Representação da Argélia no Rio promove evento em homenagem a líder do país
августа 3, 2018 15:30
Estátua em Argel, capital da Argélia, do emir Abdelkader. Foto: Lakamira/Wikipédia
A representação diplomática da Argélia no Rio de Janeiro, com apoio do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio), realiza na próxima sexta-feira (10), às 14h, no Centro Cultural Correios, a palestra e exposição “Emir Abdelkader: precursor do Direito Humanitário e Chanter do diálogo inter-religioso”.
O evento terá como palestrante o ministro-conselheiro e chefe da representação diplomática argelina, Elhacene El Bey, que falará sobre as realizações humanitárias de emir Abdelkader.
Abdelkader foi um líder religioso e militar argelino, conhecido como “o santo entre os príncipes e o príncipe entre os santos” por sua consistente consideração pelos direitos humanos em períodos de guerra. Em 2006, seus esforços para salvar vidas foram objeto de uma conferência internacional na sede das Nações Unidas, em Genebra.
A palestra acontecerá na galeria da exposição “70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, com obras de Otávio Roth. Realizada pela primeira vez no Rio de Janeiro, a mostra apresenta 30 xilogravuras que traduzem os ideais de paz e igualdade defendidos nos artigos do documento.
Aprovada em 10 de dezembro de 1948, a Declaração foi construída a partir do esforço conjunto da comunidade internacional para garantir que os horrores da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) – incluindo o Holocausto – jamais se repetissem. Considerada a base da luta universal contra a subjugação e abuso de povos, o documento estabelece obrigações para a atuação de governos, de maneira a garantir a proteção de comunidades e indivíduos.
A entrada é franca, com espaço sujeito à lotação (40 lugares).
Serviço:
Palestra e exposição “Emir Abdelkader: precursor do Direito Humanitário e Chanter do diálogo inter-religioso”
10 de agosto – 14h
Classificação: livre
Centro Cultural Correios – Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro, Rio de Janeiro
Em Amsterdã, jovens exigem participação em formulação de políticas sobre HIV
августа 3, 2018 15:23
Bruna Martinez, participante da 22ª Conferência Internacional de AIDS. Foto: UNAIDS
Em Amsterdã, jovens de todas as partes do mundo fizeram um apelo, durante a 22ª Conferência Internacional de AIDS, por políticas de HIV inclusivas, que levem em consideração as necessidades reais da juventude. Em 2017, a ONU identificou 250 mil novas infecções pelo vírus entre adolescentes de dez a 19 anos. No mundo, existem 1,8 milhões de pessoas nessa faixa etária vivendo com o HIV.
“Na Índia, o sexo é um grande tabu. Um adolescente de 16 anos não pode comprar preservativos, por exemplo, e os pais precisam dar o seu consentimento para que façam o teste de HIV”, contou Chinmay Modi, de 25 anos, durante um painel de jovens da conferência.
O indiano nasceu com HIV e falou sobre sua luta para acessar serviços de saúde. Modi acredita que educar crianças e pais é fundamental. Seu maior desejo é ver a criação de serviços voltados especificamente para a juventude.
Por ano, em todo o planeta, 38 mil adolescentes morrem devido a causas relacionadas à AIDS, de acordo com estimativas do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
Bruna Martinez acredita com firmeza que uma ampla educação sexual, discutindo questões de gênero, saúde e prazer, não apenas reduziria o estigma, como também diminuiria o medo que os adolescentes têm do HIV.
“O HIV não deve ficar no vácuo”, disse. “Somos uma geração que pode discutir sobre sexo e isso é ótimo.”
A ativista lembrou que “ainda há muitos jovens infectados pelo HIV e morrendo”. De acordo com o UNAIDS, o vírus é uma das principais causas de morte entre pessoas com idade de dez a 19 anos.
“Isso significa que estamos falhando e o sistema não está funcionando”, afirmou Bruna, que defendeu que a política de HIV tem que vir de baixo para cima. A jovem também discutiu a necessidade de estratégias como a educação entre pares e a valorização do conhecimento local.
“É importante que não sejamos atendidos, mas sim, muito mais, que sejamos reconhecidos”, completou.
Dany Stolbunov, da Ucrânia, foi taxativo sobre a necessidade de trazer as vozes dos jovens para os processos de formulação de políticas. “Nada para nós, sem nós”, enfatizou.
