OMS/OPAS revela que mortalidade infantil na América Latina e Caribe foi reduzida em mais da metade em 20 anos
Novembre 20, 2012 22:00 - no comments yetA taxa média de mortalidade de crianças menores de cinco anos na América Latina e no Caribe entre 1990 e 2010 foi reduzida de 54 para 23 mortes por cada mil nascidas vivas. Isso representou uma diminuição média anual de 4,3% de mortalidade em crianças menores de 5 anos na região. Se esta tendência continuar, a região vai atingir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de reduzir em dois terços a mortalidade de crianças menores de 5 anos até 2015.
Apesar das boas notícias, ainda existem muitas disparidades entre os países da região e às vezes até mesmo dentro dos mesmos, afirmou a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). No entanto, as médias regionais de mortalidade de crianças menores de 5 anos escondem as disparidades entre os países e até mesmo dentro do mesmo país. Por exemplo, em 2011, o Haiti e a Bolívia apresentaram taxas de mortalidade de crianças menores de 5 anos de 87 e 51 óbitos por mil nascidos vivos, respectivamente, em comparação com 19 na Colômbia, 8 no Chile e 6 em Cuba.
A maioria dessas mortes são evitáveis. Em países com elevada mortalidade, algumas intervenções de alto impacto e de baixo custo, pode reduzir o número de mortes por mais de 50%, mas essas intervenções não alcançam todos.
Além disso, embora a prevalência da desnutrição na região seja baixa, a desnutrição crônica ainda é um dos problemas mais comuns de crescimento na América Latina e no Caribe, com quase 9 milhões de crianças que sofrem desta doença. A obesidade infantil é também um dos mais complexos desafios enfrentados saúde pública em vários países. Além disso, cerca de 22,5 milhões de crianças têm anemia.
As autoridades de saúde nas Américas aprovaram em setembro deste ano uma estratégia e um plano de ação para a saúde na infância, que busca melhorar a saúde e reduzir a mortalidade infantil através de uma abordagem abrangente e multissetorial para a saúde com base nos direitos e determinantes sociais da saúde.
Comitê da Assembleia Geral da ONU vota a favor de moratória da pena de morte
Novembre 20, 2012 22:00 - no comments yetO Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, saudou uma votação recorde realizada pelo Terceiro Comitê da Assembleia Geral por uma moratória sobre o uso da pena de morte.
A votação ocorreu na segunda-feira (19) pelo Comitê, que aprovou a resolução por 110 votos a favor, 39 contra e 36 abstenções.
“O voto de segunda-feira oferece a oportunidade de mais uma vez incentivar os Estados-Membros que ainda praticam a pena de morte (…) a seguir a decisão [do comitê da Assembleia Geral da ONU ]“, disse o Porta-Voz do Secretário-Geral em um comunicado de imprensa, observando que 150 Estados aboliram ou não praticam a pena de morte.
“O Secretário-Geral exorta os Estados-Membros a aderirem à tendência mundial e apoiar a resolução do próximo mês da Assembléia Geral sobre uma moratória sobre o uso da pena de morte”. A nova resolução insta todos os Estados a estabelecerem uma moratória das execuções com vista a abolir a pena de morte.
O Porta-Voz de Ban Ki-moon disse que a resolução do Comitê reflete uma tendência contra a pena extrema. O movimento se tornou mais forte em todas as regiões desde uma resolução histórica da Assembleia Geral sobre o tema em 2007.
ONU e Mianmar precisam de 41 milhões de dólares para ajudar as vítimas da violência no país
Novembre 20, 2012 22:00 - no comments yetA ONU e o Governo de Mianmar estão pedido à comunidade internacional um adicional de 41 milhões de dólares, para auxiliar 115 mil pessoas deslocadas e que precisam de ajuda humanitária em Rakhine, estado da costa oeste mianmarense atingido por conflitos étnicos onde faltam serviços básicos. Nos últimos meses, o norte de Rakhine tem sido local de confrontos entre os budistas Rakhine e os muçulmanos Rohingya, o que levou o Governo a declarar estado de emergência no país. Além dos 115 mil deslocados, a violência deixou cerca de cem mortos e destruiu mais de cinco mil casas e construções religiosas, segundo estimativas da ONU.
