Go to the content

Cúpula dos Povos

Full screen Suggest an article

Notícias da ONU

Giugno 11, 2012 21:00 , by Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Notícias do Site Oficial da ONU. http://www.onu.org.br/tema/rio20/

Audiência pública em Manaus discute desafios para prevenção e tratamento do HIV

Giugno 21, 2018 17:01, by ONU Brasil
Testatem de HIV. Foto: Marcelo Camargo/ABr

Testatem de HIV. Foto: Marcelo Camargo/ABr

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) promoveu nesta quinta-feira (21) em Manaus (AM) a audiência pública “Os desafios no tratamento e prevenção do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) no Amazonas”.

O evento foi uma iniciativa da agência das Nações Unidas, por meio do Projeto Viva Melhor Sabendo Jovem Manaus, e da Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento e Defesa dos Direitos da Pessoa com IST/HIV/AIDS e Tuberculose (FRENDHAT).

O objetivo é promover uma ampla discussão entre os diversos atores da sociedade manauara, diante da “juvenização” da epidemia do HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis e da mortalidade por Aids no estado.

A audiência é parte da Plataforma dos Centros Urbanos, ação desenvolvida pelo UNICEF e a Prefeitura de Manaus para promover os direitos das crianças e dos adolescentes mais afetados pelas desigualdades intramunicipais.

Para o presidente da FRENDHAT, deputado Luiz Castro (Rede), é preciso retratar o cenário epidemiológico a partir dos indicadores, com recorte para as populações-chave, como jovens, gays, homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e transexuais, e conseguir não só conhecer, mas também definir de forma coordenada as estratégias de enfrentamento ao HIV/Aids, outras ISTs e hepatites virais que estão sendo desenvolvidas em Manaus (AM).

Como parte do evento, também se busca divulgar o Viva Melhor Sabendo Jovem, projeto que tem uma proposta de ação com a população mais jovem visando acelerar a resposta ao crescimento da epidemia e garantir espaço e voz aos adolescentes e jovens como protagonistas na construção coletiva, promovendo o trabalho de educação entre pares.

Participam do evento o deputado Luiz Castro, presidente Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento e Defesa dos Direitos da Pessoa com IST/HIV/AIDS e Tuberculose; Bruno Cortez, da Rede Estadual de Adolescentes e Jovens Vivendo e Convivendo com HIV/Aids do Amazonas; e Efraim Lisboa, coordenador do Viva Melhor Sabendo Jovem Manaus; Gabriel Mota, do Coletivo Manifesta LGBT+; Joyce Alves, da Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Estado do Amazonas (ASSOTRAM).

Outros participantes foram Luiza Teixeira, chefe do escritório do UNICEF em Manaus; Marcelo Magaldi Alves, secretário municipal de Saúde (SEMSA); Francisco Deodato Guimarães, secretário de Estado de Saúde (SUSAM); além de representantes da Secretaria Estadual de Justiça Direitos Humanos e Cidadania (SEJUSC), Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (SEDUC), Secretaria Municipal de Educação, Defensoria Pública e outras autoridades.

Durante a audiência, foram apresentadas diversas experiências de enfrentamento à epidemia de HIV/Aids pelo Fórum de ONG/Aids do Amazonas, por meio das seguintes organizações e articulações: Rede Estadual de Adolescentes e Jovens Vivendo e Convivendo com HIV/Aids do Amazonas; Aids Healthcare Fundation – AHF Brasil; Rede de Amizade e Solidariedade às Pessoas Vivendo com HIV; Fórum Permanente de Saúde; Manifesta LGBT+; e Assotram.

Sobre a epidemia de HIV/aids e outras ISTs

Os dados apresentados pelo UNICEF na 21ª Conferência Internacional sobre Aids (AIDS 2016) mostraram que, em 2015, a cada hora, 29 adolescentes entre 15 e 19 anos foram infectados por HIV e, por dia, mais de 100 morreram em decorrência da Aids, que continua sendo a segunda causa de morte entre jovens na faixa etária de 10 a 19 anos no mundo.

