ONU anuncia 35 finalistas de concurso para jovens empreendedores e ambientalistas
12 de Junho de 2018, 16:28
ONU Meio Ambiente divulgou lista com os 35 finalistas do prêmio Jovens Campeões da Terra. Foto: ONU Meio Ambiente
A ONU Meio Ambiente anunciou nesta terça-feira (12) os 35 finalistas do concurso que escolherá os sete Jovens Campeões da Terra de 2018. Competição recebeu 760 inscrições de ideias para resolver problemas ambientais urgentes e promover o desenvolvimento sustentável. Empreendedores estão divididos por seis regiões e receberão votos dos internautas até 25 de junho. Decisão do público será levada em conta pelo time de jurados internacionais que definirá os vencedores.
Os novos campeões receberão não apenas o título das Nações Unidas, como também 15 mil dólares em financiamento, mentorias de líderes da indústria e acesso a uma ampla rede de influenciadores. Os finalistas foram escolhidos pelo grau de inovação de seus projetos e pela possibilidade de adaptação e ampliação dos empreendimentos.
Entre as propostas, estão fazendas — ou berçários — de corais que são cultivados fora d’água e podem substituir os recifes que estão morrendo. Também foi apresentado um plano para a criação de insetos que são ricos em gordura e podem ser usados na produção de biocombustível, substituindo o óleo de palma.
Outras iniciativas incluem o uso de jogos de tabuleiro, plataformas digitais e de música para educar a população sobre questões ambientais. As ideias abordam ainda o reaproveitamento e a reciclagem do lixo plástico e a criação de sistemas integrados para detectar precocemente incêndios florestais.
“O prêmio Jovens Campeões da Terra está destacando exatamente o quão criativos, dedicados e motivados os jovens podem ser quando se trata do futuro do nosso meio ambiente”, disse o chefe da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim.
“Esses finalistas regionais são uma inspiração para todos nós. Esse trabalho duro e o otimismo são um caminho poderoso para alcançar uma meta, mesmo uma tão ambiciosa quanto um mundo sustentável para todos.”
Todas as inscrições na competição foram analisadas por uma equipe global de 20 profissionais da agência das Nações Unidas e representantes da CoalitionWILD. A premiação também tem o apoio da fabricante de polímeros Covestro.
“Como uma das contribuidoras líderes no mundo para (a produção de) materiais para o desenvolvimento sustentável, estamos honrados em ser parceiros da ONU Meio Ambiente para inspirar e motivar os jovens em todo o mundo para contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, afirmou o CEO da da empresa Markus Steilemann.
Qualquer internauta pode conhecer e votar nos finalistas que representam diferentes regiões do planeta. A votação se encerra às 10h (horário de Brasília) de 25 de junho. Participe e escolha seu favorito clicando aqui.
Conheça os finalistas da América Latina e Caribe clicando aqui.
ONU e ANVISA promovem reunião em Brasília sobre novas substâncias psicoativas
12 de Junho de 2018, 15:08
Conhecidas como “drogas legais”, as NSP são desenvolvidas para imitar os efeitos de drogas como maconha, cocaína e ecstasy, a partir de várias substâncias químicas, parte delas ilegal. Foto: UNODC
Novas substâncias psicoativas (NSP) representam um desafio à saúde pública, à ciência forense e à aplicação das leis. Alertar sobre essas substâncias e impulsionar a colaboração são ações fundamentais para mitigar os danos associados ao uso dessas substâncias.
Conhecidas como “drogas legais”, as NSP são desenvolvidas para imitar os efeitos de drogas como maconha, cocaína e ecstasy, a partir de várias substâncias químicas, parte delas ilegal.
Nesse contexto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) recentemente recebeu uma reunião de três dias em Brasília (DF), em coordenação com o laboratório e seção científica (LSS, na sigla em inglês) do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
O evento teve a presença de 70 participantes nacionais, regionais e internacionais com experiência em ciência forense, saúde pública e aplicação da lei. Os participantes discutiram, entre outros temas, tendências das novas substâncias psicoativas, detenção e identificação dessas substâncias, sistemas de alerta precoce e abordagens legais.
“Lidar com o crescente número de substâncias é um desafio para os sistemas de saúde e oficiais de aplicação da lei. Os governos do Ocidente estão buscando novas ferramentas e embarcando em abordagens inovadoras, incluindo sistemas de aleta precoce e novas abordagens legislativas”, disse Rafael Franzini, representante do UNODC no Brasil.
Fernanda Rebelo, da ANVISA, enfatizou que a agência renovou seu compromisso de fortalecer o trabalho com o UNODC e impulsionar a continuidade das discussões relacionadas às novas substâncias psicoativas, com o objetivo de proteger a saúde pública. Ela descreveu os esforços conjuntos entre ANVISA e Polícia Federal como dinâmicos, lembrando que este corresponde ao ritmo rápido das substâncias emergentes do crescimento do crime.
Brasil ocupa 51ª posição em ranking de consultoria sobre aceitação de estrangeiros
12 de Junho de 2018, 15:03
Refugiados residentes em São Paulo. Foto: ACNUR / L. Leite
O Brasil ocupa a 51ª posição no ranking de 139 países da consultoria Gallup, que calculou entre suas populações um índice de aceitação de estrangeiros. Numa escala de 0 a 9, em que a pontuação mais alta equivale a taxas maiores de receptividade, os brasileiros marcaram 6,38, número acima da média global (5,29). Dados da instituição foram divulgados neste mês pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Para chegar a um número capaz de medir atitudes positivas em relação a pessoas de outros países, a Gallup chamou entrevistados que deviam responder se achavam bom ou ruim três situações: migrantes vivendo no país; um migrante se tornando seu vizinho; e um migrante se casando com um dos seus parentes. Amostragem foi realizada em 2016 e 2017 e divulgada no início de junho.