“Uma resposta imediata dos doadores fornecerá ajuda de emergência como moradia, água potável, alimentos e cuidados de saúde, que pode ajudar a salvar vidas” disse hoje o Coordenador Humanitário da ONU em Mianmar, Ashok Nigam, na divulgação do Plano Revisado de Resposta, realizada na cidade de Yangon.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), o Plano de Resposta original previa 35,5 milhões de dólares para o período entre julho-dezembro de 2012. Após uma revisão, o valor foi elevado para 67,6 milhões cobrindo o período de julho de 2012 até junho de 2013. Até o momento só foram recebidos 27 milhões de dólares.
ONU Mulheres seleciona consultor para projeto de fortalecimento de líderes em países do Cone Sul
Novembre 20, 2012 22:00 - no comments yetA ONU Mulheres seleciona até dia 2 de dezembro um consultor para avaliação final do programa sub-regional “Mulheres Jovens Cidadãs: fortalecendo a liderança das mulheres jovens e seu trabalho em redes no Cone Sul”.
O profissional deve ter pós-graduação em Ciências Sociais, Gestão ou cursos afins, ter um mínimo de 5 anos de experiência em avaliação de projetos, entre outros requisitos e ter fluência em espanhol e conhecimentos de inglês.
O escritório regional da ONU Mulheres fica em Brasília e é preferível que o consultor resida na cidade durante o período da avaliação. É necessária disponibilidade para começo imediato.
Para mais informações, consulte o Termo de Referência.
Conselho de Segurança da ONU exige retirada de grupo rebelde da capital do Kivu do Norte
Novembre 20, 2012 22:00 - no comments yetO Conselho de Segurança da ONU (CS) condenou fortemente ontem (20) as recentes ondas de ataque do movimento rebelde M23 na República Democrática do Congo (RDC) e exigiu que o grupo deixe Goma, capital da província do Kivu do Norte, no leste do país.
O grupo rebelde, composto de soldados que se amotinaram do exército nacional da RDC em abril, tomou o controle de Goma ontem (20). No último fim de semana, o grupo realizou ataques no Kivu do Norte que deslocaram mais de 60 mil civis. Por conta das investidas, a Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), com 19 mil membros, foi obrigada a empregar helicópteros de combate em auxílio ao exército nacional, conhecido na sigla francesa por FARDC.
Relatórios da ONU afirmam que o M23 tem ferido civis, sequestrado mulheres e crianças, intimidado jornalistas e aqueles que tentam resistir ao seu controle no leste da RDC. Além disso, os documentos indicam que o movimento recebe apoio externo, por meio de tropas, conselhos táticos e equipamentos. As informações preocupam o Conselho de Segurança, que pediu o fim de qualquer apoio ao grupo.
O Conselho solicitou ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, junto à Conferência Internacional sobre as Regiões dos Grandes Lagos (CIRGL) e da União Africana, informes sobre as alegações do apoio externo ao M23 e também expressou estar de prontidão para tomar medidas apropriadas com base nessas informações.
O CS também demonstrou considerar outras sanções específicas contra a liderança do M23 ou os que prestam apoio externo ao grupo e contra as pessoas que atuam em violação do regime de sanções e do embargo de armas imposto pelo Conselho em relação à RDC.
“Os avanços militares do M23 continuaram apesar das exigências do Conselho de Segurança, do Secretário-Geral, da União Africana e outros, incluindo países da região, para que o M23 cesse imediatamente seus ataques”, disse o Porta-Voz adjunto da ONU, Eduardo Del Buey . O Porta-Voz ressaltou que as tropas da MONUSCO vão permanecer ativas em Goma para proteger os civis das ameaças iminentes.