No Brasil, os dados epidemiológicos apresentados pelo Ministério da Saúde (MS) em 2017 mostraram que, num período de dez anos, as taxas de detecção de HIV aumentaram significativamente entre adolescentes (15 a 19 anos).

Os números mais que triplicaram, saltando de 2,4 casos em 2006 para 6,7 casos por 100 mil habitantes em 2016. Na faixa etária de 20 a 24 anos, os casos passaram de 16 em 2006 para 33,9 casos por 100 mil habitantes em 2016.

O Amazonas aparece em terceiro lugar no ranking dos estados brasileiros com uma das maiores taxas de detecção de HIV do Brasil (30,0). Manaus ocupa a 4ª posição na lista das capitais brasileiras com os maiores números de taxa de detecção de HIV do país (50) na população em geral, sendo que a maior incidência ocorre na população de gays, HSH, travestis e transexuais.

Entre as capitais brasileiras, Manaus é a que apresenta a maior taxa de detecção em jovens com idade entre 15 a 24 anos (58,6). Em um período de dez anos, a taxa de detecção de HIV na população jovem com idade entre 15 a 24 anos em Manaus passou de 27,5, em 2006, para 56,6 casos por 100 habitantes, em 2016.

No Amazonas, existem 16.452 mil casos de HIV/Aids registrados, grande parte concentrada na capital. Dos 3.138 casos em jovens de 15 a 24 anos no estado, 86% das ocorrências foram registradas em Manaus.

Mesmo que a mortalidade em decorrência da Aids tenha caído no Brasil (-42%), o índice de mortalidade no Amazonas (8,7) ultrapassa a média nacional (5,2). Apresenta tendência de aumento, principalmente, nas taxas de mortalidade de jovens com idade entre 15 a 24 anos, seguindo o padrão de infecção em nível nacional.

Os jovens de 18 a 24 anos ainda são o grupo mais vulnerável no tratamento: entre os jovens nessa faixa etária, apenas 57% estão em tratamento.

“Tenho algumas hipóteses para tantos jovens não estarem em tratamento. O serviço de saúde não está preparado para uma atenção específica aos jovens”, afirmou Adele Schwartz Benzaken, diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, Aids e das Hepatites Virais, do Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS).

“Talvez nos últimos anos tenhamos perdido a forma de nos comunicar com eles. Outra hipótese é a da negação psicológica da condição sorológica.”

A Plataforma dos Centros Urbanos 2017-2020 é uma iniciativa do UNICEF para promover os direitos das crianças e dos adolescentes mais afetados pelas desigualdades intramunicipais em dez centros urbanos brasileiros.

A iniciativa é realizada em cooperação com os governos municipais e estaduais, por meio da articulação de diferentes atores em torno de quatro agendas prioritárias comuns.

Nos próximos anos, a plataforma vai articular esforços para reduzir os homicídios de adolescentes; superar a exclusão escolar; promover os direitos da primeira infância (0-6 anos); e promover os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes.

A iniciativa está em seu terceiro ciclo, chegando agora a dez capitais (Belém, Fortaleza, Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória).

O Projeto Viva Melhor Sabendo Jovem promove o enfrentamento à epidemia e o diagnóstico precoce de HIV e das infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis e hepatites, entre adolescentes e jovens com idade de 15 a 24 anos. Também estimula esses grupos a realizar a testagem e a adesão ao tratamento do HIV/Aids e promove a educação entre pares.

Realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (SEMSA) — por meio do Núcleo Municipal de DST/HIV/Aids e Hepatites Virais — e pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SUSAM) — por meio da Coordenação Estadual de DST/HIV/Aids e Hepatites Virais —, a inciativa conta com o apoio do UNICEF.

A articulação envolve instituições como Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (SEJUSC), Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) e rede de jovens como a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo e Convivendo com HIV/Aids núcleo Amazonas, por meio da Rede de Amizade e Solidariedade às Pessoas que Vivem com HIV/Aids.

