Go to the content

Cúpula dos Povos

Full screen Suggest an article

Notícias da ONU

June 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Pacto Global da ONU lança relatório de iniciativas das redes locais

July 19, 2018 18:20, by ONU Brasil
Sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Foto: ONU/Manuel Elias

Sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Foto: ONU/Manuel Elias

O Pacto Global da ONU divulgou nesta semana (18) um documento que compila as ações desenvolvidas pelas redes locais em todo o mundo para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A Rede Brasil foi destaque em sessões sobre estratégias ODS, programas anticorrupção e erradicação do trabalho forçado. A publicação “Acelerando a implementação nacional dos ODS – edição 2018“, já disponível digitalmente em inglês, foi lançada durante as atividades do SDG Business Forum, que ocorreu em paralelo ao Fórum Político de Alto Nível da ONU finalizado nesta quarta-feira (18) em Nova Iorque.

Desde setembro de 2015, a Rede Brasil criou um grupo de trabalho focado na estratégias ODS e adotou uma metodologia própria para implementar o SDG Compass, um guia de implementação dos ODS para empresas. Assim, a iniciativa local ajuda empresas a captar oportunidades de negócios ligados aos objetivos globais.

Essa foi uma das ações apontadas pela publicação, que ressaltou as 20 atividades de capacitação e 400 empresas engajadas em um período de um ano. O Pacto Global da ONU também deu destaque à publicação “Integração dos ODS na Estratégia Empresarial“, com contribuições do Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG) para a Agenda 2030.

Quando reportadas as ações coletivas contra a corrupção e de combate ao trabalho forçado e infantil, a Rede Brasil também foi mencionada. Diante de denúncias de corrupção na construção civil, a iniciativa brasileira identificou uma oportunidade de engajar as quatro maiores companhias do setor em um diálogo para identificar e disseminar boas práticas. O processo resultou na cartilha “Integridade no Setor de Construção – Discutindo Dilemas e Propondo Soluções no Mercado“.

Nas atividades da América Latina para a erradicação do trabalho forçado e infantil, o Brasil foi mencionado como um país cuja rede local coordenou atividades junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT) para conscientizar o empresariado sobre esse crime em suas cadeias de fornecedores e parceiros comerciais.



Violência étnica já deslocou 150 mil pessoas desde abril na RD Congo

July 19, 2018 17:33, by ONU BrasilClique para exibir o slide.

No nordeste da República Democrática do Congo, a região de Tchomia transformou-se no palco de mais uma crise de deslocamento forçado, provocada pela violência étnica. O local fica na rota para Uganda e, por isso, virou caminho para os congoleses que precisaram fugir para o país vizinho. Mas ao decidir voltar para seu território de origem, esses refugiados descobriram que os confrontos continuavam.

Desde abril, cerca de 150 mil congoleses voltaram a Tchomia, na província de Ituri. A jovem Esta, de 18 anos, teve fugir de Nizi, sua aldeia natal. Com o marido e os dois filhos pequenos, passou por Tchomia a caminho de Kondo, em Uganda. Eles retornaram a terras congolesas, mas não puderam regressar para a cidade de Esta.

“Gostaríamos de voltar a Nizi, mas apenas quando a paz for totalmente restaurada”, afirma a ex-refugiada. “Não temos uma casa para onde voltar e também não há como alugar.”

Desde dezembro do ano passado, 350 mil pessoas tiveram de deixar seus lares e comunidades na República Democrática do Congo. “Eu costumava coletar madeira e transformar em carvão para a venda”, conta Pascaline, de 59 anos, que deixou o vilarejo de Dese com seus quatro netos em fevereiro.

“Mas eu não teria coragem de trabalhar no campo agora. As pessoas estão sendo esquartejadas em pedaços.”

Pascaline agora vive num campo de deslocados internos em Bunia, a capital de Ituri. “A vida é difícil aqui em Bunia. Às vezes recebemos apenas metade das porções de alimentos. Eu fico muito doente e as crianças também.”

Pela primeira vez em meses, funcionários da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) puderam visitar algumas das áreas por onde as pessoas estão retornando.

“Nossa equipe ouviu numerosos e angustiantes relatos de violência truculenta, incluindo grupos armados atacando civis com armas, flechas e facões, aldeias inteiras dizimadas, fazendas e lojas sendo saqueadas e permanentemente destruídas”, disse na semana passada (13) o porta-voz do organismo internacional, Charlie Yaxley.

Os profissionais do ACNUR relataram que os desafios humanitários eram enormes. Hospitais, escolas e outras infraestruturas tinham sido destruídas. Outra preocupação é o número de crianças que sofrem de desnutrição aguda grave e que necessitam de cuidados médicos urgentes.

Betso, de 70 anos, também vive num dos abrigados improvisados ​​de Bunia com sua esposa e sete filhos. “Há oito de nós espremidos nesta pequena tenda”, conta.

“Estamos dormindo no chão porque não temos colchões. Fica tão frio à noite. Nós não sabemos onde colocar nossos filhos, eles só podem dormir em um pedaço de tecido na tenda. Eu gostaria de voltar, mas onde iríamos morar? Nós literalmente não teríamos teto sobre nossas cabeças. E comer o quê? Não temos mais acesso aos campos. Eu costumava vender óleo no mercado, mas minha loja foi saqueada.”

