Negociações do documento final da Rio+20 prosseguirão até a chegada de Chefes de Estado
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaA negociação do documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) será estendida até a chegada dos Chefes de Estado e de Governo ao Rio de Janeiro, em 20 de junho. A informação é do Negociador-Chefe do Brasil, Embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado.
A terceira reunião do Comitê Preparatório será encerrada hoje (15/06), às 23 horas. Entretanto, diz Figueiredo, “mesmo após o fechamento, alguns grupos continuarão tentando refinar o texto”. O comitê brasileiro assumirá as negociações informais para evitar que temas fiquem em aberto para a Rio+20. Isso inclui os pontos mais polêmicos, como os meios de implementação do financiamento da economia verde e a transferência de tecnologia. “As negociações serão intensas e continuaram noite a dentro”, prevê o Embaixador.
Serão organizados grupos de negociação para discutir os temas específicos que estão em aberto. “O Brasil não tem texto na manga, não tem surpresa. Nós vamos continuar um processo.”, afirmou Figueiredo.
Ouça a íntegra da coletiva de imprensa:
Escalada da violência na Síria está dificultando trabalho dos observadores da ONU
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO Chefe da Missão de Supervisão da ONU na Síria (UNSMIS), General de Brigada Robert Mood, afirmou hoje (15/06) que a escalada da violência no país está dificultando o trabalho dos observadores das Nações Unidas.
“A violência nos últimos dez dias se intensificou, novamente por vontade de ambas as partes, com perdas dos dois lados e riscos significantes para os observadores da ONU. A população da Síria, os civis, estão sofrendo e, em alguns locais, civis foram presos por ofensivas militares em andamento”, relatou Mood, em Damasco.
“A escalada da violência está limitando nossa capacidade de observar, verificar, informar, bem como auxiliar no diálogo local e nos projetos de estabilidade”, disse. “Parece haver uma falta de vontade na busca de uma transição pacífica”, acrescentou. “Em vez disso, está acontecendo um estímulo para o avanço das posições militares.”
Os Relatores Especiais da ONU sobre Execuções Sumárias, Christof Heyns, e Tortura, Juan Méndez, pediram às partes envolvidas no conflito que renunciem à violência e deponham as armas. “Enquanto o Governo sírio toma algumas medidas – como chegar a um acordo sobre formas de fornecer apoio humanitário – a realidade é que o uso da força continua com uma intensidade alarmante”, afirmaram em comunicado conjunto. “As medidas tomadas até agora são insuficientes.”
Rio+20: Um mundo equilibrado exige igualdade de gênero, afirma ONU Mulheres
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaAdiantando-se à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), programada para a próxima semana no Rio de Janeiro, a Diretora Executiva da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), Michelle Bachelet, fez um apelo aos líderes mundiais por ações ousadas e compromissos firmes, a fim de promover o direito de igualdade, oportunidade e participação das mulheres. A Rio+20 reunirá Chefes de Estado e de Governo, bem como representantes da sociedade civil e do setor privado, com vistas a elaborar um roteiro para um futuro sustentável, com o objetivo de reduzir a pobreza e promover a igualdade e a proteção do meio ambiente.
A Rio+20 acontece duas décadas depois da Cúpula da Terra no Rio, ocasião em que se chegou ao acordo unânime de que o desenvolvimento sustentável não pode ser alcançado sem igualdade de gênero. Entretanto, 20 anos depois, mulheres e meninas continuam a enfrentar discriminação e violência e a reivindicar igualdade e justiça.
Atualmente, as mulheres representam 43% da mão de obra na agricultura em países em desenvolvimento, no entanto continuam a ver negados o acesso igualitário à terra, ao crédito e a outros recursos. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que se fosse proporcionado às mulheres o mesmo acesso que têm os homens a fertilizantes, sementes e ferramentas, a produção agrícola nacionalaumentaria em até 4% e o número de vítimas da fome seria reduzido em 100 ou 150 milhões.
A promoção da igualdade de direitos e oportunidades é fundamental para um futuro sustentável. O enfrentamento da mudança do clima e de outros desafios exige a participação plena das mulheres, bem como a sabedoria coletiva e a inteligência disponível no mundo.