A ação é uma resposta ao compromisso firmado por prefeituras do mundo todo com a Declaração de Paris. Essa Declaração foi primeiramente assinada pela prefeitura de Paris em 1º de dezembro de 2014, Dia Mundial da Aids, e tem por objetivo o compromisso para que cidades do mundo inteiro acelerem ações e respostas a essa epidemia.

A meta é, até 2020, todos os governos signatários conseguirem fazer com que 90% das pessoas vivendo com HIV saibam que têm o vírus; 90% das pessoas que sabem que têm o HIV estejam recebendo tratamento antirretroviral; e destas, 90% em tratamento antirretroviral tendo carga viral indetectável.



Brasileiros são nomeados para conselho do Pacto Global, iniciativa empresarial da ONU

Giugno 21, 2018 16:50, by ONU Brasil
Secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, Carlo Pereira, um dos dois brasileiros nomeados para o conselho global da iniciativa. O outro é o fundador e copresidente do Conselho de Administração da empresa brasileira Natura, Guilherme Peirão Leal. Foto: Rede Brasil do Pacto Global

Secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, Carlo Pereira, um dos dois brasileiros nomeados para o conselho global da iniciativa. O outro é o fundador e copresidente do Conselho de Administração da empresa brasileira Natura, Guilherme Peirão Leal. Foto: Rede Brasil do Pacto Global

Foram anunciados nesta quarta-feira (20), em Nova Iorque, os novos membros do conselho do Pacto Global da ONU, instância máxima responsável por definir as estratégias e políticas da iniciativa empresarial das Nações Unidas.

Entre eles estão o secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, Carlo Pereira, e o fundador e copresidente do Conselho de Administração da empresa brasileira Natura, Guilherme Peirão Leal.

Os membros do conselho são indicados pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Sete novos membros foram indicados junto aos remanescentes e aos previamente anunciados vice-presidentes Bola Adesola e Paul Polman. O secretário-geral continuará em seu atual cargo como presidente do conselho.

“Estamos satisfeitos em anunciar o novo conselho do Pacto Global das Nações Unidas, liderado pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, com Bola Adesola e Paul Polman nos cargos de vice-presidentes”, disse Lise Kingo, CEO e diretora-executiva do Pacto Global da ONU.

“Esse novo conselho é o mais diverso e eficiente que o Pacto Global da ONU já teve, com membros representando negócios por todo o mundo junto à sociedade civil e outros atores. Juntos, eles irão ajudar a guiar a direção estratégica do Pacto Global da ONU, enquanto trabalhamos para mobilizar um movimento global de empresas e instituições sustentáveis para criar o mundo que queremos. Eu espero ansiosamente para trabalhar com cada membro de nosso conselho pelos próximos anos.”

O conselho do Pacto Global da ONU tem um papel importante na definição das estratégias e políticas da iniciativa, que atuam como o modelo de negócios sustentáveis das Nações Unidas. Proposto como um órgão de diferentes atores, o conselho fornece assessoria estratégica e diplomática para a inciativa.

Os membros do conselho são considerados aptos e dispostos a dar continuidade à missão do Pacto Global da ONU. Eles atuam em competência pessoal, honorária e não remunerada.

À medida que se aproxima o terceiro aniversário da adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o conselho do Pacto Global da ONU será estratégico em ajudar a trazer o mundo dos negócios para a mesa, em suporte à Agenda 2030.

Para acessar a nova composição, clique aqui.



Com apoio do UNICEF, Amazônia se mobiliza para debater direitos de crianças e adolescentes

Giugno 21, 2018 16:07, by ONU Brasil
Crianças brincam no cais de Santarém, na Amazônia. Foto: Maicon Bruno/Flickr/CC

Crianças brincam no cais de Santarém, na Amazônia. Foto: Maicon Bruno/Flickr/CC

Até 31 de julho, 639 municípios da Amazônia terão realizado o 1º Fórum Comunitário. Esse evento é uma etapa obrigatória do Selo UNICEF, que se encontra em sua 3ª edição (2017-2020) e oferece oportunidade à população local para contribuir com discussões sobre os direitos de crianças e adolescentes.