O ACNUR está fornecendo abrigos de emergência para substituir casas que foram danificadas ou destruídas, mas a falta de fundos dificulta o fornecimento de assistência. A operação da agência recebeu apenas 17% dos 201 milhões de dólares solicitados à comunidade internacional para ajudar a República Democrática do Congo.

“Estou apenas esperando um sinal positivo para retornar”, completa Pascaline. “Eles estão registrando as famílias interessadas em retornar e pode ser que recebamos assistência.”



CEPAL e Valor Econômico promovem concurso de ensaios sobre crescimento com igualdade no Brasil

July 19, 2018 17:19, by ONU Brasil
Contraste entre as desigualdades no município do Rio de Janeiro. Foto: Luiz Gonçalves Martins - ODS 10

Contraste entre as desigualdades no município do Rio de Janeiro. Foto: Luiz Gonçalves Martins – ODS 10

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e o jornal Valor Econômico convidam autores e autoras a participar de um concurso de ensaios sobre o tema “o futuro do crescimento com igualdade no Brasil”. A iniciativa ocorre em função do aniversário de 70 anos do organismo regional das Nações Unidas.

O concurso é aberto a distintas disciplinas e profissões. Devem ser apresentados breves textos originais que tragam uma contribuição ao debate brasileiro sobre o futuro do crescimento econômico acompanhado de redução de desigualdades.

Como prêmio, os vencedores do concurso terão os ensaios publicados pelo Valor Econômico e, eventualmente, pela CEPAL. Os autores são estimulados a se inspirar nas contribuições da CEPAL sobre o tema.

Os ensaios devem ter um mínimo de 15 mil e um máximo de 20 mil caracteres com espaços (com notas de rodapé e bibliografia incluídas), em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento de linha simples, referências em formato APA, arquivo em Word. Somente ensaios escritos em português serão aceitos.

O prazo final para a submissão dos ensaios é 31 de agosto, às 23h59 de Brasília.

Os ensaios devem ser enviados por e-mail para CEPAL.brasilia@cepal.org, em formato Word, indicando no título do e-mail “Concurso 70 CEPAL-VALOR”; e incluindo no corpo da mensagem nome completo do autor ou autora, idade, informações de contato e um breve currículo.

Clique aqui para consultar as regras detalhadas do concurso.



ARTIGO: Aumentar resiliência de sociedades latino-americanas e caribenhas é chave para Agenda 2030

July 19, 2018 16:35, by ONU Brasil
Mudanças climáticas vão agravar secas e prejudicar produção de alimentos no Caribe, segundo a FAO. Foto: FAO

Mudanças climáticas vão agravar secas e prejudicar produção de alimentos no Caribe, segundo a FAO. Foto: FAO

Por Alicia Bárcena*

O Fórum Político de Alto Nível que aconteceu na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, até quarta-feira (18), convidou os países-membros a apresentarem seus avanços na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada em 2015, e trocar experiências na construção de sociedades mais resilientes.

Com esse objetivo, o fórum deste ano se concentra principalmente em cinco dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), cuja implementação contribui para fortalecer a resiliência econômica, social e ambiental.

Avançar rumo a sociedades mais resilientes é um desafio ainda maior para nossa região devido ao seu alto grau de vulnerabilidade diante dos desastres naturais, particularmente na América Central e no Caribe, cuja vulnerabilidade a esses eventos aumenta como consequência da mudança climática.

Entre 1990 e 2017, foram registrados 345 desastres vinculados ao clima nos pequenos Estados insulares do Caribe, e seu impacto representa uma carga adicional para essas nações que, devido a seu tamanho, não podem aproveitar economias de escala.

Da mesma forma, esses países são caracterizados por altos níveis de endividamento, que limitaram a dotação orçamentária para prevenção, mitigação e reconstrução pós-desastre em detrimento de investimentos em outros setores-chave para o desenvolvimento sustentável.

Por isso, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), no marco de sua estratégia “Caribe Primeiro”, destacou o atual contexto de crise ambiental e vulnerabilidade financeira como uma oportunidade para criar um mecanismo de alívio da dívida multilateral dos países do Caribe. A finalidade seria liberar recursos para a criação de um fundo para investimentos de adaptação e mitigação climáticas de baixo carbono.

Em toda a região, a capacidade de dar resposta aos desafios climáticos e ambientais encontra-se enfraquecida pela persistência da desigualdade em suas diferentes dimensões, cujos efeitos pioraram devido à mudança climática.

Esse fenômeno implica uma dupla desigualdade: os grupos de maiores rendas são os principais emissores de gases de efeito estufa — ao ser os maiores consumidores de combustíveis fósseis —, enquanto os mais pobres são os mais vulneráveis a seus efeitos, dada a sua menor capacidade de mitigação e adaptação.