As mulheres têm um papel central no desenvolvimento sustentável, e as soluções do desenvolvimento sustentável, por sua vez, podem melhorar significativamente a vida das mulheres, mediante a redução da pobreza, a liberação do tempo da mulher e a proteção contra a violência e outros impactos adversos em sua saúde e ambiente. A título de exemplo, 2 milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas da fumaça produzida por fogões tradicionais, sendo mais de 85% mulheres e crianças.
Salientando a necessidade de que o documento final da Rio+20 assegure a participação plena das mulheres no desenvolvimento sustentável, Bachelet reafirmou o papel imprescindível que as mulheres desempenham como promotoras, bem como defensoras do desenvolvimento sustentável. “O mundo não pode mais se permitir a exclusão das mulheres. O desenvolvimento sustentável não pode acontecer sem metade da população mundial.”
A liderança e participação das mulheres é uma necessidade urgente para que se alcance a mudança transformadora essencial para o desenvolvimento sustentável.
Para saber as principais recomendações da ONU Mulheres para a Rio+20, clique aqui.
Países entram em acordo sobre 28% do documento final da Rio+20
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaHá consenso sobre 28% do documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), informou hoje (15/06), o Chefe do Escritório do Secretariado da Rio+20, Nikhil Seth. Questões sensíveis como o fundo para financiar a economia verde e o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) só serão acordadas com os Chefes de Estado e de Governo, de 20 a 22 de junho.
Para Seth, essa estatística não traduz a realidade dos avanços do documento, pois muitos paragráfos estão sendo acordados ao mesmo tempo e as discussões estão sendo mais conceituais que textuais. “É mais prático [no atual estágio das negociações] ter uma discussão conceitual para se transformar em texto”, defendeu.
Entre o que está acordado, Seth destaca questões de turismo e como lidar com os países menos desenvolvidos.
Seth afirmou que o “princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas” está entre colchetes, mas que não há referência a cifras específicas. “Isso provavelmente será decidido com os líderes de alto nível e é improvável que nos atuais níveis de discussão esse problema seja resolvido.”
Em documentos diplomáticos, estar entre colchetes significa que os termos ainda seguem em discussão.
No fim da tarde haverá um pronunciamento do governo brasileiro sobre como se dará o prosseguimento das negociações. “Nenhum dos termos [do documento final] está bloqueado. Há um senso de otimismo e o maior inimigo é o tempo”, afirmou Seth.
Ouça abaixo a íntegra da coletiva:
Fórum Corporativo discute práticas empresariais que contribuem para a sustentabilidade
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaOrganizado pelo Pacto Global da ONU, em cooperação com o Secretariado da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o Sistema das Nações Unidas e a Rede Brasileira do Pacto Global, o Fórum de Sustentabilidade Corporativa será realizado entre 15 e 18 de junho no hotel Windsor Barra, Rio de Janeiro. O evento paralelo deve reunir 2,5 mil participantes de cerca de 100 países, entre os quais mil líderes empresariais, ativistas, educadores, investidores, governos e representantes da ONU. O objetivo é discutir e apresentar práticas empresariais que contribuem para a sustentabilidade.
O Fórum terá mais de 120 sessões focadas em seis temas centrais incluídos na agenda da Rio+20: Energia e Clima; Água e Ecossistemas; Agricultura e Alimentação; Desenvolvimento Social; Urbanização e Cidades; e Economia e financiamento.
“Uma das ênfases do Fórum será a discussão dos meios de erradicação da pobreza, focada na agricultura nos países em desenvolvimento e pobres. As corporações estão discutindo formas de oferecer crédito aos pequenos agricultores, que também são pequenos empresários”, afirma o Porta-Voz do Fórum, Tim Wall.
Segundo a Secretária Executiva da Rede Brasileira do Pacto Global, Yolanda Cerqueira Leite, a Rede Brasileira é a quarta em número de empresas que assimaram o Pacto Global. “A partir das discussões do Fórum será apresentado um documento aos Chefes de Estado para as reuniões de Alto Nível na Rio+20. Nesses compromissos também serão anunciadas boas práticas de sustentablidade empresarial. Outro ponto é aumentar os signatários do Pacto Global dos atuais 7 mil para 20 mil.”
O Pacto Global é uma iniciativa da ONU para mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
Para mais informações sobre o Fórum, clique aqui.
Para conhecer o Pacto Global da ONU, clique aqui.