Desde março deste ano, os municípios da região estão organizando e realizando essa etapa.

O 1º Fórum Comunitário é o espaço para garantir que a população seja ouvida antes e durante a elaboração das políticas públicas para as crianças e os adolescentes. No contexto do Selo UNICEF, é uma atividade obrigatória para os municípios que aderiram ao projeto.

Mais de 5 mil moradores de 37 municípios – incluindo adolescentes e pessoas com deficiência, da área urbana ou rural, membros de comunidades tradicionais como indígenas, quilombolas, ribeirinhos e também de assentamentos – participaram dos eventos realizados até o último dia 12 de junho.

Cerca de 15 mil crianças e adolescentes estiveram no Fórum. Para o adolescente Gabriel Ferreira, 16 anos, a participação no 1º Fórum Comunitário de Marituba (PA) foi uma oportunidade para ser ouvido. “Este é o primeiro evento de que participo e eventos como este são importantes para que a juventude possa dizer como nós podemos reduzir o envolvimento com a criminalidade e o extermínio dos jovens”, explica.

Ele, junto a outros participantes, foi envolvido na metodologia do Selo que prevê a discussão de 11 temas essenciais na certificação: registro civil; evasão escolar; programas, serviços e benefícios sociais para as famílias vulneráveis; alimentação infantil; gravidez na adolescência; pré-natal; óbito materno; qualidade da educação; direito à vida; violência contra a criança e o adolescente; e protagonismo juvenil.

.@olazaroramos tem uma mensagem sobre o 1º Fórum Comunitário. #SeloUNICEF pic.twitter.com/RP5w7qmFwW

— UNICEF Brasil (@unicefbrasil) 21 de junho de 2018

Alguns fóruns também discutirão saneamento básico e água e como esses temas poderão ser relacionados à melhoria de vida de crianças e adolescentes.

As conversas são baseadas no diagnóstico elaborado a partir de indicadores enviados pelo UNICEF e de informações do município.

“Nós temos que fazer um trabalho sempre baseado em políticas públicas que vão ter resultados a curto, médio e longo prazo. E essa parceria com o Selo UNICEF vem nos ajudar a olhar os indicadores, observar os desafios e superá-los. A gestão tem que trabalhar em cima de indicadores, porque não basta trabalhar por trabalhar. Temos que atuar com atenção aos problemas, e isso vai nortear o nosso trabalho, e vai gerar resultados que vão melhorar a condição de vida no nosso município”, esclarece o prefeito de Santarém (PA), Nelio Aguiar.

Durante as discussões nos fóruns, a população reflete e debate como esses problemas apresentados nos indicadores ocorrem na cidade e sugere meios para a melhoria na gestão pública focada nos direitos de meninos e meninas. Mais de 400 municípios confirmaram a realização do 1º Fórum Comunitário. A previsão é de que 50 mil pessoas sejam envolvidas nesses eventos.

Os debates proporcionarão a criação do Plano de Ação, que cada município deverá pôr em prática até 2020. Esse documento conterá as estratégias necessárias para que a gestão pública consiga ampliar o acesso aos direitos e melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à criança e ao adolescente.

“Durante o evento, ao perceber a interação das diversas secretarias municipais, juntamente com a participação de jovens, buscando melhorias nas políticas públicas para eles e para crianças do município, ficamos motivados, pois percebemos que é possível a mudança na política pública”, declara a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Rorainópolis (RR), Edjane Rego.

Participação Cidadã

Ocorrerão dois Fóruns ao longo do Selo UNICEF. O 1º Fórum é em 2018 e tem como objetivo oferecer oportunidade para que a comunidade local contribua nas propostas para o Plano Municipal de Ação pelos direitos das crianças e dos adolescentes.

Em 2020, está prevista a realização do 2º Fórum, que visa escutar novamente a população na avaliação do Plano de Ação principalmente sobre os resultados obtidos pelo município durante a aplicabilidade.