A redução da desigualdade em termos de renda observada na primeira década deste século foi freada nos últimos anos, e a lacuna continua sendo uma das mais elevadas: na escala regional, a renda do quintil mais rico representa em torno de 45% da renda dos domicílios, enquanto que a renda média do quintil mais pobre alcança apenas 6% da renda total.

Na América Latina e no Caribe, dado o alto nível de urbanização que, segundo os dados das Nações Unidas, alcançará 83,6% em 2030, as cidades emergem como um dos espaços estratégicos e prioritários nos esforços para fomentar o desenvolvimento sustentável e resiliente com a contribuição de vários atores.

No âmbito mundial, as cidades concentram uma porcentagem cada vez maior da população e são responsáveis pela maior parte do consumo energético e pelas emissões de gases de efeito estufa.

A transição energética para uma maior participação de fontes renováveis e limpas representa uma oportunidade prioritária não somente para a sustentabilidade urbana, mas para impulsionar o crescimento de setores produtivos com a incorporação de progresso tecnológico.

Mudar a matriz energética da mobilidade na estratégia energética das cidades e assegurar sua acessibilidade é a chave para investimentos sustentáveis, e pode ser uma importante contribuição para o cumprimento do Acordo de Paris para o clima e para a Agenda 2030.

A segunda reunião do Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada em abril deste ano na sede da CEPAL em Santiago, Chile, foi uma oportunidade para debater e trocar experiências sobre os temas prioritários para a cooperação e investimentos sustentáveis e envolver vários atores na implementação das agendas globais de sustentabilidade.

Acabar com as várias formas de desigualdade nas cidades e territórios é uma condição fundamental para alcançar um desenvolvimento sustentável e resiliente na região. A estratégia deve ser sustentada com mecanismos de governança mais harmônicos entre diferentes níveis de governo e o fortalecimento de seu financiamiento.

Esses desafios exigem uma conversa renovada entre Estado, mercado e sociedade e um aumento na capacidade de formar coalizões e fortalecer instituições para o fomento de políticas sustentáveis e promotoras de resiliência em escala mundial, regional, nacional e local.

*secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL)



ONU elogia acordo que põe fim a impasse envolvendo embarcação de migrantes no Mediterrâneo

July 19, 2018 16:07, by ONU Brasil
Requerentes de refúgio e migrantes em embarcação próximo à costa da Líbia em novembro de 2016. Foto: ACNUR/Giuseppe Carotenuto

Requerentes de refúgio e migrantes em embarcação próximo à costa da Líbia em novembro de 2016. Foto: ACNUR/Giuseppe Carotenuto

O chefe da agência da ONU para refugiados, Filippo Grandi, acolheu de forma cautelosa nesta quinta-feira (19) a decisão de diversos países da União Europeia de receber cerca de 450 migrantes que estavam em uma embarcação no Mar Mediterrâneo há dias, alertando, no entanto, que acordos “navio por navio” não são sustentáveis.

As declarações foram feitas depois de França, Alemanha, Itália, Malta, Espanha e Portugal colocarem fim a um impasse envolvendo o desembarque dos migrantes — que partiram da Líbia —, concordando em recebê-los e processar quaisquer pedidos de refúgio.

Os comentários do alto-comissário da ONU também foram feitos após o resgate dos migrantes perto da costa italiana. Eles foram resgatados por dois navios; um operado pela Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex) e outro pela polícia italiana.

Em comunicado, o chefe do ACNUR observou que, em uma cúpula da UE em junho, alguns Estados-membros concordaram com uma abordagem mais colaborativa e bem administrada para lidar com pessoas resgatadas no mar.

Ele também afirmou que, enquanto os Estados “têm obrigações de salvar vidas” sob a lei internacional, os resgatados no mar não têm “o direito irrestrito” de escolher seu destino final.

“Esperamos que esses acordos sejam implementados de forma rápida e eficaz”, disse ele. “Além de encerrar uma provação para esses indivíduos, dão um exemplo positivo de como os países podem apoiar o resgate marítimo e gerenciar as fronteiras, ao mesmo tempo em que cumprem as obrigações internacionais de refúgio”.

Observando serem necessárias soluções para além de “arranjos parcelados de navio em navio”, Grandi alertou que “vidas estarão em risco a cada nova tentativa de viagem de barco”.

Ele alertou que os acordos da UE para gerenciar o resgate, desembarque e acompanhamento dos migrantes estão longe de ser adequados. Muito pouco está sendo feito para lidar com o desespero que leva pessoas a fugir pelo mar em barcos perigosos, insistiu Grandi.

Desde o início do ano, 50.872 migrantes e refugiados entraram na Europa atravessando o Mar Mediterrâneo. Isso se compara a 109.746 no mesmo período do ano passado e a 241.859 em meados de 2016, de acordo com Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Embora um número um pouco menor de pessoas tenha arriscado a vida viajando do norte da África para Itália do que para a Espanha, esta continua sendo a rota marítima mais mortal da região, com 1.104 mortes até o momento este ano.

Esse número é quase quatro vezes o número de afogamentos que a rota espanhola registrou desde 1º de janeiro, apesar do número total de chegadas ser parecido nos dois países, em torno de 18 mil.



Rio+20 ao vivo!