O ucraniano lamentou o fato de que, em seu país de origem, os jovens têm informações limitadas e não são vistos como uma prioridade. “Estamos prontos para lutar por nossos direitos”, acrescentou.
Segundo Melodi Tamarzians, embaixadora holandesa da Juventude para a Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos, a juventude deve participar da gestão de saúde com funções consultivas e concretas. “Não preencha a parte dos jovens dando-nos uma posição simbólica”, ressaltou.
ONU e banco da América Central firmam parceria de quase US$ 1 mi contra mudanças climáticas
августа 3, 2018 15:09
Estiagem de 2001 arrasou produção agropecuária na Nicarágua. Foto: FAO
A ONU Meio Ambiente e o Banco Centro-Americano de Integração Econômica (BCIE) anunciaram nesta semana (2) uma parceria para injetar quase 1 milhão de dólares em comunidades vulneráveis do Corredor Seco. Com problemas de estiagem severos, essa região da América Central margeia o Oceano Pacífico, indo da costa de Chiapas, no México, até o oeste da Costa Rica e do Panamá.
Na América Central, metade dos 1,9 milhão de agricultores familiares que produzem grãos básicos vive no Corredor Seco. A faixa territorial é o lar de 45 milhões de pessoas — 40% delas moram e trabalham em comunidades rurais e mais de 50% estão abaixo da linha da pobreza. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 20% da população dessa área vive em situação de pobreza extrema, e 10% dos habitantes estão subnutridos.
O acordo entre a agência das Nações Unidas e o organismo financeiro regional disponibiliza 985.587 dólares em cooperação técnica para um projeto de adaptação às mudanças climáticas baseado em ecossistemas. A ONU Meio Ambiente vai elaborar uma estratégia voltada para o Corredor Seco e também para as zonas áridas da República Dominicana, com foco no uso eficiente de agua.
“Para os habitantes das zonas secas da nossa região, a mudança climática não é algo que está nos jornais. Muitos deles já estão sofrendo a pior parte desse fenômeno: a falta de água e alimentos. Por isso, as medidas de adaptação que contribuem com o bem-estar das comunidades e do meio ambiente são cruciais se quisermos erradicar a pobreza e a fome e alcançar o desenvolvimento sustentável”, afirmou Leo Heilleman, diretor da ONU Meio Ambiente para América Latina e Caribe.
A proposta da instituição internacional será posteriormente apresentada ao Fundo Verde do Clima, o mecanismo de financiamento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
A adaptação baseada em ecossistemas consiste em aproveitar a biodiversidade e os serviços oferecidos pela própria natureza para reduzir a vulnerabilidade das comunidades e aumentar sua capacidade de lidar com fenômenos climáticos extremos. A abordagem inclui ações como a restauração de paisagens e o reflorestamento, a fim de melhorar a disponibilidade e a qualidade da água, garantir o habitat de animais polinizadores e diminuir a erosão.
Na última década, aumentaram a frequência e a intensidade de fenômenos climáticos na América Central. Nos anos em que ocorreram manifestações do El Niño, houve queda de 30 a 40% no volume de chuvas do Corredor Seco, com períodos amplos de temperaturas elevadas e baixa precipitação. As temporadas de chuvas intensas também trouxeram problemas, provocando danos substanciais.
O termo de cooperação foi assinado por Heilleman e pelo vice-presidente-executivo do BCIE, Alejandro Rodríguez Zamora, durante a 61ª reunião do Conselho de Ministros do Meio Ambiente da América Central. O encontro de autoridades se encerrou na quinta-feira, em Belize.
“Esta iniciativa é uma prova do compromisso que todos temos com a busca de soluções ambientais para os efeitos da mudança climática na região centro-americana”, disse Zamora, que explicou que todo o processo de colaboração institucional será coordenado com os Ministérios do Meio Ambiente do subcontinente.
Segundo a Plataforma Intergovernamental Científico-Normativa sobre Diversidade Biológica e Serviços dos Ecossistemas (IPBES), a mudança climática é o fator de crescimento mais rápido que afetará negativamente a biodiversidade no continente americano.
ONU divulga novo posicionamento sobre transmissão sexual do HIV por quem está em tratamento
августа 3, 2018 14:37
OMS forneceu medicamentos para 450 pacientes com HIV na Líbia. Foto: IRIN/Sean Kimmons
Com 20 anos de dados científicos demonstrando que o tratamento antirretroviral do HIV é altamente eficaz na redução da transmissão, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) considera que a evidência agora é clara de que as pessoas vivendo com uma carga viral indetectável não transmitem o HIV em relações sexuais.