“Para mim é muito importante essa mobilização com os gestores, os adolescentes e a comunidade. A partir do momento em que vamos conhecendo melhor a metodologia do Selo, podemos saber como aplicar, pensar, agir nas políticas públicas, e o conhecimento vem em primeiro lugar”, avalia a articuladora do Selo UNICEF no município de Araguacema (TO), Rosamaura dos Anjos.

O 1º Fórum Comunitário deve ocorrer até julho de 2018 nos 639 municípios da Amazônia que aderiram ao Selo UNICEF em 2017.

Os municípios aceitaram o desafio de colocar a infância e a adolescência no centro da agenda municipal, para, a partir de várias atividades e ciclos de capacitação previstos na metodologia, ser reconhecidos com a certificação internacional concedida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 2020.

Selo UNICEF

O projeto Selo UNICEF é realizado por esta agência das Nações Unidas em conjunto com nove Governos Estaduais da Amazônia e o Instituto Peabiru, e por meio de parceria estratégica com Cemar, Celtins, Energisa, Neve, Amil e RGE.

Essa certificação internacional reconhece avanços reais e positivos para a vida de crianças e adolescentes e recebê-la significa que os municípios realizaram esforços, por meio de políticas públicas, para promover, proteger e realizar direitos de meninos e meninas.

Municípios do Semiárido brasileiro também participam do Selo UNICEF. Saiba mais em www.selounicef.org.br.



Dinamarca aumentará em um terço a contribuição financeira para o UNAIDS

Giugno 21, 2018 15:49, by ONU Brasil
Ulla Tørnæs, ministra da Cooperação para o Desenvolvimento da Dinamarca, ao lado de Michel Sidibé, diretor-executivo do UNAIDS. Foto: UNAIDS

Ulla Tørnæs, ministra da Cooperação para o Desenvolvimento da Dinamarca, ao lado de Michel Sidibé, diretor-executivo do UNAIDS. Foto: UNAIDS

A Dinamarca anunciou que aumentará sua contribuição para o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) para 6,5 milhões de dólares em 2018. A quantia, que era de 30 milhões de coroas dinamarquesas em 2017, sobe para 40 milhões de coroas dinamarquesas neste ano.

O UNAIDS expressou seu “sincero agradecimento” à Dinamarca pelo apoio de longa data e saudou a decisão.

“O UNAIDS está intensificando seu trabalho para alcançar a igualdade de gênero, interrompendo a violência baseada em questões de gênero e buscando os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e meninas, sendo todos cruciais para acabar com a AIDS”, disse Michel Sidibé, diretor-executivo do UNAIDS.

“Este importante aumento nas contribuições da Dinamarca para o UNAIDS ajudará significativamente no avanço do nosso compromisso compartilhado de colocar as mulheres no centro da resposta ao HIV.”

A Dinamarca é um dos principais doadores para o UNAIDS e está apoiando os esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ao apoiar o trabalho do UNAIDS nos países para acabar com a epidemia de AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030, a Dinamarca continua a avançar no progresso para alcançar um futuro mais saudável e mais justo para todos.

“O UNAIDS é primordial para acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde global, com seu forte papel de advocacy e alto padrão na coleta e disseminação de dados”, disse Ulla Tørnæs, ministra da Cooperação para o Desenvolvimento da Dinamarca.

“O aumento do apoio da Dinamarca ao UNAIDS está associado à nossa forte ênfase nos direitos humanos e na igualdade de gênero, incluindo o avanço da saúde sexual e reprodutiva e os direitos de todos, como ponto central para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.”

O financiamento do trabalho do Programa Conjunto do UNAIDS é fundamental para acabar com a epidemia da AIDS e alcançar a meta do UNAIDS de zero novas infecções por HIV, zero mortes relacionadas à AIDS e zero discriminação.



UNICEF: cerca de 30 milhões de crianças deslocadas por conflitos precisam de proteção

Giugno 21, 2018 15:08, by ONU Brasil
Crianças refugiadas no campo de Zaatari, na Jordânia. Foto: ACNUR/Balqis Albsharat

Crianças refugiadas no campo de Zaatari, na Jordânia. Foto: ACNUR/Balqis Albsharat

Existem atualmente mais crianças deslocadas à força por causa de conflitos — cerca de 30 milhões — do que em qualquer outro momento desde a Segunda Guerra Mundial, disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Dia Mundial do Refugiado, lembrado na quarta-feira (20).