No Brasil, 53,6% dos participantes do levantamento disseram que todos os três cenários são fatos positivos. Na Islândia, o país mais acolhedor do ranking, esse índice chegava a 85,7%. Outros 10,7% dos brasileiros afirmaram que as três possibilidades são ruins, enquanto entre os islandeses, a proporção caía para 2,3%. Quase 6% dos brasileiros responderam às três perguntas “depende” ou “não sei”.
As duas nações estão entre os 77 países acima da média global. Em todo o mundo, apenas 36,8% de todos os entrevistados consideraram as três situações como positivas. Em torno de 13% acreditam que as três hipóteses são “algo ruim”, e 16,2% responderam a todas as conjunturas com “depende” ou “não sei”.
Brasil: país mais receptivo?
No ranking da Gallup, o Brasil ficou na frente de países como Rússia, Grécia, Israel e Polônia, todos com índices de aceitação abaixo dos 3,5. O país com o pior nível de receptividade é a Macedônia (1,47), onde apenas 2,8% dos entrevistados avaliaram como inteiramente bom o conjunto de três cenários envolvendo a chegada de estrangeiros. Pouco mais de 58% concluíram que as três situações são ruins.
Mas o país sul-americano está atrás dos Estados Unidos, Espanha, Canadá e Austrália — com índices superiores a 7,4 — e também do Reino Unido, Portugal, Alemanha, Itália, França e a vizinha Argentina.
Uma das razões que pode explicar o desempenho do Brasil é o convívio com migrantes, fator associado pela Gallup a índices mais altos de receptividade. Atualmente, estrangeiros representam apenas 0,9% da população vivendo no país. Dos brasileiros entrevistados, 38,5% disseram já ter conhecido um migrante. Ambas as taxas são bem menores que as encontradas na Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos e Itália, onde pelo menos 70% dos habitantes conhecem pessoas de outros países e no mínimo 8% da população é migrante.
Acesse a pesquisa da Gallup clicando aqui.
Em 2015, a Gallup perguntou a entrevistados se eles acreditavam que o lugar onde moravam era acolhedor para estrangeiros. Entre os brasileiros, 66,8% afirmaram que sim. A mesma percepção foi avaliada como mais popular entre os argentinos (71,4%), franceses (74,3%), estadunidenses (76,4%) , espanhóis (84,2%) e canadenses (85,5%). Já no México, Bolívia e Venezuela, a porcentagem foi bem menor — 49,6%, 57,2% e 43,6%.
A OIM divulgou algumas das descobertas da Gallup e incorporou estatísticas na sua plataforma online e gratuita Migration Data Portal. Para saber mais sobre os fenômenos migratórios, opinião pública, políticas e percepções sobre integração, acesse o portal clicando aqui.
Guatemala: mais de 650 mil jovens vivem em áreas afetadas por vulcão
12 de Junho de 2018, 12:21
UNICEF recolhe doações para apoiar criança, adolescentes e suas famílias em crise na Guatemala causada pelo Vulcão de Fogo. Imagem: UNICEF
Na Guatemala, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e parceiros estão dando assistência aos mais de 650 mil crianças e adolescentes que vivem em áreas afetadas pelas erupções do Vulcão de Fogo. De acordo com a agência da ONU, mais de 12 mil pessoas já foram evacuadas até agora. Cerca de 3,7 mil indivíduos, incluindo centenas de menores de idade, foram levados para abrigos de emergência.
“Durante emergências como esta, as crianças podem perder o acesso a alimentação e nutrição adequadas, cuidados de saúde, proteção, água potável e saneamento”, explicou o representante do organismo internacional na Guatemala, Carlos Carrera.
“É imperativo garantir que as crianças afetadas, incluindo as que agora vivem em abrigos, permaneçam saudáveis e protegidas de doenças e violência.”
Com o governo e instituições parceiras, as equipes do UNICEF conduziram uma avaliação sobre a conjuntura no país para determinar as necessidades urgentes das crianças, dos adolescentes e suas famílias. As ações que estão ou serão desenvolvidas para responder à crise incluem:
- Fornecer apoio psicossocial às crianças e aos adolescentes afetados e suas famílias;
- Apoiar o reagrupamento familiar para meninas e meninos separados;
- Garantir a proteção das crianças e dos adolescentes nos abrigos;
- Fornecer água, higiene e saneamento adequados;
- Estabelecer espaços acolhedores para crianças;
- Apoiar uma nutrição adequada para as crianças, enfatizando os benefícios da amamentação para os bebês;
- Garantir a educação e o retorno à escola o mais rápido possível.
Brasileiros também podem ajudar o UNICEF em suas inciativas. Para fazer uma doação, clique aqui.
ONU diz que cúpula entre Trump e Kim Jong-un foi avanço rumo à ‘paz sustentável’
12 de Junho de 2018, 12:01
Bandeiras da Coreia do Norte. Foto: (stephan)/Flickr/CC
O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou a realização reunião entre os líderes da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça-feira (12) em Cingapura, de acordo com comunicado emitido por seu porta-voz.
Guterres considerou a cúpula “um importante marco no avanço da paz sustentável e da completa e verificável desnuclearização da Península Coreana”.
O secretário-geral da ONU lembrou em cartas enviadas aos dois líderes, antes da cúpula, que o caminho à frente requer cooperação, compromisso e uma causa comum.
“A implementação dos acordos anteriores e do alcançado hoje, de acordo com as resoluções relevantes do Conselho de Segurança, exigirá paciência e apoio da comunidade global”, declarou.
O secretário-geral da ONU pediu que todas as partes envolvidas aproveitem essa oportunidade importante, e reiterou sua disposição de apoiar plenamente o processo em andamento.