Brasileira é finalista de premiação da ONU para mulheres empreendedoras
июля 11, 2018 18:12
Premiação da UNCTAD reconhece mulheres empreendedoras. Foto: PEXELS
A brasileira Rosana Marques, criadora da marca Ouseuse, de moda praia e lingerie, está entre as dez finalistas do sexto Prêmio Empretec de Mulheres nos Negócios, promovido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Iniciativa busca reconhecer empreendedoras de sucesso na gestão de micro e pequenos negócios. Vencedoras serão anunciadas em 25 de outubro.
Em 2018, o concurso recebeu mais de 50 nomeações de 19 países. A organização da competição escolheu dez finalistas com base em critérios de inovação, liderança e impacto nas comunidades. O anúncio das ganhadoras será feito durante o Fórum Mundial de Investimentos, que deve reunir 5 mil participantes em Genebra, na Suíça. Evento terá a participação de investidores e líderes de fundos de impacto.
A lista de finalistas inclui também a uruguaia Ana de León, fundadora de uma marca de design para ciclistas que produz bolsas e acessórios com materiais reciclados. Do Equador, Rocio Castro Fernandez tirou do papel um projeto para produzir roupas adaptadas a mães que amamentam. A venezuelana Rina Arráez também está entre o seleto grupo de concorrentes e compete com uma marca de acessórios feitos à mão com matérias-primas recicladas.
Outras empreendedoras que continuam no páreo vêm da Jordânia, Gâmbia, Índia, Moçambique, Uganda e Zâmbia. A vencedora do prêmio e duas finalistas participarão de um curso de marketing digital na Universidade de Lausanne e também terão a oportunidade de dar uma palestra numa faculdade de negócios na França.
Criado em 1988, o programa Empretec também promove capacitações para empresárias — mais de 400 mil empreendedoras de 40 países já participaram dos treinamentos da UNCTAD.
Rede de Juventude Indígena reúne lideranças em Brasília para fortalecer diálogo
июля 11, 2018 17:24
Indígenas em manifestação em Brasília. Foto: Mídia Ninja
A Rede de Juventude Indígena (REJUIND) reúne até quinta-feira (12), em Brasília (DF), lideranças indígenas e apoiadores das cinco regiões do Brasil e de países da América Latina para o encontro nacional dos colaboradores da rede.
O objetivo é fazer uma avaliação da trajetória de dez anos da entidade e pensar estratégias para o futuro. A atividade tem o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a partir de um projeto voltado para o fortalecimento institucional da REJUIND.
O projeto, que recebeu doação do UNFPA, pretende fortalecer as capacidades da rede para articulação, comunicação e incidência de seus integrantes. O foco é dar continuidade à construção de espaços de diálogo e ampliar a participação de mais jovens indígenas para compor uma rede nacional.
Com isso, será possível gerar propostas consensuais que reflitam as necessidades e desafios das diversas realidades, permitindo o pleno exercícios dos direitos individuais e coletivos.
O evento marca um período de transição do movimento da juventude indígena no país, com a presença de pessoas que marcaram toda a trajetória da REJUIND desde sua fundação, em 2009. Tsitsina Xavante, do Mato Grosso do Sul, é uma das precursoras do movimento, e afirma que o encontro é uma oportunidade de reconhecer os potenciais e trocar experiências.
“Para saber onde estamos e para onde pretendemos ir, é importante entender quem fomos. Esse instrumento institucional pode dar visibilidade para a juventude e combater os desafios que são impostos socialmente e estruturalmente”, afirma Tsitsina, que também é membro do Conselho Consultivo do UNFPA no Brasil.
Fortalecer as atuações das juventudes indígenas nos espaços de tomada de decisões é fundamental para manter vivas a memória cultural e a história dos povos, de acordo com o UNFPA. Outros apoiadores da iniciativa são o Instituto Sócio Ambiental (ISA), o Instituto Sociedade População Natureza (ISPN) e a Comissão Nacional de Juventude Indígena.