A agência da ONU dedicada à infância alertou que essas crianças vulneráveis precisam neste momento de proteção e acesso a serviços essenciais, bem como de soluções sustentáveis para garantir seu bem-estar no longo prazo.

Em meio a conversas em curso sobre um plano global de apoio aos refugiados, o UNICEF pede aos líderes mundiais que redobrem esforços para garantir os direitos, a segurança e o bem-estar das crianças mais vulneráveis do mundo – muitas das quais continuam deslocadas por causa de conflitos, violência e instabilidade política.

“No Dia Mundial do Refugiado, é importante lembrar as ameaças e os desafios que as crianças em deslocamento enfrentam diariamente”, disse o diretor de programas de emergência do UNICEF, Manuel Fontaine.

“Crianças deslocadas — sejam refugiadas, solicitantes de refúgio ou deslocadas internamente – enfrentam graves riscos para sua saúde e segurança, com barreiras significativas que limitam acesso aos serviços de que precisam para prosperar.”

“Essas crianças precisam de mais do que apenas um dia — elas precisam de esperança, oportunidades e proteção. Pedimos aos Estados-membros que renovem seus compromissos para cumprir os direitos e as aspirações dessas crianças”, declarou Fontaine.

Como números recordes de crianças refugiadas e forçadas a se deslocar, o acesso a apoio e a serviços essenciais, como saúde e educação, continua profundamente comprometido. Apenas metade de todas as crianças refugiadas, por exemplo, está matriculada na escola primária, e menos de 25% dos adolescentes refugiados estão na escola secundária.

O número global de crianças refugiadas e migrantes sozinhas também atingiu níveis inéditos, aumentando quase cinco vezes entre 2010 e 2015. Pelo menos 300 mil crianças desacompanhadas e separadas foram registradas em cerca de 80 países em 2015-2016, em comparação a 66 mil em 2010-2011.

O UNICEF estima que o número real de crianças que se deslocam sozinhas seja significativamente maior. Crianças desacompanhadas e separadas correm maior risco de tráfico, exploração, violência e abuso. As crianças representam aproximadamente 28% das vítimas de tráfico em todo o mundo.

A agência da ONU disse esperar que o Pacto Global sobre Refugiados e o Pacto Global para Migração, que deverão ser finalizados este ano, sirvam como base para compromissos firmes dos Estados-membros com os direitos das crianças deslocadas em todo o mundo.

O UNICEF divulgou uma agenda de seis pontos de ação para proteger as crianças refugiadas e migrantes, incluindo as recomendações de melhores práticas que podem ser incorporadas em ambos os pactos.

“O que nos apaixona nos une”

Em um momento em que o futebol une torcedores de todo o mundo, o UNICEF e seu parceiro criativo 180LA lançaram a iniciativa “O que nos apaixona nos une”, baseada na ideia de que, se o amor ao esporte pode transcender fronteiras, o mesmo pode ser aplicado ao apoio aos direitos de crianças refugiadas e migrantes.

A campanha é composta por um vídeo de dois minutos feito para a Internet que conta a história de Santi, um menino de 8 anos que migrou da Bolívia para a Espanha, teve problemas para encontrar amigos e, finalmente, encontrou aceitação em seu novo país por meio de um amor compartilhado pelo futebol.

Enquanto jogam, Santi e seus amigos recebem uma visita surpresa de seu herói, Sergio Ramos — capitão da seleção espanhola de futebol e embaixador do UNICEF.

Coincidindo com o vídeo, o “desafio do gol mais longo” também será lançado nas redes sociais. Para iniciá-lo, Ramos pede que todos se unam em apoio a crianças migrantes e refugiadas compartilhando, nas redes sociais, um vídeo de si mesmos gritando “gooooooooooool” o maior tempo possível, com as hashtags #LongestGoal #WorldCup.



Rio+20 ao vivo!