada de conteúdos do ar apenas com decisão judicial, inserindo uma exceção para direitos autorais; já as empresas de telecomunicações pressionam para que a regulamentação da neutralidade da rede seja feita pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), visando a seus próprios interesses.

O Idec se uniu a outras entidades para enviar uma carta ao relator do PL, o Deputado federal Alessandro Molon, e aos Ministérios que discutem o tema (Justiça, Comunicações, Cultura, Casa Civil e Secretaria de Relações Institucionais) pedindo que seja mantido o texto anterior, o qual foi construído com participação direta da sociedade. Na carta (que pode ser lida aqui) as entidades reivindicam a maior celeridade possível na aprovação do PL e reforçaram a necessidade de o PL não tratar de direitos autorais, para não criar uma exceção indevida para conteúdos. Também exigiram que a neutralidade da rede seja regulamentada por decreto presidencial.

O artigo 15 do Marco Civil estabelecia que a retirada de conteúdos do ar só poderia ser feita com decisão judicial. No entanto, a última versão do texto apresentada – a que vai para votação nesta terça-feira (13/11) – sofreu uma alteração. Pela texto atual, o projeto prevê uma exceção para a remoção de conteúdos protegidos por direitos autorais, que não precisariam de decisão judicial para serem retirados do ar. Para o Idec, a modificação traz grande insegurança jurídica para a internet e sérios danos aos usuários.

“Essa exceção vai abrir espaço à interpretação de que não é necessária a avaliação judicial para remoção do conteúdo. Isso significa que, com uma simples notificação, esse mecanismo poderia induzir os provedores a excluírem o conteúdo para evitar serem responsabilizados”, explica o advogado do Idec Guilherme Varella. Em outras palavras, mesmo sem haver comprovação de que determinado conteúdo (vídeo, foto, música etc) viola os direitos autorais, uma carta de um suposto titular seria suficiente para que o provedor (site, rede social, portal) o retirasse do ar. Caberia depois ao usuário prejudicado buscar seus direitos na Justiça para reaver seu conteúdo suprimido.

Essa dinâmica própria para os direitos autorais, entretanto, já foi abordada e recusada durante a discussão pública do Marco Civil.

Para Varella, como lei responsável por estabelecer o quadro regulatório geral da internet, o Marco Civil não deve tratar de questões específicas de direitos autorais, tampouco através de um dispositivo complicador como esse. O assunto deve ser discutido na reforma da lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais), conduzida desde 2007 pelo Ministério da Cultura. “É imprescindível suprimir esse novo parágrafo do artigo 15. Se a premissa da remoção de conteúdo apenas com ordem judicial não valer para conteúdos de direitos autorais, a decisão vai acontecer em âmbito privado, nas relações entre os provedores e os titulares empresariais, a partir de notificações privadas. Em suma, estaria sendo institucionalizada uma injusta máquina de notificações e censura prévia, que aliás é inconstitucional, e se invalida a regra geral de retirada apenas com o devido processo legal”, afirma Varella.

Telecomunicações

O segundo ponto que está sendo ameaçado diz respeito ao princípio da neutralidade. A neutralidade é um dos princípios básicos do PL. Ela evitaria que interesses econômicos injustificados se sobrepusessem ao direito de todos se manifestarem e usarem a rede como quiserem. As empresas de telecomunicações pretendem mitigar o princípio da neutralidade para terem lucro com o controle e o gerenciamento do tráfego dos consumidores.

A neutralidade  é a garantia da não discriminação de tráfego na rede, sendo assim, sua importância é indiscutível, a ponto de sua regulamentação ter de se dar pela mais alta instância do Executivo: a Presidência da República. “O instrumento cabível seria um decreto, ouvindo o CGI (Comitê Gestor da Internet), a entidade tecnicamente mais apta a detalhar esse princípio. E era o que previa o texto do Marco Civil até o último texto, do qual o CGI foi excluído, atendendo a um outro lobby das empresas de telecomunicações”, explica o advogado do Idec.

O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, acredita que a melhor opção seria a neutralidade serregulamentada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Esse objetivo, não apenas das empresas de telecomunicações como também do governo, é motivo mais que suficiente para haver um reforço para a regulação acontecer por meio de decreto, tendo essa previsão de estar claramente expressa no próximo texto a ser votado. “Caso isso não ocorra, mais uma vez vencerá a pressão das empresas sobre o interesse público. A mesma pressão que foi contra aos parâmetros de qualidade da internet no Brasil”, diz Varella.

Adiamento

A última reunião da Comissão Especial do Marco Civil da Internet estava marcada para acontecer em 19/9, mas acabou sendo adiada para depois das eleições, porque haviam propostas alternativas ao relatório do deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto de lei, que poderiam trazer retrocessos ao projeto. Vale ressaltar também que a falta de apoio do governo à proposta, em especial ao teor do artigo que trata da neutralidade de rede, foi crucial para o adiamento.

Campanha

campanha de mobilização dos internautas, criada pelo Idec junto a outras entidades civis e ativistas, recebeu mais de duas mil mensagens em apoio à pressão exercida contra deputados pela aprovação imediata do Marco Civil.

Importância da neutralidade

Os defensores da internet livre, como o Idec, reivindicam a neutralidade da rede como princípio claro e indubitável, sem margem para desobediência por parte das empresas. Com uma internet neutra, as operadoras de telecomunicações não poderiam fazer distinção de tráfego para, por exemplo, melhorar a conexão a determinado conteúdo associado a atividades da empresa se o usuário pagasse a mais por esse acesso específico. O objetivo seria manter a rede sem discriminação, igual para todos. Se há diferenças por razões técnicas, ligadas ao funcionamento próprio da redes, elas não podem abrir brechas para discriminações com intuitos comerciais.