Relatores da ONU pedem libertação imediata de jornalistas detidos em Mianmar
июля 11, 2018 17:14
Nesta foto tirada em meados de outubro de 2017, os refugiados rohingya que fugiram do estado de Rakhine, em Mianmar, atravessam para Bangladesh em Palong Khali, no distrito de Cox’s Bazar. Foto: UNICEF/LeMoyne
Relatores da ONU cobraram nesta quarta-feira (11) a libertação imediata de dois jornalistas da agência Reuters que foram presos em Mianmar por investigarem um massacre no vilarejo de Inn Din. Região fica localizada no estado de Rakhine, onde comunidades da minoria étnica rohingya foram perseguidas e atacadas pelas próprias autoridades do país.
Os dois repórteres, detidos desde dezembro, foram acusados na segunda-feira (9) de obter documentos secretos de Estado. A Lei de Segredos Oficiais determina que a pena por esse crime pode chegar até 14 anos de prisão.
“O inquérito criminaliza (a realização de) reportagens de jornalismo investigativo sobre violações de direitos humanos no estado de Rakhine, questões do mais elevado interesse público”, afirmaram o relator especial sobre o direito à liberdade de opinião e expressão, David Kaye, e a relatora especial sobre a situação dos direitos humanos em Mianmar, Yanghee Lee.
“Reiteramos firmemente nosso pedido pela libertação imediata e incondicional de Wa Lone e Kyaw Soe Oo e pela revogação das acusações”, acrescentaram os especialistas.
Os dois analistas também expressaram preocupação com as “condições deploráveis” em que os dois profissionais de mídia estão sendo mantidos. Sem poder se comunicar com ninguém desde a prisão no ano passado, os jornalistas agora estão sem acesso a tratamento médico e são privados de sono.
David Kaye e Yanghee Lee pediram às autoridades de Mianmar que respeitem a liberdade de imprensa e o direito do público de saber, a fim de que repórteres possam realizar seus deveres com liberdade e segurança. Os especialistas também pediram a revisão da Lei de Segredos Oficiais, conforme às obrigações do país em acordo com o direito internacional.
ONU celebra declaração de paz entre Eritreia e Etiópia
июля 11, 2018 16:41
Região de Afar, na Etiópia, na fronteira com a vizinha Eritreia. Imagem de fevereiro de 2018. Foto: UNICEF/Mulugeta Ayene
O Conselho de Segurança da ONU celebrou nesta semana (10) a “histórica” declaração de paz anunciada pela Eritreia e Etiópia, que não mantinham relações diplomáticas há duas décadas. Na segunda-feira (9), o primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed e o presidente eritreu Isaias Afwerki assinaram um documento que prevê ainda a reabertura do espaço aéreo entre os dois países e a criação de embaixadas, segundo a imprensa internacional.
Firmada em Asmara, capital da Eritreia, a Declaração Conjunta de Paz e Amizade também determina o uso pela Etiópia de instalações portuárias do território vizinho. Outra medida do acordo é o fim de um bloqueio nas telecomunicações, o que permitiria às famílias separadas pela guerra retomar o contato.
Em pronunciamento apoiado por todos os seus 15 membros, o Conselho de Segurança disse reconhecer o “apelo por solidariedade” no documento do processo de paz. O organismo encorajou todos os atores a dar suporte às negociações. De acordo com o pronunciamento, o países da entidade da ONU “estão a postos para auxiliar a Eritreia e a Etiópia na implementação” do acordo.
Anda na segunda-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu o consenso entre os dois países africanos como um “sinal importante de esperança”, não apenas para as nações diretamente envolvidas e para a África, mas também para o mundo todo.
“A ONU está pronta para fazer o que quer que as duas partes nos solicitem. A ONU estará inteiramente à disposição delas”, afirmou o chefe da Organização.
Abiy Ahmed se tornou primeiro-ministro da Etiópia em fevereiro, após a renúncia do seu predecessor. O novo dirigente é o primeiro líder oriundo do grupo étnico Oromo. Desde que assumiu o cargo, o chefe de Estado implementou uma série de reformas políticas. Anteriormente, Ahmed foi ministro da Ciência e Tecnologia.