O posicionamento do organismo internacional foi divulgado em julho (20) em uma nova nota explicativa, que traz a mensagem “Indetectável = Intransmissível”. Acesso documento em português clicando aqui.
Três grandes estudos sobre a transmissão sexual do HIV entre milhares de casais sorodiscordantes — quando um parceiro vive com o HIV e o outro não — foram realizados entre 2007 e 2016. Nessas pesquisas, não houve um único caso de transmissão sexual do HIV de uma pessoa vivendo com carga viral suprimida para seu parceiro soronegativo. A Nota Explicativa adverte, no entanto, que uma pessoa só pode saber se tem sua carga viral suprimida fazendo um teste de carga viral.
Para muitas pessoas que vivem com o HIV, a notícia de que não podem mais transmitir o vírus sexualmente é uma mudança de vida. Além de poderem optar por terem relações sexuais sem preservativo, muitos indivíduos com a carga viral suprimida sentem-se livres do estigma associado à convivência com o vírus. A consciência de que eles não transmitem mais o HIV sexualmente também cria um forte senso de que essas pessoas são agentes de prevenção em relacionamentos novos ou já existentes.
A nova série de Notas Explicativas do UNAIDS visa informar os leitores sobre questões-chave ou novas na resposta à AIDS. Com recomendações para gestores de programas e conselhos para respostas nacionais, são documentos breves, mas com dados do conhecimento atual sobre uma área da resposta à epidemia.
OMS oferece bolsas para jornalistas na área de segurança e prevenção de lesões
августа 3, 2018 12:55
Jornalista acompanha coletiva de imprensa na ONU, em Genebra. Foto: ONU/Violaine Martin
Até 17 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) recebem inscrições para a bolsa 2018 de reportagens sobre segurança. Instituições selecionarão propostas de 12 repórteres de todo o mundo para financiar sua participação numa conferência em Bangkok sobre prevenção de lesões e saúde.
Durante a 13ª Conferência sobre Prevenção de Lesões e Promoção da Segurança, que será realizada de 5 a 7 de novembro, os profissionais de mídia terão um panorama geral sobre temas de segurança e saúde pública. Palestras de especialistas da ONU e do ICFJ abordarão riscos no trânsito, prevenção de afogamento, lesões em situações de violência e outros tópicos.
Antes do evento, os jornalistas escolhidos serão convidados para uma cúpula prévia, realizada nos dias 3 e 4 de novembro, também em Bangkok.
O programa de bolsas cobrirá todos os custos relacionados à viagem para a conferência. Para participar, os candidatos devem ser fluentes em inglês. A seleção dará prioridade para os jornalistas de países de baixa ou média renda. O processo de escolha dos participantes também dará preferência aos profissionais que ainda não participaram de uma cúpula de capacitação da OMS.
Para se inscrever, os candidatos precisam enviar:
- Um ensaio (de no máximo 500 palavras) que explique, em detalhe, a sua motivação e objetivos para participar do evento. O texto deve incluir as três mudanças específicas que o jornalista espera realizar em seu trabalho, como resultado da conferência;
- Pelo menos uma pauta (de 300 a 500 palavras) para um projeto detalhado de segurança ou prevenção de lesões que incorpore dados. Os candidatos podem se concentrar em seus próprios países. Também podem incluir formas de utilizar as ferramentas digitais e as redes sociais para chamar o público para um diálogo sobre temas de segurança;
- Um compromisso em produzir pelo menos três matérias sobre segurança, durante e depois da conferência;
- Uma carta de um editor ou chefe de redação respaldando a participação do jornalista no programa de bolsas, demonstrando a compreensão do valor do evento e apoio para publicar ou divulgar a cobertura do jornalista sobre a conferência e sua pauta;
- Uma breve biografia (até 300 palavras);
- Um currículo;
- Dois exemplos de trabalho focados em segurança ou prevenção de lesões e publicados recentemente (depois de 2015).
A seleção será baseada nos seguintes critérios: qualificações profissionais dos jornalistas; experiência relevante, como interesse demonstrado pelo tema; domínio do inglês; e respaldo por parte de um chefe de redação.
Para se candidatar, clique aqui (em inglês).