O relatório traz a previsão de regulamentação da neutralidade através de Decreto (sob responsabilidade da Presidente da República), sendo ouvido o CGI (Comitê Gestor da Internet). Porém, a opção pelo Decreto fica em xeque com a forte movimentação para que tal competência seja da  Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), ainda que as camadas da internet acima da infraestrutura de redes não estejam na sua esfera de atribuição.

Entenda

Além de seu conteúdo positivo por compatibilizar garantias e responsabilidades na rede, a importância do projeto do Marco Civil da Internet está também no processo pelo qual foi elaborado. Desde sua criação, o texto percorreu um amplo e inédito processo de  participação direta da sociedade, através da realização de diversos seminários e audiências públicas em várias capitais do País. Todas as sugestões recebidas foram consideradas e contribuíram para a consolidação do projeto, alcançando, por fim, um texto moderno, equilibrado e essencial para estabelecer os direitos e deveres no uso da internet no Brasil.

Além disso, várias entidades, movimentos, coletivos e organizações acadêmicas, nacionais e internacionais, enviaram uma Carta Pública aos deputados e deputadas da Comissão,  elencando os motivos para a aprovação imediata doo projeto. O documento foi assinado por 30 entidades nacionais e 18 internacionais.

O pedido é urgente, devido à importância desse projeto de lei para a internet no País, pois o Marco Civil vai estabelecer os princípios, valores, direitos e responsabilidades sobre o uso da rede no País. Por isso, é um projeto de lei essencial para garantir a democracia e a liberdade na web. Ele também determina com clareza o papel do Estado, que deve estabelecer mecanismos transparentes, colaborativos e democráticos para a governança da internet no Brasil.

O Idec acredita que o Marco Civil será essencial não apenas para a regulação democrática da rede no Brasil, mas também como um exemplo positivo para se pensar os direitos e deveres no âmbito internacional. Somente com ele poderemos desenvolver de forma plena todo o potencial humano, social, econômico, tecnológico e cultural da internet.

Fonte: Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor



Carta aberta à Presidenta Dilma Rousseff sobre o Marco Civil da Internet

November 12, 2012 22:00, by Bertoni - 0no comments yet

Por ASL - Associação de Software Livre.Org

Nós, associados da Associação de Software Livre.Org, associação sem fins lucrativos que trabalha pela difusão do Software Livre e de seus princípios, propiciando espaço de discussão, apoio, organização e visibilidade a modelos, sistemas, iniciativas e resultados que promovam o conhecimento compartilhado para o desenvolvimento humano, gostaríamos de manifestar a Vossa Excelência nossa profunda preocupação com novo impasse que está impossibilitando a votação do Marco Civil da Internet (PL 2.126/2011) pelo Congresso Nacional.

Lembramos que o Presidente Lula, ao seu lado, durante a décima edição do Fórum Internacional de Software Livre em 2009 em Porto Alegre, afirmou que em seu governo era “proibido proibir” e que a “Lei Azeredo é censura”, além de determinar publicamente ao então Ministro da Justiça, Tarso Genro, a construção de um marco civil da internet.

O Marco Civil foi construído com ampla participação democrática, de forma aberta, transparente e acessível a todos os interessados através da Internet e de diversas consultas públicas, debates e discussões promovidas no Brasil nos últimos três anos. Esta forma inovadora de se criar colaborativamente uma legislação que explicite os direitos civis na Internet é tão positiva e surpreendente que hoje é acompanhada em diversos países e coloca nosso país na vanguarda mundial sobre o assunto.

Durante todos estes anos de debates, foi notável a ausência de alguns grupos de interesse, acostumados à velha maneira de se fazer política e legislar neste país, à portas fechadas, com base na obscuridade e usando mandatos parlamentares para dar o ar democrático a interesses comerciais.

É com grande perplexidade que vemos agora, às vésperas da votação do Marco Civil no Congresso Nacional, estes grupos se apresentam tentando remover do projeto um ponto fundamental defendido e debatido publicamente nos últimos anos: A Neutralidade da Rede.

Sem Neutralidade de Rede, teremos o caminho aberto no Brasil para que se crie a segregação econômica do acesso à Internet. Teremos a Internet dos ricos e a Internet dos pobres em nosso país, em clara oposição ao caminho da redução das desigualdades sociais pelo qual o seu governo vem de forma brilhante nos conduzindo nos últimos anos.

É inaceitável que um país que trava com imenso sucesso uma guerra contra a desigualdade social seja pioneiro em aprovar que legislação que promova a desigualdade digital.

É através da Internet livre e igualitária que compartilhamos conhecimentos, que trocamos informações e que constituímos redes, coletivos e organizações sociais que têm sido fundamentais para o combate às desigualdades que temos no Brasil de hoje. É através da Internet livre e igualitária que brasileiros e brasileiras têm acesso à informações de diversas fontes, matéria-prima para sua própria formação de opinião, não sendo mais reféns dos velhos xerifes da informação que se debatem em agonia no Brasil. É através da Internet livre e igualitária que nos informamos sobre nossos políticos, que realizamos nossas manifestações politicas e que acompanhamos o trabalho daqueles que nos representam no governo.

Sem a Internet livre e igualitária que temos hoje, o Brasil que conhecemos e que estamos construindo deixará de existir e por isso pedimos a Vossa Excelência que nos auxilie a sensibilizar os envolvidos com o debate do Marco Civil, para que entendam o impacto desta decisão no desenvolvimento de nosso país.

Acreditamos que nem todos os legisladores e políticos são especialistas em Tecnologia da Informação e Comunicação e por este motivo, nós, especialistas em Tecnologia da Informação e Comunicação pedimos a sua intervenção e oferecemos aqui a nossa opinião sobre o tema.



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