Delegação da ONU visita projeto no Rio Grande do Sul sobre prevenção de HIV entre jovens
июля 11, 2018 15:51Clique para exibir o slide.Uma delegação do Grupo Temático Ampliado das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (GT UNAIDS) visitou nesta semana (10), em Viamão (RS), o projeto Tô Dentro, que debate com os jovens questões sobre HIV e sexualidade. A iniciativa tem uma estrutura de contêineres divididos em cinco estações. Em um passeio de cerca de 30 minutos, estudantes das redes municipal e estadual aprendem sobre prevenção, testagem, tratamento, preconceito, discriminação e percepção de risco.
Dos 18 mil estudantes do sistema de ensino público em Viamão, mais de 7 mil deles já participaram do Tô Dentro desde que o programa foi criado pelas Secretarias Municipais de Saúde e Educação, em 2016. O projeto foi levado também para Jaraguá do Sul (SC), situado a 620 km de Porto Alegre, mobilizando outros 3,5 mil alunos locais.
“O projeto Tô Dentro é um exemplo de como a criatividade, o empenho e a liderança política podem trazer respostas concretas para o HIV, com impacto direto para o cidadão. Este é um dos raros exemplos de parceria verdadeira entre Saúde e Educação para falar sobre esse tema”, afirmou Georgiana Braga-Orillard, diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) no Brasil.
“Nós convidamos os membros do GT UNAIDS e parceiros para esta visita ao projeto para que vejam como Viamão está inovando na linguagem e na abordagem para levar essa reflexão sobre prevenção e sexualidade aos jovens. Acreditamos que isso possa ser uma realidade também em todo o estado e em outras partes do Brasil.”
Após as visitas às estações, as escolas participantes recebem apresentações teatrais, onde atores abordam temas de sexualidade para debater com os estudantes. A Secretaria de Saúde Municipal de Viamão já registrou um aumento na procura por testagem rápida e por serviços de saúde. Os resultados de uma enquete, feita com os estudantes antes e depois das visitações, serão divulgados em breve, mostrando o impacto das ações no nível de conhecimento desses jovens.
Primeira capital do estado do Rio Grande do Sul (até 1773), Viamão está situada na região metropolitana de Porto Alegre e é hoje um dos municípios mais populosos do estado, com cerca de 250 mil habitantes. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, Viamão tem cerca de 3,1 mil pessoas vivendo com HIV. A taxa de detecção de casos de AIDS na cidade é de 46,3 para cada 100 mil habitantes, mais que o dobro da taxa nacional, de 18,5 casos por 100 mil habitantes.
O sucesso do Tô Dentro foi tão grande que Viamão implantou, em 2017, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, o projeto Galera Curtição, um jogo entre escolas municipais e estaduais. A competição põe em pauta tópicos como prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV e AIDS, uso de álcool e outras drogas, questões de gênero, diversidade sexual, sexualidade, bullying e preconceito. O objetivo é promover saúde e integração na comunidade local.
Viamão é um dos 14 municípios gaúchos signatários da Declaração de Paris, além do próprio Rio Grande do Sul. Um dos principais compromissos do documento é acelerar a resposta ao HIV para alcançar as metas 90-90-90. Os objetivos preveem que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV conheçam seu estado sorológico, 90% dos indivíduos diagnosticados com o vírus estejam em tratamento antirretroviral e 90% deles estejam com carga viral indetectável.
As cidades e o estado fazem parte de um grupo de 41 cidades brasileiras, o estado de Santa Catariana e o Distrito Federal, que também já aderiram à Declaração de Paris. Em todo o mundo, mais de 200 cidades compõem essa rede de municípios chamados de Fast-Track Cities (Cidades pela Aceleração da Resposta).
A delegação do GT UNAIDS inclui ainda o representante do Fundo de População da ONU no Brasil (UNFPA), Jaime Nadal, que está na presidência do GT para o período de 2017-2018; representantes do Ministério da Saúde e de outras agências da ONU, como a UNESCO, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); integrantes da sociedade civil e de organizações de pessoas vivendo com HIV.
Acesse a Declaração de Paris clicando aqui.
Conheça as ações mais recentes do GT UNAIDS clicando aqui.